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terça-feira, 28 de dezembro de 2004

Cabeças de lista

Caros amigos, mais uma vez parece que Aveiro serve para... fazer o tirocínio de novos elementos à Assembleia da República.
Aqui vão os nomes já conhecidos:

Bloco de Esquerda: Andreia Peniche - As ligações a Aveiro são somente devido a ter feito figuras tristes, na Praça Marquês de Pombal, com o baixo ventre, na altura do julgamento do caso do aborto e com isso cntribuir para a maior cobertura mediática do distrito...

PCP/PEV (CDU) - Ilda Figueiredo - A única de Aveiro, com família cá e não com ligações remotas de "não sei onde...". Tem como óbice estar no Parlamento Europeu mas disse na apresentação pública que, caso eleita, iria exercer. Não sabemos porquanto tempo mas nessas áreas os comunistas costumam ser certinhos!

PS - Por falar em certinhos... nas últimas eleições o PS não se contentou em meter o primeiro de fora - João Cravinho - como igualmente o segundo - a inenarrável Maria de Belém. Segundo notícias da RTP, de hoje, o paraquedas deste ano é Manuel Pinho, o "bluff" económico da equipa PS. Vamos ver o que sucede com o resto da lista...

PSD - Quanto a cabeça de lista temos Luis Marques Mendes. Mais alguém de fora que tem a seu favor algumas coisas: defendeu propostas de Aveiro, conhece bem as características da região - nomeadamente a sua área nocturna - e não fez o mesmo que os seus antecessores que só se serviam da região em alturas eleitorais.

CDS - Ainda não confirmado. Se for Paulo Portas, aquilo que escrevi de Marques Mendes é semelhante, com as diferenças que Paulo Portas já se candidata desde 1995 e tem passado por cá. Se não for Paulo Portas em Aveiro e for mais um paraquedista, bem, que a voz de Carlos Candal se levante mais uma vez!

E para já é tudo...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

Bom Natal

Aos meus caros amigos, visitantes, leitores atentos e ocasionais, desejo um grande e Feliz Natal!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

A questão afinal é de regime

Por António de Sousa Cardoso
Segunda-feira, 20 de Dezembro de 2004
A jovem democracia portuguesa acordou, há cerca de três semanas, surpreendida por um acto Presidencial inusitado para que não estava preparada e que parece ter, a despeito das muitas omissões, um pelo menos aparente agasalho constitucional. Para além do estranho (quase) unanimismo na opinião publicada que, com mais ou menos reservas, proclama um sentimento de velada compreensão pelo Presidente da República, o que pensarão os portugueses? Primeiro facto estranho: A anunciada dissolução do Parlamento. Os portugueses sabem que existia maioria parlamentar estável e coesa. Nenhum português assistiu a desinteligências graves nos partidos da coligação que condicionassem o exercício próprio das funções de uma maioria Parlamentar. Os portugueses ficaram suspensos de uma explicação cabal para esta tão drástica medida. Desconfiavam do pior, claro está. Algo de muito grave que permitisse justificar a aparente desproporção da iniciativa tomada com a crueza dos factos conhecidos. Segundo facto estranho: O Presidente demora doze longos dias a dar qualquer explicação ao País. Com este silêncio, permitiu as maiores especulações, as reacções mais violentas por parte de "quem se sentiu" e, decorrentemente, um ambiente de instabilidade e falta de credibilidade institucional que ao próprio Presidente cumpre vigiar e preservar. Terceiro facto estranho: O Presidente mostra vontade de que o Orçamento do Estado, sobre o qual tinha mostrado tantas reservas, fosse aprovado antes da dissolução da Assembleia. Para ser vigiado e executado por quem, pensaram os portugueses? Doze dias depois, os portugueses assistem às explicações do Presidente. Tudo visto, o chefe de Estado vem dizer que uma série de episódios ou incidentes suscitados pelo Governo no período de quatro meses, causou no próprio Presidente a ideia geral de que haveria uma "substancial instabilidade" e uma deterioração da credibilidade e imagem do Governo. Os portugueses abrem a boca de espanto. O Presidente invocando incidentes que não nomeia, da estrita responsabilidade do Governo, mantém o Governo e dissolve a Assembleia onde permanecia uma maioria estável e coesa. O Presidente que invoca que o Governo não garante a consolidação orçamental e o crescimento económico, está quieto durante doze dias para que a Assembleia que quer dissolver, aprove precisamente o Orçamento que concretiza a política económica e financeira do mesmo Governo. Os portugueses puxam pela cabeça. A memória do "pântano" está ainda fresca. A que incidentes se referiria o Presidente? À conhecida e muito propalada demissão de um comentador politico de uma estação televisiva? À sesta do primeiro-ministro antes de participar num evento de moda? À saída barulhenta de um dos ministros? Às criticas de alguns sectores económicos à proposta de Orçamento? Ao artigo de um antigo primeiro-ministro da mesma família política do Governo, falando da teoria da "moeda boa"? Mesmo sabendo que a "substancial instabilidade" brota do conjunto destes factos e não de um isoladamente, os portugueses recordam o Governo anterior, com sucessivos episódios e incidentes, com membros do Governo que saíam barulhentamente, com anteriores primeiros-ministros da mesma família política a escreverem artigos críticos sobre a governação de então. Com o absoluto descontrolo das contas públicas. Com a ausência total das reformas que o País reclamava. Quais as diferenças, perguntam os Portugueses? Para além da sesta, a diferença parece ser a de que o Governo de então não estava baseado numa maioria parlamentar estável. A diferença parece ser que o então primeiro-ministro se demitiu reconhecendo que o país caminhava para um "pântano". A diferença parece ser a de que o partido que minoritariamente sustentava o Governo tinha acabado de perder, estrondosamente, umas eleições autárquicas. O que vez então o Presidente? Insistiu com o primeiro-ministro para que continuasse. Do que podem suspeitar os portugueses? Sabem que o Presidente foi líder do maior partido da oposição, batendo-se galhardamente contra os adversários políticos que hoje constituem o actual Governo. Sabem que o Presidente foi eleito pela família política do actual partido da oposição, contra os votos daqueles que elegeram a actual maioria. Sabem que o Presidente está quase no final do seu segundo mandato. É um Presidente a prazo que pode ainda querer no final do mandato, como aconteceu com o seu antecessor, ter o seu partido espaço de intervenção e de acção política. Não vale a pena falar de eventuais teorias da conspiração, justificando que o Presidente fez agora o que não fez há quatro meses, porque não sentiu no seu partido credibilidade suficiente para vencer eleições. Chega pensar que, com estes dados, o Presidente confirmou aquilo que é natural na Chefia de Estado republicana. A dificuldade em ser imparcial e independente. A dificuldade em estar acima do jogo partidário de que ainda recentemente se emergiu. A dificuldade, em suma, de ser o Presidente de todos os Portugueses. Quem já jogou o jogo, quem foi inclusive capitão de uma das equipas, não está em condições de ser um árbitro a prazo do mesmo campeonato. Esta a ideia sobre a qual vale a pena que os portugueses reflictam. A questão não é tanto de qual o sistema político que a Constituição deveria acolher. A questão é muito mais de qual o regime que melhor se adequa às características que são exigíveis ao Chefe de Estado numa democracia moderna. Se quisermos um exemplo comparativo basta um olhar para a vizinha Espanha. Em quase 30 anos de democracia teve quatro primeiros-ministros: Adolfo Suarez, Filipe Gonzalez, José Maria Aznar e, desde Março, José Luis Zapatero. Cada um dos líderes de governo teve oportunidade de criar as suas equipas, executar os seus programas e apresentar contas ao eleitorado. Nos mesmos 30 anos de Democracia, em Portugal acaba de se demitir o XVI Governo Constitucional. A Espanha passou para o pelotão da frente, nós fomos sendo ultrapassados. A Espanha que é um País com questões nacionais por resolver, com instabilidade social, com terrorismo, com uma imprensa livre e acutilante. Por detrás desta estabilidade geradora de riqueza esteve a Monarquia. Acima das conjunturas do momento, para além dos partidos e dos seus interesses, imune a grupos e lobbies, esteve e está o Rei. Sem estados de alma, sem preocupações de curto prazo, sem nenhuma agenda que não a determinada pelo interesse nacional. Foi o garante da transição, consolidou a Democracia. É agora o garante da estabilidade, da coesão nacional e da soberania do Estado. Num momento difícil para Portugal, interrompemos pela discricionariedade do Chefe de Estado mais um ciclo político. E depois, senhor Presidente? O que pode acontecer se nas eleições de 20 de Fevereiro os portugueses decidirem confirmar o voto na maioria que sustentou o XVI Governo? O que fará Vossa Excelência que tomou decisões graves por "sucessivos episódios" se o sufrágio popular designar os mesmos partidos, chefiados pelos mesmos líderes para assumirem funções legislativas e governativas para os próximos quatro anos? Este sim, constituirá um grave incidente que nenhum sistema político em República será capaz de resolver. Julgo que no final de tudo isto o senhor Presidente da República prestou um único serviço ao País: o de demonstrar com a sua acção inusitada que nunca como hoje se tornou tão relevante, tão actual, uma profunda e séria reflexão sobre qual o regime que melhor serve o futuro de Portugal e dos portugueses.
Presidente da Causa Real

segunda-feira, 13 de dezembro de 2004

O Orçamento - António Salavessa

António Salavessa demonstrou num artigo publicado na passada quinta-feira no semanário "O Aveiro" que talvez seja o mais bem preparado eleito municipal. Lembrou aos vereadores da oposição que não deveriam ter votado o Orçamento e é mais dos que se juntou na petição pela disponibilização do orçamento por via digital.
Não se esqueçam de assinar em http://www.petitiononline.com/Oaveiro/petition.html.

Aqui fica o artigo em causa, com destaques da minha responsabilidade.

À volta do Plano e do Orçamento da CMA.

É público que as Grandes Opções do Plano (GOPs) e o Orçamento do município de Aveiro para 2005 foram aprovados, na Câmara, com os votos favoráveis da maioria, com o voto contra de vereadores do PSD e do CDS-PP.
Penso ser compreensível que reserve o essencial dos comentários a estes documentos para a próxima sessão da Assembleia Municipal. No entanto aqui ficam, desde já, duas breves notas.
A primeira, muito negra, tem a ver com as práticas antidemocráticas e ilegais (os adjectivos foram pensados) do Sr. Presidente da Câmara no processo de aprovação destas propostas, isto a confirmarem-se as declarações de voto de três vereadores do PSD e do PP, segundo as quais não tiveram tempo para apreciar os documentos, com a proposta de Orçamento a ser apresentada em cima da hora da reunião, sendo essa a principal razão do seu voto contra.
Este comportamento de coronel de novela é inadmissível em qualquer lugar, inclusive na capital de um distrito do país da Revolução dos Cravos.
Mas igualmente inadmissível é o comportamento de quem aceita votar nestas condições, mesmo votando contra. Exigível seria pura e simplesmente a recusa da votação.
E se os vereadores em minoria tem vindo a aceitar trabalhar, no executivo municipal, sem que exista um regimento que estabeleça as regras internas do seu funcionamento, pelo menos deveriam conhecer melhor a Lei e saber que, nesta matéria e nas circunstâncias que referem, a recusa de participação na votação e a contestação da mesma teriam total cobertura legal.

A segunda nota destina-se a sublinhar que não podemos estar perante umas GOPs sérias e realistas. Elas não estão ancoradas num orçamento de rigor e verdade.
O orçamento aprovado para o ano ainda em curso previa que se recebessem (e gastassem) 124 milhões de euros, enquanto que o orçamento para 2005 prevê 117 milhões de euros. Será, por isso, contido e realista o Orçamento de 2005?
Puro engano. O orçamento para 2005 é, uma vez mais, uma ficção.
No dia 3 de Novembro, há pouco mais de mês, a CMA tinha arrecadado, desde 1 de Janeiro, pouco mais de 41 milhões de euros. Projectando este valor para o ano inteiro é de admitir que as receitas do Município totalizem, no final de Dezembro, pouco mais de 50 milhões de euros. Assim sendo o orçamento e as GOPs de 2004 terão uma lastimável execução, pouco superior a 40%.
Neste pressuposto não tem qualquer sustentação, na verdade e no realismo, a previsão de 117 milhões de euros de receitas em 2005, pois ninguém em seu perfeito juízo admitirá que estas possam duplicar em apenas um ano. Se aumentassem 10%, sem recurso a empréstimos, para perto de 60 milhões de euros, já seria muito bom.

Estamos, então, perante documentos de ficção, o que é grave.
É grave, em primeiro lugar, porque a discussão das GOPs e do Orçamento deveria representar um ?momento de verdade? na vida autárquica, em que se assentassem prioridades de execução de obras, de acordo com uma estratégia predefinida e com as previsões de recursos disponíveis. Um momento em que as finanças do município, que a todos dizem respeito, fossem vistas como um todo que é preciso rentabilizar, evitando desperdícios e futilidades.
É grave porque o irrealismo orçamental não é inócuo. Ele abre caminho ao aumento descontrolado da dívida. E dívida, em Aveiro, já temos, se tal fosse possível, para dar e vender.

Aveiro, 6 de Dezembro de 2004

António Salavessa

salavessa@sapo.pt

Um anónimo com palavras certeiras.

Os que costumam parar por aqui sabem que não gostam muito de anónimos. Mas vou realçar este post anónimo que foi deixado no texto sobre o Aveiro Basket.
E continuo a aguardar mais comentários sobre a questão do orçamento...

A gestão do Aveiro Basket tem dado ao conhecimento público momentos macabros na relação entre a administração da sad e alguns ex-atletas. Dívidas, mentiras e golpadas. Dívidas aos atletas que demonstram a existência de um modelo de gestão irresponsável; mentiras aos atletas prometendo pagar e não cumprindo; golpadas à liga dando conta de que os pagamentos estariam assegurados, sem o estar. Mas, a ser verdade o que os atletas afirmaram publicamente, o mais nojento é a cobardia e o silêncio dos dirigentes do Aveiro Basket. E o que diz Alberto Souto sobre isto? Não é a Câmara Municipal de Aveiro o principal accionista do Aveiro Basket? Nas poucas ocasiões em que as coisas correram bem ao Aveiro Basket viámo-lo no pavilhão; agora está calado como um rato, para se demarcar da chafurdice de que é, naturalmente, cúmplice. Mas, mais, é o principal culpado: não devem ser as autarquias as accionistas principais de equipas desportivas, pois tal desvirtua a origem social dos clubes e passa a constituir uma estrutura político-desportiva. Estes anos todos de Aveiro Basket nada trouxeram de bom ao basket aveirense e o desrespeito que são as dívidas que o Aveiro Basket tem para com o Galitos são a prova material desse prejuízo.Preferia o velho tempo do apogeu do Beira-Mar, Esgueira, Galitos, cada clube fazendo o melhor por si, com base de apoio nos seus sócios, não servindo estratégias político-partidárias: assim é que se deve estar no desporto!Quanto aos administradores do Aveiro Basket, se lhes restar uma pinga de vergonha, obviamente, demitam-se!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2004

Carta Aberta/Petição pelo Orçamento 2005 disponível na Net

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Aveiro,
Exmos. Senhores Vereadores,

É dever do cidadão de participar na vida da sua cidade. Manter-se informado da actividade da sua vereação e das temáticas discutidas pela assembleia municipal é, na opinião de todos, uma das formas de mostrar o seu interesse e manter-se a par das grandes discussões políticas e opções estratégicas para Aveiro.

Uma das ferramentas ao dispor do cidadão, para além das consultas públicas, é a participação no período reservado para o efeito, na Assembleia Municipal, bem como os pedidos de audiência ou a presença nas reuniões públicas do executivo municipal.

O documento principal da actividade municipal, ou pelo menos aquele onde o cidadão pode reparar nas apostas estratégicas é o Orçamento.

Uma das práticas mais comuns nos últimos anos do Governo é o de apresentar o documento da proposta de Orçamento na Internet no mesmo dia em que o apresenta ao órgão deliberativo. Consideramos essa medida acertada dado que dá a conhecer, ao mesmo tempo, a todos os intervenientes políticos e públicos, os vários eixos de acção.

Por isso, solicito ao Senhor Presidente da Câmara de Aveiro que tome a mesma atitude: coloque, desde já, a proposta de Orçamento para 2005 da Câmara Municipal de Aveiro, aprovada em reunião de Câmara, em formato .pdf com todos os documentos, de forma a que todos os cidadãos possam participar na vida cívica aveirense.

Esta temática já foi discutida no ano passado no blogue "Notas entre Aveiro e Lisboa" que pode observar no link: http://aveirolx.blogspot.com/2004/12/oramento.html

Esta solicitação foi colocada em forma de petição online em http://www.petitiononline.com/Oaveiro/petition.html

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Caros leitores, só juntando os nossos esforços é que este objectivo pode ser atingido. Promovam esta carta aberta e assinem a petição!

Vereador ataca presidente

Ao que parece (o artigo de opinião em causa não estava online) o vereador do PSD Joaquim Marques acusa Alberto Souto devido, precisamente, a não ter aceite um adiamento na votação do Orçamento, devido a ter sido entregue em cima da hora. O artigo não está online mas uma notícia sobre o mesmo foi publicada no Diário de Aveiro de hoje

Vereador acusa Souto de «menosprezar» oposição
Joaquim Marques, vereador do PSD na Câmara de Aveiro, acusa o presidente da autarquia local de «menosprezar» a oposição, ao não ter consentido o adiamento da votação do Plano e Orçamento para 2005

O vereador da Câmara de Aveiro Joaquim Marques revelou num artigo de opinião publicado esta semana no Diário de Aveiro que pediu o adiamento da votação das Grandes Opções do Plano (GOP) e do Orçamento para 2005 da autarquia. Estes documentos foram votados (e aprovados) na reunião do executivo camarário de 29 de Novembro, mas o autarca do PSD afirma que não os pôde analisar adequadamente porque os serviços do município não os disponibilizaram «em tempo útil». Joaquim Marques considera ter sido «de todo impraticável uma análise consciente para a sua respectiva votação», propondo o adiamento do sufrágio, o que não foi aceite pelo presidente da Câmara, o socialista Alberto Souto.
No artigo que assinou no Diário de Aveiro, intitulado «Para que serve a oposição?», o social-democrata critica o comportamento do líder do município, escrevendo: «Não fazia a mínima ideia de que o senhor presidente menosprezasse tanto a oposição, não concedendo o tempo que a lei determina para análise dos documentos e assim contribuir com as suas propostas e opiniões para a melhoria dos documentos em apreço».
«É a primeira vez ao longo deste mandato que podemos de forma objectiva comparar e confrontar iguais documentos em momentos diferentes, as GOP de 2004 versus GOP de 2005, isto porque pela primeira vez ambos os documentos têm o mesmo formato de apresentação sob o modelo Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais», adverte Joaquim Marques, notando ainda que a análise aprofundada dos documentos ajudaria a fazer uma «avaliação» do trabalho da autarquia, agora que se aproxima o final do mandato.
«Mesmo com esta minha solicitação, as GOP e Orçamento para 2005 foram votadas, tendo sido aprovados com os votos favoráveis do PS, do senhor vereador independente, provavelmente por terem tido acesso atempado aos documentos, e com os votos contra dos senhores vereadores do PSD e CDS», lembra o autarca.


Será que o vereador se lembrou de se recusar a votar? Será que o vereador utilizou toda a margem das leis? É que eu percebo perfeitamente Alberto Souto: tem a maioria na Câmara pode tratar como quiser os vereadores da oposição... Mas se Joaquim Marques se recusasse a votar e acusasse a Câmara de desrespeitar as leis - não votando, gostava de ver qual a atitude da Assembleia Municipal - admitiria o documento à discussão?


quarta-feira, 8 de dezembro de 2004

Orçamento

A 10 de Dezembro do ano passado coloquei um post aqui sobre o Orçamento da Câmara de Aveiro. Na altura escrevi isto, sem ter tido a oportunidade de o conhecer:

"Posto isto, a questão é de o conhecer... Já quando era jornalista, apenas o conhecia quando era a reunião da Assembleia Municipal. As queixas dos elementos da oposição eram sempre as mesmas: feito em cima da hora, não há tempo para o discutir com profundidade. Porque é que as Câmaras não fazem o mesmo que o Governo? Uma data certa, uma colocação integral no site... e depois vamos a discutí-lo com tempo!Fica o repto para a sociedade cívil se pronunciar. Começando pelos leitores deste blogue... "

Solicitei na altura a um conjunto de pessoas que respondesse a esse desafio. E vários foram os que responderam, com especial destaque para Ulisses Pereira e José Costa, na altura os responsáveis das concelhias do PSD e do PS, respectivamente, para além de Susana Esteves, também com responsabilidades na concelhia do PSD. Aqui ficam as opiniões:

José Costa: "A questão colocada pelo João é muito importante e a resposta só poderá ser positiva.Ganhava-se em participação e acabavam eventuais desculpas para a não apresentação de propostas alternativas!..."

Ulisses Pereira: "Se é essa a posição do Partido Socialista (com a qual concordamos), então de certeza que vamos ter no próximo ano o Orçamento da Câmara de Aveiro na net, já que como todos sabem o PS tem maioria absoluta no executivo camarário.Mas que não seja colocado na véspera da discussão, conforme tem acontecido com a versão em papel relativamente aos Vereadores da Oposição, porque senão terá um efeito contrário do desejado, ou seja, um convite à participação. "

Susana Esteves: "Tens toda a razão... Hoje em dia, e não será necessário dizê-lo neste "grupo", a disponibilização de informação online é relevante. Simplesmente pode não interessar a todos esta transparência na gestão das instituições porque passam a existir imprevistos que por vezes são difíceis de gerir. Para além da falta de sensibilidade e deficiente percepção desta realidade por parte de alguns agentes sociais..."

Pois, a verdade é que nada aconteceu e continuamos sem conhecer o Orçamento. Devido a isso, entendi correcto desenvolver uma acção na Internet para conseguir ter o Orçamento... online.
Vejam a carta aberta do próximo post, bem como a petição que irei colocar online.

terça-feira, 7 de dezembro de 2004

Mas esqueci-me do primeiro...

o primeiro tópico de conversa é: Aveiro Basket!

Leio o Record todos os dias, foi um hábito que apanhei e que é interessante para ficar a saber como estão as modalidades em Portugal. Gosto do desporto - o mundo do futebol não me agrada muito - e tenho vários interesses nas modalidades.

A principal modalidade de Aveiro foi o basquetebol. E cada vez que vejo o nome do Aveiro Basket no jornal é por más razões. A paródia, sim, que já é uma paródia, do "cheque que bate no aro" e das queixas que Juan Barros e Alexandre Pires fazem são já anedóticas.

Vamos acabar com esta situação, meus senhores: Paulo Amorim, pague ou demita-se. Câmara Municipal de Aveiro e senhor presidente: como acionistas aceitam que o nome da entidade chafurde na lama? IPAM-Universidade Independente: como patrocinadores, gostam da situação?

Uma clarificação é necessária porque esta situação já se prolonga há demasiado tempo. Até a secção de basquetebol do Clube dos Galitos já foi envolvida neste imbróglio.

Aveiro foi a capital do basquetebol. Hoje tem a Aveiro Basket na penúria e o Esgueira e o Galitos nos lugares mais baixos da Proliga. O Illiabum também não está melhor. Alguém pode pensar num projecto a sério, que tenha sócios, apoios e estruturas e que relance o interesse pelo basquetebol?

O melhor de Aveiro é o treinador do FC Porto!

So para estarem preparados...

Nas próximas horas (entre hoje e amanhã) vou falar de:

áreas metropolitanas;
a situação política;
Aveiro - a avenida doutor lourenço peixinho
E o orçamento da Câmara de Aveiro.

Quanto a este ponto, dado que não o conheço, vou apenas falar da incomodidade que me causa a existência como vereadores de pessoas que aceitam votar um documento que só lhes é apresentado no início de uma reunião...

De regresso

Não, nao fui silenciado. Nem fui obrigado a parar de escrever. Nem nada.

Tive que parar um pouco devido ao ritmo de trabalho e à forma que pretendo dar a este blogue. Estou de volta... E há tanto para escrever!!! Contem comigo!

terça-feira, 26 de outubro de 2004

Mais novidades dos jornais

reservo para mais tarde os meus comentários, dado que as novidades de hoje são claramente para comentar!

Presidente da Câmara escreve no Público, reconhece dividas mas acusa a má gestão da Filarmonia. E também reforça a questão da mudança de pelouros.


Dos jornais

Confirmada a renúncia de Ferreira Rodrigues. (Diário de Aveiro)
O comunicado da Câmara, muito sintético.
E as declarações que ficam para a história: Alberto Souto também "se demitiria" se fosse vereador

segunda-feira, 25 de outubro de 2004

Hoje é o dia da demissão

De Manuel Rodrigues como vereador.
Pedro Silva é o homem que se segue e, tendo em conta a sua formação, a entrada no executivo municipal vai obrigar Alberto Souto a mudar as pastas. Não é crível que ele fique com a Cultura e a Educação. Curioso era se não aceitasse... o nome a seguir na lista é o de Gonçalo Fonseca, que não saiu a bem do Aveiro Basket e do lugar de assessor de Alberto Souto.
Pela lógica, uma das pastas deverá ficar com Marília Martins. Mas veremos mais tarde.

Alberto Souto continua a remar contra a maré, e a tentar manter a Filarmonia como D. Quixote contra os moinhos de vento. A reacção do PSD no Diário de Aveiro está aqui

O Editorial do Público Centro explica muita coisa. Só uma ressalva, o primeiro sítio onde se disse que ele não tinha estado na reunião foi este blog!


terça-feira, 19 de outubro de 2004

Nem só de filarmonia vive Aveiro...

Segundo o OLN, Ribau Esteves foi eleito, sem grandes novidades dada a maioria das Câmaras, presidente da GAMA - Grande Área Metropolitana de Aveiro (GAMA), resultando da votação dos 12 presidentes de Câmara dos municípios que constituem a GAMA
O primeiro vice-presidente do autarca social-democrata de Ílhavo é Ápio Assunção, presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, também do PSD, e o segundo é Manuel Soares, presidente da Câmara de Sever do Vouga, indicado pelo PS.
Estes eram nomes já esperados, não constituindo surpresa o elenco formado para o órgãos executivo da GAMA, da qual fazem parte os concelhos de Águeda, Albergaria-a- Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Ovar, Vale de Cambra, Sever do Vouga e Vagos.
As eleições para a Assembleia Intermunicipal realizam-se em simultãneo nas assembleias municipais dos 12 concelhos da GAMA, a 19 de Novembro. Serão eleitos 37 membros.

Alberto Souto retira processo ao vereador

O Noticias de Aveiro e o OLN fazem hoje eco da tomada de posição política, expressa na Assembleia Municipal, por Alberto Souto em relação ao processo da Orquestra.

"O presidente da Câmara de Aveiro chamou a si o 'dossier' da Orquestra das Beiras, estando a preparar um encontro "nos próximos dias" com os sócios da Associação Musical das Beiras para analisar alternativas ao projecto inicial, abortado recentemente devido a problemas laborais com os músicos." garante o Noticias de Aveiro, lembrando que o presidente "não esclareceu, todavia, se mantém a confiança no vereador da Cultura, depois deste ter assumido, publicamente, não ter informado previamente o executivo camarário sobre a proposta de extinção."

Aveiro fica assim atrás das outras entidades. Esperemos que se consiga manter uma estrutura em Aveiro, se calhar com mais peso de entidades que não têm a ver com a política - como a Universidade, por exemplo - e esperemos que estes joguinhos políticos - PS vs PSD - a nível camarário terminem. Cada vez mais me convenço que as câmaras não sabem dialogar entre sí.

segunda-feira, 18 de outubro de 2004

Filarmonia das Beiras - o artigo do Público a confirmar

"Aveiro Não Foi à Assembleia Que Pôs Fim à Filarmonia das Beiras "

Público de hoje vem com uma notícia de Filipa Gaioso Ribeiro, que muito oportuna, trata a questão que este blog levantou há dias. Para os arautos da desgraça, eu nunca menosprezei a questão do encerramento da orquestra. Tenho pena. Mas acho que é importante saber os contornos do seu fim. Acho que uma parte está explicada aqui, no futuro, teremos que saber as outras questões... Obrigada Filipa, por mais esta peça de qualidade.

A câmara de Aveiro não compareceu à assembleia-geral da Associação Musical das Beiras (AMB), que ditou, no passado dia 6, o fim da instituição e, consequentemente, do projecto da Orquestra Filarmonia das Beiras. O vereador da Cultura da câmara de Aveiro e vice-presidente da AMB optou por faltar à assembleia-geral, por não ter dado a conhecer os pressupostos da reunião ao executivo municipal aveirense e, ainda, por ter tido algumas "hesitações" quanto à decisão a tomar. "Houve um erro da minha parte, foi não ter colocado o problema em reunião de câmara. E foi isso que me levou a recuar e a não comparecer", admite Manuel Ferreira Rodrigues.
"Eu não tinha notificado a câmara para um assunto tão importante. A minha câmara não foi ouvida, os vereadores não se pronunciaram", confessa ao PÚBLICO Ferreira Rodrigues, justificando o acto "por razões que se prendem com um conjunto de rotinas, com mil e uma tarefas". "Quando me apercebi, a minha câmara não tinha sido informada", prossegue o vereador, acrescentando ainda que acompanhou todo o processo que levou à dissolução da AMB, mas que, à última da hora, ficou "acossado por dúvidas". "Pensei: estou a fazer uma enorme asneira e não coloquei a câmara a par deste problema".
Ferreira Rodrigues garante ter acompanhado todas as diligências da AMB para tentar resolver as divergências com os 27 músicos, que há sete anos reclamam contratos de trabalho. O vereador sabia que a assembleia-geral estava convocada para a dissolução da AMB - que alegou não ter condições financeiras para atender às reivindicações dos músicos - e diz mesmo que, à priori, pensou que seria essa a decisão certa. "Os últimos espectáculos da orquestra eram de qualidade miserável. Havia conflitos dentro da orquestra, conflitos que não passavam para a praça pública", sustenta.
Contudo, na altura da tomada de decisão, recuou. "Eu tive dúvidas da justeza da decisão. Estive lá à porta, mas acabei por não entrar e regressar a Aveiro", adianta. "O que me levou a hesitar foi o facto de irmos dissolver uma associação para avançarmos com outra. Reparei que íamos fazer o mesmo que muitas empresas: fechar ali, para abrir acolá. Além disso, como é que não havendo dinheiro para 27 músicos haveria para 24? São três que fazem a diferença?", questiona.
"Tinha dúvidas, fiquei acossado e agi em função da minha consciência", insiste ainda o vereador, garantindo que as suas relações com o presidente da câmara de Aveiro, Alberto Souto, não foram afectadas. "Houve uma divergência profunda entre aquilo que eu pensava e aquilo que ele pensava, mas maus relacionamentos não", assegura. O PÚBLICO tentou obter uma declaração do presidente da câmara de Aveiro, mas foi impossível conseguir um comentário de Alberto Souto antes do fecho desta edição.
Decisão da assembleia
pode ser impugnada
Ferreira Rodrigues considera que a decisão da assembleia-geral da AMB, que terminou com a associação e ditou também o fim da Filarmonia das Beiras, ainda pode ser impugnada. "Se calhar há razões para impugnar a decisão da assembleia-geral", afirmou o vereador, manifestando interesse em saber "se todas as câmaras presentes estavam mandatadas pelos seus municípios, em reunião de câmara". "Se não estavam, a AMB continua de pé", defende.
Quanto à teoria de que a AMB já pensava em criar uma nova associação musical, mas sediada noutra cidade que não Aveiro, Ferreira Rodrigues contesta. "Podem ter-me ocultado informações, mas tenho o presidente da direcção [da AMB] como um homem honesto. Não me parece que ele fosse favorecer Coimbra em detrimento de Aveiro", argumenta o vereador socialista, frisando ainda: "Se há golpes de bastidor não sei. Eu agi de boa fé. Se isso aconteceu terei de reconhecer àqueles que me chamam de ingénuo que realmente o fui".
"Acho essa questão do bairrismo Aveiro/Coimbra de muito mau gosto. O 'staff' da orquestra é de Aveiro, não estou a ver como é que o senhor Virgílio Nogueira, que como a imprensa diz recebe um ordenado chorudo, colaboraria positivamente se fosse para perder o seu lugar", alega ainda Ferreira Rodrigues, admitindo que Alberto Souto "marca muito os passos de Coimbra". "Aveiro não pode estar preocupada com a concorrência de Coimbra, Coimbra não tem capacidades. O vereador da Cultura da câmara de Coimbra é uma pessoa inócua", acusa o autarca, admitindo, porém, que "Aveiro sozinha também não tem capacidades para ter uma orquestra". in Público de 18/10/2004


sexta-feira, 15 de outubro de 2004

Resposta a Poeta Popular Quim

Um "Poeta Popular Quim deixou este comentário sobre a filarmonia, que não podia deixar sem resposta:

Caro Sr.
Deixe-me lamentar um certo snobismo de quem pensa que sabe e depois de meia dúzia de ideias pré-concebidas julga ter uma opinião verdadeiramente fundamentada. Por revelar uma falta de ética em falar do que não sabe, eu esclareço:

1) Os músicos da Filarmonia tinham diferentes salários para diferentes posições não auferindo todos o mesmo salário, o que revela falta de senso em dividir para criar uma média. Não se trabalha com médias, mas com números exactos.
R: Não fui eu que agreguei todos os salários para começar. Foi o comunicado dos músicos que o fez, agregando o salário dos músicos e o dos funcionários administrativos. Eu escrevi o valor do que mais recebia, a média e também teria dito aquele que menos recebia, se o soubesse. É claro que para diferentes experiências, diferentes valores. Só não gosto que usem os argumentos apenas com um sentido...

2) Os músicos da Filarmonia possuem todos cursos superiores ou estão em fase de conclusão, o que não parece nada de mais o seu salário.
R: Nem a mim, foi a constatação de um facto. Se têm ou não cursos superiores, não me interessa, apenas vale a qualidade, não acha e o estudo?

3) A quantidade de estudo físico e intelectual diário que um musico tem que fazer ou deveria fazer ao longo da sua vida excede muito as 8 horas laborais e se juntar-lhe o horário da orquestra reparará que não dará nem para fazer um blog.
R: Não entro nesses pormenores, meu caro. Todos temos uma profissão, há os que a fazem bem, os que a fazem mal. Todos podemos entrar em especializações e melhorar. Desde o agricultor, o trabalhador braçal, o músico ou o investigador. Há quem o faça e quem não o faça. E faço de conta que não entendi a sua péssima ironia. Porque se não fizesse de conta, seria obrigado a insinuar que o senhor não trabalha o suficiente na sua profissão, pois tem tempo para ler o meu desperdício de tempo...

4) O incompetente Virgílio Nogueira mudou o nome do cargo mantendo as suas funções de sempre. O seu trabalho à frente da orquestra foi uma calamidade. Não se conhece patrocinadores, não se conhece publicidade, não se conhece nenhum projecto verdadeiramente interessante a seu cargo. Sob sua alçada a orquestra continuou rumando à deriva.
5) De um mentiroso há pouco a falar, basta ir lendo os seus comunicados internos e externos, do incompetente director há muita tinta que precisava de correr. Não se pode mentir a funcionários, jogar com eles jogos infantis.
6) Gostaria de saber o que quer dizer com aumentado as responsabilidades? Nem o senhor sabe, nem eu, nem Deus. O salário do Virgílio Nogueira aumentou em benefício próprio sem contrapartidas nenhumas. A responsabilidade era a mesma e o seu trabalho nenhum, excepto as cartas para alguma imprensa e os relatórios para o M. da Cultura e associação, que bastava ler um ou dois para ter um verdadeiro ataque de pânico.
R: O PPQ utilizou três pontos da sua dissertação apenas e só para falar de uma pessoa, criticando-a. Não sou advogado de defesa do Virgilio Nogueira. Ele se quiser que escreva aqui no blog falando do que fez (lembro-me, pelo menos, do Projecto Orquital, entre outras actividades) mas o PPQ notou o seu estilo de escrita, as suas injúrias gratuitas? Reparou que ele, sendo director-executivo, não teve nos anos todos à frente da Orquestra, ninguém que publicamente tentasse a sua saída. Aguentou cerca de seis vereadores diferentes (os de Aveiro, Leiria, Viseu) que sendo da direcção o podiam mandar embora por incompetência? Mas nada aconteceu. Será que ele era assim tão mau? De-nos factos para poder pensar...

7) Os músicos esses pobres coitados tentaram sempre jogar limpo, e este ultimo comunicado eu vi ser lido a chorar. É um desabafo de quem não vai ter pão. De quem durante sete anos se entregou a um projecto a tempo inteiro porque assim tinha que ser. De quem todos os fins de semana faziam km e km por esse país fora para tocar, passar cultura. A chegada era tarde? se calhar já estava a dormir??
R: A sua veia poética resvalou para este último ponto. Fico sentido e até gostava de o ver escrever sobre os caixeiros viajantes dos tempos modernos, os vendedores das marcas cervejeiras e de cafés, esses gigantes que têm que fazer quilómetros todos os dias...
Continuo a dizer-lhe que o percebo. E que os percebo. Que é triste ver um projecto acabar e só alguns irão continuar.´Jogar limpo, também acredito. Mas olhe que há músicos que começaram as negociações já com processos em tribunal. Justos, pelo que sei. E espero que os ganhem. E depois terão que bater à porta da comissão liquidatária, que por usa vez terá que receber dos credores da Filarmonia.

Não escreva do que não sabe e se quer opinar, opine no café. Se passar a público queira fazer um trabalho sério e informe-se.P. P. Q.

P. S. Eu não sou musico, mas tento ser um cidadão informado. Eu ia ver sempre os concertos, o senhor brincava com a net?

R: Agora é que o senhor perdeu o chá e com ele a razão. Na sua primeira linha, acusa-me de snobismo para depois, nestas linhas finais, do alto da sua Razão, pensar em mandar em minha e ditar as suas leis, qual mini-ditador. Eu explico-lhe. Do alto dos seus preconceitos contra a Internet, posso-lhe assegurar que, em sentido figurado, o senhor entrou no meu café, na minha mesa (este blog) e disse aquilo que quis. Mas acha que, de qualquer forma, eu tenho que sair daquela mesa. Olhe, para escrever e para acompanhar aquilo que coloquei online, falei com algumas pessoas e grande parte é público, veio nos jornais da nossa terra: aliás, coloco os links. Ir ver os concertos, não quer dizer nada. Eu também vou. Também vai a uma repartição de finanças e não sabe os podres que eventualmente lá se passam pois não?
Já reparou que em toda a sua dissertação não disse uma linha sobre a responsabilidade dos sócios da Associação? Dos vereadores das Câmaras e outras entidades que aprovaram a extinção? Das tentativas que estão a ser feitas para a criação, próxima, de uma nova estrutura musical?
Pimba Ou Clássica, Música para Todos Os Gostos

Uma bela e curta crónica, da autoria da jornalista do Público, Filipa Gaioso Ribeiro, mais uma vez com o seu estilo acutilante. Recomendo a leitura!

quinta-feira, 14 de outubro de 2004

Texto integral da Lusa sobre preparação de uma nova orquestra...

(os bolds são minha responsabilidade)
Dirigentes da extinta Filarmonia das Beiras avançam para nova orquestra

Coimbra, 14 Out (Lusa) -Membros da direcção da extinta Filarmonia das Beiras reúnem-se segunda-feira no Ministério da Cultura à procura de uma parceria para a constituição de uma nova orquestra para a região Centro.

Extinta há uma semana por razões de ordem financeira, a Filarmonia das Beiras poderá ter como sucessora uma orquestra de menores dimensões, com 25 a 27 músicos, e centrada nos instrumentos de corda, adiantou à agência Lusa o vereador da cultura da Câmara de Coimbra, Mário Nunes.

Na criação de uma nova orquestra para a região Centro têm vindo a assumir maior protagonismo os municípios de Coimbra, Leiria e Viseu, perante algumas reservas da Câmara de Aveiro que, pela voz do seu presidente, Alberto Souto, afirmou recentemente haver "muito boa gente que não se importaria que a Filarmonia acabasse e fosse depois para outras paragens".

Mário Nunes diz não compreender as críticas de Aveiro, frisando que a autarquia tinha um vice-presidente na Associação Musical das Beiras, titular da Filarmonia, que igualmente votou a favor da sua extinção, uma decisão que foi assumida unanimemente por todos os associados.

O vereador -que integra a comissão que segunda-feira se reunirá no Ministério da Cultura, diz também não compreender os argumentos de desemprego dos músicos da extinta Filarmonia das Beiras, porque eles fazem parte de outras orquestras, nomeadamente da Orquestra de Câmara de Coimbra ou da Orquestra do Norte.

O que se pretende agora -segundo Mário Nunes -é criar uma orquestra "em bases seguras", com uma dimensão que permita a sua sustentabilidade financeira, e com uma definição jurídica que evite os problemas que surgiram com a Filarmonia das Beiras, nomeadamente da relação laboral com os músicos.

Ainda relativamente à nova orquestra e às críticas de Aveiro, Mário Nunes admite que a sede seja nesta cidade, onde esteve instalada a Filarmonia das Beiras, e que até o maestro seja o mesmo, Vassalo Lourenço, professor na universidade local.

O autarca de Coimbra diz que Vassalo Lourenço, na direcção de um grupo de músicos, irá também cumprir os compromissos de realização de concertos assumidos pela extinta Filarmonia das Beiras.

PS - Esperemos que toda esta polémica não tenha bases político-partidárias...


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A história mal contada da Filarmonia

Há histórias mal contadas na extinção da Filarmonia das Beiras. Ora leiam.

Pensem nisto: "houve unanimidade na votação da extinção" da filarmonia. Entre os sócios da Associação tinham que estar 75 por cento dos participantes, caso contrário não poderiam votar o ponto principal da ordem de trabalhos. E estavam. A agenda tinha um ponto específico para a extinção da orquestra. E foi votado por unanimidade.

Acham que a Universidade de Aveiro ia pactuar numa lógica de retirar a orquestra de Aveiro quando foi uma das entidades que mais investiu na sua existência? E Aveiro não tinha um vice-presidente da direcção, mandatado pela Câmara, que é o Vereador da Cultura, Manuel Ferreira Rodrigues?

Claro que as palavras enigmáticas do presidente da Câmara, Alberto Souto, na última assembleia eram estranhas... Mais estranhas ficam quando fiquei a saber isto:

Manuel Ferreira Rodrigues NÃO ESTEVE na reunião que decidiu a extinção da orquestra. E ao que parece não informou o presidente. Ora, quem não está numa assembleia concorda com o que lá foi dito, ou dá ordens e procuração a alguém, não é? Ou impugna se acha que as coisas não foram bem feitas. Ou diz alguma coisa. Agora não ir?

É grave, muito grave, como eu já tinha dito anteriormente. E ainda vamos descobrir mais coisas... Ou o senhor presidente tira o pelouro ao vereador, ou aceita a decisão e não acredita em histórias da carochinha e defende os interesses de Aveiro.

O Público e o Diário de Aveiro de hoje fazem eco das mais recentes noticias sobre a Filarmonia. No Diário de Aveiro, o título afirma a suspeição do momento: o desvio de verbas para outra orquestra. Por outras palavras, a extinção da Filarmonia era resultado de uma manobra para "transportar" as verbas para outra orquestra, a criar em Leiria ou Coimbra...
O Público, pelo seu lado, avança com a questão de ter sido o director executivo da Filarmonia, Virgilio Nogueira, o responsável pela extinção. Estas duas teorias, certas ou erradas, são veiculadas pela Comissão dos Músicos, atacados, devido às suas reivindicações salariais, como os principais responsáveis pela situação "fatal" da orquestra.

Nenhuma das partes conta a história de outra que não a sua forma, mas devemos saber a coerência das suas afirmações. Quando a direcção assume que a orquestra não era viável, estava claramente a falar da lógica empresarial: prever o futuro, sabendo que a ida a tribunal dos quatro músicos iria, provavelmente, criar um rombo financeiro na OFB que levaria à sua falência ou, pelo menos, a uma situação muito pouco estável.
Por outro lado, os músicos jogaram de forma baixa ao colocar o odioso da questão nos salários do director executivo. Como está escrito no Público, "os encargos com os 27 músicos estavam estimados em 433 mil euros. Os encargos com os cinco administrativos e o director artístico atingiam os 200 mil euros. Esta discrepância de valores é posta em evidência quando os músicos revelam que o valor do salário de Virgílio Nogueira subiu de 1250 euros, em 1997, para 3.200 euros, em 2004. E concluem: "Não se compadece este ordenado com a situação económica da orquestra, que, apesar de ter lucros, não possui solvabilidade económica para garantir os contratos de trabalho dos músicos, mas possuiu para manter um ordenado bombástico de alguém que acabou por a levar à destruição, alegando sempre falta de dinheiro, para que os músicos fossem sacrificados em detrimento do seu ordenado"
Ora Virgilio Nogueira não era, em 1997, director executivo da orquestra. Era somente o seu responsável de comunicação. Também não dissem que a orquestra já tinha, desde essas datas, aumentado e diminuido o quadro, o que originou menos pessoas e o aumento de responsabilidades. E também não disseram que estes ordenados são brutos. Um director executivo a ganhar pouco mais de 2500 euros? 500 contos na moeda antiga? Para um trabalho a tempo inteiro?
Já os músicos, segundo os seus números, ganhavam uma média de 1336 euros por mês. É fácil fazer as contas: 433 mil euros, a dividir por 27, a dividir por 12 meses. Por um trabalho semanal de 12 horas. Por um trabalho que, embora de qualidade, não exigia exclusividade. Entendo que seja pouco para os que não tinham outras fontes de rendimento mas e para os que eram professores e davam aulas privadas? Ou concertos? Sei que um dos melhores da orquestra recebia cerca de 2000 euros por mês, por 12 horas de ensaios e concertos...

Eu sou a favor da cultura, mas tenho que acreditar em projectos viáveis. Não sei se a Direcção fez tudo o que podia para aumentar as fontes de receita para o próximo ano e colmatar este problema, mas todos deviam jogar limpo...

quarta-feira, 13 de outubro de 2004

Que rico pedido de desculpas...

Aveiro segue dentro de momentos.

A selecção nacional mostrou que sabe ser humilde e o jogo e a goleada histórica frente à Rússia mostraram que também sabem pedir desculpas aos portugueses. Obrigado a todos! Em especial a Cristiano Ronaldo, que já tem 104 mil referências no Google e 378 fotografias. Mas igualmente ao Mágico DECO, o melhor em campo, e a Petit, Simão e Pauleta!

É necessário um esclarecimento!

Confirmei junto do Júlio Almeida o teor desta notícia, não porque não acreditasse no seu conteudo mas sim porque estava meio "abananado" com os factos descritos. Há algo de grave nas afirmações de Alberto Souto que merecem, claramente, esclarecimentos.

Com efeito, na assembleia municipal, no decorrer do período antes da ordem do dia, Alberto Souto garantiu, segundo o Notícias de Aveiro, que a dívida para com a filarmonia "neste momento é zero".
O assunto fora levantado pelo deputado do PSD, Manuel António Coimbra que chegou, inclusivamente, a apontar valores de espectáculos por pagar que totalizam, entre 2002 e 2004, cerca de 100 mil euros. Alberto Souto voltaria a negar. "Não há facturas na nossa contabilidade por pagar à orquestra", garantiu.

Comentário: Espero que Alberto Souto não utilize questões semânticas para dizer que a CMA não tem dívidas para com a Orquestra. Não tem porque as facturas não foram enviadas, não tem porque já pagou tudo ou não tem porque não fez entrar as facturas? É preciso esclarecer claramente o que se passa porque tendo em conta as finanças camarárias...
Mas este assunto não é o mais grave. Porque se uma Câmara que adquire 15 concertos os pagar com um pouco de atraso, mal não vem ao mundo. Mais grave é o que vinha a seguir no artigo: O líder da edilidade informou ainda a Assembleia Municipal que a Câmara "não avalizou, nem mandatou ninguém" para votar a extinção da orquestra.

Uma afirmação recebida com surpresa, já que a Assembleia Geral da Associação Musical das Beiras realizada em Coimbra, durante a qual se decidiu, por unanimidade, colocar fim à orquestra , contou com a presença do vereador aveirense Manuel Ferreira Rodrigues, também vice-presidente da direcção.

Comentário: Isto é grave. Demasiado grave para ser verdade. Uma assembleia geral tem uma agenda e no caso da extinção, que era uma perspectiva em aberto, como estava já nos jornais do dia anterior, decerto se sabia o que se ia passar.
Ainda por cima, Manuel Rodrigues é vice-presidente da direcção, em nome da Câmara de Aveiro. Então o que se passou? Ou Alberto Souto mais uma vez colocou o caso a nível semântico - tipo, a agenda não chegou a tempo dos vereadores discutirem isso formalmente em reunião de Câmara - ou o vereador votou sem antes falar com o presidente.

Ora este último caso é muito grave. Há mecanismos legais - suspensão da Assembleia, período para tomada de decisões em que Manuel Ferreira Rodrigues poderia entrar em contacto com o presidente e dizer-lhe o que estava a acontecer. O que terá acontecido?

Ainda mais esquisito é que a decisão foi tomada por unanimidade o comunicado foi igualmente subscrito pelos elementos da direcção, da qual Manuel Rodrigues faz parte.

É urgente que todos os intervenientes digam o que verdadeiramente se passa... e parafraseando a frase de Diogo Soares Machado na última assembleia municipal: "senhor presidente, ainda mantém a confiança política no seu vereador?"

AAS, Susana e mais..

Tem sido um diálogo curioso, entre AAS e a Susana Esteves. Embora desigual ;) Aqui vai a resposta dela!

O AAS realmente captou uma secreta admiração minha: Alberto João Jardim. Para além de a Madeira realmente ter avançado, em termos económicos (está longe de ser perfeita), o terramoto João Jardim (com todas as suas qualidades e defeitos) tem, para além de honestidade, um enorme sentido de humor, tal como o de Carlos Candal, que também aprecio. Só que não tenho idade nem experiência de vida para ter os seus "à vontades".

O AAS devia reparar mais nos factos que mencionei e menos nas críticas pessoais... A esses ele não apontou nada.

Domingos Cerqueira é o único caso que conheço, no espectro político nacional, de ter sido candidato à câmara a aceitar pelouros. Desafio AAS a refletir no porquê.

O senhor foi eleito numa lista do PSD, aprovada pelo PSD, defendida pelo PSD." Também lhe foi retirada a confiança política pelo PSD Aveiro (concelhia) e também se desfiliou do PSD. O que é que falta nesta lógica?

Uma pequena observação: a Câmara Municipal de Lisboa não é problema meu. É problema dos lisboetas.

Outra observação: eu também aprecio os textos de António Salavessa.

A mais importante das observações: o AAS anda distraído! Se andasse atento veria a quantidade e a qualidade de soluções propostas em áreas tão diversas como a saúde, educação, turismo, juventude, ambiente, e por aí adiante... O PSD não se furtou a debater assuntos difíceis em alturas incertas. Vejam-se os casos do Hospital de Aveiro, da Marina da Barra, do Polis de Aveiro, do tratamento dos resíduos, etc... E não só não se furtou a esse debate como ainda o fez com líderes de opinião e responsáveis locais, por vezes com opiniões diferentes e de espectro partidário quer à direita quer à esquerda e outros ainda isentos.

Só não queiram que se deixe de apontar o que está mal porque isso não faz sentido nenhum...

Convido o AAS a ir a um dos nossos fóruns ou palestras. Talvez aí encontre pessoas de que não está à espera...

Susana

terça-feira, 12 de outubro de 2004

Almoço passa para 23

Os colegas bloggers que já estavam a preparar a farpela, têm que estar mais comedidos...

Estive a recolher os vossos comentários, a opinião de alguns sobre eventos que ocorrem no mesmo dia e já tinha a confirmação de alguns. Mas agora foi a minha vida profissional que se alterou. No próximo sábado é o congresso da Causa Real e eu faço parte da organização, não podendo, por isso, estar em dois lados ao mesmo tempo. Tendo em conta isso, vou manter esta festa- almoço para 23 e dentro em breve já vos avanço pormenores do local, ementa e ? !!!

Espalhem a mensagem!

AAS fez um comentário curioso

O Conhecido blogger AAS fez um comentário que merece honras de página principal e reproduzo aqui, com um comentário meu...

...Ora falávamos nós em Novelas e aparece-nos a Susana Esteves!
É Obra!Tão nova e já tão demagógica, talvez sinal dos tempos atravessados pelo seu PSD.Querer deliberadamente confundir Alberto Souto e Filipe Teles é uma demonstração óbvia de que não conhece um ou outro. Nem os defeitos de um nem as virtudes do outro!
Esse estilo Alberto João Jardiniano de «politicar» acrescenta-nos pouco, Aveiro não é (talvez infelizmente) uma ilha verdejante de hotéis, autoestradas, túneis e viadutos sustentada pelo erário público. Aqui, graças ao seu Desgoverno Laranja, pagaremos tudo isso! Infelizmente, não vivemos no paraíso, bem esgalhado é certo, do seu companheiro Jardim e por isso a Demagogia não lhe assenta nada bem minha cara! Até o Salavessa consegue ser mais pragmático e objectivo que a menina! Que a gestão camarária não está isenta de defeitos já sabemos (este nosso cognome AAS diz muita coisa) mas é preciso ter um certo pudor (já li isto em qualquer lado) na crítica pessoal.
Quanto ao vosso ex-companheiro Domingos Cerqueira, minha cara, não deixa de ser curiosa a novela por vós (PSD) criada e argumentada, pois foi por vós eleito. Não me diga, cara Susana, que acha mesmo que um vereador eleito e com pelouros assumidos deve comportar-se como um contra-poder, nada fazendo e tudo criticando. Não nos diga que preferiria ter um vereador sem pelouros que apenas estivesse no elenco da CMA para receber as devidas senhas de participação!Todos percebemos que o PSD Aveirense se sinta algo carente, algo desnorteado. Se por um lado de Lisboa chovem dislates, em Aveiro o PSD não pode argumentar sequer que no passado fez assim ou assado. O PSD em Aveiro nunca nada fez. Nunca para tal foi chamado por quem vota. Mas o que é realmente preocupante é que não se preocupem em propor mas apenas em demagogicamente denegrir o trabalho de outrém.

Comentário - Caro AAS, vou tentar opinar no que respeita às "virtudes de um e defeitos de outro". Concordo que o Filipe Teles é melhor do que um ou dois dos vereadores do AS e mais dois do PSD. Só que não é vereador, é chefe de gabinete. Há dois mandatos. E por isso, é "his master's voice". Um chefe de gabinete é como o comandante de um navio - fica até ao final e assume as culpas...
Quanto à questão de Domingos Cerqueira / PSD - Deves concordar que não é normal um vereador de outra cor política que vota mais vezes a favor do AS do que os vereadores da mesma cor. Claro que se aceitou pelouros, tem que estar com o presidente que lho deu. Mas não é imune a críticas e não pode arvorar-se no inocente...

segunda-feira, 11 de outubro de 2004

Resposta sobre Mercados e Domingos...

Em relação ao comentário feito por mim (quem me conhece sabe que em leve tom irónico) acerca do comunicado do sr. Filipe Teles, a Susana Esteves escreveu um texto longo e muito acutilante.Aqui fica, para vosso comentário!

Muitas coisas têm acontecido nos últimos tempos como reacção à Rota dos Mercados e a resposta que foi dada ao PSD, como sempre, enquadra duas situações distintas: por um lado algumas das "respostas" ignoram a crítica efectuada e, por outro, há uma substancial diferença em o que eu (e o PSD vemos) e o que os nossos responsáveis autárquicos vêm.

Passo a exemplificar...
Uma das "obras" apontadas pelo sr. Filipe Teles é o Mercado Manuel Firmino, que irá estar pronto daqui a um ano. O PSD nunca defendeu que este mercado devesse ficar como estava... Apontamos, sim, para o facto de ter sido uma empresa externa (e não os técnicos da autarquia) que detectaram que o mercado tinha que ser deitado abaixo. Ora, é inadmissível que se gaste dinheiro a fazer planos de arquitectura, arranjar financiamentos e a assumir compromissos que depois ficaram inviabilizados porque os técnicos da câmara não se aperceberam dos problemas das fundações... A obra já tinha sido adjudicada!!! Quem são os responsáveis? Para além desta situação, estivemos no mercado provisório e verificamos in loco o desepero dos vendedores num Sábado de manhã, sem clientes... Nem sequer um acesso condigno este mercado tem!!! Tem uma rampa "foleira", onde se está sujeito a cair quando o tempo está bom... Se já te apercebeste de quem vai, durante o dia aos mercados, imagina as senhoras idosas, com sacos de compras, num dia em que o chão esteja enlameado... Como é que aquilo há-de ter clientes? Além do mais, parece que já toda a gente se esqueceu de que a dupla Alberto Souto / Domingos Cerqueira, tentaram, com este contrato provisório, desvincular os comerciantes do futuro Manuel Firmino... Mas os comerciantes não se esqueceram...

E depois, vem o Sr. Alberto, perdão, o Sr. Filipe Teles dizer que "nesta área (...) com grandes e médias superfícies a instalarem-se no concelho, foi possível proceder a estas adaptações com tranquilidade e compreensão por parte dos operadores e utentes...". Sabes onde é que as pessoas que compravam no Manuel Firmino vão agora? Ao Pingo Doce!!! Se tens dúvidas, experimenta perguntar às senhoras da Beira-Mar e aos passantes (que era quem comprava no Manuel Firmino).

Esta é uma situação que se enquadra no segundo caso: as tais diferenças na forma de ver as coisas... E, não querendo ser mais papista que o Papa, fez-se uma publicidade enorme em torno do início das obras... A verdade é que eu trabalho lá ao lado e não tenho visto nem sequer máquinas no local... Continua um descampado mas a verdade é que houve um chorrilho de notícias a anunciar o início das obras...

Outra das pérolas com que nos brindaram foi com relação ao Parque de Feiras e Exposições. Aqui, aquilo que nós dissemos foi pura e simplesmente ignorado... Disse o Sr. Alberto, perdão, Filipe: "Lastimáveis eram também as condições em que funcionava a "Feira dos 28"; Todos reconhecem que está agora num recinto com muito melhores condições;" Eu não vejo as coisas assim... O Sr. Filipe não deve ter posto os pés em nenhuma Feira dos 28 no recinto novo... Senão, sabia que ela se faz no exterior dos edifícios. A "cobertura" é a mesma do espaço antigo: sol quando está sol, chuva quando está chuva e vento quando está vento. E o terreno também tem inclinação para quando está lama... A única coisa que mudou foi o local do congestionamento de trânsito: antes era perto do Centro de Congressos e no Parque de Estacionamento por trás da Avenida e agora é na estrada nova para São Bernardo. E no entanto foi gasta um valor enorme nas novas infra-estruturas...

Mas, o que o PSD disse não foi isso. Foi, basicamente, que o local tem condições para ser mais e melhor explorado e ainda, mais cuidado. Com relação à questão da exploração vem o Domingos Cerqueira (a este nem senhor posso chamar...) dizer no jornal que há muita gente e muitas empresas com vontade de lá realizar eventos... Ainda há bem pouco tempo li um comentário no Diário de Aveiro, em relação à Feira dos Saldos, que dizia o seguinte: "O sucesso deste evento teve uma magnitude tão ampla que quando os primeiros potenciais clientes chegaram ao suposto local do tão publicado evento todo o stock já havia esgotado e inclusivamente já não existiam stands!!!"!!! E a senhora que escreveu isto (vem no artigo, não a conheço de lado nenhum) é de Oliveira do Bairro!!! A senhora deslocou-se de Oliveira do Bairro para vir a um evento anunciado nos dias antes nos media que foi um indescritível fiasco!!!

Se bem me lembro, em Junho, esta Feira dos Saldos e um tal evento Aveiro Capital da Água (quero ver como é que esse vai correr...) eram as grandes apostas do arranque da empresa municipal que gere o Parque...

E também não me esqueci do Sr. Raul Martins, também nesta altura, a criticar a doação de 50% do capital à AIDA e a dizer que era a pior das asneiras...

Como já fui insultada pelo Domingos Cerqueira relativamente a este assunto, não tenho nada a perder se disser com todas as letras que ele é um INCOMPETENTE, um MAL-EDUCADO e um VENDIDO.

A Praça do Peixe (que o PSD ainda irá visitar, tal como o Mercado Abastecedor) foi então a verdadeira "peixeirada"... Lembro-me muitissimo bem das queixas das vendedoras, da visita do Delegado de Saúde, dos comentários que ele fez (apesar de o não ter fechado) e da concordância e defesa das vendedora pelo Presidente da Junta da Vera Cruz. E melhor me lembro de um tal Domingos Cerqueira (aquele que nos brindou com a expressão "Eles deviam engolir essas palavras, não digo pela garganta, mas por outro buraco mais abaixo") também ter dito a um orgão da comunicação social que os/as vendedores da Praça do Peixe deviam era vender na valeta. É caso para dizer, como o Sr. Alberto, perdão, Filipe, que "os aveirenses têm memória e sabem ser justos"...

Não vou falar do Mercado Abastecedor porque, francamente, não estou muito a par da situação mas aposto que se fizer um bocadinho de pesquisa vou descobrir coisas interessantes... Daquelas do Sr. Alberto, perdão, Filipe considera: "nesta área (...) com grandes e médias superfícies a instalarem-se no concelho, foi possível proceder a estas adaptações com tranquilidade e compreensão por parte dos operadores e utentes..."

E já agora, congratulo-me que o Gabinete passe a ter um nome porque antes não se podia falar com um Gabinete (daqueles que insultavam munícipes, como no caso da Forca-Vouga). Era praticamente o mesmo que falar com uma porta, com uma cadeira ou até, quem sabe, com um tamanco...

Entre ofender presidentes de junta, a oposição (se bem me lembro até no discurso do dia da cidade houve alguém a ser brindado como "anões cívicos sem espinha e sem pudor ético") alguém mais parece um ouriço-cacheiro: mal se sente ameaçado, enrola-se sobre si mesmo e espeta os picos todos...

Talvez com excepção deste meu desabafo os elementos do PSD sempre criticaram situações, acontecimentos e políticas. Nunca fizeram críticas pessoais nem insinuações sem classificação como temos vindo a sofrer. Os actos de cada indivíduo classificam esse indivíduo e espero que os aveirenses saibam tirar as suas conclusões.

Por Susana Esteves

sexta-feira, 8 de outubro de 2004

Escrevi antes do tempo.

Ou li os jornais antes do tempo.

Depois de ter elogiado os politicos aveirenses, garantindo que os mesmos tinham mostrado união e uma posição de força, comecei a ler outras peças jornalísticas e... bem, é melhor começar.

Em relação à última assembleia municipal (com lugar de destaque no Público e JN) é importante referir a conclusão/acusação da oposição à gestão? financeira de Alberto Souto: as dívidas só diminuiram porque o Estado pagou uma parte que estava em falta e não por pagamentos camarários - a Câmara continua a trabalhar às custas das empresas. A troca de argumentos é curiosa e vale uma passagem por aqueles dois jornais.

Muito mais grave, na minha opinião, é saber pelo Público que a Câmara de Aveiro tem 72 processos judiciais, sendo que 32 são por execução de dívidas. É grave, muito grave. E deixa-me curioso o suficiente para perguntar ao Salavessa quais são as razões dos outros 40!

Mas há pior, muito pior... Parece que Domingos Cerqueira entrou em ebulição com a Rota dos Mercados. Vou colocar em aspas para não correr o risco de ser acusado de ter dito isto: "Domingos chama canalha a Ulisses" e outras acusações no Noticias de Aveiro.

Sobre Domingos Cerqueira já disse aqui a minha opinião: aqui e aqui mas gostava de lembrar que não tem muita autoridade moral para relembrar os casos, abundantemente conhecidos de Ulisses Manuel Pereira. Com efeito, para quem se lembra da saída de Domingos Cerqueira da empresa da Diocese de Aveiro que edita o Correio do Vouga e da Associação Humanitária dos Bombeiros Velhos... E se calhar há mais antigos que se lembram de outras coisas...

Factos políticos respondem-se com factos políticos (e ironia q.b.) como fez Filipe Teles, chefe de gabinete de Alberto Ssouto. Que se deve estar a rir...

Felizmente há boas noticias vindas da UA.

Ultima nota sobre Filarmonia

Os políticos de Aveiro começam a demonstrar alguma força política neste assunto e pretendem apostar decisivamente na "nova" Filarmonia. Pelo menos pelo que se pode ler aqui.

A extinção da Filarmonia provocou mais ecos. Em especial dos músicos, do sindicato respectivo, mas igualmente de um conjunto de personalidades da zona centro (na mesma noticia do JN cujo link está na palavra músicos).

O sindicato "
anunciou hoje uma recolha de assinaturas contra a extinção da Filarmonia das Beiras, que considera um acto "duplamente irresponsável", por fazer cessar um instrumento de acção cultural e encerrar postos de trabalho". "O programa de criação das orquestras regionais foi, como se vê, uma das bandeiras da descentralização cultural de vários governos, criando expectativas nas populações que iriam servir e nos profissionais que a viriam a integrar", frisa a direcção do Sindicato dos Músicos. A assembleia de sócios (da Associação Musical das Beiras) "verte palavras de apreço pelo trabalho desenvolvido, esquecida de que uma orquestra não é um aparelho emissor de som que se desloca, desliga e deita fora como se fosse um produto de consumo musical industrial", defende ainda a estrutura sindical. "A Filarmonia das Beiras é o local de trabalho de 27 músicos que merecem respeito e reparação pelos danos que lhes estão a ser causados", conclui.

Por outras palavras, o sindicato considerou a extinção uma decisão "irresponsável"

Mas agora que todos falam bem, dava jeito olhar para as contas...

PS - Também o blogue Santa Terrinha escreveu, lembrando o sentimento que passa pela cabeça de muitos habituais da Orquestra...

quinta-feira, 7 de outubro de 2004

Ainda mais info... (Filarmonia)

A Lusa conseguiu falar com um dos responsáveis pela Associação. A peça tenta explicar as decisões, mas centra-se na componente financeira.

(Lusa) -A Assembleia-Geral da Associação Musical das Beiras aprovou quarta-feira a extinção da instituição e da orquestra regional, devido à incapacidade de responder às reclamações dos músicos, que exigiam um regulamento interno e contratos de trabalho.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da direcção da instituição, Vítor Lourenço, justificou a decisão assumida pelos associados, numa reunião extraordinária realizada quarta-feira à noite devido aos riscos de uma "insolvência financeira futura" da associação.

Em causa está o facto da Orquestra Filarmonia das Beiras pagar os salários aos músicos desde a sua fundação, em Dezembro de 1997, em regime de prestação de serviços, a recibos verdes, devido à incapacidade de assumir a contratação efectiva dos artistas.

Depois de alguns dos músicos terem interposto acções judiciais, reclamando a celebração de um contrato de trabalho, os associados entenderam, "por unanimidade", extinguir a instituição, que "não tem condições para assumir essas despesas".

"Chegámos a um ponto de ruptura que não tinha outra solução", afirmou Vítor Lourenço, vice-presidente da Câmara de Leiria, salientando que a orquestra tem um orçamento de cerca de 750 mil euros por ano e não reúne condições financeiras para integrar três dezenas de músicos nos seus quadros.

Esta decisão vai obrigar à renegociação dos compromissos assumidos para os próximos meses e ao despedimento colectivo dos seis funcionários da associação, os únicos que têm contratos de trabalho celebrados, acrescentou.

Recentemente, uma comissão dos 27 músicos que compõem a orquestra sustentou em comunicado que "nunca existiram verdadeiras negociações" devido à intransigência da direcção em aceitar celebrar contratos de trabalho.

Nas propostas, a direcção chegou a apresentar propostas para que os músicos fizessem nos seus salários os descontos para a Segurança Social, mas mantendo salários elevados para o pessoal administrativo e director artístico, acusavam.

"Uma orquestra sem músicos não se concebe, pelo que não se compreende a linha de raciocínio que leva esta direcção a considerar como prioridade o pessoal administrativo em detrimento do projecto que tem sido fundamental para a divulgação da cultura e da arte no país e principalmente na zona centro", referia ainda o documento.

Para Vítor Lourenço, os "músicos têm todo o direito a sua entrada no quadro de pessoal" mas essa reivindicação "não pode ser assumida pela associação".

Contudo, este responsável admite que a experiência de criação de uma orquestra regional possa ser repetida no futuro mas "com outros moldes legais" para impedir "a repetição destes problemas.

Embora salientando que os membros da associação se mostraram favoráveis à criação de uma nova estrutura, Vítor Lourenço garante que esse projecto não será assumido no futuro mais próximo.

"Têm que ser feitos novos contactos e novas decisões que podem levar muito tempo mas é preciso não esquecer a experiência positiva que constituiu esta orquestra, que levou espectáculos de qualidade a concelhos que dificilmente teriam esta oferta", considerou.

Este responsável lamentou ainda que a decisão de extinguir a orquestra tenha sucedido num ano em que estava prevista a realização de uma centena de espectáculos, um "número recorde" para uma filarmonia do género.


Mais info...

Mão amiga fez-me chegar o comunicado que a Associação Musical das Beiras deu a conhecer ontem. E reforço o pedido anterior, de mais informações. A frase em sublinhado do comunicado (sublinhada por mim) é demasiado ambigua, tendo em conta todos os elogios anteriores.

O site da Orquestra deveria ter o comunicado, igualmente.

Comunicado

A Associação Musical das Beiras, entidade responsável pela gestão da Orquestra Filarmonia das Beiras, após ter reunido em Assembleia-Geral, em 06.10.2004, em Coimbra, vem comunicar que:

Ponto 1. ? A Associação Musical das Beiras está reconhecida a todas as entidades que a estruturaram institucionalmente, nomeadamente as que integraram os seus órgãos sociais ao longo de mais de sete anos. O mesmo reconhecimento se aplica a todas as entidades que nos apoiaram institucionalmente, quer participando na vivência associativa, quer subscrevendo o acordo de financiamento com a Associação Musical das Beiras. Uma frase de apreço também para todas as entidades que requereram, ainda que de forma avulsa, os serviços prestados pela Associação: a projecção que se adquiriu a nível nacional assentou, decisivamente, nestes contactos.

Ponto 2. ? A Associação Musical das Beiras quer realçar, nesta hora, que as várias dezenas de parcerias estabelecidas, na região e fora dela, com as Câmaras Municipais, com as Universidades e outras instituições de Ensino Superior, com as Regiões de Turismo, com o movimento associativo religioso, cultural e empresarial, podem constituir um excelente exemplo para uma lógica de solidariedade intermunicipal e interinstitucional que a todos beneficia.

Ponto 3. ? A Associação Musical das Beiras teve sempre como missão prestar um serviço público, chegar às populações, fazendo-o inserida no domínio das ofertas qualificadas para animar e valorizar os seus tempos livres e de lazer. No lote dos objectivos estratégicos desta Associação mereceu particular atenção o desenvolvimento de programas preparados para o público em idade escolar, a que se destinaram as sucessivas edições do projecto «Música na Escola», as quais movimentaram várias dezenas de milhar de crianças.

Ponto 4. ? A Associação Musical das Beiras procurou um modelo de inovação, estando na origem da feliz ligação da música dita ?clássica? às novas tecnologias da informação e da comunicação, quando editou o Cd-Rom «Orquital ? Orquestra Digital». Também foi original pela autoria e realização de Cursos de Direcção de Orquestra. Ainda se regista o seu contributo no desenvolvimento da cultura musical nas gravações de Cd?s com as obras, inéditas, de compositores da sua região de referência, casos de João José Baldi e de José Joaquim dos Santos.

Ponto 5. ? A Associação Musical das Beiras contou sempre com o incentivo financeiro do Ministério da Cultura e retribuiu com sentido cooperante todo o apoio que lhe foi sendo concedido pela sua tutela.

Ponto 6. ? A Associação Musical das Beiras regista com um sólido agradecimento o contributo de todos os seus colaboradores, os principais responsáveis pela notoriedade e prestígio alcançados.

Ponto 7. ? A Associação Musical das Beiras nasceu com um conjunto de pressupostos que se alteraram, fruto das novas dinâmicas. Os parceiros da Associação Musical das Beiras não encontraram condições para prosseguir o seu objecto. Neste quadro, a Assembleia-Geral deliberou, por unanimidade, a extinção da Associação.


Extinta?

A Associação Musical das Beiras, a estrutura que suporta o projecto "Orquestra Filarmonia das Beiras" foi extinta. A notícia surgiu de uma forma estranha mas adivinhava-se nos meios camarários, nas notícias que indicavam as reclamações dos músicos e no comunicado que saiu da reunião.
Para quem quiser ler as notícias sobre este assunto:

Terranova
Moliceiro.com
OLN
Jornal de Noticias


Há pontos interessantes nesta tomada de posição. Em primeiro lugar, nota-se que os músicos exigiam a mudança da forma de ligação contratual à associação. Por outras palavras, terem contratos de trabalho com as competentes regalias. Só que para que isso fosse feito, deveriamos analisar se eles efectivamente tinham que ter contratos de trabalho ou se são elementos que fazem actividades para a Filarmonia das Beiras e para outras entidades, o que levaria a valores mais baixos e outro tipo de condições.
A questão é que os dois contratos de prestação de serviços (recibos verdes) e a própria existência da filarmonia faziam com que qualquer tribunal de trabalho desse razão aos músicos que pedissem indemnização...

Por outro lado, temos a questão da sustentabilidade financeira da Filarmonia das Beiras. Seja pelo molde dos associados e da garantia de concertos, seja pela questão de falhas de tesouraria, seja pelo valor atribuido pelo Governo.
Seria interessante saber se a Filarmonia não podia entrar por outras vias de financiamento, se há graves falhas de tesouraria ou não (é muito provável dado que as câmaras não andam a pagar a tempo e deverão ser os maisores "financiadores" da associação", etc, etc...
Esta é uma questão cultural. Pode ser uma decisão da associação mas não deve ficar somente por um comunicado à imprensa. O senhor presidente da direcção deve falar, nas várias regiões afectadas, e explicar, em português que se entenda, esta tomada de decisão.

É urgente saber as razões desta decisão e qual o futuro cultural deste tipo de instituições. Se isto foi um passo em frente ou um passo atrás? Se isto significa o fim ou não da Filarmonia das Beiras...

quinta-feira, 30 de setembro de 2004

Primeiro Ministro inaugura IC1

O primeiro ministro, Pedro Santana Lopes, inaugura hoje, em Mira, no limite do distrito de Coimbra com o de Aveiro, o IC1, que vai continuar interrompido entre Estarreja e Angeja, devido à indefinição do traçado.

O troço que Santana Lopes inaugura vai, pelo menos, permitir desviar o trânsito de importantes centros urbanos como Vagos, Ílhavo e Aveiro, entroncando no IP5, futura A25, junto ao novo estádio Mário Duarte, em Aveiro.

No total foram gastos no novo lanço de auto-estrada 134,233 milhões de euros, sendo 2,52 milhões de Projecto, 111,713 milhões de Construção e 20 milhões de expropriações.

A obra foi desenvolvida pelas construtoras Mota/Engil e Rosas Construtores e caracteriza-se por uma extensão de cerca de 26 quilómetros, incluindo a construção de oito nós de ligação, sendo um de ligação ao Estádio, outro de ligação ao IP5 (A25) e seis de ligação à rede de estradas local -nó de Mira, nó da Ponte de Vagos, nó de Vagos, nó de Ílhavo, nó de Aveiro Sul e nó de São Bernardo.

Um primeiro trajecto, a poente da actual Estrada Nacional 109, e que era o preferido pelas populações, foi abandonado pelo impacto ambiental negativo sobre o baixo Vouga lagunar, e a alternativa a nascente, paralela à A1, foi contestada por autarcas e movimentos populares.
A actual maioria PSD/CDS-PP prometeu reapreciar a questão e a solução final continua dependente dos estudos ambientais, pelo que o IC1 está feito de Mira a Aveiro e de Ovar a Estarreja, mas entre Estarreja e o nó de Angeja do IP5 os automobilistas vão continuar a ter de percorrer a saturada Estrada Nacional 109.
O lanço da A17, entre Mira e Aveiro faz parte da concessão SCUT da Costa da Prata, que integra cerca de 105 quilómetros de auto-estradas em regime de portagem sem cobrança aos utilizadores, concessionadas pelo Estado à Lusoscut, em 19 de Maio de 2000.

terça-feira, 28 de setembro de 2004

Já há listas!

Elas estão disponíveis aqui

segunda-feira, 27 de setembro de 2004

Almoço / Reunião de bloggers aveirenses

Internautas de Aveiro - Estarreja - Murtosa e algumas outras cidades da região (não sei a que é que este epíteto se refere, se ao distrito de Aveiro, se à A.M.A...) tem vindo a mostrar-se muito vigorosos na criação de blogs, pela experiência que tenho como o mais antigo da região.Ao longo destes quase dois anos tentei fazer uma catalogação, sempre manual, dependente de referências e da boa vontade dos novos participantes da blogosfera. Alguns dos existentes, conheço-os pessoalmente, os outros vou conhecendo e encontrando-me regularmente, seja pela cidade, seja na Internet.
Tendo sido desafiado por dois ou três dos que conheço pessoalmente para tentar arranjar uma forma de nos encontrarmos, pensei que um almoço, num sábado, seria a melhor maneira. Não há problemas de maior com as questões familiares, dá mais tempo para uma conversa, etc...
Era este o repto que eu fazia aos bloggers aveirenses - juntarmo-nos todos no dia 16 de Outubro, um sábado, para conviver, trocar experiências, motivar os que estão a escrever pouco e conhecer as motivações para continuarem a escrever dia após dia.
Plano de acção: Gostava que colocassem um texto parecido com este nos vossos blogs, com o meu e-mail ( jmo@esoterica.pt ) para tentar apanhar os bloggers que eu não tenho registados no meu directório e para motivar outros. Ao mesmo tempo, mandem-me um email com as vossas disponibilidades, para que eu comece a pensar no restaurante a receber-nos. Sugestões para animar o convivio e mesmo local serão apreciados, embora a minha sugestão é que seja em Aveiro.

Aguardo os vossos comentários, e-mails ou posts nos vossos próprios blogs.

quarta-feira, 22 de setembro de 2004

UA Online


Para quem quer saber tudo o que se vai passando pela Universidade de Aveiro, há um novo local online para o fazer, o Jornal UA Online. De frequência obrigatória!

Dia sem carros

Estou em Lisboa, por isso não vou ver as actividades do "Dia sem Carros". Mas aqui vai um resumo de grande parte, sacada de noticias várias de jornais.
<>
Aveiro
Na cidade de Aveiro, que pelo quinto ano consecutivo adere à iniciativa e tem ainda a experiência repetida nos dias dos jogos do Euro, o centro da cidade vai estar condicionado ao trânsito, entre as 08.00 e as 19.00, desta vez numa área de 62 hectares. Durante todo o dia as actividades vão realizar-se com mais incidência no Rossio, Praça da República, Largo da Biblioteca Municipal, e Praça Joaquim Melo Freitas. Vai vigorar quarta- feira um bilhete multimodal, que abrange todos os operadores ao preço de um euro para o dia todo e sem limite de viagens.

Ílhavo
<>Vão decorrer aulas de educação rodoviária, jogos não motorizados e actividades de educação ambiental, sendo as ruas patrulhadas a cavalo e de bicicleta pela GNR.
Na Gafanha da Nazaré, igualmente no concelho de Ílhavo, a animação repete-se e é encerrada ao trânsito automóvel um troço da principal artéria, a avenida José Estêvão. <>

Águeda
A Câmara de Águeda optou por começar a sensibilização entre os próprios funcionários, oferendo o pequeno-almoço aos que chegarem ao serviço de bicicleta, no âmbito do programa da Semana da Mobilidade.
Neste concelho, a iniciativa é pretexto para lançar painéis informativos sobre percursos e horários dos transportes públicos e de sensibilização rodoviária.


Passeios pela Internet

Algumas novidades da net...

Sons em Trânsito... com comentários. O weblog "Crónicas da Terra" faz uma análise ao programa final do Sons em Trânsito, o festival que Vasco Sacramento tenta ir fazendo por Aveiro.
Já agora, Vasco, altera o site oficial com as novidades deste ano. O site que está no ar é o do ano passado...

terça-feira, 21 de setembro de 2004

Património Público

É agradável que tenha surgido esta notícia. Tenho preparado um projecto que vos vai dar a conhecer a estatuária de Aveiro e potencialidades para novos espaços. Mas entretanto surgiu esta notícia, que irei comentar. Com a clara noção que é preciso ter uma noção clara que quando estou a falar de políticas, estou a falar de política e não de pessoas. Que fique bem entendido.

Diário de Aveiro de ontem: Site vai revelar património histórico
JN de ontem: Câmara faz inventário de arte pública no município
As Jornadas Europeias do Património assinalam-se no próximo domingo em Aveiro, tendo como objectivo a inclusão da cidade no movimento europeu de luta pela preservação do património histórico, avançou hoje o vereador da Cultura da Câmara local em declarações que sairam na Agência Lusa .

"Os objectivos são inscrever a cidade no movimento europeu de luta pela preservação do património histórico e sensibilizar a população", afirmou Manuel Rodrigues, vereador da Cultura na Câmara de Aveiro.
O programa para a tarde é preenchido com um passeio pelo património edificado da cidade de Aveiro, para "mostrar curiosidades que passam despercebidas", como os desenhos artísticos da calçada, particularidades do ordenamento do secular bairro do Alboi, ou o talude do Cemitério Central, que se pensa corresponder a um resto da muralha da cidade.

Comentário: Caro Manuel Rodrigues, caros concidadãos aveirenses. Os participantes da conferência poderão passar, talvez, pelo novo edifício junto aos Bombeiros Novos, aquela moldura deliciosa dos painéis das Quatro Estações... ou então, a "Taverna de Sá" que estava referenciada nos Guias de Arte Nova. Depois da casa abaixo, trancas à porta, e Manuel Rodrigues veio dizer que a "Câmara devia ter evitado" e que "já há novos procedimentos internos" para evitar acontecimentos iguais.

Não acredito. Acredito na boa vontade de Manuel Rodrigues - não na sua habilidade política - e na sua capacidade de historiador, mas falta-lhe, claramente, apoio político. A questão dos protocolos camarários - tentou moralizar mas nunca se viu nada - dos problemas na área da educação, do voto contra os apoios ao desporto levam-me a pensar que Manuel Rodrigues vai ser uma carta fora do baralho na próxima candidatura socialista. Curioso, depois de o mesmo ter acontecido na outra equipa - Jaime Borges - e numa área ideológica normalmente associada à cultura...

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Nova Democracia em Aveiro

O partido de Manuel Monteiro, de forma bastante significativa ligado ao concelho e ao distrito deu a conhecer a sua estratégia para as autárquicas.

Aveiro é um dos concelhos por onde passa a estratégia de crescimento da Nova Democracia (ND), afirmou o presidente deste partido, Manuel Monteiro. Falando à margem de uma reunião da Direcção Nacional do seu partido, o dissidente do CDS-PP mostrou-se disponível para ser candidato autárquico do partido nos municípios de Lisboa ou Porto, mas só no final do ano decidirá por qual destes concelhos irá optar, segundo notícia igualmente publicada no Diário de Aveiro
Essa estratégia «pressupõe uma aposta fundamental em Lisboa, Porto, Braga, Setúbal, Leria e Aveiro», precisou o líder deste partido, que nas últimas eleições para o Parlamento Europeu alcançou um por cento dos votos, tendo precisamente Manuel Monteiro como cabeça de lista.
Tendo em conta que nas últimas eleições, as europeias, o PND teve a nível nacional cerca de 34 mil votos, um por cento e teve em Aveiro, mais ou menos o mesmo... Claro que não é possível extrapolar. Pois os 262 votos que obteve nas eleições menos participadas podem ser multiplicados se arranjar um candidato forte. Acho que estas próximas eleições serão curiosas, sem dúvida, e irão marcar a cidade nos próximos anos. Bem como a forma de fazer política...


Mais um Espaço Internet

O diário de Aveiro de hoje faz referência a mais um espaço Internet que está disponível: o do Sobrado (Albergaria-a-Velha) Na Associação Cultural e Recreativa Sobreirense e em resultado de um protocolo assinado pela Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha, foi aberto mais um Espaço Internet, integrado no programa Aveiro Digital. São já 64, num total de 95 nos 11 concelhos abrangidos pela AMRia, as Juntas de Freguesia aderentes ao programa

O Espaço Internet agora instalado funciona de segunda a sexta-feira, entre as 17 e as 20 horas, e aos sábados em horário ainda a definir, ficando sob a direcção da monitora Ana Catarina Magalhães. O presidente da Junta de Freguesia lembraria ainda que a aposta tem a ver com uma adesão que foi assumida pelo executivo desde a primeira hora e tem em vista «descentralizar este tipo de apostas, assentes na modernidade e na aquisição de conhecimentos que hoje em dia chegam a todas as camadas da população, com especial incidência junto dos jovens».


quarta-feira, 15 de setembro de 2004

Foi feita uma actualização

aos blogs da nossa região. foram acrescentados mais uns aveirenses, estarrejenses e murtoseiros. E mais alguns!

Aveiro no dia sem carros

No próximo dia 22, a Câmara de Aveiro vai mais uma vez participar na iniciativa europeia "Dia sem Carros".
O Público descreve aqui as iniciativas previstas

quinta-feira, 2 de setembro de 2004

Dos jornais...

No Diário de Aveiro de hoje, Eduardo Feio, vereador da Câmara Municipal de Aveiro, defende que a municipalização da EN 109, no troço que atravessa o concelho, apenas deverá ser consumada depois de concluída a construção do eixo estruturante entre Aveiro e Águeda e a variante de Mamodeiro, dado que Eduardo Feio considera «fundamental» que o Governo termine a construção das vias que compõem a rede nacional de estradas no município. Nos próximos meses, esta via deverá ser dotada com algumas rotundas, nomeadamente junto à Policlínica e no cruzamento do Botafogo.

Comentário: Afinal, a autarquia aveirense reclamou que Ílhavo tinha conseguido a municipalização e a Câmara de Aveiro não. E agora?
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