Ingrid Betancourt libertada

Como poderemos ver por qualquer agregador de noticias e de blogs, a noticia da libertação de Ingrid Betancourt foi rastilho "webiano" para múltiplas análises. Eu achei esta, relacionada com a blogoesfera aveirense, particularmente acutilante.



Infelizmente, esta noticia da libertação foi noticia. Para o bem, Ingrid estava viva. Para o mal, saber que uma parte de um território de um país é dominado por uma guerrilha que mantém pessoas sequestradas anos e anos...

Não querem? Azar...

A junta militar que governa a Birmania/Myanmar (nome oficial) recusa a ajuda internacional que está a ser oferecida pelas Nações Unidas e várias organizações internacionais na sequência do terrível ciclone que assolou a região há alguns dias.

Deixando de lado a realpolitik, entendo como lamentável que um governo, por orgulho, por interesse ou por medo, recuse oferta internacional - ainda por cima alegando que agradece as ofertas materiais mas recusa-se a receber os funcionários internacionais - para apoiar os seus cidadãos.
Os infelizes vão pagar pelo orgulho do seu Governo. Mas se calhar graças ao ciclone vão perceber de que massa ele é feito e pode ser que a mudança esteja a caminho de Myanmar. Mas a que custo...

Quem o diz não tem papas na lingua

"Angola é governada por criminosos. A zona mais rica, as casas mais ricas do Planeta não são no Central Park nem em Chelsea. São na zona costeira de Luanda!".
Bob Geldof, numa conferência sobre sustentabilidade.

Claro que o embaixador de Angola saiu da sala. E cobrir a cara de vergonha e ficar, não?

Actualização: Pior a emenda que o soneto. O BES, uma das empresas portuguesas com mais interesses em Angola e patrocinadora da conferência do Expresso, veio "desmarcar-se" das declarações de Bob Geldo. Precisava?

O Hidden Persuader esteve bem aqui

Hoje é um dia importante online

A UNESCO juntou-se à Repórteres Sem Fronteiras para marcar hoje (ou melhor, até hoje) o 1º Dia Internacional da Liberdade de Expressão Online. A iniciativa assume-se como mais uma forma de pressão junto dos governos que perseguem os movimentos online anti-regime.

A iniciativa é da organização Repórteres Sem Fronteiras e tem o apoio da UNESCO. O objectivo é envolver os utilizadores de Internet, solicitando a sua participação numa campanha que decorre durante todo o dia de quarta-feira, oferecendo a possibilidade de registar denúncias sobre actos de repressão da liberdade de expressão na Internet.

Todos os sites, blogs e outras plataformas web interessadas em aderir à campanha e exibir os anúncios alusivos podem faze-lo contactando a organização, que procura com esta iniciativa pressionar os governos dos países considerados inimigos da Internet: Arábia Saudita, Bielo-Rússia, Mianmar, China, Coreia do Norte, Cuba, Egipto, Etiópia, Irão, Uzbequistão, Síria, Tunísia, Turquemenistão, Vietname e Zimbábue.

Os interessados em participar na campanha podem passar uma mensagem utilizando um avatar e dirigi-la a um dos países identificados como repressores da liberdade de expressão online.

No comunicado em que divulga a iniciativa a RSF lembra que os autores de blogs são os principais visados pelos governos repressores e recorda que estão hoje presos em todo o mundo 63 ciber-dissidentes por expressarem as suas opiniões livres na Internet.

O 1º Dia Internacional da Liberdade de Expressão Online - com início às 11 horas da manhã de quarta-feira (12 de Março) e fim às 11 horas da manhã do dia seguinte - decorre em simultâneo com a segunda edição das 24 horas de demonstração online contra a censura, uma iniciativa com o mesmo objectivo que incentiva os utilizadores a partilharem testemunhos. A primeira edição desta iniciativa de 24 horas, no ano passado, registou a participação de 40 mil utilizadores de Internet.

Um momento complicado

Ontem foi um dia histórico. O Kosovo declarou unilateralmente a sua independência e começa a "real politik" do seu reconhecimento - ou não - como estado soberano.

Dia histórico por um lado, coloca a Europa face a um problema grave que Tito e a sua Jugoslávia só esconderam pela força - que a zona das Balcãs é desde há séculos um barril de pólvora, uma terra de ninguém onde todos querem o seu espaço mas pouca paciência têm para a multiculturalidade, e onde se misturam nacionalismos e questões religiosas.
Temo pelos kosovares, sérvios, etc, etc. Vamos ver o que acontece no futuro.

A atitude de Portugal é esperar, como é óbvio. A minha também. A dos Estados Unidos é claramente a favor e isso provocou problemas na Sérvia.