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terça-feira, 18 de março de 2003

Pequenas coisas

Caro Ribau Esteves, porque não dá uma ajuda à Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro e à sua empresa de inserção? Basta estipular que, por ano, cada autarquia da Associação de Municípios da Ria adquira um barco moliceiro. São cerca de 10000 euros, ou perto disso e mantém uma actividade meritória, dá vida à laguna e as populações e o turismo agradece!

Pois, é que a mesma empresa já não vai contar com a iniciativa da Câmara de Aveiro, que desde 1998 – ou melhor, nesse ano – garantiu a aquisição de 25 embarcações. Ora, como desde 1998 a 2002 saíram seis, que não estão autorizados a navegar pelo Instituto Marítimo-Portuário num processo esquisito – a média não é simpática e tínhamos que esperar até 2010 por todos. Mas como Alberto Souto afirmou em recente reunião de Câmara que o ritmo vai abrandar…

A mesma reunião de Câmara, a avaliar pelos jornalistas, deve ter sido uma sucessão de “mea culpa”. Não é que foi dito (e transcrito por Júlio Almeida) que “Quanto ao ferry-boat adquirido pelo município, continuam as negociações com a Administração Portuária de Aveiro (APA) para a criação de um cais no terminal comercial. "Entendemos que a solução proposta é compatível com a actividade portuária e não implica grandes obras", disse Alberto Souto. O autarca espera ainda um acordo, apesar da APA já ter dado a entender que não poderia ceder o espaço em causa”.

Isto significa uma coisa: Alberto Souto adquiriu um ferry-boat sem prever o espaço onde ele vai atracar? Significa que o mesmo barco poderá estar seis/um ano/até a Câmara pagar parado enquanto se esgrimem opiniões sobre a localização, a empresa que faz as obras, o cais.

Ao mesmo tempo, os habitantes de São Jacinto, que estão à espera do estudo da “ponte” vão ter que voltar ao antigamente, pois supostamente as lanchas de transporte de passageiros provocam problemas nas margens da ria e por isso… autocarro para o Forte da Barra … Sem comentários. Tudo isto já mete água e nem precisei falar do uso industrial para os terrenos dos actuais estaleiros navais e outros que lá se instalem num espaço onde parece que cabe tudo…


Para finalizar, e numa altura em que se fala em guerra – ou já se pratica pois tudo pode ficar desactualizado em horas, quanto mais em dias - queria lembrar a magnífica ferramenta que têm à vossa frente. Com efeito, a Internet continua a ser algo de fundamental para a informação – ao contrário de certos pensadores. Por isso, não se esqueçam de dar uma olhada para os vossos computadores se acharem que as explicações da televisão não o são ou se querem saber mais para além do óbvio

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João Oliveira

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