Eu desejo aos meus amigos e conhecidos um Santo e Feliz Natal!
E para muitos, até amanhã, na noite mais famosa de Aveiro.
"Há uma frase lapidar que nos alerta para o problema da mentira: «Podes enganar muita gente durante muito tempo. Não podes enganar toda a gente durante todo o tempo». Esta frase diz muito sobre o actual perfil eleitoral de Francisco Louçã, na sua cruzada de captação de votos descontentes com a governação de Sócrates e consequente alargamento da sua base eleitoral.
Louçã pode dar-se a esse luxo, porque a base eleitoral volátil, composta principalmente por eleitores descontentes com a governação de Sócrates, é muito pouco exigente do ponto de vista político. São os eleitores que votam, não em prol do desenvolvimento do país, mas em seu próprio beneficio ou contra quem os prejudicou. São eleitores que votam hoje e não votam mais em quatro anos, mas que se esquecem que legitimam uma força política destrutiva que não assume qualquer responsabilidade governativa.
É um eleitorado que gosta de ouvir falar mal dos ricos, das reformas milionárias dos banqueiros, do escândalo que constitui a suposta adjudicação de estradas a empresas lideradas por ex-ministros. Não é um eleitorado que vá ler o programa do Bloco de esquerda. Louçã mune-se de casos e factos polémicos, molda-os aos seus interesses mediáticos, e não tem o mínimo remorso em os adulterar, exagerar ou amplificar, criando meias verdades e com isso passar por cima de qualquer limite do razoável. O caso relatado ontem à Raquel Alexandra sobre sua verdade no caso das escutas em Belém é paradigmático: Louçã criou a sua verdade e agora vende-a como a verdade oficial e irrefutável. Ele faz isso, sistematicamente e de forma pouco séria, mas fá-lo por três razões que têm lógica:
1. A memória é curta. Vende o peixe hoje e só tem de o vender novamente daqui a quatro anos.
2. Os seus eleitores voláteis vibram de tal forma com o discurso, que uma virgula a menos, ou uns zeros a mais não fazem a mínima diferença.
3. A inveja, como a ganância, tolda o pensamento lógico e racional e é a base do crescimento dos movimentos radicais.
Louçã está a promover o maior clube de invejosos da história moderna de Portugal, com o qual cavalgará sem piedade sobre os “ricos e poderosos”, numa atitude de caça às bruxas que nos fez perder 10 anos de competitividade depois de Abril de 74.
Veremos a força com que sai destas eleições."
Quanto a Pinho... Bem, estou sem palavras, é melhor utilizar linguagem gestual. Ok, agora a sério... na BBC News, aparecia uma palavra que eu não conhecia o significado: "Cuckhold" para relatar a demissão de um ministro derivado a um incidente com um parlamentar português. A atitude é inexplicável e para lamentar, como já brincaram muitos. Estou curioso para saber se Pinho vai voltar aos provados ou se será deputado. E se for, se é candidato por Aveiro como cabeça de lista. Não vale a pena comentar muito mais do que já foi dito, por ilustres ou não sobre o assunto, numa disputa que envolveu Bernardino Soares (engraçado foi imaginar que Francisco Louça quis que o gesto lhe fosse dirigido... Tudo imagem...). Mas conto-vos uma tradição Milanesa: em pleno centro da Galeria Vitor Emanuel (junto à Duomo de Milão) estão os simbolos das quatro principais cidades de Itália e o brasão de Turim/Torino é um touro. Manda a tradição que se pisarmos os "tomates" do bicho e dermos uma volta, isto nos dará sorte e voltaremos à cidade. Tanta gente o faz que aquilo já lá tem um grande buraco...
A CP dá um belo exemplo - para além do comboio ser um veiculo mais ecológico, permite, nos comboios regionais e urbanos o transporte gratuito da bicicleta. Sempre com o auxílio do revisor e com bilhete comprado no comboio (para nós..., não para a bicicleta).
Num desses passeios, descobri a placa que está à vossa esquerda. Deu-mealguma vontade de rir o preciosismo de alguém que quis acrescentar que aquela zona de estacionamento não é só para a Câmara municipal... é também para os seus membros. Expliquem-me lá o que é isso...