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quarta-feira, 14 de maio de 2003

Turismo, Parte II



Turismo, Parte II

O meu artigo de opinião sobre o Turismo em Aveiro provocou aceso debate no meu site (sim, por aqui, leiam abaixo textos de Ulisses Pereira, Nuno Terrivel, por exemplo)e por e-mail, tendo algumas pessoas lembrado situações enquanto outras referiram os aspectos mais políticos da questão, tendo em conta os diversos actores: políticos, empresários e o cidadão comum.

A verdade é que nesta análise não nos podemos refugiar no que toca ao cidadão comum: as estradas esburacadas, a sinalização (não só a monumental, muito melhor, mas a de acessibilidades e turística) mas na reforma de mentalidades global nas práticas turísticas – logo igualmente na prática económica.

Se no caso dos centros comerciais, uma das razões do seu sucesso é a adequação às necessidades do seu público, o mesmo se passa no que respeita ao turismo. Por isso, na mesma lógica que motivou o meu texto – alguns restaurantes de características turísticas fecharem a um dos melhores dias, também o comércio deve ser adaptado. Eu reparei que alguns dos comerciantes que no Público lamentavam a possível queda do Beira-Mar na segunda divisão e falavam na descida da oferta e potencialidade económica nem sequer tinham as suas lojas abertas ao domingo!

Outros pormenores como este passam pela capacidade de entendimento dos interesses dos visitantes, na procura de ofertas dinamizadoras e motivadoras e na forma como se consegue agarrar o tecido económico e a população para a importância turística.

Para isso, as Câmaras têm que demonstrar vontade de conversar sobre esse assunto, os respectivos vereadores devem estar interligados num fórum que não existe, etc, etc...

Aveiro corre seriamente o risco de ficar soterrada num espírito de crescimento não respeitador da história e do património existente, numa voragem que mostra o pouco de bom que temos como uma mera ilha no meio de um mar tempestuoso e não como algo integrador de uma estratégia e de uma paisagem urbana e rural coerente.

E se continuarmos a atrasar este pensamento, mais atrasado ficamos, menos conseguimos avançar e mais conseguimos destruir.



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João Oliveira

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