Os Amigos da Avenida vão debater hoje, numa tertúlia, os assuntos "Ponte Pedonal" e "Praça Melo Freitas" numa altura completamente desajustada da realidade. Mas ainda bem que que se discute, pelo menos.
Como a própria notícia o diz, há um ano os Amigos da Avenida alertaram para as questões e acharam que deveria existir mais debate. Mas o concurso público era do conhecimento internacional e a localização um dos instrumentos pré-definidos. Era nessa altura que deveria ter sido feita a escolha: junto a antiga EPA (modelo Polis) ou localização "Parque Sustentável". Aliás, a primeira pergunta era saber se a estratégia Polis, de fecho da rua dos Galitos e da entrada da cidade por essa rua, ainda se mantém como perspectiva.
Debates destes, depois das escolhas já definidas (quando a ponte começar em discussão, ai, acreditem, vão existir mais uns quantos que não vão gostar) não faz grande sentido se o objectivo é lançar a discussão sobre as políticas de planeamento. Como qualquer especialista sabe, as ferramentas de opinião e decisão, que muitas vezes os políticos também não gostam de as usar, têm prazos, momentos e decisões. Há o momento da discussão, muitas vezes fechada, da decisão e da acção.
Os Amigos da Avenida, ao discutirem depois da decisão tomada (e ao contrário de outros casos) não estão, na minha opinião, no melhor caminho. Este é um assunto em que os próprios amigos perderam o timing...
Directo ao assunto: Não gosto da ponte no Canal Central e preferia-a junto à antiga EPA. Mas isto é um gosto pessoal, não pretendo moldar o gosto de milhares ao meu.