Buba nos jornais desportivos de hoje: "Na Liga, um erro dá golo".
Pois, premonitório. E aconteceu o 2-1.
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sexta-feira, 29 de setembro de 2006
Inovar-te. Sempre
Estive ontem na livraria/sala de exposições da Universidade de Aveiro, a convite do grupo de empreendedores que lançou a Inovar.te e que já tinha dado à cidade e à universidade o ciclo de debates "Innov8".
Foi por isso com prazer que pelas 20.08 (oito e oito, percebem o simbolismo) que assisti ao lançamento. Garra e vontade não lhes faltam e mostraram que uma nova geração, em Aveiro, encara as coisas de frente e avança com projectos, sabendo reconhecer o sucesso e o fracasso, e pensa alto. Um rico conjunto de presenças lá - Jorge Alves, Borges Gouveia, Rui Falcão entre muitos outros - serviu para por alguma conversa em dia e matar saudades.
Parabens a todos, em especial ao meu amigo Nuno Terrivel. Boa sorte. Mostraste que a inovação e o empreendedorismo não é só uma palavra vã.
E não se esqueçam! Comprem a revista e dêem um salto ao site.
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
Ler o Sol e Gostar II
Como vos tinha referido na nota anterior, foi com agrado que li - obviamente sem falsas ilusões - que cerca de um quinto dos questionados sobre a forma de governo de um país ibérico Portugal mais Espanha - referem a monarquia.
É agradável saber que não somos um nicho. Agradável notar que pensa diferente na forma de Governo não são somente os saudosistas, os Velhos do Restelo e lunáticos... Ou então Portugal tem muitos desses :)
A verdade é que a sondagem vale o que vale. É mais importante referir que, cada vez mais, as pessas questionam-se, comentam... Gostei de ver a capa da Just Leader deste mês mas mais do que isso, do conteudo da entrevista.
Por muito que haja quem não goste...
É agradável saber que não somos um nicho. Agradável notar que pensa diferente na forma de Governo não são somente os saudosistas, os Velhos do Restelo e lunáticos... Ou então Portugal tem muitos desses :)
A verdade é que a sondagem vale o que vale. É mais importante referir que, cada vez mais, as pessas questionam-se, comentam... Gostei de ver a capa da Just Leader deste mês mas mais do que isso, do conteudo da entrevista.
Por muito que haja quem não goste...
sábado, 23 de setembro de 2006
Notas sobre Ler o Sol e Gostar
Li hoje o número dois do Sol e gostei de saber que numa lógica de pais ibérico, cerca de um quinto dos questionados preferia ter como modelo de Governo a monarquia.
Interessante. Voltarei a esta temática mais tarde! :)
Interessante. Voltarei a esta temática mais tarde! :)
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
Notas curtas
1) Jardel marcou, o Beira-Mar ganhou (por 2-0, sendo o segundo de Alcaraz) num jogo morno. Prefiro, como simples adepto, a rapidez de Wegno e Jorge Leitão mas haverá muitos jogos que Jardel irá resolver, desta forma. Mas o Beira-Mar tem de perder o medo (Correcção: anteriormente estava momento) de rematar!
(pouca gente no Estádio)
2) Li uma noticia no Público de hoje, a uma coluna ou pouco mais, que me chocou. Uma freira de 70 anos foi assassinada em Mogadiscio (não reconheço qualificações para considerar aquilo um país, por isso refiro-me apenas à cidade). Na mesma noticia há declarações de um porta-voz, anónimo, do movimento islamista a referir que a pessoa que a assassinou podia estar com raiva por causa das palavras do Papa. Já o xeque Abubukar referiu que quem ataca Maomé deve ser morto. Estas frases, de pessoas com responsabilidades dão azo a um pedido e um desabafo. O desabafo? Há quem ainda não tenha saido da Idade das Trevas no Século XXI, percebendo-se perfeitamente o discurso do Papa. O Pedido? Não há por ai um missil perdido que se possa enviar para Mogadiscio?
(pouca gente no Estádio)
2) Li uma noticia no Público de hoje, a uma coluna ou pouco mais, que me chocou. Uma freira de 70 anos foi assassinada em Mogadiscio (não reconheço qualificações para considerar aquilo um país, por isso refiro-me apenas à cidade). Na mesma noticia há declarações de um porta-voz, anónimo, do movimento islamista a referir que a pessoa que a assassinou podia estar com raiva por causa das palavras do Papa. Já o xeque Abubukar referiu que quem ataca Maomé deve ser morto. Estas frases, de pessoas com responsabilidades dão azo a um pedido e um desabafo. O desabafo? Há quem ainda não tenha saido da Idade das Trevas no Século XXI, percebendo-se perfeitamente o discurso do Papa. O Pedido? Não há por ai um missil perdido que se possa enviar para Mogadiscio?
segunda-feira, 11 de setembro de 2006
Notas para não esquecer (II)
11 de Setembro de 2001. Já tinha regressado do almoço e estava na redacção da "A Capital". A televisão estava no noticiário quando dão o aviso do acidente. Começo a acompanhar com alguns editores do Nacional e Internacional, enquanto procuro na Internet mais novidades. Assisto estarrecido ao segundo embate. Começa ai uma viagem que durou até às 20 horas. Presenciei o 11 de Setembro na Net. Fica aqui o relato desta história, publicado na "A Capital".
Um abraço ao Ulisses. Nesse dia, um amigo seu morreu. Dedicou-lhe um post magnifico na SIC Online, onde escrevia as suas análises. O post está também neste link (procurar por post publicado por druida).
A Internet e as telecomunicações mundiais tiveram um grande teste com as trágicas notícias desta semana. O terror que se viveu na América foi uma dura prova para meios online e para os serviços de telecomunicações mundiais
Terror pela Web
As longas 24 horas do desastre
João Manuel Oliveira (com agências)
O terror que assolou a América e o mundo inteiro, provocando uma quantidade de vítimas ainda impossível de quantificar provocou igual onda de colapso, consternação e corajosas atitudes no meio cibernético e no sector das telecomunicações, numa demonstração da dinâmica gerada pela Internet. Com efeito, e numa altura de extrema crise, houve a lucidez para desenvolver algumas iniciativas rápidas, tendo este acontecimento sido uma lição sobre os novos métodos de jornalismo online, de utilização das telecomunicações e da capacidade de resposta a uma tragédia cujas repercussões ainda estão pouco definidas.
Os tráficos acontecimentos na América, ocorridos ao início da manhã nos EUA - final da hora d almoço em Portugal - foram um verdadeiro teste às telecomunicações mundiais e à capacidade de organização das diversas instituições. O FBI, por exemplo, tinha criado, menos de 24 horas depois do acontecimento um link especial na página do Centro de combate à fraude e aos crimes de "colarinho branco, cujo endereço é http://www.ifccfbi.gov, um espaço onde pode-se "comunicar qualquer informação de que se disponha sobre estes crimes", anunciou o procurador geral dos Estados Unidos, John Ashcroft. "É necessário que as pessoas sejam corajosas em situações como esta. Peço a quem quer que tenha informações que possam ser úteis para as autoridades que aproveitem esta oportunidade", acrescentou. Ao mesmo tempo, foi também criado um número telefónico gratuito, para prestar informações sobre vítimas, possíveis vítimas ou sobreviventes.
Caos telefónico
O caos telefónico que se instalou nos EUA - e o engarrafamento de chamadas cujo destino era Nova Iorque provocou, por outro lado, acontecimentos diversos. Se na quarta-feira tinha sido já salvos quatro pessoas por terem conseguido, no meio dos escombros, telefonar para a polícia a indicar a sua localização, as primeiras horas de pânico e os excessos de tentativas fizeram "calar" as redes de telemóveis e mesmo as comunicações fixas.
A Verizon Communications, que perdeu dez antenas da sua rede móvel optou por tornar grátis os telefones públicos da área de Manhattan, durante a tragédia, possibilitando inclusivé que esses telefones pudessem receber chamadas. Foi a partir desses telefones que muitas pessoas conseguiram avisar as famílias que estavam sãos e salvos. A empresa também verificou um aumento para o dobro do volume normal de chamadas originadas para as duas cidades atingidas pela tragédia.
Outro caso ligado, de forma tráfica, a estes acontecimentos relacionou-se com a autorização que os passageiros dos aviões desviados tiveram de comunicar com os seus entes queridos, despedindo-se, como foi o caso da mulher do procurador-geral do Supremo Tribunal de Justiça, a família Olson, cuja mulher era jornalista e morreu num dos aviões que chocou contra as torres do World Trade Center.
Em Portugal, o governo criou duas linhas telefónicas para informações sobre o acompanhamento de portugueses que possam ter sido eventuais vítimas desta tragédia, sob a dependência do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que estão ao serviço dos cidadãos 24 horas por dia, com os números 213946406 e 213946420.
Os portugueses recorreram, também, ao serviço de informações da PT (118), nomeadamente para saber o número de telefone da TAP que permite obter esclarecimentos sobre a partida e chegada dos voos. Outras das informações pretendidas relacionavam-se com uma hipotética linha especial de informações sobre os Estados Unidos e como podem ligar para os EUA, para além de pretenderem saber alguns números de telefones de serviços noticiosos. Por outro lado, as chamadas telefónicas de Portugal para os Estados Unidos aumentaram nessa terça-feira, em média, cerca de 2.500 por cento, tendo atingido um pico de 93 mil tentativas/hora quando o normal é de 2.300. O congestionamento das linhas nos Estados Unidos gerou dificuldades em completar as chamadas, conseguindo-se, em média, a terminação de apenas oito por cento das tentativas para Nova Iorque e 30 por cento para o resto dos Estados Unidos. Na hora seguinte ao atentado o número de tentativas de chamadas telefónicas subiu para 25 mil e atingiu o pico entre as 15 e as 16 horas, com 93 mil ligações.
Curiosamente, depois da acalmia registada ao final da tarde de terça-feira, o número de chamadas efectuadas entre as 11 e as 12 horas de quarta-feira voltou a sofrer um aumento de cerca de 119 por cento, explicado, em parte com as pessoas que ainda não tinha conseguido contactar com familiares na véspera e queriam contactá-los logo ao início da manhã - 6/7 horas em Nova Iorque
ISP's aumentam
Nos acessos à Internet, a rede da Telepac registou uma duplicação dos pedidos de entrada, sobretudo em sites de informação norte-americanos. Este tipo de tráfego houve dificuldade de resposta, com muitos pedidos de acesso a serem mal sucedidos. A empresa registou mesmo picos de pedidos superiores a cem por cento na altura mais crítica de falta de informação, entre as 14 e as 16 horas de terça-feira em Portugal. A falta de resposta de grande partes dos sites americanos motivou o encaminhamento de muito desse tráfego para sites nacionais. Quer a ONI, quer o Clix registaram aumentos significativos de acessos internacionais, que no caso da ONI atingiram os 30 por cento.
Acompanhar passo a passo
Em Portugal, as emissões televisivas viram a sua programação completamente alterada, com programação especial contínua desde que se soube da tragédia. E da mesma forma, dada a ânsia de notíocias, os sites respectivos foram dos mais procurados.
O caso da RTP foi o mais curioso dado que esta tragédia serviu como uma simulação "real". Estando a preparar um novo site, com um projecto Internet novo desde que romperam o acordo com a Pararede, Francisco Teotónio Pereira e a sua equipa repararam na possibilidade de "serem úteis às pessoas, fornecendo-lhe uma página simples, de modo a que pudessem acompanhar as notícias". Sem ser um site conhecida pela informação em tempo real, a infra-estrutura tecnológica aguentou as 90 mil visualizações e o serviço de vídeo-streaming esteve sempre perto do limite.
Para a TVI, a terça-feira foi um dia "angustiante" para toda a infra-estrutura tecnológica, dado que por norma é o dia em que o site do Big Brother atinge picos de audiência, rondando as quinhentas mil visualizações. Só que com a tragédia dos EUA, e todos os vídeos online, a página da TVI teve audiência similar ao Big Brother, ultrapassando o meio milhão de visualizações, como foi referido ao Info&Net por Paulo Bastos, da TVI Online. Devido a isto, foi pedida à KPNQWest uma largura de banda de 50Mb por segundo, de modo a suportar tudo.
Para José Alberto Carvalho, o pivot da SIC e director da SIC Online, o dia de ontem foi extenuante mas que serviu para testar os limites. "Logo a seguir ao almoço tivemos um aumento extraordinário de pedidos", tendo crashado o sistema. Optaram, desde ai, por abandonar o sistema dinâmico, com recurso a base de dados, tendo criado uma página inicial estática que fornecia os links e as últimas actualizações. Também foram alocados recursos de servidores e de largura de banda, que atingiu os 30 MB por segundo, de modo a aguentar o tráfego.
José Alberto Carvalho confirmou ao Info&Net que "estiveram 3500 pessoas a acompanhar, em streaming, a SIC Noticias e mais de 25 mil pessoas viram, pelo menos, um dos videos existentes nos sites". O número de pageviews registado atingiu o milhão, tendo ultrapassado, dado que José Alberto Carvalho não possuia dados de todo o dia de terça-feira.
Novos meios para Media online
A tendência dos meios de comunicação internacionais foi semelhante - páginas em HTML puro, com links para vídeos, sons e imagens - tendo abandonado as suas estruturas habituais. A página da CNN, por muito tempo bloqueada, foi um dos exemplos. Mas as mais curiosas iniciativas decorreram online. Desde a lista de humor que cortou toda a publicidade, incitou todos os seus subscritores a irem doar sangue aos hospitais mas manteve o seu mailing diário porque "o riso é o melhor remédio" até aos "Weblogs" em que eram incentivadas as pessoas a dar os seus dados de forma a dizer aos seus entes queridos que estavam vivas. Também nova-iorquinos que possuíam páginas pessoais começaram a actualizá-las de forma consecutiva. Em Portugal, o SAPO criou uma página especial, em conjugação com a TSF, que tinha link próprio, e que permitia o seu envio. Na quarta-feira à noite já tinha sido contabilizados, desde a altura do atentado, cerca de 30 milhões de pageviews, um aumento de sete vezes - 700 por cento - em relação ao normal. O Clix, com o apoio da Optimus disponibilizou um serviço de informação através de mensagens escritas e e-mail, acessível a qualquer utilizador de telemóvel independentemente do seu operador. Que tinha, no final de quarta-feira, cerca de 8000 subscritores e as páginas do portal da ONI tiveram um aumento de pageviews de 640 por cento. A redacção do Diário Digital, com muitas outras, concentrou-se em exclusivo nas diversas notícias relacionadas com o atentado, só tendo voltado a actualizar notícias dos outros sectores na tarde de quarta-feira.
Perdas nas tecnologias
Entre as potenciais vítimas dos atentados ocorridos nos EUA, o mundo das tecnologias também já chora alguns dos seus mortos, enquanto ainda se fazem contas ao número de empresas de alta tecnologia que tinham escritórios nas duas torres do World Trade Center. No entanto, duas mortes são já conhecidas e uma delas vitimou um dos fundadores da Akamai Technologies. Daniel Lewin tinha 31 anos e era o director tecnológico da empresa, fazendo parte da direcção e tendo sido um dos seus fundadores. Este elemento era um dos passageiros que foi vitimado quando o seu avião, que fazia o vôo Boston-Los angeles, foi desviado contra as torres do World Trade Center
Já a MRV Communications, uma empresa fornecedora de fibra óptica e sistemas de infra-estrutura de redes perdeu o seu director financeiro Edmund Glazer, 41 anos, também vitimado no mesmo avião de Daniel Lewin. Ambas as empresas anunciaram o seu mais profundo pesar em comunicados difundidos ao longo de quarta-feira.
(post propositadamente colocado às 13:46 - a hora portuguesa em que ocorreu o atentado.)
Um abraço ao Ulisses. Nesse dia, um amigo seu morreu. Dedicou-lhe um post magnifico na SIC Online, onde escrevia as suas análises. O post está também neste link (procurar por post publicado por druida).
A Internet e as telecomunicações mundiais tiveram um grande teste com as trágicas notícias desta semana. O terror que se viveu na América foi uma dura prova para meios online e para os serviços de telecomunicações mundiais
Terror pela Web
As longas 24 horas do desastre
João Manuel Oliveira (com agências)
O terror que assolou a América e o mundo inteiro, provocando uma quantidade de vítimas ainda impossível de quantificar provocou igual onda de colapso, consternação e corajosas atitudes no meio cibernético e no sector das telecomunicações, numa demonstração da dinâmica gerada pela Internet. Com efeito, e numa altura de extrema crise, houve a lucidez para desenvolver algumas iniciativas rápidas, tendo este acontecimento sido uma lição sobre os novos métodos de jornalismo online, de utilização das telecomunicações e da capacidade de resposta a uma tragédia cujas repercussões ainda estão pouco definidas.
Os tráficos acontecimentos na América, ocorridos ao início da manhã nos EUA - final da hora d almoço em Portugal - foram um verdadeiro teste às telecomunicações mundiais e à capacidade de organização das diversas instituições. O FBI, por exemplo, tinha criado, menos de 24 horas depois do acontecimento um link especial na página do Centro de combate à fraude e aos crimes de "colarinho branco, cujo endereço é http://www.ifccfbi.gov, um espaço onde pode-se "comunicar qualquer informação de que se disponha sobre estes crimes", anunciou o procurador geral dos Estados Unidos, John Ashcroft. "É necessário que as pessoas sejam corajosas em situações como esta. Peço a quem quer que tenha informações que possam ser úteis para as autoridades que aproveitem esta oportunidade", acrescentou. Ao mesmo tempo, foi também criado um número telefónico gratuito, para prestar informações sobre vítimas, possíveis vítimas ou sobreviventes.
Caos telefónico
O caos telefónico que se instalou nos EUA - e o engarrafamento de chamadas cujo destino era Nova Iorque provocou, por outro lado, acontecimentos diversos. Se na quarta-feira tinha sido já salvos quatro pessoas por terem conseguido, no meio dos escombros, telefonar para a polícia a indicar a sua localização, as primeiras horas de pânico e os excessos de tentativas fizeram "calar" as redes de telemóveis e mesmo as comunicações fixas.
A Verizon Communications, que perdeu dez antenas da sua rede móvel optou por tornar grátis os telefones públicos da área de Manhattan, durante a tragédia, possibilitando inclusivé que esses telefones pudessem receber chamadas. Foi a partir desses telefones que muitas pessoas conseguiram avisar as famílias que estavam sãos e salvos. A empresa também verificou um aumento para o dobro do volume normal de chamadas originadas para as duas cidades atingidas pela tragédia.
Outro caso ligado, de forma tráfica, a estes acontecimentos relacionou-se com a autorização que os passageiros dos aviões desviados tiveram de comunicar com os seus entes queridos, despedindo-se, como foi o caso da mulher do procurador-geral do Supremo Tribunal de Justiça, a família Olson, cuja mulher era jornalista e morreu num dos aviões que chocou contra as torres do World Trade Center.
Em Portugal, o governo criou duas linhas telefónicas para informações sobre o acompanhamento de portugueses que possam ter sido eventuais vítimas desta tragédia, sob a dependência do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que estão ao serviço dos cidadãos 24 horas por dia, com os números 213946406 e 213946420.
Os portugueses recorreram, também, ao serviço de informações da PT (118), nomeadamente para saber o número de telefone da TAP que permite obter esclarecimentos sobre a partida e chegada dos voos. Outras das informações pretendidas relacionavam-se com uma hipotética linha especial de informações sobre os Estados Unidos e como podem ligar para os EUA, para além de pretenderem saber alguns números de telefones de serviços noticiosos. Por outro lado, as chamadas telefónicas de Portugal para os Estados Unidos aumentaram nessa terça-feira, em média, cerca de 2.500 por cento, tendo atingido um pico de 93 mil tentativas/hora quando o normal é de 2.300. O congestionamento das linhas nos Estados Unidos gerou dificuldades em completar as chamadas, conseguindo-se, em média, a terminação de apenas oito por cento das tentativas para Nova Iorque e 30 por cento para o resto dos Estados Unidos. Na hora seguinte ao atentado o número de tentativas de chamadas telefónicas subiu para 25 mil e atingiu o pico entre as 15 e as 16 horas, com 93 mil ligações.
Curiosamente, depois da acalmia registada ao final da tarde de terça-feira, o número de chamadas efectuadas entre as 11 e as 12 horas de quarta-feira voltou a sofrer um aumento de cerca de 119 por cento, explicado, em parte com as pessoas que ainda não tinha conseguido contactar com familiares na véspera e queriam contactá-los logo ao início da manhã - 6/7 horas em Nova Iorque
ISP's aumentam
Nos acessos à Internet, a rede da Telepac registou uma duplicação dos pedidos de entrada, sobretudo em sites de informação norte-americanos. Este tipo de tráfego houve dificuldade de resposta, com muitos pedidos de acesso a serem mal sucedidos. A empresa registou mesmo picos de pedidos superiores a cem por cento na altura mais crítica de falta de informação, entre as 14 e as 16 horas de terça-feira em Portugal. A falta de resposta de grande partes dos sites americanos motivou o encaminhamento de muito desse tráfego para sites nacionais. Quer a ONI, quer o Clix registaram aumentos significativos de acessos internacionais, que no caso da ONI atingiram os 30 por cento.
Acompanhar passo a passo
Em Portugal, as emissões televisivas viram a sua programação completamente alterada, com programação especial contínua desde que se soube da tragédia. E da mesma forma, dada a ânsia de notíocias, os sites respectivos foram dos mais procurados.
O caso da RTP foi o mais curioso dado que esta tragédia serviu como uma simulação "real". Estando a preparar um novo site, com um projecto Internet novo desde que romperam o acordo com a Pararede, Francisco Teotónio Pereira e a sua equipa repararam na possibilidade de "serem úteis às pessoas, fornecendo-lhe uma página simples, de modo a que pudessem acompanhar as notícias". Sem ser um site conhecida pela informação em tempo real, a infra-estrutura tecnológica aguentou as 90 mil visualizações e o serviço de vídeo-streaming esteve sempre perto do limite.
Para a TVI, a terça-feira foi um dia "angustiante" para toda a infra-estrutura tecnológica, dado que por norma é o dia em que o site do Big Brother atinge picos de audiência, rondando as quinhentas mil visualizações. Só que com a tragédia dos EUA, e todos os vídeos online, a página da TVI teve audiência similar ao Big Brother, ultrapassando o meio milhão de visualizações, como foi referido ao Info&Net por Paulo Bastos, da TVI Online. Devido a isto, foi pedida à KPNQWest uma largura de banda de 50Mb por segundo, de modo a suportar tudo.
Para José Alberto Carvalho, o pivot da SIC e director da SIC Online, o dia de ontem foi extenuante mas que serviu para testar os limites. "Logo a seguir ao almoço tivemos um aumento extraordinário de pedidos", tendo crashado o sistema. Optaram, desde ai, por abandonar o sistema dinâmico, com recurso a base de dados, tendo criado uma página inicial estática que fornecia os links e as últimas actualizações. Também foram alocados recursos de servidores e de largura de banda, que atingiu os 30 MB por segundo, de modo a aguentar o tráfego.
José Alberto Carvalho confirmou ao Info&Net que "estiveram 3500 pessoas a acompanhar, em streaming, a SIC Noticias e mais de 25 mil pessoas viram, pelo menos, um dos videos existentes nos sites". O número de pageviews registado atingiu o milhão, tendo ultrapassado, dado que José Alberto Carvalho não possuia dados de todo o dia de terça-feira.
Novos meios para Media online
A tendência dos meios de comunicação internacionais foi semelhante - páginas em HTML puro, com links para vídeos, sons e imagens - tendo abandonado as suas estruturas habituais. A página da CNN, por muito tempo bloqueada, foi um dos exemplos. Mas as mais curiosas iniciativas decorreram online. Desde a lista de humor que cortou toda a publicidade, incitou todos os seus subscritores a irem doar sangue aos hospitais mas manteve o seu mailing diário porque "o riso é o melhor remédio" até aos "Weblogs" em que eram incentivadas as pessoas a dar os seus dados de forma a dizer aos seus entes queridos que estavam vivas. Também nova-iorquinos que possuíam páginas pessoais começaram a actualizá-las de forma consecutiva. Em Portugal, o SAPO criou uma página especial, em conjugação com a TSF, que tinha link próprio, e que permitia o seu envio. Na quarta-feira à noite já tinha sido contabilizados, desde a altura do atentado, cerca de 30 milhões de pageviews, um aumento de sete vezes - 700 por cento - em relação ao normal. O Clix, com o apoio da Optimus disponibilizou um serviço de informação através de mensagens escritas e e-mail, acessível a qualquer utilizador de telemóvel independentemente do seu operador. Que tinha, no final de quarta-feira, cerca de 8000 subscritores e as páginas do portal da ONI tiveram um aumento de pageviews de 640 por cento. A redacção do Diário Digital, com muitas outras, concentrou-se em exclusivo nas diversas notícias relacionadas com o atentado, só tendo voltado a actualizar notícias dos outros sectores na tarde de quarta-feira.
Perdas nas tecnologias
Entre as potenciais vítimas dos atentados ocorridos nos EUA, o mundo das tecnologias também já chora alguns dos seus mortos, enquanto ainda se fazem contas ao número de empresas de alta tecnologia que tinham escritórios nas duas torres do World Trade Center. No entanto, duas mortes são já conhecidas e uma delas vitimou um dos fundadores da Akamai Technologies. Daniel Lewin tinha 31 anos e era o director tecnológico da empresa, fazendo parte da direcção e tendo sido um dos seus fundadores. Este elemento era um dos passageiros que foi vitimado quando o seu avião, que fazia o vôo Boston-Los angeles, foi desviado contra as torres do World Trade Center
Já a MRV Communications, uma empresa fornecedora de fibra óptica e sistemas de infra-estrutura de redes perdeu o seu director financeiro Edmund Glazer, 41 anos, também vitimado no mesmo avião de Daniel Lewin. Ambas as empresas anunciaram o seu mais profundo pesar em comunicados difundidos ao longo de quarta-feira.
(post propositadamente colocado às 13:46 - a hora portuguesa em que ocorreu o atentado.)
Nota para não esquecer... (I)
September 11 Digital Archive
Library of Congress: 11th September
A página do Presidente sobre a data
(Post com a hora dos ataques)
domingo, 10 de setembro de 2006
Notas para duas retiradas (II)
Como referi, poucas horas separaram as noticias das duas saidas de cena internacional de dois atletas impares. Se bem que o meu coração pende para Jan Zelesny.
Este checo faz parte da minha vida de fã de atleta mesmo lembrando que quando fiz atletismo, a minha vertente era mais o meio-fundo e fundo. Mas Zelesny é ainda o recordista mundial do dardo (ele enviou o engenho a mais de 98 metros - sim, de um lado ao outro de um campo de futebol...) e mais do que isso, manteve uma carreira impoluta e cheia de vitórias desde o inicio ao fim, tendo ainda no passado mês ficado em terceiro lugar no campeonato europeu.
Um verdadeiro senhor do atletismo que se despede dos palcos internacionais. Uma salva de Palma, Jan.
Notas para duas retiradas... (I)
Ando nostalgico. Será normal quando numa só semana, em três modalidades diferentes mas que acompanho, saem dos palcos internacionais três mestres.
De um deles, já o referei aqui. Hoje, poucas horas separaram o anúncio da retirada de cena de Michael Schumacher e de Jan Zelesny. O alemão, todos o conhecem. Do checo, só os fãs de atletismo. Mas vamos às histórias.
Como muitos outros da minha idade, temos os nossos idolos ou pelo menos as pessoas por quem "torcemos". Na F1, o meu idolo chamava-se Nelson Piquet. Logo, por razões óbvias, não gramava muito o Senna, mas percebeu-se que a morte dele, há doze anos, mudou a face da modalidade.
Como é normal, Schumacher e a sua competitividade começaram a moldar-me e gosto de o ver correr. Dá tudo. E acredito que dê até ao fim. Vai ganhar este campeonato e sair como número 1. Até porque acredito que ele queria escolher só no final do campeonato. Se ganhasse saia, senão, continuaria. Provavelmente a Ferrari exigiu-lhe que se decidisse. E para quem leu o livro de Valentino Rossi, percebesse-se perfeitamente que o Schumacher saia da competição quando o seu engenheiro-chefe também se retira.
Farewell Schumacher. Tou a torcer pelas vitórias que te dêem o oitavo título na F1.
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
Notas de Links :)
De apresentar graficamente um assunto melindroso. Como Jorge Ferreira conseguiu no Só Aveiro
Notas de regresso I
O Pedro Cardoso saúda, no Dolo Eventual, o meu regresso.
Agradeço as suas palavras mas ainda é cedo. Com labels, um arranjo nas cores e novas secções, espero confortar ainda mais os leitores e aborrecer os que não gostam de mil na blogoesfera...
Por isso, caro Pedro e David, espero ainda ter muitas polémicas a MARINAR convosco :)
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
Um final de um senhor
Andre Agassi terminou ontem a sua aventura de profissional de ténis, após 21 anos de competição, muitas vitórias e uma imagem que marcou décadas de tenistas, não tendo sido um sobredotado mas um mestre.
Não apreciando sobremaneira o ténis, foi com lágrimas nos olhos que vi, via Eurosport, um momento único e irrepetível: a sua luta contra as dores, e a sua saida, em grande, dos courts.
Mais um mestre que se retira, mais uma prova que o desporto tem os seus grandes e altos mestres.
Um desporto sadio...
Parabéns, André Agassi
Regresso ao Blog
Depois deste mês de descanso eis o meu regresso aos blogs.
Este regresso vai ser notado pelo novo design, novas rúbricas e novo tipo de comentários que faço. Também terei outros conteudos e arrumados de forma diferente.
Só não está já em funções por causa do "novo" blogger, pois estou à espera de uma das grandes novidades para poder utilizar o blog com o empenho que quero.
Bons posts a todos.
Este regresso vai ser notado pelo novo design, novas rúbricas e novo tipo de comentários que faço. Também terei outros conteudos e arrumados de forma diferente.
Só não está já em funções por causa do "novo" blogger, pois estou à espera de uma das grandes novidades para poder utilizar o blog com o empenho que quero.
Bons posts a todos.
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