Na Sé, ainda com a mochila pesada... |
Não é uma resposta rápida nem fácil. Porque uma Peregrinação a Santiago de Compostela é muito diferente de uma ida a Fátima. Uma é claramente uma promessa que se quer cumprir enquanto que a primeira conjuga uma série de factores. Isso notou-se logo no almoço multicultural e linguístico que se realizou no “El Rincón de Suso” do senhor Jesús Presedo. Sim, ai em Orbenlle, pertinho do início do aborrecido poligono industrial de Porriño discutiu-se o que nos leva a fazer o Caminho. Para uns, claramente uma opção óbvia de Fé. Para outros, a superação pessoal, o “fazer o caminho”. O aspecto cultural, a questão espiritual, o encontrar-se consigo próprio. Tudo isto. Não há respostas únicas, certas.
Antes de começar o caminho, planear. Eram 240 quilómetros para serem feitos, pelas contas do Jorge Pato, em sete/oito jornadas. Começar no Porto e terminar em Santiago. O mais tardar, no dia do Santo, no dia de Santiago, no dia 25 de Julho. Ao Caminho, portanto.
O primeiro erro que cometi, fiquei a sabê-lo logo nos primeiros quilómetros e resolvi-o no final do primeiro dia. Tinha colocado coisas a mais na mochila. Por isso aqui fica o mais sensato conselho de todos: NÃO LEVEM MAIS DO QUE TRÊS T-SHIRTS E DOIS CALÇÕES, se forem fazer o caminho no Verão. Produtos de higiene, os básicos, uma agulha e linha para as bolhas e uma toalha de micro-fibras. Para além disso, saco-cama e almofada de ar, e um guia/plano com mapas para poder saber as adversidades do dia seguinte e gerir o esforço. E coragem.
(para melhor memória futura, irei colocar os posts de acordo com o dia da caminhada)