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quarta-feira, 30 de novembro de 2005

Análise de Raul Martins

O Dr. Raul Martins deixou um comentário acutilante no blog, que agradeço. Dada a sua importância, tomo a liberdade de o passar para um lugar mais nobre.
Quanto à minha obrigação moral, sabe que tenho o gosto e o prazer de aceitar as intervenções sobre quem quer que sejam, sei que me coarctem a minha própria liberdade de expressão.

Aqui fica o texto inserido nos comentários por Raúl Martins - se me é autorizado um comentário, é que o Dr. Miguel Lemos siga o conselho...



1- Em primeiro lugar gostaria de dizer que para além do respeito que, como qualquer cidadão, me merece, não me vinculam quaisquer laços de amizade pessoal ou solidariedade política com o Dr. Miguel Lemos que foi trazido ao desempenho de cargos de responsabilidade autárquica pelo Dr. Alberto Souto. Não o conhecia, sequer, anteriormente, não é filiado no Partido Socialista e apenas me encontrei com ele enquanto membro da comissão da AM de acompanhamento do estádio.

2- Até há bem poucos dias não tinha qualquer conhecimento do facto de o Dr. Miguel Lemos ter sido nomeado Director-Geral do PDA. Posso garantir, sob palavra de honra, que embora eu fosse à altura líder da bancada do PS na Assembleia Municipal, mesmo informalmente, nada me foi dito sobre o assunto pelo Sr. Presidente da Câmara o que, no mínimo, teria sido um gesto de gentileza pessoal e política. Aliás tenho a certeza absoluta que o mesmo se terá passado com o Dr. Carlos Candal, Presidente da Mesa da AM e com o Dr. José Costa Presidente da Concelhia do PS. Conhecendo-os eu como conheço estou certo que, se tivessem sido contactados, confirmariam o meu vivo desaconselhamento da sua nomeação para tal cargo.

3- Não gostaria de trazer para a praça pública assuntos do foro interno do PS mas invoco como testemunhas do que eu penso sobre o assunto, os membros da Comissão Política Concelhia do meu Partido. Aliás não tomei anteriormente posição no fórum que ocupo porque a nóvel Presidente da AM, numa atitude muito peculiar e inédita entre nós, não tem agendado, ou permitido, um (pequeno) período antes da ordem do dia nas reuniões extraorninárias da AM que foram realizadas. Aliás já calculava, como foi previamente anunciado pelo Dr. Carlos Santos e pelo Dr. Ulisses Pereira (pelo menos era essa a minha interpretação política, agora confirmada, dos seus comentários públicos) que este caso serviria para levantar uma cortina de fumo para encobrir, algumas das infelizes nomeações políticas que tem vindo a ser feitas por este executivo Camarário. Desde já afirmo que, se estão à espera de me intimidar com casos deste tipo, perdem o vosso tempo. O passado foi julgado nas últimas eleições.

4- Quanto à questão lateral do vencimento não me pronuncio porque não conheço a qualidade da gestão do nomeado. Sempre considerei miserabilista discutir os vencimentos de um gestor público quando, por exemplo, ninguém fala do vencimento dos futebolistas. No meu entendimento há gestores que ganham 1000 euros por mês e são caríssimos e gestores que ganham 25.000 euros e são baratos. Tudo depende da qualidade do seu trabalho e dos resultados conseguidos. É, no entanto consabida a minha opinião de que qualquer gestor que seja chamado ao serviço público deveria ganhar, tão-somente, a média dos seus vencimentos dos 3 anos anteriores, apresentados em sede de IRS, ao que haveria de juntar uma pequena verba para o ressarcir da deslocação que tivesse de efectuar se tal fosse o caso.

5- Quanto à questão substancial gostaria de relembrar o seguinte: O Dr. Miguel Lemos foi, até há pouco tempo, administrador da PDA e foi Presidente do Júri de análise de propostas relativas ao concurso de aumento de capital da PDA e abertura de 49% do capital a um parceiro privado. O Júri constituído pelos Dr.s Miguel Lemos, Amândio Canha e José Gonçalves, propôs à Câmara, que aprovou por unanimidade, a entrada da Visabeira como parceiro estratégico.

6- Quando em 2/5/2005 a alteração dos estatutos da PDA foi levada à Assembleia Municipal, levantaram-se alguns problemas nomeadamente a existência de uma cláusula, no acordo Para Social, em que, nalguns casos, a Câmara abriu mão da sua maioria, exigindo-se a unanimidade nas deliberações. Se bem me lembro solicitei antes da votação, em nome do meu grupo parlamenta,r uma interrupção de 5 minutos para discutir o caso. Posto isto a proposta da Câmara foi aprovada com os votos a favor do PS, PSD e Independentes, abstenção do CDS/PP e 1 voto contra do PCP.

7- Por tudo isto e independentemente de fazer juízos de valor sobre a sua qualidade de gestor, sou de parecer que o Dr. Miguel Lemos não deveria ter sido nomeado director-geral da PDA e que o Dr. Alberto Souto não deveria ter permitido isso. A situação para mim piora quando o próprio Miguel Lemos diz que, o contrato foi ?negociado com a administração da Visabeira? e ?acordado com o Conselho de Administração da PDA? e ?que os termos do contrato foram estabelecidos e negociados antes das eleições, em Agosto, pelo administrador da Visabeira na PDA, e Miguel Lemos, da administração da PDA, e com entrada em vigor a partir de Outubro, a cerca de uma semana antes das eleições?.

8- Mais ainda, como socialista, não considero, neste particular, que a sua saída possa ser interpretada como um ?saneamento político? e que, correctamente, o Dr. Miguel Lemos deveria pedir a sua demissão, colocando-se à disposição dos accionistas para o caso destes o considerarem importante para o projecto mas libertando-os do ónus da indemnização no caso de não o pretenderem manter em funções.

9- Finalmente gostaria dizer que o João Oliveira fica moralmente responsável pela publicação integral dos comentários que, assim que tenha algum tempo disponível, espero fazer à actividade deste executivo e, particularmente, à nomeação e actividade dos novos gestores municipais.

Um abraço
Raul Martins

Sem mais comentários

Transcrevo uma carta enviada por Miguel Lemos ao Diário de Aveiro. Curioso: nas hostes socialistas, nem um pio...

Exmos. Srs.,

Em relação ao artigo ontem saído no vosso jornal relativamente à minha contratação como Director Geral da PDA, gostaria de esclarecer o seguinte:

a) Desempenho as funções director geral da PDA não desde o início de Outubro, como é referido no texto, mas desde o dia 1 de Agosto de 2005;
b) A minha remuneração líquida, de 3451 euros mensais, foi negociada, como é evidente, depois de eu ter abandonado as funções de administrador da empresa, o que aconteceu a 28 de Junho passado;
c) Quanto ao meu ?percurso? notoriamente o texto omite o mais importante para a situação em apreço: fui durante três anos e meio o responsável ? embora não remunerado - pela implementação do projecto do Parque, desde o estudo de viabilidade económico-financeiro que levou à constituição da PDA até à recente alteração da sua composição societária;
d) Acerca do desagrado que a minha situação na PDA possa estar a causar na actual maioria camarária, lamento só disso ter sabido pelo V/ jornal, pois desde a posse do novo executivo ninguém falou ainda comigo, apesar de eu próprio ter tomado a iniciativa de colocar o meu lugar à disposição (embora, por não ocupar um cargo de confiança política, nada me obrigar a fazê-lo).

Outros comentários haveria certamente a fazer sobre o assunto em questão mas reservarei os mesmos para momento oportuno.

terça-feira, 29 de novembro de 2005

A bomba rebentou

Já há dias que o assunto tinha caido na praça pública e finalmente rebentou no jornais. O douto Miguel Lemos, que na semana antes das eleições tinha vindo a terreiro defender a candidatura do PS e de Alberto Souto e que na semana depois avisou os aveirenses que o seu desprendimento das coisas terrenas-municipais era tão grande que já estava demissionário de uma das empresas desde Julho e da EMA desde Setembro... sim, esse mesmo, já tinha o seu lugar garantido como DIRECTOR-GERAL da PDA.

Em primeiro lugar acho curioso e, no minimo, estranho que uma empresa como a Visabeira aceite colocar como director geral alguém que já se sabia que não era das boas graças da câmara Municipal. Se a decisão foi tomada antes das eleições ainda se compreende - estava tudo a pensar na vitória natural de Alberto Souto.

Mais grave, MUITO MAIS GRAVE é atitude do Conselho de Administração da PDA que autorizou, antes das eleições que um administrador-delegado (pelo menos aparecia assim nos jornais) fosse escolhido como Director Geral antes das eleições, e com CONTRATO até 2009.

Dr. Alberto Souto, explique-nos isto, se faz favor?

A atitude da Visabeira até se compreende. Já a da CMA, não. Nunca. Mais grave a atitude deste senhor: Miguel Lemos considera natural que esteja prevista uma indemnização em caso de despedimento, no caso de se não mantiver em funções durante os quatro anos. No entanto, diz que está «disposto a rever as condições de saída», admitindo que a Câmara o queira «mandar embora» e adianta que não pretende «dificultar a vida às pessoas». Se sair por vontade da nova maioria interpretará a atitude como um «saneamento político» mas não irá embora sem «fazer valer» os seus direitos.

Ainda está para ser feito o "Balanço" da sua actividade nos oito anos de mandato de Alberto Souto. Mas digamos que no lado do passivo irá ficar esta atitude. Ainda para mais considerar que é um SANEAMENTO politico mandar embora quem tenta condicionar uma Câmara por quatro anos.

Há uma forma de resolver as coisas: Alberto Souto e a Visabeira pagarem, do seu próprio bolso, a indemnização do senhor...

A peça integral do Diário de Aveiro

Vencimento de 5.800 euros na PDA gera mal-estar

A direcção executiva da empresa municipal Parque Desportivo de Aveiro, com a maioria do capital 51 por cento da Câmara de Aveiro foi entregue a Miguel Lemos, um cargo que está a provocar um desagrado na coligação PSD-CDS-PP, em particular pelo vencimento mensal atribuído de 5.800 euros, até 2009. O assunto seria debatido pelo Conselho de Administração da empresa, que ontem reuniu. O vereador Pedro Ferreira disse ao Diário de Aveiro, ao princípio da tarde de ontem, que o assunto seria «tratado e resolvido», enquanto não foi possível obter um comentário do presidente da Câmara, Élio Maia. Ulisses Pereira, administrador da empresa, indicado pela Câmara e Visabeira, em Assembleia Geral eleitoral para administrador da PDA, disse que não faz «comentários sobre a vida interna das empresas».O valor do vencimento e demais questões assumidas pela PDA com Miguel Lemos, que terão sido ontem analisadas pormenorizadamente, constituem os motivos que estão a provocar algum incómodo, particularmente, devido ao discurso da nova Câmara no sentido da contenção financeira e, precisamente, na promessa de reduzir o número das empresas municipais de forma a diminuir as despesas. O vereador da oposição, Pedro Silva, reeleito para este mandato disse ontem que desconhecia «o trajecto do Dr. Miguel Lemos» e mostrou alguma surpresa pelo vencimento.Segundo Miguel Lemos, o contrato foi «negociado com a administração da Visabeira (que detém 49 por cento do capital) e «acordado com o Conselho de Administração da PDA». Miguel Lemos diz ainda que «não tem nada a ver com o processo eleitoral», relativo às autárquicas de 9 de Outubro último, marcadas com a derrota dos socialistas, que o mantiveram na EMA, até Setembro, e administrador da PDA até Julho. Diz que os termos do contrato foram estabelecidos e negociados antes das eleições, em Agosto, pelo administrador da Visabeira na PDA, e Miguel Lemos, da administração da PDA, e com entrada em vigor a partir de Outubro, a cerca de uma semana antes das eleições. Além disso, Miguel Lemos considera natural que esteja prevista uma indemnização em caso de despedimento, no caso de se não mantiver em funções durante os quatro anos. No entanto, diz que está «disposto a rever as condições de saída», admitindo que a Câmara o queira «mandar embora» e adianta que não pretende «dificultar a vida às pessoas». Se sair por vontade da nova maioria interpretará a atitude como um «saneamento político» mas não irá embora sem «fazer valer» os seus direitos.Percurso de Miguel Lemos Miguel Lemos assumiu particular destaque durante os dois mandatos de Alberto Souto à frente da Câmara de Aveiro, além da construção do estádio do Euro-2004, no projecto da BUGA e das Conferências do Milénio. A renúncia na administração à PDA e as negociações que determinaram o acordo para as novas funções de director-geral aconteceram quando se deu a abertura da empresa municipal a capital privado, num concurso que a Visabeira venceu.Miguel Lemos terá funções de direcção geral, «colocando em prática as directrizes da administração», disse ao Diário de Aveiro uma fonte próxima do processo. O assunto seria «resolvido», como disse ontem Pedro Ferreira, sobre a reunião de ontem, ao pormenor, verificando as funções de cada trabalhador ao serviço da PDA, o equipamento que serve a empresa, a existência de contas de telemóveis, viaturas ao serviço, e quem tem autorização para movimentar dinheiro, segundo também apurou o Diário de Aveiro.Na semana passada, na Assembleia Geral eleitoral da PDA, a Câmara e a Visabeira indicaram Ulisses Manuel, Gilberto Ferreira e Pedro Reis para novos administradores.
Texto do João Peixinho para o Diário de Aveiro

Para os que se questionaram sobre a minha ausência

Eu respondo-vos...

Estive a ver Emir Kusturica na segunda.



A organizar um evento para a Toshiba na quarta à noite e quinta de manhã.

com os Xutos, no Coliseu, na primeira parte dos "Três Desejos" na quinta-feira à noite

segunda-feira, 28 de novembro de 2005

Uma boa escolha

Tendo em conta a partida de Paulo Ribeiro, a escolha de Rui Sérgio foi, em minha opinião, acertada. Aliás, em conversa com um colega meu, tinha lançado o nome do José Fragateiro que, na minha opinião, também seria uma bom nome.

A escolha de Rui Sérgio tem muitas razões: é uma pessoa ligada a uma das áreas performativas - neste caso o teatro - com passado e presente e que tem uma dimensão, de alguma forma, extra-Aveiro, o que´pode ser salutar.

É uma pessoa que NINGUÉM pode acusar de ser um "boy" :)

E numa lógica de part-time enquanto se mantiver por Lisboa pode potenciar a ligação, já existente, entre as estruturas do Teatro da Trindade e do Teatro Aveirense. Sem dúvida, Maria da Luz Nolasco e Rui Sérgio podem ser uma boa dupla. Se ambos se entenderem.

Quanto a minha semana, foi complicada, sem dúvida, depois explico-vos.

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

Uma desculpa...

Alguns afazeres profissionais e noites mais ocupadas obrigaram-me a manter-me um pouco à margem do blog nos últimos três dias...

Espero corrigir isso durante o fim de semana. Desculpem qualquer coisinha!

terça-feira, 22 de novembro de 2005

isto preocupa-me...

Há coisas que me preocupam. Especialmente as queixas or parte de gestores que nada podem resolver, seja na saude, justiça ou educação.

Por exemplo, esta peça que está na última página do JN. É pequena, é certo, mas não ficariam preocupados? E se nos acontece alguma coisa? Terá havido mortes por causa da paragem?

VMER parada no fim-de-semanaA viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do Hospital de Aveiro esteve parada no último sábado, durante todo o dia (das 8 às 20 horas), e na noite de domingo (entre as 20 e as 8 horas), por falta de médicos, confirmou, ontem, fonte hospitalar. "Com oito ou nove médicos é impossível assegurar o serviço 24 horas por dia", diz o coordenador da viatura, Ângelo Figueiredo.

domingo, 20 de novembro de 2005

A inovação de Pedro Silva

Caro Pedro Silva,

Já tinha tido a oportunidade de comentar a abertura do seu blog. E já tinha reparado que colocava a agenda online. Hoje vi que o Diário de aveiro deu a isso destaque.

Acho meritório da sua parte essa questão, mas não é coisa que me entusiasme. Pretendo ver todas as agendas mas mais do que isso, quero ver todas as actas com mais rapidez do que elas estaão a ser colocadas e quero ver outros documentos importantes. A participação do cidadão passa por ai.

Há dois anos a esta parte - e este ano vai ser o terceiro e espero que seja o último em que necessito de fazer "campanha" - que este blog e eu próprio tem exigido que os documentos principais e orientadores da actividade do município - nomeadamente o Plano de Actividades e a Conta de Gerência esteja disponível online ANTES de ser discutida pelos senhores elementos da AM e depois, o documento que foi aprovado.

Todos os presidentes de concelhia dos diversos partidos têm concordado com a medida e referido várias vezes essa questão nas reuniões - quer o António Salavessa quer o António Granjeia.

Acho curioso que o Pedro Silva não tenha, nunca, reparado nisso. Acho curioso que o Pedro Silva nunca tenha produzido uma palavra não só sobre a questão das agendas das reuniões mas também sobre a celeridade das actas municipais e da assembleia municipal, sobre o plano de actividades e orçamento, sobre a conta de gerência.

Caro Pedro Silva, espero que seja o primeiro a alinhar na campanha deste ano - o ano passado eu insisti várias vezes com a Eng. Lusitana Fonseca e o problema não era tecnológico.

E continue a colocar online as agendas. E que o site da CMa também coloque online.

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Melhor Aveiro...

Pedro Silva, até há alguns dias vereador com o Pelouro da Cultura na CMA, lançou o seu próprio blog, recuperando o slogan da campanha de Alberto Souto.

O Notas entre Aveiro e Lisboa sauda o autor e o blogue "Melhor Aveiro" e deseja-lhe boas polémicas, melhores posts e uma discussão sadia!

em breve, na coluna da direita.

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Miguel Lebre de Freitas é o novo sr. UCPT

Miguel Lebre de Freitas é o novo homem forte do Plano Tecnológico. Doctor of Philosophy (PhD) in Economics - University of London (Birkbeck College). Licenciado e Mestre em Economia - Univ. Nova de Lisboa (Faculdade de Economia). Professor Auxiliar, DEGEI - Universidade de Aveiro (para um belo pôr de sol em Aveiro, clique aqui). Coordenador do Mestrado em Economia de Empresa. Investigador no NIPE - Núcleo de Investigação em Política Económica. Director do Gabinetes de Estudos e Estratégia no MEI.

Mais um. Bom sinal!

Ainda na Terra Nova

Há outro artigo interessantíssimo...

Marilia Martins afirma-se preocupada com o ligeiro aumento do número de arrumadores nos parques de estacionamento. E lembra que estavam a "a conseguir uma diminuição significativa dos arrumadores".

Não sei porque este assunto veio à baila. Mas compreendo a preocupação da ex-vereadora responsável pela área que, até há três semanas atrás estava em plenitude de funções com a responsabilidade da acção social.

Em Lisboa, os arrumadores vão para outras paragens no Verão e regressam no Inverno. Eu, se precisasse de dinheiro para viver ou para a droga, é claro que ia para as praias no Verão e para o parque de estacionamento do Carrefour, Jumbo e Feira Nova no fim de semana no Inverno e para os outros parques de estacionamento do centro da Cidade. É a lei da oferta e da procura. É triste. Mas se calhar já poderia estar resolvido para os dois terços que segundo a noticia vivem no concelho.

Helena Nazaré vai ser reitora

A Terra Nova adianta que a actual reitora é a única candidata às eleições do próximo dia 5.

Curioso, onde andam os que discordam em surdina das políticas e estratégias da Universidade? Demasiado ocupados? O consenso raramente é bom e só serve para a mediania.

Para a Prof. Doutora Helena Nazaré, os meus votos de um bom mandato, e que continue a levar a UA para a excelência.

Os arautos da ética


mostram a sua face...
Segundo o JN, Vaz da Silva, o ex-candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Aveiro nas últimas eleições autárquicas decidiu abandonar o partido em protesto por o BE ainda não ter retirado a confiança política a Paula Barros que foi eleita para a Assembleia Municipal de Aveiro.
Vaz da Silva disse, ao JN, que o BE deveria ter tomado uma posição sobre o comportamento de Paula Barros após uma entrevista radiofónica durante a campanha eleitoral. "Como eles não tomaram, e isto é uma posição insustentável, tomo-a eu", disse Vaz da Silva, fundador do BE e que integrava a Coordenadora Distrital.
Joaquim Dias , coordenador distrital de Aveiro do BE disse que a saída de Vaz da Silva se "deve a questões pessoais e não a questões políticas".

Vaz da Silva subiu na minha consideração. Quanto a Joaquim Dias, na senda dos Louças deste mundo, tapa o sol com a peneira, num jeitinho muito parecido com os do partido que eles menos gostam - leia-se CDU.
É claro que foi por razões políticas. É claro que eles têm lutas de poder. Só a boca mentirosa de Francisco Louça para mostrar o seu ar impoluto e de guardião da moral pública...

Continuam as declarações de Paulo Ribeiro

Paulo Ribeiro prestou declarações ao Diário de Aveiro, atacando também Jaime Borges.

Não é de agora que é conhecido em Aveiro que Jaime Borges e Paulo Ribeiro não se entendiam. Essa informação foi-me confirmada por pessoas que estiveram envolvidas no processo. O ponto mais interessante é Paulo Ribeiro ter dito agora que «Fui empurrado para fora do Teatro Aveirense porque não havia nenhum tipo de cumplicidade com Jaime Borges», declarou ontem Paulo Ribeiro, o coreógrafo que foi afastado da direcção geral e artística daquela sala de espectáculos por motivos financeiros. O responsável adverte, por outro lado, para a existência de um grupo de pressão em Aveiro cuja actuação prejudica o equipamento. «Há um ?lobbie? obscuro instalado na cidade que contribui para que o Teatro Aveirense não possa dar o salto. O projecto nasceu torto e vai continuar torto, porque há pessoas que têm uma certa voz mas que revelam um desconhecimento total», acrescentou.

Como aveirense, gostava de saber a quem está a referir-se Paulo Ribeiro. Estará a falar de João Aidos, de alguém que queria o lugar dele? Para a melhoria da cultura em Aveiro, gostava que Paulo Ribeiro falasse claro e disessem a quem se refere. Sob pena de parecer inconsequente.

«Há certas pessoas que continuam a beneficiar de um ?status? assente na mentira e na falsidade e que conseguem ter apoios na cidade», avaliou Paulo Ribeiro.
Os actuais responsáveis camarários também não escapam às críticas do ex-director geral e artístico do Teatro Aveirense. Os administradores da TEMA «não sabiam a programação que eu tinha delineado porque nunca tiveram o cuidado de perguntar, e só ontem [terça-feira] lha revelei», contou ao Diário de Aveiro, afirmando ainda que «nunca» foi contactado pelo presidente da Câmara, Élio Maia (PSD/CDS).

A primeira frase é parecida com a outra anterior. Nomes seriam ouro.

Paulo Ribeiro deixa a programação «praticamente fechada» até Maio, mas adverte para o risco de perda de um apoio de 200 mil euros do Instituto das Artes para as actividades do Teatro Aveirense em 2006. Aquele organismo tutelado pelo Ministério da Cultura apenas atribui as comparticipações no caso de as entidades beneficiárias disporem de um programador com cinco anos de actividade. «Se essa verba não se perder é porque alguém assinou por cima do meu trabalho, o que não é legal. Eu não deixarei passar isso em claro, porque não pactuo com a incúria, a ignorância e a má-vontade», frisou, alertando que «as pessoas no Ministério da Cultura não são parvas». «Teria aceite sem problema assinar a programação ? que vai ser apresentada ao Instituto das Artes por causa do apoio financeiro ? se as coisas tivessem sido bem faladas e explicadas, mas depois sairia na mesma do Teatro Aveirense», concluiu.

Caros elementos da administração da TEMA, apressem-se a voltar a falar com Paulo Ribeiro. Se o orçamento global é de 650 mil euros e o MC através do IA dá 200 mil, esta é uma oportunidade a não perder.

Ouvido pelo Diário de Aveiro, Jaime Borges nega ter tido qualquer influência na saída de Paulo Ribeiro. «Não tenho esse poder, esse é um assunto da TEMA», explicou, avaliando que as acusações «não fazem nenhum sentido». Borges é gerente da Sociedade Teatro Aveirense Lda., constituída quando a Câmara de Aveiro comprou o equipamento cultural mas que actualmente está em processo de dissolução em virtude da criação da empresa municipal (TEMA) que gere a sala de espectáculos. «Só estou na Sociedade Teatro Aveirense em gestão corrente, não tenho nada a ver com a saída dele», reagiu. «Ele chegou no dia 17 de Outubro e nunca falou comigo», acusou Jaime Borges, que até às últimas eleições autárquicas foi também administrador da TEMA. Pedro Silva era o vereador da Cultura quando o município então presidido pelo socialista Alberto Souto contratou Paulo Ribeiro, no final do mandato anterior. A rescisão do contrato, anunciada terça-feira, deve-se à «situação económico-financeira do município», explicou a TEMA, empresa municipal que gere o equipamento. «Não entendo esse argumento, que considero relativamente falacioso: Paulo Ribeiro sempre esteve aberto a renegociar os seus honorários e, por outro lado, era possível definir uma programação de acordo com o orçamento», frisou ao Diário de Aveiro.
O abandono de Paulo Ribeiro é «uma perda muito grande para a cultura do município e da região», avalia o vereador, realçando o «percurso» do ex-director geral e artístico do Teatro Aveirense. «É um programador de excelência, era a garantia de que seria feito um trabalho notável. Perde-se um elemento que poderia dimensionar definitivamente o Teatro Aveirense a nível nacional», ajuizou, revelando que das «várias vezes» que falou com Capão Filipe, actual vereador para os Assuntos Culturais, não ouviu «nenhuma manifestação contrária à continuidade de Paulo Ribeiro». «Foi uma surpresa, um ?volte-face? repentino», salientou.
O ex-vereador da Cultura critica ainda a autarquia liderada por Élio Maia (PSD/CDS) de se preparar para aproveitar o trabalho realizado em Aveiro pelo homem que acabam de dispensar. «Despedem o programador mas ficam com a programação, o que é discutível e revela alguma desonestidade intelectual», declarou. «Há compromissos já assumidos, com certeza, mas podiam perfeitamente ser reavaliados», acrescentou ao Diário de Aveiro.
Pedro Silva receia agora que se verifique um decréscimo na qualidade da oferta do Teatro Aveirense e criticou a ausência de uma «política cultural» definida pelo actual executivo camarário.

Em relação a Jaime Borges, era conhecido que o mesmo estava em clara perda de poder junto da anterior equipa de vereadores e de Pedro Silva. Aliás, estava-se claramente a preparar a sua saida e a de João Aidos, sendo que este último estava incompatibilizado com meio mundo.
Pedro Silva, pelo seu lado, usa um tipo de linguagem nas acusações pouco condizente com quem conntratou um programador para uma infra-estrutura destas pouco antes de umas eleições. Claro, estava a pensar vence-las... Considerar "desonestidade intelectual" ficar com uma boa programação, de um programador que consideram bom, também acho um pouco despropositado, mas tudo bem.

Aquilo que não se aceita, vindo de Pedro Silva, do Pedro Silva vereador do PS é dizer que há uma "ausência de política cultural" definida pelo actual executivo. Esquece-se ele que, embora tenha sido vereador por pouco tempo, esteve a representar uma equipa cujo último vereador da Cultura foi "queimado" pelo presidente da Câmara, que tinha uma equipa no Teatro Aveirense que não programava actividades para conseguir ter o espaço aberto às sextas e sábados, que programava de uma forma, no mínimo, elitista e que vários se queixavam e que ele próprio queria substituir?
Há coisas que deviamos pensar antes de dizer... Embora concorde com algumas das suas críticas.

Cidade viva...


No passado fim de semana estive em Barcelona. 48 horas bem passadas numa cidade que me encantou por dois ou três aspectos muito curiosos.

Primeiro, Barcelona é uma cidade onde as várias correntes artísticas se vão entrecruzando. Mesmo o mais completo leigo na matéria fica agradado com um simples passeio, seja no Bairro Gótico, na zona romana, no Passeio da Gracia, nas Ramblas...

Segundo, Barcelona é uma cidade viva. Tem homens-estátua, entertainers, mercados ao ar livre, skaters...

Terceiro, Barcelona é uma cidade que dá para andar de metro, a pé e de bicicleta. Sim, de bicicleta, com um plano que mete na gaveta a nossa infeliz buga...

Quarto... Tenho que lá voltar! :)

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

Há coisas em que estou a ficar velho...

No meu tempo, para se passar, estudava-se.
Acham que é com isto que se melhora as estatísticas? Eu não acredito...
Acho pedante este modo de pensar, de vitimizar o coitadinho que não aprendeu o suficiente e por isso não vai poder acompanhar os companheiros na passagem do ano... Por favor!

"Os conselhos pedagógicos das escolas básicas terão o poder de decidir se os alunos repetentes em vias de voltar a não passar de ano vão ou não ter aproveitamento, no âmbito de avaliações extraordinárias.
Segundo noticia hoje o "Diário de Notícias", a medida pode ser já aplicada em Janeiro, não necessitando de esperar pelo próximo ano lectivo. O Despacho Normativo nº50/2005 do Ministério da Educação define as estratégias para combater o insucesso e o abandono escolar no ensino básico, que passam por estas comissões extraordinárias de avaliação dos alunos em riscos de repetir o mesmo ano.O artigo nº 4 do despacho, assinado pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, incide sobre a "retenção repetida" e estipula que os alunos do ensino básico que se encontrem em situação de reprovar de ano (com três ou mais notas negativas), e que já tenham ficado retidos pelo menos uma vez ao longo do seu percurso escolar, beneficiem de uma última oportunidade através de uma "avaliação extraordinária".De acordo com o despacho, a "avaliação extraordinária" ficará a cargo dos conselhos pedagógicos das escolas, que ponderarão "as vantagens de nova retenção".O adjunto da ministra da Educação, Ramos André, disse ao "Diário de Notícias" que a medida se destina apenas a situações "excepcionais", depois de se terem esgotado todos os restantes mecanismos de recuperação.Mas, escreve o jornal, o diploma não especifica sequer um limite de negativas a partir do qual o aluno esteja impedido de beneficiar desta possibilidade. Assim, "pelo menos em teoria, qualquer repetente com maus resultados poderá passar de ano, se o conselho pedagógico da escola assim o entender".Apesar da indefinição, a decisão de "retenção ou progressão do aluno" terá de ter em conta um conjunto de factores, como o processo individual do aluno, o balanço das actividades de enriquecimento e planos de recuperação aplicados e os pareceres dos encarregados de educação e do serviços.Além de definir um plano de acompanhamento, uma decisão favorável poderá passar pelo encaminhamento do aluno para um percurso alternativo: os chamados "cursos de formação".Anualmente, entre 15 a 17 mil alunos deixam as escolas sem terminarem o 9º ano de escolaridade.
"

TEMA rescinde com Paulo Ribeiro (Actualizado com JN)

O Diário de Aveiro de hoje, o JN e o Público referem hoje a saida de Paulo Ribeiro e do seu adjunto do Teatro Aveirense.

Tenho pena, porque considero que Paulo Ribeiro tem feito um bom trabalho e é alguém com uma imagem positiva e que traria valor acrescentado ao Teatro Aveirense, com ou sem empresa municipal. A razão apontada, os valores financeiros, passam certamente pela questão da programação e não pelos vencimentos deles, muito competitivos e saudáveis.

Ficam aqui os links para as noticias do Diário de Aveiro e do Público (acesso exclusivo a assinantes) e do JN e três excertos.

Diário de Aveiro - Não será possível contar para o ano de 2006 com o nível de financiamento municipal previsto no orçamento desta empresa», esclarece a TEMA e O escasso período de tempo em que os senhores Paulo Ribeiro e Albino Moura desempenharam as suas funções foi suficiente para demonstrar a sua competência profissional, pelo que o Conselho de Administração da TEMA está convicto de que as suas carreiras continuarão a ser de sucesso», terminam os três administradores

Público - A administração do Teatro Municipal de Aveiro, assegurada pela empresa municipal TEMA, garante que vai "honrar os compromissos" assumidos na área de programação por Paulo Ribeiro para os primeiros meses de 2006 (até Maio), mas manifesta vontade de adoptar "uma nova política" cultural na principal sala de espectáculos da cidade. Na próxima reunião da autarquia, marcada para 21 de Novembro, será proposto o nome de um novo director-geral do teatro, que terá poderes alargados na área da programação e da gestão. O PÚBLICO apurou que se trata de uma figura de Aveiro ligada ao ensino e à cultura. Para já, Paulo Ribeiro teme que venha a verificar-se um desinvestimento da autarquia num "equipamento cultural de grande qualidade" e com uma "equipa fantástica" como o Teatro Aveirense. "As autarquias continuam a olhar para a actividade cultural como uma coisa secundária, supérflua", defende, "achando que qualquer pessoa pode programar, mesmo sem respeitar a necessidade de uma oferta diversificada, capaz de formar públicos e massa crítica".

JN - Câmara de Aveiro dispensa Paulo Ribeiro"A minha contratação foi um excelente negócio para a Câmara de Aveiro. Trabalhei um mês e deixei cinco meses de programação elaborados. Por 3000 euros, o meu ordenado ilíquido, ficaram com um trabalho que vale muito mais". As palavras de Paulo Ribeiro ao JN não escondem o desagrado pela forma como passou temporariamente pela Câmara de Aveiro. (...) O orçamento para 2006, segundo revelou Paulo Ribeiro, ao JN, ascendia aos 650 mil euros. O comunicado da TEMA acrescenta que a empresa municipal aceitou a programação efectuada por Paulo Ribeiro para os cinco primeiros meses de 2006. "Só lamento não ter saído mais cedo e de ter dado o benefício da dúvida a este executivo. Tenho pena que o nosso projecto não avance. O Teatro e a equipa de trabalho são excelentes e mereciam um projecto que a actual Câmara não tem, como a cidade vai perceber rapidamente".

Na noticia do Público, anuncia-se para 21 o conhecimento do novo director geral e artístico. Com o perfil designado, aceitam-se apostas...
O JN aponta Maria da Luz Nolasco.

Comentário extra - Não ando distraido. Leio o JN online e costumo ver as noticias do Centro bem como no Público. Neste caso, li na minha edição papel do Público e a notícia que vinha na vertente "Cultura" chamou-me a atenção.
Em relação ao Paulo Ribeiro que fala para o JN, nem parece o mesmo. O tipo de frases e de acusações que faz não são simpáticas nem polidas. Não precisavam de o ser, e até pode ter razão, se se tivesse demitido antes. Não o fez. E isso é pena.
Quanto ao nome de Maria da Luz Nolasco, continuo a esperar para ver. Parece ser uma possibilidade...

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

Dos Jornais...

O Diário de Aveiro continua a ter um conjunto de entrevistas políticas. Desta feita a Armando Vieira, presidente da Junta de Freguesia de Oliveirinha e que irá voltar a ser candidato a presidente da ANAFRE. Leia-a aqui e note a forma correcta de exigir projectos, sem intimidar. Armando Vieira continua um senhor da política, ao responder de forma politica correcta à questão da coligação.

Hoje, também no DA, dá-se conta da demissão formal de Alberto Souto da Federação do PS. O mais curioso não é isso mas duas afirmações enigmáticas que merecem ser investigadas pelos jornais a fundo. "Alberto Souto (...)já havia confirmado ao Diário de Aveiro o pedido de demissão, adiantando que «não está relacionado» com os resultados das recentes eleições autárquicas, que ditaram a sua derrota" e «Compreendo a decisão de Alberto Souto», frisou João Bernardo. A saída do autarca aveirense da presidência distrital dos socialistas «pode parecer colada à derrota nas eleições autárquicas, mas não existe nenhuma relação com isso», garantiu. «A decisão está tomada há algum tempo e já tinha sido anunciada aos colaboradores mais próximos».

então, o que se terá passado? Em associação curiosa, José Mota, que não morre de amores por Alberto Souto ataca-o ferozmente numa peça do Jornal de Notícias de hoje, igualmente... "O que é que se pode pensar de um presidente que, tendo em conta a notável obra feita, perde a Câmara? Já sabia que isto iria acontecer. Alberto Souto lutou pelos interesses de Aveiro, mas esqueceu as pessoas. Penso que sempre sofreu de autismo, sempre falou com as pessoas do cimo da burra", criticou José Mota. "Isto será um aviso para muitos outros presidentes e candidatos a presidentes de Câmara que procedem de maneira idêntica. Não chega ser simpático na altura das eleições"

Com companheiros de partido destes...

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

Dos jornais (actualizado)

Joaquim Marques, ex-vereador do PSD à Câmara de Aveiro dá hoje uma entrevista no Diário de Aveiro. O link para a entrevista completa fica aqui.

Da entrevista, registo esta frase: "A segunda abordagem prende-se em primeiro lugar pela realização da coligação «Juntos por Aveiro» formada pelos partidos PSD e CDS/PP que sociologicamente são a base maioritária no concelho, em segundo pela figura do candidato apresentado, Dr. Élio Maia ? que é a antítese do Dr. Alberto Souto ? figura conhecida e reconhecida pela sua dedicação às pessoas, empenho e capacidade de realizar com equilíbrio as coisas a que se propõe. Demonstração disto foi a forma como desenvolveu toda a sua campanha e como apresentou ao eleitorado um programa simples, mas realista, deixando claro a que se propunha e como o pretendia desenvolver, solicitando a colaboração de todos sem excepção"
Comentem à vontade

ACTUALIZADO - Um comentário anónimo lembrou a entrevista de Girão Pereirado DA que eu tinha "saltado"... E teve razão. Essa entrevista, muito interessante, foi feita num dia em que tive uma carga de trabalhos e pouca atenção dei ao blog. Peço desculpa e fica aqui o link . Aliás, sugiro a leitura pois revela um Girão Pereira na sua melhor veia...

terça-feira, 8 de novembro de 2005

Guerra de Comadres

Há coisas que eu não entendo. Acho que temos leis a mais, decisões políticas a mais, há algo que não funciona bem no país. A semana passada estive a jantar com um advogado e com um arquitecto e ambos estavam de acordo: há óptimas leis, provavelmente mal compiladas e ainda menos fiscalizadas. E estavamos a falar de dois regimes diferentes.

Hoje leio a noticia no Público e no Noticias de Aveiro sobre a questão do "França Morte" e da guerra de palavras entre Silva Vieira e Pedro França. É pena que os dois colossos da pesca aveirense não se entendam. Mas convém analisar as acusações de favorecimento que Silva Vieira faz a Pedro França. E que se saia aquilo que faz com que Portugal não possa pescar mais do que pesca e que as empresas da região não se modernizem como podem.

Para lerem mais:
Público (disponivel só para assinantes da versão online)
Noticias de Aveiro


Entretanto, aviso desde já que durante as próximas duas semanas vou começar a testar as várias formas de moderação possíveis dos comentários. Durante alguns dias vou moderar os comentários: isto é, não aparecem directamente online, só depois de aprovação. Depois voltarei ao sistema completamente aberto para apagar erros à posteriori. Depois irei testar o sistema fechado - só para registados no blogger.

Em algum havemo de chegar a um consenso. Senão chegarmos, perdemos todos. Mas uma coisa vos garanto: não me arrisco a um processo por calúnias por causa de um anónimo, isso é garantido...

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Sobre o fim de semana...

Ufa, este fim de semana foi cansativo q.b. Mais uma vez (um pleno de vitórias em casa) o Beira-Mar ganhou e mantém a liderança isolada da Liga. Aveiro este fim de semana esteve animada, com múltiplas inaugurações - com a da galeria Nuno Sacramento, onde estive presente - e que recomendo - Aveiro Arte, uma boa festa na Estação da Luz... e muito mais.

Deixei propositadamente os comentários dialogarem entre si mas não posso deixar de comentar o anónimo que teve a distinta lata de escrever " A situação tem vindo a alterar-se, mas numa cidade pequena como Aveiro a democracia não é tão adulta e infelizmente face ao cargo que ocupo usar o meu nome real só me causaria uma ou outra dor de cabeça que sinceramente acho escusado face à importância do blog. Em segundo lugar mas mais importante, nunca daria a cara neste blog porque não estão reunidas todas as condições democráticas para o fazer. O João criou este espaço como o seu reino e impôs as suas regras. Contra isso não tenho nada, mas é claro que este mini modelo fascista afasta um democrata convicto a mostrar-se. O problema dos pequenos reinos é recusar aceitar as verdades mais pungentes. Um dia quando os anónimos deixarem de escrever também eu deixarei de opinar. Em terceiro lugar o anonimato não se traduz numa falta de coragem, mas uma voz existente que reúne a si todos os meios para falar sem pudores, o que se revela interessante."

Caro Anónimo: como qualquer espaço moderado - e é da ordem que se chega à luz - o senhor tem muita razão: eu criei este espaço como o meu reino, com as minhas regras, que qualquer um que venha ao meu reino terá que cumprir... pelo seu modelo anárquico de vida, estou certo que não saiu de Portugal e recusar-se-á a ir a países onde lhe fazem perguntas tão pungentes como " qual o seu nome?" e "O que vem cá fazer?". Para si, deverá ser o antro secreto do fascismo internacional.
O tipo de palavras que usou e a teoria da conspiração que levanta são no mínimo levianas. Se usasse um pseudónimo, ainda aceitaria. Aliás, o senhor critica o meu reino mas usa as regras do mesmo reino para criticar: "Um dia quando os anónimos deixarem de escrever também eu deixarei de opinar"... Sem comentários, pois esqueceu-se que, também é um deles?
Continuarei a ter a espada na mão. Neste blog, com ou sem moderação, continuarei a apagar os comentários que ache insultuosos, que façam ataques pessoais e lancem calúnias sem o minimo de fundamento. Agora posso eliminar de vez os anónimos ou moderar todos os comentários antecipadamente... Vamos ver...

Os jornais de hoje trzem duas peças a ler. Uma no Público, para quem pode ver o jornal em papel sobre o projecto de documentar entrevistas orais aos "lobos do mar" de outrora que só posso aplaudir e oferecer, publicamente, a minha ajuda.

A outra, que é do Diário de Aveiro mas pode ser melhor interpretada na entrevista do Ministro da Ciência e Ensino Superior, faz ruir por terra as hipóteses de Aveiro ter uma licenciatura em Medicina num futuro a curto prazo. Leia aqui.

sábado, 5 de novembro de 2005

Virgilio Nogueira, parte 2

A noticia do JN


O ex-director executivo da Filarmonia das Beiras, Virgílio Nogueira, vai processar judicialmente a Associação Musical das Beiras (AMB), a entidade responsável pela Filarmonia. A informação foi ontem confirmada, ao JN, por Virgílio Nogueira, que desta forma pretende ser reintegrado na estrutura da Orquestra.

Recorde-se que a Orquestra das Beiras foi extinta, em Outubro de 2004, na sequência de um braço de ferro entra a Direcção da Associação e os músicos, que reivindicavam contratos de trabalho e um regulamento interno. Alguns dos membros da Associação, nomeadamente a Câmara de Aveiro, não aceitaram o fim da Orquestra, começando uma série de contactos que levaram ao renascimento da Filarmonia. A Direcção aprovou o regresso dos músicos em Julho passado. As garantias de financiamento dadas pelo Governo, a assinatura de contratos de trabalho (a termo certo) com os músicos, a aceitação de um novo regulamento e a reafirmação do interesse dos associados da AMB, na continuação do projecto, foram determinantes para a reactivação da orquestra.

Regressaram os músicos e o maestro, António Lourenço, mas ficaram de fora o director executivo e alguns funcionários administrativos. Virgílio Nogueira afirmou, ao JN, que está desde Setembro à espera de uma resposta às cartas enviadas para a Associação. "Como não dizem nada e porque considero que deveria ser reintegrado na Filarmonia, vou levar o caso para o Tribunal de Trabalho, de forma a defender os meus direitos".Virgílio Nogueira diz que está disposto a entregar à Associação a indemnização que recebeu em Outubro do ano passado, aquando da extinção, "como ficou combinado no caso, como veio a acontecer, da Orquestra ressurgir".
O ex-director é vogal, não remunerado, do novo Conselho de Administração da Empresa Municipal do Teatro Aveirense.
O JN tentou falar ontem com Manuel Assunção, porta-voz da Associação Musical das Beiras, mas este esteve incontactável.
*com José Carlos Maximino


Aquilo que vos tinha afirmado, está aqui comprovado. Afinal, a história não estava totalmente contada.

Aviso desde já que não vou aceitar neste post comentários anónimos em relação ao Virgilio Nogueira. Senão apago.

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

E mais outro blog

Finalmente Aveiro está a ficar dessassosegada na blogosfera. Depois de muito tempo a ser o único a pregar no deserto da participação civica e politica no concelho, vejo com agrado mais e mais blogs a surgir. O último, da autoria de um misterioso "Capitão" é o "Ecos da Capitania..."

Em relação a este, que promete alimentar polémica e qualidade à discussão pública e política em Aveiro, queria lembrar-lhe o seguinte:
Em Estarreja, vários eram os elementos da Assembleia Municipal, "da posição e da oposição" a debater as problemáticas dando a cara e passando as discussões da praça pública da blogosfera para o debate na Assembleia Municipal, num esforço de preocupação pelo cidadão e de prestação de contas - para além de afinar argumentos.
O mesmo queria ver em Aveiro. Por isso, e considerando que acredito que o "Capitão" pensa o mesmo, estou certo que daqui a poucos dias este blog já será assinado pelo nome detentor de tão distinta patente e rica prosa.

Outra tendência que observo com agrado é a preocupação, demonstrada por vários dos mais ilustres pensadores e politicos da nossa praça em registar o seu nome no blogger, de forma a comentar sem pruridos os vários blogues e a assumir a sua identidade.
Só fico contente com isso, pois possibilitará algumas alterações que vocês percebem...

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Dois novos blogs (Dois, não! TRÊS!) - actualização

Descobri recentemente dois novos blogs, a quem saudo de forma viva por serem pessoas que eu gosto de ler e que sabem escrever.

Para além disso, darão mais cor à blogosfera aveirense e estarão activos, cada um na sua área. Curioso foi que, tendo cada um cerca de quinze dias, os tenha descoberto no mesmo dia!

O primeiro é mais uma produção de João Pedro Dias. Chama-se Deputado Municipal e versará, como já o demonstra sobre a sua actividade de deputado municipal na AM de Aveiro. De louvar, um exemplo público de quem vai mostrar aquilo que faz aos seus cidadãos eleitores.

O segundo, do também activo na Internet, Júlio Almeida, tem um carácter completamente diferente: o Já Agora da-nos a conhecer o outro lado das notícias, a outra forma e aquilo que não se escreve. Impressões pessoais.

Duas presenças em breve na coluna da direita, dois blogs a seguir com atenção.

O terceiro, que merece também distinção na coluna da direita é o Debaixo dos Arcos, um verdadeiro espaço de blogue... físico, como é óbvio. De Miguel Pedro Araújo, também é um local onde passo, real e virtualmente, muitas vezes...

Virgilio Nogueira

Recebi há alguns minutos um email do Virgilio Nogueira avisando-me que iria responder aos anónimos que escreveram sobre ele no post anterior. Dei-lhe os parabéns pessoais porque não tolero faltas de carácter de anónimos cobardes.
Depois de me mandar o texto, vi que era mais do que um mero texto para a caixa de comentários. Apaguei-o de lá e coloco-o aqui. E renovo-lhe os parabéns pela atitude.

"Tenho muito respeito e consideração pelas pessoas, independentemente da sua condição profissional ou social. Julgo que todas as profissões honestas são dignas e nenhuma me envergonharia. Sentir-me-ia bem atrás de um balcão de uma hamburgaria se não tivesse por cliente um anónimo e covarde.

Agradeço as tuas palavras, João, mas algumas acho-as injustas, em especial aquelas que se dirigiam ao Senhor Jaime Borges. Conheço algum do seu longo percurso de serviço público, colaborei na homenagem que lhe foi feita após ter cumprido o mandato como Vereador da Cultura, pelo que me permito deixar-te esta menção.

Nadei na nossa ria, aprendi a remar nos Galitos, mas tenho aversão à lama. Por isso evito-a. Ainda por cima quando ela oculta alguém, que não o tendo, pretende atingir o meu carácter.

As pessoas que estão de boa-fé, como tu, reconhecerão que, de facto, não fiz muito pela nossa cidade, pela cultura, mas que ainda assim já dediquei algum tempo a abraçar causas e casas, por onde me deu muito prazer passar e onde colhi ensinamentos úteis para a minha formação cívica.

Estive, como recordarás, pois eras colaborador nesse jornal, no Litoral, como Coordenador de Edição. Procurei ajudar o CETA, como vogal da Direcção, durante 4 anos, 2 mandatos, tendo a felicidade de colaborar nas obras de requalificação do Teatro de Bolso. Já estive nos órgãos sociais da Cooperativa de Artesanato «A Barrica» e na Mesa da Assembleia do Cineclube de Aveiro. Fui convidado e integrei a Comissão de Toponímia da Câmara Municipal de Aveiro. Já publiquei artigos, que sei que leste, em publicações, inclusive no Boletim Cultural do Município de Aveiro. Já dei a cara pelas minhas opiniões dezenas de vezes no Diário de Aveiro e no O Aveiro. Presidi a uma Associação Juvenil que tem um património curto mas generoso no que concerne a actividades realizadas: muitos lembrarão a ?Open House? em que foste parceiro na organização, os concertos com bandas locais aveirenses, as exposições com jovens pintores, fotógrafos, enfim...

Sei que há gente da minha idade que já fez muito mais pela nossa cidade.

Também já ?fiz? uma licenciatura, uma pós-graduação e mestrado, e o tempo não terá dado para tudo. Por que sou uma pessoa de convicções também tenho tido uma militância activa num Partido Político e o tempo, inexorável, não sobeja.

Foram 8 anos de Orquestra Filarmonia. Dizem que ninguém é bom juiz em causa própria. Mas, no meu íntimo habita um grande orgulho por ter tido a oportunidade de ajudar ao seu nascimento e ao seu crescimento, sabendo que essa é etapa mais difícil.

Presumo nunca me ter eximido a nenhuma responsabilidade. Pela Orquestra Filarmonia passaram 3 Direcções e foram os seus membros quem me puderam avaliar devidamente, no contacto quotidiano. Não aceito, não admito, avaliações espúrias, maldosas, produzidas sob anonimato, de alguém que não me conhecendo me pretende aliciar para o seu estilo, para o seu nível. Sei que não vou por aí.

A Filarmonia por mérito de muita gente tornou-se uma instituição prestigiada e, se alguns créditos possuo, eles estão associados aos 70 acordos financeiros assinados com entidades da região, na renegociação do contrato de incentivo financeiro com a tutela, no crescimento do programa pedagógico «Música na Escola», na iniciativa do programa Orquital, numa gestão corrente com práticas administrativas eficientes.

Hoje já sabemos que os músicos que intentaram os processos judiciais contra a Orquestra Filarmonia reclamando Contratos de Trabalho não assinaram os que lhes foram propostos, forçando a Orquestra a uma outra solução, podendo o público, assim, finalmente, entender qual era o objectivo final dessas acções judiciais que conduziram à ruptura que todos lamentamos!

Sei bem que ter uma actividade pública representa exposição e crítica. Não me incomoda que assim seja, desde que ela se expresse com lealdade, venha assinada, seja sustentada e honesta.

Quem me conhece, como tu João, sabe que não vivo de vaidades vãs, convivo com a lúcida consciência da transitoriedade das coisas. Como nos conta a narrativa do Velho Oeste, depois do pistoleiro mais rápido virá sempre um pistoleiro ainda mais rápido.

Como sabes, ajudei na concepção do programa eleitoral da Coligação, e foi-me dada, agora, a oportunidade de ajudar a concretizá-lo. Espero que ao fazê-lo contribua para que Aveiro seja melhor. Enquanto acreditar neste projecto e essa confiança for recíproca, tudo farei, no dia-a-dia, para continuar a ter orgulho e a consciência limpa com que me subscrevo!

Um abraço,

Virgílio Nogueira"
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