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quarta-feira, 16 de novembro de 2005

TEMA rescinde com Paulo Ribeiro (Actualizado com JN)

O Diário de Aveiro de hoje, o JN e o Público referem hoje a saida de Paulo Ribeiro e do seu adjunto do Teatro Aveirense.

Tenho pena, porque considero que Paulo Ribeiro tem feito um bom trabalho e é alguém com uma imagem positiva e que traria valor acrescentado ao Teatro Aveirense, com ou sem empresa municipal. A razão apontada, os valores financeiros, passam certamente pela questão da programação e não pelos vencimentos deles, muito competitivos e saudáveis.

Ficam aqui os links para as noticias do Diário de Aveiro e do Público (acesso exclusivo a assinantes) e do JN e três excertos.

Diário de Aveiro - Não será possível contar para o ano de 2006 com o nível de financiamento municipal previsto no orçamento desta empresa», esclarece a TEMA e O escasso período de tempo em que os senhores Paulo Ribeiro e Albino Moura desempenharam as suas funções foi suficiente para demonstrar a sua competência profissional, pelo que o Conselho de Administração da TEMA está convicto de que as suas carreiras continuarão a ser de sucesso», terminam os três administradores

Público - A administração do Teatro Municipal de Aveiro, assegurada pela empresa municipal TEMA, garante que vai "honrar os compromissos" assumidos na área de programação por Paulo Ribeiro para os primeiros meses de 2006 (até Maio), mas manifesta vontade de adoptar "uma nova política" cultural na principal sala de espectáculos da cidade. Na próxima reunião da autarquia, marcada para 21 de Novembro, será proposto o nome de um novo director-geral do teatro, que terá poderes alargados na área da programação e da gestão. O PÚBLICO apurou que se trata de uma figura de Aveiro ligada ao ensino e à cultura. Para já, Paulo Ribeiro teme que venha a verificar-se um desinvestimento da autarquia num "equipamento cultural de grande qualidade" e com uma "equipa fantástica" como o Teatro Aveirense. "As autarquias continuam a olhar para a actividade cultural como uma coisa secundária, supérflua", defende, "achando que qualquer pessoa pode programar, mesmo sem respeitar a necessidade de uma oferta diversificada, capaz de formar públicos e massa crítica".

JN - Câmara de Aveiro dispensa Paulo Ribeiro"A minha contratação foi um excelente negócio para a Câmara de Aveiro. Trabalhei um mês e deixei cinco meses de programação elaborados. Por 3000 euros, o meu ordenado ilíquido, ficaram com um trabalho que vale muito mais". As palavras de Paulo Ribeiro ao JN não escondem o desagrado pela forma como passou temporariamente pela Câmara de Aveiro. (...) O orçamento para 2006, segundo revelou Paulo Ribeiro, ao JN, ascendia aos 650 mil euros. O comunicado da TEMA acrescenta que a empresa municipal aceitou a programação efectuada por Paulo Ribeiro para os cinco primeiros meses de 2006. "Só lamento não ter saído mais cedo e de ter dado o benefício da dúvida a este executivo. Tenho pena que o nosso projecto não avance. O Teatro e a equipa de trabalho são excelentes e mereciam um projecto que a actual Câmara não tem, como a cidade vai perceber rapidamente".

Na noticia do Público, anuncia-se para 21 o conhecimento do novo director geral e artístico. Com o perfil designado, aceitam-se apostas...
O JN aponta Maria da Luz Nolasco.

Comentário extra - Não ando distraido. Leio o JN online e costumo ver as noticias do Centro bem como no Público. Neste caso, li na minha edição papel do Público e a notícia que vinha na vertente "Cultura" chamou-me a atenção.
Em relação ao Paulo Ribeiro que fala para o JN, nem parece o mesmo. O tipo de frases e de acusações que faz não são simpáticas nem polidas. Não precisavam de o ser, e até pode ter razão, se se tivesse demitido antes. Não o fez. E isso é pena.
Quanto ao nome de Maria da Luz Nolasco, continuo a esperar para ver. Parece ser uma possibilidade...

12 comentários:

  1. Ó João andas muito distraído. O JN também traz a noticia e diz que o futuro ou a futura director (a) é a Maria da Luz Nolasco

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  2. É de lamentar. Fiquei muito triste com a noticia já esperada. As razões apontadas são uma gargalhada mas amarela porque os tempos não são para rir.

    Mais tarde terei mais tempo para uma analise mais profunda.

    Acredito que o novo director seja alguem nada ligado, habituado com estas coisas de cultura e que esteja bem situado dentro da coligação. Um vogal? Acredito que sim com pena.

    O anónimo democrata.

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  3. Acredito perfeitamente que a saída de Paulo Ribeiro (pela sua experiência profissional)seja uma perda para a cultura aveirense e para a gestão do teatro.
    Acredito que as razões económicas (face à realidade da Cãmara) tenham sido bem fortes.
    Acredito que o nome avançado para substituir o Paulo Ribeiro - Dra. Maria da Luz Nolasco, colocará a cultura aveirense em bom estado de saúde, pelo seu profissionalismo, pelo se excelente trabalho com ex-veradora da cultura e pelo trabalho desenvolvido no museu de aveiro.
    Esperar para ver.

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  4. Sem dúvida que nestes últimos tempos o Aveirense apresentou espectáculos de excelente qualidade, quase para todos os gostos. Não conheço pessoalmente o senhor Paulo Ribeiro, apenas a sua reputação nestas andanças, e, como seria de esperar, não desiludiu. Esperemos que o senhor(ou senhora )que se segue continue a elevar a cultura Aveirense... e tenha meios para o poder fazer.

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  5. Caro JMO,

    O erro está em colocar em pé de igualdade Maria da Luz nolasco com Paulo Ribeiro.

    Paulo Ribeiro tinha especidficidades próprias para o lugar, nao era um mero gestor ou admnistrador ... fazia e coordenava toda a opção artística do Teatro.

    Convenhamos caro JMO,

    Dirigir o Teatro Aveirense não e a mesma coisa que coordenar o museu de requeixo.

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  6. Caro Anónimo,

    Você é que comete um erro: em caso algumeu pus no mesmo nível ou deixei de por o Paulo Ribeiro e a Maria da Luz Nolasco. Nem sei se é ela que vai ficar. Ou quem vai ser o coordenador de programação/director artistico ou o que quer que seja. Apenas disse que sinto pena pela saida de Paulo Ribeiro e do seu director-adjunto e as palavras dele ao JN. Ponto final.

    Quanto à questão do Museu, só posso apoiar Capão Filipe. Claro que a região merece apostar na cerâmica. Não percebo minimamente que uma cidade que aposta numa bienal de cerâmica artistica e que tem os azulejos da Aleluia espalhados por todo o país não aposte na cerâmica... Mas o senhor anónimo parece que tem outras ideias...

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  7. Não percebo porque lamentas, João, as palavras de Paulo Ribeiro na hora da saída. O que me parece de sublinhar é o comunicado do CA do TEMA ao colocar o ónus nos ordenados dos directores demitidos (deixemo-nos de eufemismos). Paulo Ribeiro ataca quem o maltrata, como qualquer um de nós faria se fosse assim despedido. Se o ónus orçamental fosse da programação pedia-lhe para rever essa programação ? e pedia-lhe que continuasse com um quadro eventualmente menos ambicioso em programa e actividades. Aí, Paulo Ribeiro podia decidir.

    Sobre o novo espaço museológico, só me posso rir: Aveiro tem diferentes espaços museológicos municipais que estão subaproveitados por desinvestimentos passados e presentes, e que deverão continuar (a avaliar por estas medidas de "contenção").

    Maria da Luz Nolasco? Uma ex-vereadora do CDS? Cá está: saia uma girl for the job. Eu sei: é competente, é isto e aquilo, mas não deixa de ser alguém politicamente vinculada, longe do trabalho profissional que Paulo Ribeiro (ou outro) faria. Ficarei a aguardar, também, o seu ordenado. Que o novo executivo o divulgue se tiver coragem.

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  8. Não é comparavél Paulo Ribeiro a Maria da Luz Nolasco.
    O que é comparável é a ligação que ambos (em áreas distintas) têm à cultura. Sim cultura no seu todo.
    E o seu profisionalismo.
    O TA não é o museu de Requeixo (com mto respeito que devem ter todos os requeixos), mas o Museu de Aveiro e o trablho lá desenvolvido pela Dra, já terão algum peso e significad. Isto se quisermos deixar de lado (por questões meramente políticas) o seu trabalho como ex-vereadora da cultura.

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  9. Não se esqueçam que já foram "libertados" 3 salários do Aveirense.
    O do Jaime Borges era também "pesadito".

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  10. Meus caros,

    Andam a falar do Banco do Azulejo, como se fosse uma iniciativa da Câmara do Élio. Atenção a Câmara do Élio tem menos de um mês de funções e o programa do Banco do Azulejo já vinha de detrás. Não sei se é uma iniciativa positiva ou não, não se trata de nada disso. Trata-se de chamar os bois pelos nomes...

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  11. Pôr o Paulo Ribeiro fora do TA é talvez o primeiro grande erro desta Câmara. Muitos se seguirão, a começar já pela sua substituição. Paulo Ribeiro já tinha dado provas a nível nacional das suas competências... fica a ganhar a instituição que o acolher agora. A Aveiro resta-lhe esperar para ver, mas qualquer um dos nomes que tem sido veiculado não ultrapassa o de Paulo Ribeiro certamente. Quem será o boy a ganhar este job???? O que quererá para Aveiro??? Que a cultura pare, talvez. Vamos esperar para ver.

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  12. JMO permita-me que reproduza aqui um comentário que foi colocado no meu blog sobre este tema:
    " Alavarium disse...
    H+a neste país a triste mentalidade que só a esquerda é que percebe de cultura e que tem o exclusivo da actividade e criação cultural. São uns pobres coitados os que assim pensam. A Dra Maria da Luz como teve a coragem de dar a cara por um partido de direita, obviamente que não vai contar com os favores dessa pseudo-intelectualidade bem pensante. Mas deixá-los pregar. Enquanto eles vão pregando (e ladrando), a caravana vai passando.... "

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João Oliveira

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