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sexta-feira, 30 de setembro de 2005

Nós precisamos de uma ponte aqui? (Actualizado)

O cidadão comum ficará muitas vezes surpreendido com aquilo que se desenha, se define e se lança nos corredores de quem decide. Fica supreendido porque não sabe, não conhece e mesmo quando a obra avança - nos casos em que é obra - não sabe bem aquilo que é. Muitas vezes porque não sabe compreender os riscos de arquitecto ou desenhador ou porque não "atinge" a razão da dita obra.

Defendi há tempos, publicamente, uma solução que a iniciativa privada usa muito quando pretende vender "sonhos": a representação 3D de todos os projectos, publicitados antecipadamente de forma a que se possam discutir os mesmos. Essa ideia teve eco em propostas concretas e gostava de a ver surgir em Aveiro.

Vem esta conversa sobre a notícia hoje do Diário de Aveiro, onde a Polis refere que está a ver se financia uma nova ponte sobre o Canal das Pirâmides, entre o Rossio e o actual edifício abandonado da EPA. Projecto este que está aprovado em plano de urbanização. Ok, tudo dito, avancemos...

Calma ai. Olhem para a fotografia e digam: Aveiro precisa de uma ponte ali? A paisagem de Aveiro precisa de uma ponte ali? Este é um assunto que importa somente aos proprietários dos edifícios junto à EPA para irem mais depressa para o Rossio/Praça do Peixe ou é de todos os aveirenses?

Em termos de paisagem, faz sentido? Desvirtua ou não esta entrada de Aveiro, por via terrestre ou marítima?

O Eng. Matos Rodrigues, actual responsável máximo pela Polis, apressou-se a publicar um comentário aqui: "Meu caro, permita-me uma pequena nota: a ponte aí, está aprovada no plano de Urbanização da Polis de Aveiro (já publicado em diário da republica), e como deve saber essa zona, no futuro será pedonal, quando a nova entrada da cidade estiver concluida com a nova alameda.Matos Rodrigues ( aveiropolis) "

Caro Eng. Matos Rodrigues, agradeço-lhe a informação e a rapidez demonstrada em esclarecer os assuntos. Como sabe, há muitas pessoas que não ficaram nada contentes com o resultado da consulta pública da Polis. Aliás, sou um descrente das consultas públicas tal como elas são feitas actualmente. Mas ainda bem que existem. Aquilo que defendo também lho digo a si: a zona da Lota e a opção prevista para essa entrada, com mais habitação são os grandes erros de Aveiro. Mas sobre isso falamos depois, quando quiser.
O mesmo se poderia falar da ponte circular pedonal no Cais dos Botirões, mas sobre essa escrevo noutro post.

Virgem ofendida não...

Alberto Souto defendeu-se, ontem no seu blogue e também nos jornais, do "ataque" de Diogo Soares Machado na Assembleia Municipal, que lhe questionou a postura de presidente-candidato. Escreveu no seu blogue "Estava e estou convencido de que tinhamos uma democracia amadurecida e que todos sabem claramente distinguir o que é campanha eleitoral e o que é o exercício das funções de Presidente de Câmara. Que eu saiba nenhum autarca de Municípios equivalentes suspende as funções. Como é que foi em Viseu ? E na Figueira ? E em Ílhavo ? Mas, ontem, na Assembleia Municipal foram feita alusões à confusão entre as duas vestes. Nunca as confundi. Para que não fique qualquer ambiguidade e para que isso não possa servir de argumento falacioso a ninguém comuniquei à Assembleia a minha decisão -que já formalizei - de suspender o mandato até ao dia das eleições". O mesmo relataram o Noticias de Aveiro e o JN. Fez bem. Como manda o ditado, à mulher de César não basta ser, tem de parecer e o seu afã contrasta com o passado. Se não queria parecer, tinha dito ao seu vereador Pedro Silva para não apresentar aos jornalistas, no primeiro dia de campanha eleitoral, um cartão para turistas que só vai ficar pronto, em fase experimental, daqui a quinze dias - nem comento o facto de estarmos no final do Verão.
Eu que viajo de comboio não vi durante o mês de Julho ou Agosto grande ritmo de trabalho nas obras da nova Estação. Mas em Setembro... trabalhavam o fim de semana todo... Será que ficou concluida a tempo das eleições?
O Museu da República teve o seu dia de inauguração marcado para o dia 5 de Outubro. A prova da meia-milha só foi feita para cumprir uma promessa. Porque não estava anunciada em lado algum, logo não foi "pensada" com tempo.

Caro Dr. Alberto Souto, percebe porque é que na mente de Diogo Soares Machado surgiram aquelas dúvidas mesquinhas?

E já agora, o que passou pela cabeça do Dr. Carlos Candal para marcar uma sessão de Assembleia Municipal com a campanha já aberta? Teve sorte, teve quórum...

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Sondagem do Diário de Aveiro

Élio Maia quase alcança Alberto Souto

A coligação Juntos por Aveiro, entre PSD e CDS/PP, está em condições de disputar a vitória nas próximas eleições autárquicas, a realizar no dia 9 de Outubro, a avaliar pelos resultados de uma sondagem efectuada pelo Gabinete de Estudos de Mercado e Opinião do Instituto Português de Administração de Marketing (GEMEO/IPAM).Realizado entre os dias 22 e 24 de Setembro, o estudo de opinião encomendado pelo Diário de Aveiro revela que o socialista Alberto Souto, presidente da autarquia e candidato a um terceiro mandato, é o cabeça-de-lista preferido pela maioria dos 500 inquiridos, mas Élio Maia, que lidera a aliança de partidos de direita, obtém um resultado animador que o coloca em posição de discutir a vitória nas eleições municipais.Os resultados brutos do inquérito atribuem 36,7 por cento dos votos a Alberto Souto, enquanto Élio Maia alcança os 27,8 por cento. No entanto, a diferença entre as duas candidaturas diminui depois de redistribuídos os indecisos pelos partidos em quem votaram há quatro anos ? feito este exercício, o socialista obtém 47 por cento, contra 44 por cento de PSD/CDS-PP.Os números desta sondagem revelam uma grande evolução da candidatura encabeçada por Élio Maia, visto que em Maio, a cinco meses das eleições, este candidato chegava apenas aos 17,7 por cento das intenções de voto, de acordo com um estudo de opinião efectuado então. Nessa data, o actual líder do município logrou atingir os 47,3 por cento, o que significa que as expectativas de vitória de PSD e CDS-PP eram então muito reduzidas.De acordo com a auscultação efectuada aos eleitores do concelho, António Salavessa, candidato da CDU e actualmente o único representante desta força política na Assembleia Municipal, não logra atingir mais do que 0,9 por cento das intenções de voto, sendo mesmo ultrapassado pelo candidato do Bloco de Esquerda, Francisco Vaz da Silva (1,4 por cento). Redistribuídos os indecisos, ambos os partidos de esquerda empatam nos três por cento.Há quatro anos, o PS venceu as eleições autárquicas com maioria absoluta (50,6 por cento dos votos). Distantes ficaram PSD (26,7 por cento com Domingos Cerqueira), CDS-PP (15,4 por cento com Miguel Capão Filipe) e CDU (3,5 por cento, com Manuela Caetano).Ficha TécnicaEste estudo de opinião foi realizado pelo Gabinete de Estudos de Mercado e Opinião do IPAM sob a direcção técnica do Dr. José Albergaria, e obedeceu aos seguintes procedimentos metodológicos:Universo do Estudo: Indivíduos maiores de 18 anos, residentes no concelho de Aveiro, em lares com telefone.Base de sondagem: Constituída pelos lares correspondentes aos assinantes particulares constantes da lista telefónica do concelho de Aveiro.Técnica de amostragem: Bi-etápica, com selecção aleatória sistemática para a determinação do lar, e neste utilizando o método de quotas ou proporcional (sendo as variáveis de controle o «Sexo» e o «Escalão Etário») para a selecção do respondente.Dimensão da amostra: 500 entrevistasMétodo de inquirição: Entrevista telefónicaRecolha da informação: A recolha da informação decorreu entre os dias 22 e 24 de Setembro de 2005, tendo participado um total de 15 entrevistadores e codificadores.

quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Programa da Candidatura "Juntos Por Aveiro" - Élio Maia e Regina Bastos

Como tinha prometido, mas com algum atraso devido a falhas de resposta ao meu pedido, aqui ficam os programas das candidaturas ao concelho de Aveiro.

Página da candidatura na Internet

Tem blog "oficioso" criado por um amigo de infância.

Programa em PDF disponível aqui

Estarão todas disponíveis aqui, neste dia 28 de Setembro, todas com o horário das 21 horas, mesmo tendo sido colocadas antes ou depois...

Programa da Candidatura BE - Francisco Vaz da Silva e Paula Barros

Como tinha prometido, mas com algum atraso devido a falhas de resposta ao meu pedido, aqui ficam os programas das candidaturas ao concelho de Aveiro.

Página da candidatura na Internet

(não tem blog, mas há o número dois da lista tem, o João Martins, que está na minha lista da direita, como Diário de Bordo João Martins)

Programa em PDF disponível aqui

Estarão todas disponíveis aqui, neste dia 28 de Setembro, todas com o horário das 21 horas, mesmo tendo sido colocadas antes ou depois...

Programa da Candidatura CDU - António Salavessa e António Regala

Como tinha prometido, mas com algum atraso devido a falhas de resposta ao meu pedido, aqui ficam os programas das candidaturas ao concelho de Aveiro.

Página de António Salavessa na Internet (não tem blog, a página está arrumada de forma específica) e página do PCP dedicada a esta autarquia

Programa em PDF disponível aqui

Estarão todas disponíveis aqui, neste dia 28 de Setembro, todas com o horário das 21 horas, mesmo tendo sido colocadas antes ou depois...

Programa da candidatura PS - Alberto Souto e Carlos Candal

Como tinha prometido, mas com algum atraso devido a falhas de resposta ao meu pedido, aqui ficam os programas das candidaturas ao concelho de Aveiro.

Página de Alberto Souto na Internet

Blog do candidato

Programa em PDF disponível aqui

Estarão todas disponíveis aqui, neste dia 28 de Setembro, todas com o horário das 21 horas, mesmo tendo sido colocadas antes ou depois...

Ontem decorreu um debate sobre cultura...

A Diva conta quase tudo... :)

Ou pelo menos dá um cheirinho do que aconteceu.

Ecos dos lançamentos dos programas da CDU e da Juntos Por Aveiro

No Noticias de Aveiro e no Público sairam artigos sobre a apresentação dos programas da CDU e da Coligação Juntos Por Aveiro. O link para as noticias do Noticias de Aveiro ficam aqui (CDU) e aqui (Juntos Por Aveiro) e a peça do Rui Baptista fica aqui, para benefício público. Eu sei que o Rui me perdoa...

Coligação PSD/CDS quer ruptura na gestão autárquica de Aveiro...

Élio Maia admite extinguir empresas municipais e aposta na Grande Área Metropolitana
A vontade de fazer uma ruptura em relação à gestão socialista da Câmara de Aveiro é a marca do programa eleitoral da coligação PSD/CDS que foi ontem apresentado. A lista encabeçada pelo independente Élio Maia promete "maior rigor" na gestão financeira da autarquia e "reavaliar" quase todas as decisões tomadas pelo executivo municipal liderado pelo socialista Alberto Souto, que se recandidata a um terceiro mandato. Uma das medidas de maior impacte será a extinção de algumas empresas municipais e a reorganização de outras, como a Aveiro-Expo (que gere o Parque de Feiras Exposições) e a TEMA (responsável pelo Teatro Aveirense)."O objectivo é tentar reduzir as empresas municipais, claramente", disse Élio Maia, no final da apresentação do programa, que foi feito por três técnicos. O extenso programa, do qual não foram distribuídas cópias aos jornalistas, foi elaborado ao longo de quatro meses e meio por um grupo de trabalho que recebeu contributos das concelhias dos dois partidos e ainda de muitos cidadãos que responderam a um inquérito enviado pela candidatura. O programa é marcado pela vontade de fazer diferente de Alberto Souto, mas revela ainda alguns desequilíbrios que irão ser corrigidos numa futura versão condensada, garantiu ao PÚBLICO um membro da candidatura."Neste programa traçamos a nossa filosofia de gestão, mas não é prudente assumir em pormenor o que vamos fazer", justificou Élio Maia, que desta vez não teve ao seu lado os seus apoiantes mais destacados, nomeadamente o líder concelhio do PSD, Ulisses Pereira, o mandatário, Girão Pereira, e a candidata à presidência da assembleia municipal, Regina Bastos. Evidente é a vontade de imprimir um maior rigor à gestão financeira da autarquia, que a coligação considera ser desequilibrada. Neste contexto, é defendida a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis e a criação de condições para atrair investidores para o concelho.A coligação defende ainda que o desenvolvimento do concelho tenha um enquadramento regional e por isso considera que é fundamental apostar na Grande Área Metropolitana de Aveiro, que está num impasse desde a chegada do PS ao Governo. A transparência na gestão e a necessidade de envolver as juntas de freguesia nas decisões que afectem todo o município são outras apostas da equipa de Élio Maia, que considera que um programa eleitoral "não pode ser um mero desfilar de projectos e mais projectos".No domínio das acessibilidades, a coligação reivindica, entre outras coisas, a duplicação do acesso sul à auto-estrada e a construção do eixo estruturante entre Aveiro e Águeda, um projecto que remonta aos tempos em que a autarquia era gerida pelo centrista Girão Pereira. Preconiza ainda a construção de um centro de artes e conhecimento, a constituição de um piquete de intervenção rápida para reparações nas escolas, a "optimização" dos recursos humanos da autarquia e a requalificação dos bairros de habitação social construídos nos mandatos de Girão Pereira. No campo da segurança, defende uma alteração nas funções da Polícia Municipal, que deverá passar a ser uma "polícia de bairro". "A credibilização da classe política passa pela apresentação de projectos credíveis", resumiu, Élio Maia. A CDU quer que pelos menos 20 por cento das despesas de investimento da Câmara Municipal de Aveiro sejam usados em projectos escolhidos por um colégio de presidentes de junta de freguesia. "Esta será uma solução para aumentar os poderes das freguesias", justificou António Salavessa, cabeça de lista da CDU à Câmara de Aveiro, durante a paresentação do respectivo programa eleitoral.O colégio de presidentes de junta de freguesia não está previsto na lei e por isso deverá funcionar como um órgão informal, sem poder vinculativo. "Será um órgão onde deve imperar o bom senso", disse Salavessa, que evitou criticar com severidade o actual presidente da câmara, Alberto Souto, com quem poderá vir a trabalhar directamente, se vier a ser eleito vereador. Salavessa defendeu a celebração de um contrato de saneamento financeiro para o município de Aveiro, que transforme a dívida de curto e médio prazo em dívida de longo prazo, de forma a libertar a autarquia dos seus pesados compromissos financeiros. "O falhanço das medidas de saneamento financeiro promovidas por esta câmara foi absoluto", denunciou o comunista.Ao contrário da coligação PSD/CDS, a CDU não defende a extinção de qualquer empresa municipal, estando até aberta à criação de novas unidades. "Não sei que legitimidade tem o candidato da coligação de direita de criticar as empresas municipais quando faltou às reuniões da assembleia municipal onde o assunto foi discutido", observou Salavessa. R.B.

Amanhã há leitura obrigatória...

Amanhã o Diário de Aveiro é de leitura obrigatória. Aliás, não se esqueçam que a campanha começou já oficialmente. Agora é preciso recolher toda a informação para votar conscientemente. Perceber as promessas e as inverdades, ver onde queremos chegar. Quanto ao Diário de Aveiro de amanhã,não digo mais nada. Depois, aqui, este espaço terá o texto e abrir-se-á aos comentários. Desde que dignos...

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Benfica! Não foi, podia ter sido


Tudo não passou de um sonho, mas podia ter sido bem real. Foi pena, houve ali alguns equivocos e o Benfica ainda não tem aquele estofo que lhe permita entrar em qualquer campo para ganhar. Mas lá chegará!

Isto está a passar das marcas...

Há dias, um candidato atacado violentamente à porta de casa. Hoje, o candidato a presidente de Junta de Freguesia de Santa Maria das Naves (e actual presidente e actual comandante dos bombeiros) foi morto a tiro. Não sabemos se houve relações de causa-efeito mas acho que as pessoas estão a passar das marcas. Calma, para isso mais vale "postarem" anónimos...

Programas aqui no Notas entre Aveiro e Lisboa

Caros amigos,

Hoje são apresentados os dois programas eleitorais que faltavam: o da coligação Juntos Por Aveiro, que decidiu só apresentar o programa no primeiro dia de Campanha e o da CDU, que pensou exactamente o mesmo.

Aqui, no Notas entre Aveiro e Lisboa, irei colocar os quatro programas eleitorais. Para além dos links, irei criar um PDF com os documentos que estão disponíveis, e irei colocá-los aqui.

Para que possam reflectir. E para que daqui a quatro anos seja possível olhar para eles novamente.

E espero que o debate seja melhor do que aquele que anónimos cobardes por vezes colocam neste blog.

Mais uma vez mostram o seu estilo. E no dia 10 de Outubro, já não estarão neste blog, acredito.

O que acham desta noticia?

Autarquia comprou 125 mil euros de publicidade no Aveiro BasketA Câmara de Aveiro decidiu adquirir 125 mil euros de publicidade para promoção de Aveiro nas camisolas da equipa de basquetebol Aveiro Basket, a SAD que é participada em 40 por cento pelo município. A equipa do Aveiro Basket vai participar na principal Liga de Basquetebol.

Já agora, à laia de explicação, queria informar os leitores deste blog do que considero ser, nesta período, uma lógica de ética - chamem-lhe o que lhe quiserem, mas é a minha. Recebi alguns links para pseudo-blogs. Não irei por aqui o link, pois não sou joguete. Se esses blogs continuarem depois do dia 9, então falamos.

Bem, então comentem, que eu depois comento.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Mais um debate...

Mais um debate para esclarecer os indecisos ou aqueles que gostam de ouvir as propostas de todos: Dia 3 de Outubro, 10.00 na TSF: Debate com os 4 cabeças de lista à Câmara Municipal de Aveiro.

Para todo o país!

Pesar pela morte de Cecília Sacramento

Fiquei a saber da morte de Cecília Sacramento pelo Diário de Aveiro. Pela amizade e estima que tenho ao Vasco Sacramento e à sua mãe e minha professora de português no secundário, Clara Sacramento, aproveito para lhes dar os meus pêsames pelo falecimento e ao mesmo tempo mostrar gratidão.

Aveiro vai perdendo algumas das suas memórias vivas.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

O Novo Candal...


Afonso Candal deve ter tido um colapso ao ver a Visão desta semana. "Será que tenho um irmão algures?" deve ter pensado, ao ler o título sugestivo desta croniqueta da secção Periscópio. Mais amarelo deve ter ficado ao ver os dotes oratórios-trauliteiros do seu pai associados a Alberto Souto, por quem filho e pai não morrem de amores na Federação Socialista...

Alberto Souto falou grosso a Francisco Louça... e Afonso... lá teve que engolir este "parentesco"

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Campanha vista de Lisboa IV - Alguns apontamentos ao blog de Alberto Souto

Ontem estive acordado até tarde mas não fui o único... Alberto Souto também esteve, dando-nos a conhecer as suas opiniões sobre um novo pavilhão para o Esgueira, a meia-milha marítima, o ter cumprimentado o Vaz da Silva e o discurso do lançamento do livro. E o cansaço já era grande, decerto, porque não nos disse o que esteve a fazer no domingo e parte da segunda-feira. Pelo menos a ver o Beira-Mar ganhar, o presidente esteve! E bem.

Aqui ficam as minhas notas, porque o Dr. Alberto Souto merece que lha diga: "Eu sei que parece uma loucura" - não repita. Não é uma loucura fazer a meia-milha. É um eleitoralismo pegado, isso sim, e porque não chamar as coisas pelos nomes? O Dr. Alberto Souto foi ao seu programa e viu que ainda não tinha feito esta e zás. A sério. Não sabe que numa lógica de marketing ou se começa a fazer uma coisa bem ou se estraga essa coisa? Deve saber. A meia milha era e é um bom projecto. Até gostava de estar à frente desse projecto. Mas não desta maneira. Porque faz com que nasça um nado-morto, uma prova que todos chamam de eleitoralista... etc, etc.

Eu acompanho bastante as modalidades amadoras e deu-me vontade de rir que este ano - porque será... - Aveiro organizou duas provas que eu gostava de ver repetidas: os 10 km e esta meia-milha que não sei se acontecerá. Este ano. Depois de ter deixado cair meetings como o de Santa Joana por falta de verbas, por exemplo. Esta não foi uma gestão continuada, que se notasse com uma estrutura vertebral contínua. Foi casuística. Espero estar enganado, Dr. Alberto Souto. era bom sinal para Aveiro. Mas podemos falar nisso melhor, noutra altura.

Quanto ao Pavilhão do Esgueira, gostei das suas palavras. Acredito nelas. E vi no seu texto a admiração de notar como há homens de palavra. Quando contrata os serviços de uma empresa pequena, ou média, ou grande, imagine aquilo que eles pensam da Câmara de Aveiro. Não tem nada a ver com o sentimento que sentiu.
Imagine o que é alguém como eu, que estou sempre a defender Aveiro, a ler nos jornais, durante mais de um ano, as constantes mentiras sobré a situação do Aveiro Basket, que nos dois últimos anos deu uma péssima imagem da cidade. Espero que recupere, espero que Aveiro recupere. Estamos todos a contribuir para isso.

Campanha vista de Lisboa III - Gestão comunicacional

Já não consigo perceber, caro Élio, metade da sua campanha.

Sei que foram detectados, de forma correcta, os "handicaps" da candidatura de Alberto Souto. A saber: a componente financeira - sejam as dividas, taxas, seja a má gestão dos dinheiros; as obras no centro da cidade e correspondente abandono das freguesias rurais; a pouca preocupação social/associativa.

Tendo em conta os "erros" do adversário, deve ter montado uma estratégia - denunciar aquilo que estava mal, como disse nas entrevistas ao Diário de Aveiro e ao Público na componente financeira e de taxas - e passar a mensagem que, consigo, as coisas iam melhorar para as freguesias rurais (vamos ser directos, são 10 versus 4).

Até ai tudo bem. Só que as quatro freguesias urbanas: Vera Cruz, Glória, Esgueira e Santa Joana - não toda mas podemos acrescentar as franjas populacionais ao redor da cidade de parte de São Bernardo e Aradas, concentram metade dos sessenta mil recenseados (dados das últimas legislativas).

Ora, onde estão as ferramentas que são necessárias para passar a mensagem a essa faixa populacional? Novos cartazes? Folhetos para dizer aquilo que vai fazer em forma resumida? o programa eleitoral, seja numa versão extensa, seja numa versão mais agradável? Uma sede de campanha no centro da cidade?

É que a sua campanha, de formiguinha, funciona bem nas freguesias rurais... Mas não funciona na faixa urbana dos 25-45...

Caro Élio, eu sei que se calhar nem metade destas faltas é sua culpa. Mas é o Élio Maia que vai ser confrontado com isso a 10, se perder as eleições...

Dois links importantes...

Para acompanhar as eleições, o Júlio Almeida publicou duas peças interessantes. Numa faz o retrato das campanhas possivelmente mais imprevisíveis e refere alguns números das eleições do ano passado. Simples de ker e muito interessante.

No outro, dá a conhecer as homepages para "navegarmos" pelas páginas criadas para as autárquicas pelos putativos candidatos a...

Duas visitas que recomendo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Esqueci-me do mais importante...

Ontem quando referi aos eventos da campanha, esqueci-me do jantar-debate que já amanhã, é promovido pelo Lions Club de Aveiro. Os 4 candidatos à presidência da Câmara: Alberto Souto (PS), António Salavessa (CDU), Élio Maia (Juntos Por Aveiro) e Francisco Vaz da Silva (BE), vão contactar directamente a assistência, sendo possível a todos os que quiserem e puderem participar uma oportunidade de colocar questões aos quatro candidatos, directamente. O Jantar Debate terá lugar no restaurante João Capela, em Aradas e a receita do evento (o ingresso, com jantar incluído pressupõe um donativo no valor de 25 euros) reverte a favor da obra social desenvolvida pelo Lions Clube de Aveiro. Os bilhetes estão à venda nas Juntas de Freguesia, na loja do Diário de Aveiro (C.C. Glicínias), no restaurante João Capela e nas sedes de campanha dos partidos. O Jantar está marcado para as 20h00 e o início do debate está previsto para as 21h30, com moderação da presidente do Lions Clube de Aveiro, Fernanda Pineda.
O Lions Clube de Aveiro merece os parabéns!

Para além disso, o dia 04 de Outubro ficará marcado por debate em dose dupla: pelas 18 horas, AveiroFM, 96.5 FM: Debate com os 4 cabeças de lista à Câmara Municipal de Aveiro. Uma hora antes, na Terranova, são os cabeça de lista à Assembleia Municipal: Candal vs Regina?

terça-feira, 20 de setembro de 2005

Então como é que ficamos?

Esta meia-milha de Aveiro em Natação parece-me uma boa ideia. Claro que "cai do céu" mas tendo em conta que é organizada pela Câmara - em conjunto com os três clubes de natação da cidade - parecia mesmo uma boa iniciativa. Claro que acho estranho que seja a Câmara a organizar tudo, mas percebo a parte dos clubes que esperam apoios camarários...

Bem, o que não entendo é a questão sanitária. O Presidente diz que a água está melhor do que nunca - o que é verdade - e o delegado de saúde lembra que a água está longe de ser aceitável - o que também é uma verdade absoluta... E o mesmo desaconselha as pessoas a participarem.

Sugestão minha aos que se aventurarem... Façam como nos sugeriram uma vez, em Triatlo, com uma água pouco simpática: usem fato completo e evitem, por favor, engolir pirolitos... Força Atita e boa prova!

Para ficar a conhecer as Autárquicas 2005

Dois links diferentes mas fundamentais:

Um mais oficial, o do Grupo Impresa que agrega os vários materiais produzidos pela SIC, Visão e Expresso, disponibiliza muito material sobre as autárquicas e convida todos a participarem. Dá um link para um blog que deverá ser dinamizado pelo Jornal "O Aveiro" sobre as autárquicas na blogosfera. Mas ainda está vazio.

Um outro, mais alternativo, mas que merece a visita foi criado pela equipa do Dolo Eventual e é um catálogo virtual dos cartazes que tornam Portugal mais bonito... ou muito mais feio :) Também merece uma visita bem humorada. Pelos Caminhos de Portugal!

Esta é a semana decisiva


Estamos na semana decisiva para Aveiro, em termos de autárquicas, dada a quantidade e a importância das iniciativas que estão previstas para esta semana mas não só. Também para a parte psicológica das eleições, quando estamos prestes a entrar na campanha autárquica "oficial".

Começou-se a semana com a "surpreendente" (utilizo o termo porque concordo, em parte, que a hasta pública dos terrenos do centro não foi propagandeada de forma totalmente visível e a do Mário Duarte só foi conhecida em todo o país pela polémica com o Beira-Mar, felizmente resolvida) venda de terrenos em hasta pública que não surtiu os feitos desejados. Isto é, fixou deserta.

Alberto Souto tentou vender em lotes um conjunto de terrenos de grande importância urbanística mas devia ter percebido que o tempo não está para grandes investimentos, que o mercado imobiliário está no limite... Mas louvo-lhe uma coisa: marcar para esta data a venda é de homem. Já sabia que ia ouvir críticas, como as que ouviu de António Salavessa em vários jornais e mesmo assim avançou.

Ontem também foi o dia do lançamento do livro dos discursos e intervenções de Alberto Souto. Felizmente, e o senhor presidente sabe a minha opinião, expurgado de artigos de opinião demasiado polémicos...

Outros dois pontos altos desta semana são a apresentação do programa do candidato Élio Maia, o momento que a coligação espera como de alavanca para uma campanha vitoriosa e o início da última Assembleia Municipal deste mandato, que vai ser a mais política de sempre... a Campanha passará pela Capitânia...

Nota: para quem quer ler os artigos sobre a venda dos terrenos, veja o JN, Noticias de Aveiro e Diário de Aveiro (o Público, com um bom texto de Patricia Coelho Moreira, é de leitura reservada a assinantes)

Morreu Simon Wiesenthal

Para grande parte dos leitores deste blog, este nome não diz nada. Para Aveiro, muito menos. Mas para mim diz. Simon Wiesenthal era o nome que presidia a uma quantidade apreciável de livros que eu li durante os últimos anos e que tenho, de um dos temas que mais me interessa, a Segunda Guerra Mundial.

Sobrevivente aos campos de concentração, Simon Wiesenthal não esqueceu e tornou-se no maior, se calhar único, detective, criando uma estrutura que servia de suporte à criação de processos contra nazis.

Um site a visitar e alguém a quem recordar.

Porque não pode haver só reconciliação, quando as guerras são de ódio.

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Vaz da Silva responde a Souto...

Vaz da Silva enviou-me gentilmente a resposta dele ao Dr. Alberto Souto. E eu publico, desde já com a ressalva de: a) não sou assessor de imprensa do BE (longe disso) e apenas publico este comunicado por vir no encadeamento das várias referências. No entanto, não estou a publicá-lo na integra. Para isso, Vaz da Silva deverá ter os seus meios - site, etc - próprios...
(sem link porque este comunicado não está online, por enquanto, em lado nenhum).

Vaz da Silva refere que "Tendo sido acusado de ?deturpação dos factos? e ?falsidade política e factual? , com base nas afirmações feitas na apresentação da candidatura do BE às próximas eleições autárquicas e do respectivo Programa, no que diz respeito aos custos do estádio Municipal de Aveiro, respondo com os dados oficiais que são de consulta pública (através do endereço de internet: www.portugal2004.pt/homepage/homepage.html - site da sociedade anónima Portugal 2004, SA , constituída por Decreto ? Lei nº 268/2001, de 4 de Outubro) - O Estádio Municipal de Aveiro tinha inicialmente um custo de referência de 29.927.874 euros + 1.357.228 euros para estacionamentos, ou seja, 31.285.102 euros. No que diz respeito ao valor final da obra, que é de 62.487.928 euros, respondo novamente, com a consulta ao relatório de ?Avaliação do Impacto Económico do EURO 2004? da autoria do consórcio liderado pelo Instituto de Economia e Gestão, ISEG, da Universidade Técnica de Lisboa formado com as seguintes entidades: Instituto Superior de Economia e Gestão; Universidade Católica Portuguesa (Porto); Universidade do Minho e Universidade do Algarve, e que está disponível para consulta no no site da Portugal 2004 atrás referido, na área de avaliação económica dos documentos, com o título "Relatório Sintese".

Ele tambem refere que "Para melhor confirmação, verifica-se que o relatório do Tribunal de Contas (Maio de 2004) é também revelador ao afirmar inequivocamente que o Estádio Municipal de Aveiro estava orçamentado em 31 milhões de euros e custou 64 milhões de euros. Assim, não é verdade o que a candidatura de Alberto Souto afirmou. Afinal quem fala a verdade aos Aveirenses? A quem cabem, como uma luva, os insultos gratuitos e desesperados bramidos pela candidatura de Alberto Souto? E qual o motivo que os determina?"

Por fim, refere que no site do Bloco já lá estão o manifesto e o programa de candidatura do BE, para Aveiro, está disponível para consulta, desde dia 13 de Setembro, no seguinte endereço www.emblocoporaveiro.org. Aí apresentam um conjunto de ideias, próprias, com vista a construir um espaço para a vida na nossa cidade bem diferente do círculo do betão e das obras inúteis.

Link: http://forum.emblocoporaveiro.org/viewtopic.php?t=40

Post Scriptum...

Caro Dr. Alberto Souto,
Agradeço a referencia que me faz. Os Posts Scriptum não são, obviamente, proibidos em blogs. Eu não digo isso. São, é, um recurso antigo, utilizado no tempo em que, numa carta escrita a tinta, nada mais se podia rasurar e já se tinha assinado para referir um assunto que tinha sido deixado para trás.
Nos blogs, e noutros textos da era da informação, há outros recursos estilisticos possíveis para resolver isso: numerar os assuntos, escrever um novo post, dar subtítulos, fazer links, etc. Mas esteja à vontade com eles. Por mim, pode usar os recursos que quiser, e também os posts scriptum.
Já agora deixo-lhe uma dica: nos settings - formatting - show pode alterar a forma como os utilizadores vêem o seu blog. Em vez de estar na pagina somente o ultimo que escreveu, pode ter mais - tipo cinco... que facilita a leitura e o encadeamento das respostas.
Bons posts Joao Oliveira

Alberto Souto respondeu a João Martins

Deste Alberto Souto gosto muito mais. Calmo, reflectindo, separando claramente as águas da critica construtiva ao terrorismo político das declarações do BE.
Muito melhor.

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Alberto Souto e os blogs...

Alguém deve ter enviado o meu comentário sobre a falta de presença dos candidatos nos seus próprios blogs. Vai dai, Alberto Souto, escreveu duas vezes consecutivas no seu, a última das quais esta. Discorrendo sobre a blogosfera. Claro que fez o comentário típico do iniciado, do deslumbrado que acha que há coisas bestiais e de bestas...

Como não deve estar a referir-se aos meus textos (posts) e sim aos comentários (algo que não permite no seu blog), não vou perder mais tempo, saudando apenas a sua presença online e esperando que esse hábito se mantenha.

Para além de dar os parabéns ao seu filho, queria também deixar-lhe duas notas pessoais: em relação aos seus posts scriptum (algo que não tem cabimento algum num blog, mas enfim, perdoa-se a um iniciado) o candidato Alberto Souto é baixo demais para comentar "Não consegui ouvir o Élio na rádio. Parece que ninguém se lembrou de o ouvir. Para quando é que ele estará a guardar as ideias ? Ou será que se confirma que não tem ?") e deslumbrou-se este ano com o PS2: O estágio de Dança no Teatro Aveirense foi um sucesso, com lotação esgotada. É que no ano passado, com o estágio quase sem dinheiro, ninguém o viu numa brilhante gala final onde a Dra.Marilia Martins teve que ouvir alguns comentários pouco simpáticos e dar umas palavras de rodapé... lembrando a escassez de dinheiro.

Um candidato dizer de outro que não tem ideias?

Número dois do BE responde a Souto

A polémica está para durar.

João Martins, número dois da Lista do BE à Câmara de Aveiro (candidato independente) resolveu responder de forma pessoal a Alberto Souto. O texto, que foi enviado ao cuidado do candidato e publicado aqui, no seu blog pessoal (que está também na coluna da direita) é directo ao assunto: descrevendo a questão dos dinheiros do Estádio...

A ler, sem dúvida

Quanto a mim, não havia, mesmo, necessidade de utilizar palavras minhas, no texto. Mas eu não sou anónimo, dou a cara pelo que escrevo e não me quero ver envolvido na questiuncula BE/AS...

Entrevista de Francisco Vaz da Silva ao Público

Devemos apostar nos transportes e na Educação de Aveiro

Mais um serviço público, do Público, desta vez por Patricia Coelho Moreira.
Francisco Vaz da Silva é o cabeça de lista da primeira candidatura do Bloco de Esquerda à Câmara de Aveiro. O designer já foi apoiante de Alberto Souto, mas diz-se "profundamente desiludido" com o segundo mandato do autarca.
O candidato bloquista garante que corre para presidente do município e não para vereador. Para o caso de chegar apenas à bancada da oposição, Vaz da Silva avisa desde já que não passará "cheques em branco" a ninguém.

PÚBLICO - Porquê agora a primeira candidatura do BE à Câmara de Aveiro?

Francisco Vaz da Silva - Ponderámos a hipótese nas eleições anteriores, mas achámos que não tínhamos condições. Somos uma organização ainda jovem, temos algumas dificuldades organizativas. Discutimos isso e ponderámos, até porque alguns elementos do Bloco, como eu, foram apoiantes do candidato Alberto Souto nas primeiras e nas segundas eleições a que ele concorreu.

Ficou desiludido com o segundo mandato de Alberto Souto para agora concorrer contra ele?

Fiquei profundamente desiludido, mas não queria pôr isto em termos de estar a concorrer contra ele. É evidente que vou concorrer contra um conjunto de ideias, iniciativas e práticas que ele teve, sobretudo ao longo do segundo mandato, com o qual não nos identificamos e estamos radicalmente contra. Esta decisão de envolver a autarquia na construção do Estádio Municipal de Aveiro foi desacertada e veio trazer problemas gravíssimos de endividamento. Grandes apostas como esta, que envolvem verbas de 12 milhões de contos, supõe-se que sejam para trazer algum benefício, alguma contrapartida.

Considera que o estádio foi apenas uma despesa?

Considero que foi uma despesa desnecessária. Aliás, não foi só cá, foi por todo o país. Alberto Souto veio com a desculpa de que toda a gente aprovou na Assembleia Municipal, e isso é verdade e lamentamos. Houve gente que manifestou reservas no início, mas essas vozes foram abafadas pelo entusiasmo e pelo frenesim que existiram.

Que modelo de gestão defende agora para o estádio e para o parque desportivo?

Tenho sérias dúvidas relativamente à concretização do parque desportivo, porque temos uma empresa completamente endividada e não sei que verbas estão envolvidas. Mas se Aveiro já se afundou com o investimento, não queremos que a situação seja ainda pior. Era importante fazer um debate com toda a gente, para se encontrar formas de rentabilizar este investimento e, sobretudo, fazer face aos custos de manutenção. Uma medida poderia ser a realização de espectáculos que atraíssem grandes multidões, como é feito em outros países. Não tenho nenhuma solução para resolver o problema, mas acho que devemos procurá-la em conjunto.

Concorda com a utilização dos terrenos do antigo Mário Duarte para construção?

Não, estou radicalmente contra. Acho que esses terrenos também deveriam ser objecto de avaliação e discussão, em termos da melhor solução, vendo se deveriam, por exemplo, ser anexados ao hospital, contribuindo para viabilizar alguma possibilidade do seu crescimento.

Que outras falhas encontra na gestão de Alberto Souto?

Nos últimos anos, tem crescido um "sem-número" de empresas municipais, cujo alcance e interesse não conseguimos perceber, porque vão prestar serviços que, supostamente, a câmara deveria prestar. Se virmos que parte substancial dos administradores dessas empresas são também autarcas e dirigentes na câmara, ficamos com a sensação que na câmara não conseguem ser eficientes e passam a sê-lo nas empresas municipais. Somos contra a criação de empresas municipais, que deveriam ser objecto de estudo e reavaliação, e deveriam prestar contas públicas, como deveria prestar a câmara aos seus contribuintes. Isto é fundamental e insere-se numa perspectiva de transparência na administração, que defendemos.

Qual é a política que o BE propõe em alternativa à da actual gestão camarária?

Passa por fazer uma aposta forte numa série de áreas que foram completamente votadas ao abandono. É fundamental apostar nas áreas social e educacional e pensar como é que a cidade se vai desenvolver. Devíamos promover a renovação do parque escolar, o que pode passar por novas edificações ou requalificações. Também houve um desinvestimento muito grande nos transportes colectivos. É fundamental uma interligação entre os diferentes municípios. Sabemos que em Ílhavo não há transportes públicos, mas talvez fosse possível criar, através de uma autoridade metropolitana de transportes, condições para que houvesse articulação

Acha que o desfecho das autárquicas é previsível, em Aveiro?

Não sei. Nenhum de nós anda a fazer campanha, neste momento, como os outros candidatos, que têm outra disponibilidade e capacidade. Temos um conjunto de ideias para defender e vamos fazer o possível por chegar às pessoas. Se as pessoas gostarem e acharem que merecemos a sua confiança, teremos um bom resultado.

Um bom resultado será ultrapassar a CDU?

Não, não entro em concorrência com a CDU nem com ninguém. A CDU não é nossa adversária, não constitui objectivo de ultrapassagem. Todas as forças políticas têm direito à sua existência e terão os votos que merecem. Nós esforçar-nos-emos por ter o máximo de votos e, se possível, ganhar a câmara.

Acredita que vai ser eleito vereador?

Acredito que tenho que lutar por um conjunto de ideias, que tenho que sensibilizar as pessoas. O meu objectivo não é ser vereador, o meu objectivo é ser presidente da câmara.

Qual será o papel do BE, se chegar à oposição em Aveiro?

Se estivermos na oposição, não passaremos cheques em branco a ninguém. Vamos defender aquilo que nos propomos fazer, designadamente em matéria de transparência, proximidade e políticas a favor dos cidadãos. Quanto a viabilizar isto ou aquilo, vai depender de uma série de circunstâncias, analisaremos cada situação.

Qual o modelo de desenvolvimento do BE para Aveiro? Passa por uma política de intermunicipalidade?

É um modelo que passa por investimento claro no bem-estar das pessoas, na qualidade de vida, na melhoria da educação, da mobilidade, dos transportes públicos, numa política de proximidade com as pessoas, numa ligação forte à universidade, numa política de turismo que possa ser importante no apoio ao comércio tradicional. Se os autarcas estiverem preocupados com a população, conseguem entender-se, ou assistimos a um conjunto de comunicados e guerras verbais que não levam a nada.

Mas Aveiro é apontado como um município exemplar em termos de qualidade de vida...

Ou a exigência é muito pouca ou as pessoas nunca viram o que é viver num sítio com qualidade de vida. Basta sair de Portugal e ver, às vezes em cidades bem maiores do que as nossas, o que é poder circular à vontade, poder usar a bicicleta. Em Aveiro, não se pode andar de bicicleta e tivemos uma coisa extraordinária, que foi o lançamento da BUGA (Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro). Mas não foram criadas vias cicláveis.

Que solução preconiza para resolver o problema de endividamento da autarquia?

Antes de mais, era fundamental todos nós sabermos qual é o nível de endividamento, porque ninguém consegue dizer qual é o valor. Alberto Souto diz que a capacidade de endividamento da câmara não está posta em causa, mas não sabemos o que isso quer dizer, e nenhum dos partidos avança com valores iguais. Alberto Souto disse que ia reduzir a dívida em oito milhões de euros, mas não é verdade. O que ele fez foi adiar a dívida, com custos inerentes. Sabendo qual o nível de endividamento, talvez se possa pensar que tipo de decisões é que um executivo tem que tomar para fazer face a essas dívidas.

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Campanha vista de Lisboa II - Élio Maia

Caro amigo,

Não sei quem o está a aconselhar politicamente. Digo-lhe sinceramente duas coisas: gosto de uma campanha que vá às pessoas. Que esteja diariamente em contacto com elas, que vá ter com elas e que fale. Nesse aspecto concordo totalmente com a sua visão.

No entanto, numa campanha moderna há passos que têm de ser dados. A comunicação social e a informação pública modelam o pensamento dos líderes de opinião, que influenciam muitas pessoas. Tendo em conta isso, está a falhar redondamente. O seu site, que foi uma lufada de ar fresco, é neste momento uma desilusão. (se bem que eu já comento os outros partidos...). As entrevistas, boas, sofrem de falta de aconselhamento político: já passou a mensagem do buraco financeiro, utilize a´próxima para falar dos seus projectos.

Aliás, é aí que falha tudo: a divulgação dos os seus projectos. Como é que a candidatura que mais cedo teve o seu documento programático pronto seja a última a apresentá-lo? Como é que me explica que não lhe tenham estabelecido uma campanha de divulgação de projectos pontuais, por determinadas pessoas, começando a referir os projectos de grande impacto? Ai a sua campanha falha rotundamente...

Campanha vista de Lisboa I - o Bloco e Souto...

Com esta entrada, vou iniciar uma série de curtos comentários à campanha, vista de Lisboa.

Hoje vi o blog do Alberto Souto, pela primeira vez, dar sinal de vida. É pena que depois de um mês e meio de pouca actividade. Mas enfim, chamar o BE de bandalho político é merecedor de uma entrada.

O que se passou? O BE apresentou a sua candidatura em Aveiro a criticar o excessivo gastos de verbas no Estádio. A dizer que passou para o dobro. Pois, esqueceram-se que Alberto Souto é perito em utilizar os valores e jogá-los a seu bel-prazer. Se o BE tivesse dito que o valor que o executivo camarário e a assembleia municipal aprovaram como custo era um e o que foi a adjudicação era outro, estavam correctos. Assim, deram o espaço para Alberto Souto e o PS elogiar o seu amiguinho Miguel Lemos para dizer que o Estádio de Aveiro foi "um caso exemplar"...

A linguagem de Alberto Souto chega a roçar o baixo nível, em especial quando usa esta expressão: "Não sei se a Paula Barros tem um ?amigo colorido?, não sei se o Vaz da Silva ainda tem um pingo de vergonha, sei que o Francisco Louçã, ao afirmar o que afirmou, se mostrou aos aveirenses como um charlatão da política" mas há uma verdade absoluta que tenho de confessar. É que o BE não se pode queixar, dado que tem nas suas fileiras Francisco Louça, esse cancro da democracia, esse arauto da mentira e que faz com que as pessoas dignas se mantenham longe...

Entrevista ao Público de António Salavessa

Mais uma magnífica entrevista de Rui Baptista. A ler...

Aveiro precisa de um contrato de saneamento financeiro

A CDU parte para as eleições autárquicas com o objectivo de eleger pela primeira vez um vereador em Aveiro e de, pelo menos, manter o actual vogal de que dispõe na assembleia municipal. António Salavessa garante que precisa de três mil votos para ser eleito e vaticina que, apesar das críticas à sua gestão financeira, Alberto Souto deverá continuar a liderar o município.
Na bela sede do PCP, na Avenida do Dr. Lourenço Peixinho, fazem-se as contas aos votos necessários para eleger um vereador da CDU nas autárquicas de 9 de Outubro. António Salavessa quer exercer no executivo municipal a mesma vigilância sobre a câmara que o tornou respeitado na assembleia municipal.

PÚBLICO - Que avaliação faz do trabalho da câmara nos últimos quatro anos?

ANTÓNIO SALAVESSA - Normalmente, o discurso da oposição é de crítica e de desmontagem daquilo que se vai fazendo, ao mesmo tempo que aponta alternativas. Nestas eleições vamos fazer isso, mas não queremos negar o que foi feito. Não queremos negar as obras que foram realizadas pela câmara, seria uma estupidez negar as evidências. Mas não podemos deixar de chamar a atenção para algumas questões.

Por exemplo?

Estamos a falar de uma câmara que gastou todos os recursos do seu orçamento, que gastou 20 milhões de euros de contas de outros através de empréstimos, e que gastou recursos actuais e recursos futuros, aumentando o endividamento. Se gastou recursos próprios e recursos alheios, seria inconcebível se não houvesse obra para apresentar. Mas no manifesto que distribuiu pelo concelho, o presidente da câmara faz um enunciado de acções e intervenções municipais, misturando obras que saem do orçamento municipal, outras que saem do orçamento do Polis e outras ainda que saem do orçamento da Refer ou de outras entidades, em que a participação municipal foi exígua ou igual a zero.

Esses gastos colocam em causa o equilíbrio financeiro do município?

Não queremos reduzir a discussão na campanha eleitoral à situação financeira da câmara. Há questões que têm a ver com a própria direcção das obras, os custos em muitas delas dispararam, como por exemplo no Teatro Aveirense, nos paços do concelho ou na requalificação do edifício da capitania.

Mas a câmara pode ser responsabilizada por atrasos que têm a ver exclusivamente com os empreiteiros, ou por factores que escapam ao seu controle, como aconteceu na capitania?

Sim. Falta de acompanhamento das obras, de controlo de fiscalização da acção dos empreiteiros. Tal como, em termos gerais, a situação financeira tem provocado o agravamento da situação. Hoje toda a gente sabe que não há empreiteiro que apresente orçamento à câmara que não conte com a demora no tempo de pagamento, inflacionando os custos. E isto acontece não só com empreiteiros, mas também com fornecedores de bens e serviços. Há recursos que são delapidados porque já não são gastos a fazer, mas a amortizar dívidas. A câmara tem uma reputação merecida de má pagadora. Numa entrevista no início do mandato, Alberto Souto queixou-se da dívida que herdou da gestão do CDS/PP, mas afinal isso não parece ser problema, porque essa dívida aumentou exponencialmente. Estamos a falar de uma dívida de curto prazo que aumentou 11 vezes desde o fim do primeiro mandato de Alberto Souto, mas também da dívida a médio e longo prazo.

De que maneira é que a sua eleição pode inverter essa situação?

Há que começar pelo próprio funcionamento da câmara. Não podemos aceitar o estilo, a forma de funcionamento da câmara actual, em que os vereadores não têm conhecimento dos dossiers com tempo suficiente para os estudarem, sem que seja sequer respeitado o Código de Procedimento Administrativo em vigor. O presidente da câmara é centralizador e pouco transparente em muitos dos actos que pratica. Se a maioria está disposta a aceitar esse funcionamento, um vereador da oposição que se assuma como tal tem que exigir o cumprimento das regras de funcionamento democrático plasmadas na lei. É preciso um regimento da câmara que não seja contrário ao Código Administrativo. Em relação à dívida, há muito que a CDU tem vindo a reclamar um contrato de saneamento financeiro, como o que Setúbal realizou no início deste mandato. Há que criar condições que permitam o pagamento de todas as dívidas de curto prazo e a sua transformação numa única dívida de médio, longo prazo, em condições especiais, injectando todo este dinheiro que está em dívida nos credores, grande parte deles empresas do concelho ou da região.

Concorda com Alberto Souto quando este diz que terminou o "ciclo do betão"?

Há um ciclo de betão que não pode ser concluído, como por exemplo o do betuminoso. Há ainda muita estrada que precisa de intervenção, não só em termos de pavimento, mas também em obras mais profundas. E é preciso continuar o ciclo de betão no ensino básico e na habitação social. É evidente que é preciso mais obra no conjunto do concelho, mas os aspectos da qualidade de vida e ambiental merecem uma atenção maior. Já há quatro anos avisámos que é preciso olhar para além do betão e se agora o presidente reconhece que isso é necessário nós limitamo-nos a registar este atraso.

O objectivo é eleger um vereador

Esteve 14 anos na Assembleia Municipal de Aveiro como único vogal eleito pela CDU e agora avança com uma candidatura de risco à câmara. Não é trocar o certo pelo incerto?

A candidatura à câmara foi decidida pela CDU, pelos meus camaradas, e julgo que é a sequência lógica da presença na assembleia municipal. É tempo de a assembleia ser assumida por outros elementos da coligação, nomeadamente pelo António Regala, no pressuposto de que o mandato está certo, tendo em conta que os resultados eleitorais da CDU garantem a sua eleição. O corolário da intervenção da CDU na assembleia, que é considerada positiva pela generalidade dos observadores, será a passagem para a câmara. Até porque o tempo que passei na assembleia deu-me mais bagagem do que muitos outros candidatos. Na assembleia, há o acompanhamento geral da vida municipal e o conhecimento e intervenção em muitos problemas. O desafio é transportar essa experiência para a vida do executivo.

Qual é o objecto eleitoral da CDU em Aveiro?

É a eleição de um vereador, a presença na assembleia municipal e nas assembleias de freguesia. Os objectivos são: mais votos, mais mandatos. Não vamos quantificar, mas é evidente que este objectivo de eleger um vereador é realista. Provavelmente, são necessários menos de três mil votos para eleger um vereador, até porque, recordo, o PSD elegeu três vereadores com menos de nove mil votos nas últimas eleições. E convém lembrar que estamos num concelho com mais de 50 mil eleitores. Isso significa, evidentemente, um grande reforço da votação na CDU na câmara municipal.

Nesse contexto, é candidato a presidente de câmara ou apenas a vereador?

Do ponto de vista formal, não há qualquer dúvida de que sou candidato a presidente da câmara. Mas penso que o realismo e o bom senso aconselham a que diga que aquilo por que nós lutamos é pela presença da CDU na câmara municipal, no sentido de que essa voz pode significar uma melhoria no funcionamento da câmara e pode significar uma alteração qualitativa na vida dos aveirenses.

Nas últimas legislativas, a CDU teve menos votos do que o Bloco de Esquerda. Agora o BE concorre também à câmara. Isso não pode roubar eleitorado à CDU?

Mas acha que Francisco Louça é candidato em Aveiro? Eu acho que não. São eleições completamente diferentes, não se podem comparar. Em termos nacionais, e mesmo no distrito, nós subimos de votação nas últimas legislativas. Colocarmos um objectivo de subir agora de votação tem pouco a ver com os resultados do Bloco de Esquerda. Apesar do resultado, para alguns surpreendente, que o BE teve nas últimas legislativas, a verdade é que a CDU subiu em votos, em mandatos e em deputados. Nas contas políticas entram também as pessoas e, se compararmos as listas da CDU e do BE em Aveiro, encontra-se pelo menos uma diferença: a CDU não precisou de ir buscar candidatos a Ovar e à Feira para completar as listas municipais, como fez o Bloco. Temos um objectivo e, para o cumprir, temos que ir buscar votos a quem se absteve nas últimas eleições e também a eleitores do PS, do PSD ou do PP que acreditem que a eleição de um vereador da CDU vai trazer uma alteração qualitativa da vida municipal.

Prefere ser vereador de uma câmara presidida por Alberto Souto ou por Élio Maia?

Prefiro claramente ser vereador da CDU. Estamos convencidos de que, apesar das críticas, o dr. Alberto Souto continuará como presidente da câmara. Não sentimos na candidatura do bloco de direita a energia, a vitalidade, a dinâmica para conseguir superar a diferença de votos que teve nas últimas eleições, mesmo somados [os votos dos vários partidos], relativamente a Alberto Souto. A direita está claramente em perda em termos nacionais e também distritais. Não acredito na possibilidade de Élio Maia ser o próximo presidente da câmara. Mas, mesmo que o fosse, teria da nossa parte a mesma atitude, a mesma posição de princípio em relação à sua presença nos órgãos autárquicos, que é a de apoiar os bons projectos, independentemente de quem os propõe, e de rejeitar os maus projectos, independentemente de quem os propõe.

terça-feira, 13 de setembro de 2005

Uma óptima notícia

Segundo o Diário de Aveiro, Paulo Ribeiro vai ser o novo director do Teatro Aveirense.

Paulo Ribeiro, último director artístico do Ballet Gulbenkian e anterior director geral e artístico do Teatro Viriato, de Viseu, será o novo director geral e artístico do Teatro Aveirense.A Câmara de Aveiro aprovou ontem, após proposta do Conselho de Administração da empresa municipal Teatro Municipal de Aveiro, a contratação de Paulo Ribeiro para exercer aquelas funções.Segundo um comunicado ontem emitido pela autarquia, Paulo Ribeiro «aceitou o desafio de ser o responsável, durante os próximos três anos, pela condução dos destinos» da instituição. A apresentação do novo director será feita no próximo dia 20, no Teatro Aveirense. Com a entrada de Paulo Ribeiro, João Aidos - com quem o Diário de Aveior tentou, em vão, falar ? abandona a direcção artística da instituição e o Conselho de Gerência.

Sem dúvida que esta é uma óptima notícia: Paulo Ribeiro é um programador e director de nível nacional, que tornou o Teatro Viriato num local vísivel e com programação consistente e contínua. Vamos ver o que fará por cá, mas a troca é claramente positiva.

A entrevista de Élio Maia ao Público

Igualmente autoria do Rui Bapstista, um serviço público para os cidadãos aveirenses.

Não é sério a câmara fazer obras e não pagar

Élio Maia, que encabeça a lista de coligação PSD/CDS-PP, critica violentamente a gestão de Alberto Souto, considerando-a pouco séria do ponto de vista financeiro. O candidato independente alerta para uma eventual asfixia financeira do município devido ao volume de empréstimos e promete pôr em prática uma "política de proximidade" aos cidadãos se for eleito presidente da Câmara de Aveiro.
Por Rui Baptista (texto) e Adriano Miranda (foto)

Aos 50 anos, Élio Maia joga tudo por tudo para chegar à presidência da Câmara de Aveiro, depois de ter passado quase duas décadas à frente da Junta de Freguesia de São Bernardo, onde deixa uma obra reconhecida até pelos seus adversários. Na sua sede de campanha, em São Benardo, cheia de voluntários e com as paredes decoradas com fotografias do candidato e mapas eleitorais, Maia promete uma gestão mais virada para as pessoas do que para os grandes empreendimentos de betão.

PÚBLICO - Como avalia a gestão de Alberto Souto à frente da Câmara de Aveiro?

ÉLIO MAIA - No primeiro mandato surgiu com ideias novas e globalmente fez um trabalho equilibrado. Mas, com a mesma isenção com que reconheço isto, também me parece que, a partir da reeleição e da sua posterior filiação partidária [no PS], tudo mudou, para pior. A sua postura mudou. Passou a haver um distanciamento crescente em relação aos cidadãos. No ano passado, por exemplo, enquanto presidente de junta, andei dez meses para ser recebido pelo senhor presidente de câmara, apesar de ter efectuado esse pedido reiteradamente por escrito. Este relacionamento deficiente do presidente da câmara com os presidentes de junta não me parece saudável para o concelho. As juntas de freguesia não têm sido vistas como parceiros privilegiados da câmara, não têm sido potenciadas. A câmara faz apenas uma reunião por ano com os presidentes de junta, o que me parece muito pouco. Esta foi uma das questões que me fizeram aceitar o convite para encabeçar a lista conjunta à câmara entre o PSD e o CDS-PP.

O senhor queixa-se de dificuldades para chegar à fala com Alberto Souto, e este, por sua vez, queixa-se de que o presidente da Junta de São Bernardo falta sistematicamente às reuniões da assembleia municipal. Chamou-lhe mesmo "relapso da democracia local"...

Não vou responder a esse tipo de afirmações. Ficaria muito feliz se essa fosse a única acusação que me fazem em 20 anos de vida autárquica. Eu não me candidatei a nenhuma assembleia municipal. Eu disponibilizei-me, perante os meus cidadãos, para exercer um cargo, que é o de presidente de junta. Depois, por inerência, desempenho outros cargos, mas nunca falhei nas mais de 600 reuniões de junta e de assembleia de freguesia. Nos cargos para os quais me candidatei não tenho falhado. E sempre que havia incompatibilidades de horários, porque a junta tem reuniões públicas todas as semanas, eu optei sempre pela freguesia, pelos cidadãos. Se eu tivesse ido à assembleia municipal tinha ganho senhas de presença. Mas eu preferi respeitar as pessoas que me elegeram e o cargo para o qual fui eleito.

Tem andado a estudar as contas da câmara. Já chegou a alguma conclusão?

A gestão que a câmara tem tido nos últimos tempos, nomeadamente em termos financeiros, é altamente preocupante. Este não é o tipo de gestão que seja séria. Não é sério fazer obras e não pagar. Ser caloteiro não dignifica ninguém. Nós contactamos diariamente com múltiplos fornecedores da câmara e a informação que nos chega, confirmada pelo relatório que a câmara apresentou à assembleia municipal em 31 de Dezembro de 2004, é a de a Câmara de Aveiro deve quase 30 milhões de contos [150 milhões de euros]. E isto é grave. Dever 30 milhões de contos não é uma boa perspectiva e hipoteca o futuro, até em função das receitas que a câmara tem. Serão os nossos filhos a pagar aquilo.

Alberto Souto diz que a dívida de curto prazo da câmara não ultrapassa os 15 milhões de euros. Concorda com estes números?

Eu tenho muito receio quando separamos dívidas de curto, médio ou longo prazo. A câmara deve aquele dinheiro todo. Não deve só o curto. Deve o curto, o médio e o longo prazo. E quando se passam dívidas de curto para médio prazo não se rasura nem se apaga a dívida. Antes pelo contrário: aumenta-se a dívida! Isto é incontrolável. Quem vai pagar aquela dívida não são as pessoas de Ílhavo, de Albergaria ou de Oliveira do Bairro - somos nós, os aveirenses. Isto é grave. E depois registam-se aumentos brutais das taxas, que é uma maneira da câmara obter receitas para minorar a situação. E o simples facto de acumular dívidas significa que tudo nos vai custar muito mais, por causa dos juros. Nós, nesta candidatura, sentimos que transportamos a esperança de muitos cidadãos de que isto possa mudar. A actual situação financeira da câmara é muito má.

Se for eleito vai pedir uma auditoria às contas da câmara?

Se formos eleitos, a primeira coisa que temos de fazer é uma inventariação extremamente rigorosa de todos os compromissos que a câmara tem. Precisamos de apurar a verdade nua e crua acerca da situação da câmara. Se ela for razoável, como diz o actual presidente, podemos prosseguir o nosso trabalho. Se ela não for razoável temos o dever de levar a situação ao conhecimento do órgão máximo da autarquia, que é a assembleia municipal. Só depois de conhecer a verdadeira situação da câmara é que podemos começar a agir.

Cargo de vereador está em aberto

Se não for eleito presidente da câmara, vai assumir o lugar de vereador?

Nestes 30 anos que levo de movimento comunitário, autárquico, sempre ocupei todos os cargos para que fui eleito - e eu fui sempre eleito para todos cargos que desempenhei. Estou de corpo e alma para servir Aveiro naquilo que Aveiro precisar, seja em que cargo for. Para mim, a questão não é o cargo, é antes a possibilidade de dar o meu contributo.

O facto de encabeçar uma inédita lista de coligação PSD-CDS/PP traz-lhe responsabilidades acrescidas?

Claro. E também por isso vamos fazer tudo para ser merecedores dessa responsabilidade. Porque se trata de uma distinção.

O seu mandatário é Girão Pereira, que foi presidente da Câmara de Aveiro durante 18 anos. Tem-se aconselhado com ele?

O dr. Girão tem sido espectacular. É uma mais-valia. É uma pessoa que conhece profundamente a câmara, onde esteve 18 anos, e que dá muita credibilidade a este projecto.

Causou alguma perplexidade o facto de a lista da coligação ser encabeçada pela ex-secretária de Estado da Saúde Regina Bastos, que fez toda a sua carreira política em Estarreja, concelho onde ainda mora. Esse facto não pode vir a revelar-se prejudicial em termos eleitorais?

Na constituição das listas há um triângulo, há três vértices: a realidade, dois partidos, um candidato. O resultado final pode não corresponder de facto àquilo que cada um queria, mas representa seguramente aquilo que todos queriam em conjunto. No caso da Regina Bastos, a perspectiva é mais intermunicipal. Isto parece-me também ter sido uma das falhas da câmara municipal, que viveu sempre muito virada para si, fechada sobre si. E há aqui questões e projectos e problemas que têm que ser resolvidos em conjunto com os concelhos vizinhos.

Apostou-se no betão e esqueceu-se o cidadão

Na apresentação do programa eleitoral, Alberto Souto disse que o ciclo das grandes obras em Aveiro estava concluído. Concorda?

Saudamos este acto de contrição do presidente. Também temos um pouco essa ideia. Apostou-se no betão e esqueceu-se o cidadão. Saudamos essa proposta mas desejamos ardentemente que ela não surja apenas em período eleitoral. As promessas nesta altura valem o que valem. Nós temos na nossa posse os compromissos que foram assumidos pelo mesmo candidato há oito e há quatro anos e houve centenas e centenas de promessas que não foram cumpridas.

Quando é que vai apresentar o seu programa eleitoral? Pode adiantar algumas propostas?

Em princípio, no dia 21 de Setembro. Eu não gostaria muito de desvendar a ponta do véu, mas gostaríamos de criar postos de atendimento municipal em diversos locais, numa política de proximidade, e gostaríamos também que fossem optimizadas as novas tecnologias de comunicação, partilhadas por toda a comunidade. Estamos a pensar também numa assembleia de freguesia, que é outro órgão de proximidade. O envolvimento das pessoas, a participação das pessoas é uma riqueza de valor incalculável. Parece-me que tem havido um grande afastamento da câmara e dos cidadãos e temos que quebrar isso. A autarquia é nossa, dos cidadãos. O eleito tem que assumir as suas responsabilidades, tem que mandar, tem que ser o líder e definir metas e objectivos, mas nunca se pode esquecer que é o representante das pessoas e que está lá para pugnar pela defesa dos interesses delas, ouvindo-as, auscultando-as e estando disponível para respeitar as suas opiniões. A minha experiência autárquica de 20 anos - sim, porque eu não cheguei agora aqui vindo do estrangeiro - indica que, com os cidadãos, podemos fazer coisas notáveis.

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Entrevista de Alberto Souto no Público

Aveiro encerrou o ciclo das grandes construções
O socialista Alberto Souto promete dar prioridade à cultura e à educação se vier a ser reeleito como presidente da Câmara de Aveiro. E embora defenda o agrupamento de municípios para a prossecução de objectivos comuns, considera que a Grande Área Metropolitana de Aveiro "é um nado-morto". Por Rui Baptista
Numa sala despida da sua sede de campanha, virada para a principal artéria da cidade, Alberto Souto reclama obra feita. "Fiz muito com pouco dinheiro", responde aos que o acusam de falta de rigor financeiro. O autarca, que se diz determinado a "pôr a ciência na rua", põe a tónica na redução do passivo da autarquia e considera justas as taxas máximas aplicadas pelo município.

PÚBLICO - O seu programa de acção para os próximos quatro anos está, na opinião de um dos seus colaboradores mais próximos, cheio de "obras imateriais". Ou seja: pouco cimento, pouco investimento. Porquê?

ALBERTO SOUTO - Aveiro encerrou o ciclo das grandes construções e do betão. Temos saneamento básico que praticamente cobre toda a população, um sistema viário num estado muito razoável e os grandes equipamentos foram também construídos. Neste mandato temos que apostar na construção do novo parque escolar, as escolas do século XXI. E faltam-nos algumas vias estruturantes, como seja a ligação Aveiro-Águeda e a duplicação do acesso sul à auto-estrada. A proporção entre grandes obras e a aposta em projectos "imateriais" vai inverter-se. Estamos a entrar numa fase em que vale a pena apostar na qualificação das pessoas.

Há uma nova filosofia na sua gestão autárquica?

Há uma adaptação das nossas perspectivas aos novos tempos. Não há dúvida que Aveiro é um cluster de novas tecnologias e dispõe de uma singularidade ambiental que deve ser valorizada em termos turísticos e outros.

A aposta é na qualidade de vida, como disse na apresentação do seu programa eleitoral?

Sim, acentuando uma tendência que vem de trás. Estamos em condições de passar para o patamar superior, sobretudo na cultura e na educação. As comunidades constroem-se com a satisfação das necessidades mais elementares, mas também com a satisfação das necessidades mais espirituais, mais imateriais. E nós estamos numa fase em que me parece importante elevarmos as nossas necessidades em termos culturais.

Mas faz sentido gastar dinheiro com uma estátua holográfica nas Pontes, como defende a sua candidatura, quando as pessoas do bairro degradado da ilha do Canastro continuam a viver em condições indignas, por exemplo?

É evidente que a ilha do Canastro já devia ter sido suprimida e é absolutamente prioritária. Mas nós temos um conjunto de necessidades intelectuais que não desaparecem pelo facto de haver alguma miséria ainda. E na ilha não há bem miséria, há mais degradação. Nós temos capacidade para resolver as duas coisas ao mesmo tempo. Por exemplo, na requalificação do espaço público, em vez de estarmos a recuperar o repuxo e a estátua da personalidade da terra, preferimos apostar num programa de decoração e estatuária associadas à ciência e à investigação, que ponha a ciência na rua. Vamos ter um conjunto de ícones, de experiência da ciência aplicada a intervir na cidade, e a fazer desses ícones uma marca distintiva da cidade.

É função da autarquia financiar a ligação dos cidadãos à Internet, ou oferecer computadores aos professores, como promete a sua candidatura?

Em Aveiro temos que ter a ambição de que nenhum estudante, de qualquer nível de ensino, pode ficar privado de um instrumento hoje em dia fundamental, que é ter um computador em casa e ter acesso à Internet. Não sei se é caro, sei que tem um custo, mas o custo de não os ter é muito maior e paga-se muito mais caro depois. Investir na educação, de forma a facultar, de forma generalizada, o acesso a esses meios das novas tecnologias parece-nos um excelente investimento.

O seu projecto de fazer da ria de Aveiro património mundial tem viabilidade?

Vamos ver o caderno de encargos da UNESCO, mas penso que passa pela despoluição total da ria.

Mas fez a promessa antes de conhecer o caderno de encargos?

Fiz. Estas coisas têm encargos diferentes, até porque estamos a falar de património natural. Vai ser exigido um conjunto de parâmetros para que essa classificação possa ser obtida. Mas, sobretudo, esse é um objectivo mobilizador que pode congregar os esforços de todas as entidades que interferem na ria, como câmaras municipais, administração do Porto de Aveiro, Ministério da Agricultura e Pescas, Capitania do Porto de Aveiro, empresários, etc. O que interessa é que este legado natural possa ser preservado e protegido. Isto é um teste também à nossa capacidade de construirmos algo em conjunto e esta é a altura de passarmos da retórica aos actos e acreditarmos que a cooperação intermunicípios pode dar frutos concretos. Em Aveiro tem dado frutos nos sistemas intermunicipais, como a Simria ou Associação de Municípios do Carvoeiro.

É nesse contexto que surge o desafio que lançou ao presidente da Câmara de Ílhavo, para que os dois municípios preparem em conjunto os próximos orçamentos e planos de actividades?

Essa proposta não é apenas uma picardia de campanha. Eu acredito que era um exemplo que dávamos ao país, estaríamos a ser inovadores em termos cívicos. Dada a contiguidade dos territórios e a total confluência da vida das pessoas de Ílhavo e Aveiro, era urgente que pudéssemos preparar os documentos de forma concertada, numa perspectiva de optimização dos recursos escassos, até para não estarmos a repetir investimentos ou equipamentos que podem existir num município ou no outro.

Está a defender um agrupamento de municípios semelhante ao que foi defendido pelo anterior Governo?

Eu sou favorável aos agrupamentos de municípios. O quadro jurídico que estava estabelecido era um de grande fragilidade, porque criaram-se expectativas, mas ficou tudo dependente da vontade política do Governo em transferir meios e competências. O engenheiro Ribau Esteves tem-me criticado por eu faltar às reuniões da área metropolitana, mas neste momento a área metropolitana é um nado-morto. O engenheiro Ribau está a presidir a um cadáver adiado que não tem perspectivas de ressuscitar.

terça-feira, 6 de setembro de 2005

Oita com cinema

Na altura em que a hipótese do Cine-Clube ir para o Oita falhou várias pessoas falaram sobresse assunto aqui no blog. Agora, a notícia é que o Cine-Clube de Aveiro vai mesmo "estabelecer-se" no Oita, com sessões diárias.

Vai ter apoio camarário durante seis meses - de 550 euros - e conseguiram que a empresa proprietária descesse em cinquenta por cento o valor então pedido: 1470 euros... Por isso, o subsídio camarário é de dois terços da renda.

Vamos ver agora qual a estratégia, qual o marketing e que público vão ter. Ver se Aveiro merece ou não.

Curiosamente, a CMA faz com que o Teatro Aveirense deixe de ter ciclos regulares de cinema, como os que o CCA vinha lá fazendo. Noticia sobre o assunto no DA e no JN.

O Blog do Turista fez um ano...

O Turista é um dos blogs que fui descobrindo com o tempo e que é da nossa terra. Logo, foi adicionado na coluna da direita e é uma das minhas passagens semi-habituais.

Tem algumas "secções imperdíveis... Claro que tem o defeito de ser do Sporting. Mas vale a pena passar por lá! Para lhe dar os parabéns, por exemplo!

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

Como não tenho tempo para comentar

Sugiro que visitem estes links:

Souto e Ribau - Agora, em plena campanha autárquica é que vêm falar em trabalho em conjunto... Leia aqui e aqui...

Mais um blog dedicado ao Beira-Mar, que depois colocarei na coluna da direita...

As perguntas desaparecidas...

Como sabem, leio o Diário de Aveiro online (está para breve o colmatar dessa falha) e descobri este fim de semana que havia três perguntas, feitas ao Dr. Alberto Souto que não estavam na versão online. Provavelmente devido a ter sido feita, graficamente, "uma caixa" como se designa no meio jornalístico e por isso estarem num ficheiro à parte.

Bem, detalhes técnicos também à parte, o facto é que estas perguntas eram MESMO interessantes e estão agora disponíveis no próprio Blog do Dr. Alberto Souto... que mesmo assim está muito pobre para blog e ainda mais porque não existe site oficial.

Aqui ficam as ditas:

A colocação de um «outdoor» da sua candidatura na praia da Costa Nova, em Ílhavo, foi uma provocação ao seu homólogo local?

Não, não teve nenhum intuito provocatório, nem de falta de respeito às gentes de Ílhavo. Ribau Esteves já não se recordará, mas eu tenho muito gosto em lembrar que, há oito anos, eu fiz campanha nas praias da Barra e da Costa Nova sem problemas, mas agora interpretou-me mal. Portanto, eu quero explicar que a Lei Eleitoral não proíbe o que fiz e peço desculpa de ter tido essa imaginação, mas como os aveirenses e os meus eleitores estão nas praias da Costa Nova e da Barra durante os meses de Julho e Agosto, nós fomos ao encontro deles. Eu penso que Ribau Esteves perdeu uma boa oportunidade de colocar um cartaz seu na rotunda do Marnoto, porque muita gente de Ílhavo vive ou trabalha em Aveiro. Com naturalidade, digo que acabados os meses de praia e de férias, o cartaz vai regressar a Aveiro onde estão os aveirenses. Devo ainda acrescentar, a propósito desta questão, que fiquei surpreendido com a reacção dele.

Como estão afinal as relações com o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo?

Eu sempre tive boas relações pessoais com o Engenheiro Ribau Esteves e o fundamental é que se crie um clima de relacionamento institucional que permita concretizar os projectos intermunicipais que são decisivos para a região. Era bom que Ribau Esteves não privilegiasse a guerrilha partidária em deterimento daquilo que é o interesse comum da região. Há projectos fundamentais para todos que passam pela capacidade de humildade política que todos devemos ter. E eu tenho-a tido, tenho tido uma paciência enorme, fechando a olhos a muitas coisas, não ouvindo outras, desvalorizando as pequenas picardias e ?trocas de galhardetes? e espero que no próximo mandato, sejam quais forem os presidentes que venham a ser eleitos, se possam entender, a bem de toda a região. É isso que as populações esperam de nós, uma cooperação acrescida entre Aveiro e Ílhavo e não compreendem que se ande a ?trocar galhardetes?, às vezes colocando em causa o ritmo de concretização de alguns projectos.

A questão da Simria é exemplo de um certo tipo de relacionamento que não deve repetir-se?

O que aconteceu na Simria foi uma golpada partidária e o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) veio a dar-me razão. Foi pena termos que chegar ao STJ para reconhecer um erro e uma insensatez. Mas eu não posso forçar as pessoas a serem sensatas e razoáveis mas penso que tudo deve ter um limite. Pena que tenha sido o STJ a fazê-lo. Mas há mais exemplos. Estou a lembrar-me do traçado do caminho-de-ferro para o qual chamei a atenção há sete anos na perspectiva de que era necessário proceder-se ao Estudo de Impacto Ambiental. Na altura, ouvi tudo de todos, e ao fim de sete anos está-se agora a concluir o estudo, porque, entretanto, aperceberam-se que ele tinha que ser feito. Lamento muito todo o tempo que estas coisas levam, mas a vida faz-se com os parceiros políticos que temos e por vezes nem sempre estão à altura das circunstâncias e da dimensão estratégica dos projectos.

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

Jorge Ferreira faz ataque cerrado...

A Alberto Souto no artigo de opinião de hoje, publicado no Diário de Aveiro e que o autor colocou online, no seu blogue.

Sintomático o seu pessimismo no país e nos cidadãos que temos com a conclusão final do artigo, definitivamente uma leitura obrigatória...

Élio Maia tem blog também

Não é só no site que vamos poder ver as opiniões sobre a campanha da "Juntos por Aveiro". O seu candidato máximo, Élio Maia, tem um blog a si dedicado em http://eliomaia.blogspot.com

Assumidamente criado e escrito por um amigo, muito bonito em termos visuais e já com mais conteúdo do que o de Alberto Souto - espero muito mais dos dois, é certo... - mostra que em termos digitais, Élio Maia está bem!

Merece uma visita.

quinta-feira, 1 de setembro de 2005

Élio Maia já tem site

Bonito e bem construido. Vamos ver se fica com mais conteúdos a partir do dia 7. Na sua apresentação renovou a sua disposição sobre a questão dos impostos, em declarações transcritas no Noticias de Aveiro.

E Alberto Souto, um mês depois de ter posto o seu blog no mundo, lá colocou online o texto que escreveu sobre o questionário no Diário de Aveiro. Espero que não seja uma vez sem exemplo e que comece a escrever na blogosfera.
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