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quinta-feira, 15 de maio de 2003

Resposta rápida à provocação



Virgilio Nogueira não demorou a responder à provocação/sugestão do Rui Falcão!

Muito gostaria o actual Director Executivo da Orquestra Filarmonia das Beiras que esta estrutura cultural tivesse instalações com uma dimensão maior do que aquelas de que neste momento dispõe na Casa de Chá. Na verdade, outros projectos como a Academia de Música, ou espaço de trabalho para os naipes, ou salas de arrumos para a instrumentação, requerem mais metros quadrados do que aqueles que nos são actualmente disponibilizados. Isto não significa, como sabemos, que as actuais condições não permitam que sejamos uma das melhores orquestras nacionais, apesar da nossa juventude. Segundo esta proposta a Filarmonia poderia libertar a Casa de Chá.
Só com a mudança da Filarmonia deste espaço é que o mesmo poderia ser utilizado com fins turísticos. É que não seria muito responsável juntar os intrumentos de cozinha e restauração com os de uma orquestra, por mais interessantes que possam ser algumas propostas da música contemporânea. De qualquer maneira, a Casa de Chá é propriedade do Município e, portanto, a responsabilidade do usufruto deste espaço é da Câmara Municipal de Aveiro.
É à Câmara Municipal de Aveiro que compete pois, entre outros, o licenciamento do bar, que esteve em funcionamento até há cerca de um ano atrás, mas que foi forçado a fechar dada a inexistência da licença necessária. Desde então a a Câmara Municipal tem, julgamos nós, ponderado a utilização do bar em função dé vários critérios entre os quais, presumivelmente, o da urbanização da zona do Mário Duarte. Mas, na realidade, só a autarquia aveirense, enquanto proprietária, poderá destinar o uso desse espaço.
Sem querer ofender ninguém, temos que perceber que os músicos da Filarmonia das Beiras são profissionais com formação superior pelo que não estão vocacionados para animar jantaradas. Ninguém se lembrará de colocar um gestor/empreendedor a vender tremoços, embora o pudesse fazer.
Por último, peço a todos os amigos deste weblog cautela para não associarem o seu nome ao boato ou ao rumor. Se assim não for, onde e quando se falou em salários em atraso na Filarmonia ? Pode falar-se, mas não se deve, em entidades que se atrasam no pagamento do serviço que a Filarmonia lhes presta, mas só o pode fazer que é legítimo interlocutor.
O que a Filarmonia precisa é que os empreendedores entendam que têm um conjunto de benefícios (fiscais, de publicidade e de relações públicas)se apoiarem esta orquestra. Não será, concerteza, a vender super-bocks e bolos de bacalhau que a cultura deste país se financia e desenvolve.



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João Oliveira

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