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quarta-feira, 8 de outubro de 2003

Europa



Num espaço de características regionais/locais poderia não fazer sentido falar de assuntos nacionais. Mas um dos mais importantes desta semana – a questão europeia – ficou na minha memória e não quero deixar de a partilhar com quem lê, para que possam tirar as suas conclusões e opiniões.

Portugal está perto de perder mais algumas das já poucas bases de identidade que ainda mantém. O tratado Constitucional (ou carta constitucional) europeu lança claramente as raízes (e alguns troncos já fortes) para a Federação Europeia. Saber se é esse o caminho que queremos trilhar, se nos interessa continuar – e não só nós mas toda a Europa – é a principal matéria em apreço nos próximos seis meses. Não tenham dúvidas disso.

Discutir a soberania do país, as bases para o futuro entendimento europeu e a participação de Portugal e dos cidadãos portugueses nesse processo são questões básicas, de forma a criar um élan de motivação democrática para a participação pública. É fundamental que os portugueses sejam ouvidos, é fundamental que todos os meios sejam usados para dar a conhecer as reais questões da Europa.

No entanto, quero frisar desde já algo: estou contra quem, como já apareceram vários, a dizer que o Parlamento tem legitimidade e que não deve existir referendo...

Não posso aceitar a tese da “falta de informação/participação”. O dever cívico das elites é o de ajudar a explicar, de tornar fácil o que é difícil. E não considero como “elite” a maior parte dos actuais deputados. Não lhes conferi mandato para isto. Para muitas das coisas que fizeram também não, mas muito menos para isto...

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João Oliveira

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