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quinta-feira, 24 de junho de 2004

Bandeiras e sentimento nacional

Em resposta a um comentário meu, feito aqui e também no blog Contrafactos e Argumentos o Pedro Fonseca respondeu-me aqui e aproveito para rebater alguns dos argumentos:
- Não achas curioso as bandeiras nacionais aparecerem no mesmo fim-de-semana em que se ia votar para as europeias?...

A questão das bandeiras surgiu muito antes meu caro, pois no inicio da concentração já Scolari apelava às bandeiras nacionais. Mas é verdade que foi ao mesmo tempo da campanha.

- Não achas curioso as bandeiras nacionais aparecerem relacionadas com o futebol mas pedidas por um comentador político?


As bandeiras são claramente pelo futebol só que não foram por um comentador político qualquer: Marcelo Rebelo de Sousa tem um impacto que mais ninguém tem, numa televisão que acerta numa faixa do povo português que mais depressa responde a estes estimulos.

- Não achas curioso tu próprio falares de não misturar as coisas e dares o exemplo dos "movimentos colectivos onde seja facil de entrar e sem custos humanos" como o "branco por timor"?

Não acho curioso porque a minha tese reside exactamente ai: actualmente os cidadãos não se interessam por causas políticas de longo prazo, estruturadas e com definição ideologica. Respondem perante estimulos e reacções. Mais depressa consegues ter respostas positivas e em número significativo a eventos como "assina online a petição"; "manda um email pela XXXX" ou mesmo "vamos à manifestação" ou ainda "coloca lá um pano branco" do que um trabalho de longo prazo que evite essas acções: uma ida a uma assembleia municipal, uma reclamação contra uma câmara por causa de um prédio que vai abaixo e é património", etc. Esta questão das bandeiras entronca ai: fazes um apelo simplista e as pessoas ficam satisfeitas com o seu ego porque estão a apoiar o treinador.

- Não achas curioso um país a querer limpar a alma? Limpá-la de quê?
- Não achas curioso que não tenhas "desmontado" o texto do JVM?


Não queria: era um comentário, não era um texto elaborado.

- Não achas curioso e não és capaz de concordar com este parágrafo de que "A bandeira apela à mobilização, à vitória e à fé, mas não apela a nada daquilo que nos últimos anos se tentou convencer os portugueses que devia ser a nossa aposta: a criatividade, a inteligência e a excelência, a educação e a formação, a qualidade e a beleza, o progresso e o bem-estar. Nem sequer à solidariedade, pois o fervor patriótico tem uma afinidade especial pela superioridade nacionalista, pela xenofobia e pelo racismo. A bandeira só define uma solidariedade depois de definir cuidadosamente a fronteira onde ela se esgota e se transforma em ódio. A bandeira não apela ao neocórtex mas ao cérebro primitivo, não apela à arte e à ciência mas à força e ao medo"?

Sabes porque não queria? Porque não posso concordar com esta frase, que vai brincar com os sentimentos ideológicos. Só uma mente ideologicamente comprometida (e não tenho problemas em dizê-lo, com os valores de esquerda) é que associa patriotismo com "afinidade especial pela superioridade nacionalista, xenofobia e racismo". Irrita-me solenemente quem assim pensa. É o mesmo que me chamarem racista porque sou monárquico e por isso defendo a minha nação. Ou dizer que todos os que defendem uma bandeira são uma cambada de bestas... Não aceito!

- Não achas curiosa e verdadeira esta frase: "É apenas triste que esta energia e esta mobilização não tenham tradução em nada de realmente importante, algo de que realmente nos pudéssemos orgulhar. É triste que aquilo em que acreditamos seja apenas isto em que podemos acreditar sem custo, seja esta mobilização que em nada nos compromete e nada nos exige senão beber cerveja e buzinar nas ruas"?

Concordo com ele

- Não achas curioso o "El Mundo" fazer um trabalho daqueles sobre os golos do Euro 2004 e não teres ninguém em Portugal que o faça?
- Não achas curioso que se fale de missão cumprida em jogos intermédios quando o que se procura num campeonato é ser capaz de ganhar a final, qualquer final, seja ela económica ou futebolística, sem desculpas como afirmar "missão cumprida" nuns oitavos-de-final? A missão está cumprida no fim, não no início!


Ambas as respostas vão para matérias relacionadas com critérios editoriais, definições de "opinião publicada"... deixemos para outras conversas.

- Não achas curioso Durão Barroso dar saltos com a vitória de Portugal numa bancada de futebol - de que não é responsável - e não o fazer para saltos qualitativos na economia ou na ciência ou na educação, onde é o responsável máximo?

Caro Pedro,
Como bem sabemos "a noticia é quando o homem morde o cão. Na área política, o que é bom com excepções é remetido para páginas menos nobres...

[act.: como é óbvio, e apesar de gostar de futebol, estou mais do lado deste "Portugal embandeirado": A sociedade civil está, agora, a resolver parte do problema: construir uma nova atitude que passa pelo abandono do distanciamento e da reverência solene e pela proximidade, a apropriação individual e a interiorização dos símbolos. A bandeira é de Portugal, mas, também, de cada um dos portugueses que a sentem como sua.
Era bom que a nova atitude perdurasse para além do futebol. E que Estado democrático encarasse o resto do problema.]


eu também, amigo, eu também!

quarta-feira, 23 de junho de 2004

Caso "Saúde Pública"

Os factos:

Vendedores do Mercado do Peixe deram a conhecer aos órgão de comunicação social e aos jornalistas aquilo que achavam do espaço e das condições de trabalho. Inspecção da Câmara verifica pormenores. Vereador diz que a culpa é da Aveiro Polis e depois que é resolvida pela Câmara. Acusa vendedores de estar contra ele. Delegado de Saúde acha que não há razões para fecho do espaço.

Noticias - Câmara promete corrigir deficiências (JN)e Praça do Peixe afinal não fecha
Praça do Peixe Relatório técnico assinala apenas pequenos erros e problemas menores Nova vistoria ao mercado está marcada para hoje A Sociedade Aveiro-Polis diz que as queixas das peixeiras não passam de situações pontuais

José Carlos Maximino escreveu uma peça em que diz "As deficiências que os comerciantes do mercado José Estevão (Praça do Peixe) denunciaram, na semana passada, "não constituem qualquer problema grave de abastecimento nem põem em causa a saúde pública", afirmou, ontem, o vereador do pelouro dos mercados e feiras, Domingos Cerqueira.
O vereador tinha admitido, no sábado, a possibilidade de a Câmara fechar temporariamente o mercado, "até os problemas serem todos resolvidos", caso estivesse em causa a saúde pública, como afirmam os vendedores, num abaixo-assinado, que entregaram, na sexta-feira, na Delegação de Saúde.
Ontem, depois de uma reunião com responsáveis da Sociedade Aveiro Polis, em que foi analisado um relatório técnico circunstanciado, produzido por técnicos camarários, o vereador manteve que as deficiências apontadas pelos comerciantes não passam de "pequenos erros, normais numa obra nova, que serão corrigidos rapidamente".
Domingos Cerqueira admitiu, citando o relatório, a existência de problemas no escoamento das pias de lavar o peixe, diâmetro insuficiente dos ralos no piso e a ausência de impermeabilização do pavimento, uma ou outra porta empenada e a inadequação dos tapetes, entre outros . Também o dono da obra, a a Sociedade Aveiro Polis se pronunciou, ontem, sobre as queixas dos comerciantes, "São situações pontuais que estão a ser resolvidas", disse o assessor de Imprensa, Helder Ramalho.
"

Mercado do Peixe de Aveiro Vai Manter as Portas Abertas (Público)

Filipa Gaioso Ribeiro escreveu: "O recém-inaugurado Mercado José Estêvão, em Aveiro, afinal não vai encerrar. A decisão foi tomada ontem, após o vereador da autarquia responsável pelo pelouro dos Mercados e Feiras, Domingos Cerqueira, e o delegado de Saúde de Aveiro, Vieira da Silva, terem concluído que o abastecimento de peixe no recinto não traz "qualquer risco para a saúde pública". Ainda assim, na sequência da queixa apresentada pelos vendedores de peixe, Vieira da Silva optou por certificar-se dos factos. Como tal, uma equipa liderada pelo próprio delegado de saúde vai efectuar hoje uma vistoria ao recinto, por volta das 14h30.

Depois das reclamações apresentadas pelas vendedoras instaladas no novo mercado - que aludiam a deficiências como o entupimento dos ralos das bancas, a dimensão dos tubos de esgoto ou a permeabilidade do pavimento, que deixava passar a água - as autoridades de saúde decidiram avançar para o terreno. "Vamos fazer uma vistoria amanhã [hoje] à tarde para analisar as queixas dos vendedores", adiantou Vieira da Silva, acrescentando, porém, que "na última vistoria, antes da inauguração, estava tudo bem". "Há ali alguns problemas de pormenor, que a própria câmara já enumerou num relatório, mas não parece que haja perigo nenhum [para a saúde pública]", prosseguiu o delegado de Saúde de Aveiro, salientando que, mesmo assim, "à cautela, vai-se fazer uma vistoria".

"O que me dá a entender é que há um certo exagero na queixa apresentada pelos vendedores", avaliou ainda o delegado de saúde, sublinhando que o novo espaço "está muito melhor do que o mercado antigo".

"Não há motivo nenhum de gravidade que leve ao encerramento da praça. Não há qualquer risco para a saúde pública, por isso, o mercado vai continuar a funcionar", garantiu, por sua vez, o vereador Domingos Cerqueira, congratulando-se pelo parecer do delegado de Saúde de Aveiro. "O abaixo-assinado nem sequer aponta nenhum problema grave", prosseguiu Cerqueira, mostrando descontentamento pela atitude dos vendedores de peixe, que optaram por entregar a queixa a Vieira da Silva sem antes contactarem qualquer elemento do executivo municipal. "O que há são erros de pormenor, problemas ridículos, normais em qualquer obra", conclui o vereador".


No OLN "Delegado de saúde dá razão a vereador" e igualmente no mesmo espaço online - "Vereador acusa vendedores de usar jornalistas"

No Diário de Aveiro " «Não existe perigo para a saúde pública» Vieira da Silva constatou algumas deficiências no mercado que necessitam de uma solução. Caso das grelhas em redor do pavimento destinadas ao escoamento da água, as quais têm os orifícios demasiado pequenos, logo terão de ser substituídas; o pavimento terá de ser anti-derrapante e impermeabilizado; aos ralos das bancas terão de ser adaptadas redes para retenção das escamas e os vendedores têm de utilizar um recipiente para colocar as tripas e as escamas do peixe. Entre as bancas laterais haverá necessidade de colocar uma pequena superfície amovível para unir as bancas ou então optar por afastá-las mais. Vieira da Silva apela aos vendedores para, entretanto, terem «algum cuidado».
O delegado de saúde apela a uma reavaliação das bancas centrais do mercado, já que a sua utilização diária não estava prevista. «Não têm condições. Só deveriam ser utilizadas em dias de grande aperto», defende Vieira da Silva.
Domingos Cerqueira, vereador do pelouro dos Mercados, diz que «infelizmente o mercado não vai fechar», frisando que «era isso que as pessoas mereciam, pelo menos durante 15 dias». O responsável lamenta os protestos dos vendedores do «mercado mais luxuoso do país», afirmando que surgem «de mentes completamente doentias». Domingos Cerqueira recorda que lhes prometeu a correcção das deficiências do espaço e é isso que está a ser envidado. O autarca espera por mais bancas, solução para as escamas não entupirem os esgotos, bem como por um armazém disponível para colocação da câmara frigorífica que serviu os vendedores no pavilhão temporário instalado no Rossio.
Domingos Cerqueira discorda da atitude dos vendedores, por se queixarem à imprensa e não terem coragem de dirigir à Câmara para expor os seus problemas. «Há gente que não merece o esforço dos outros. O que merecem é vender o peixe na valeta», ironiza.

Críticas dos vendedores

Os vendedores acusam a autarquia de não terem condições de trabalho. Selene Simões lamenta a falta de espaço para expor o peixe, que acaba em caixas, no chão. Os ralos das bancas, esses entopem com facilidade e acabam por verter sobre o peixe em exposição. «Nada é funcional, nem higiénico», denuncia. Esmeralda Matos diz que o que se está a passar «é uma vergonha». Maria do Rosário Tavares, uma das vendedoras centrais, diz ter pago 2.000 mil euros pelas bancas e uma mensalidade superior a 25 euros para estar «numa pocilga». Rosa Gutierres, por sua vez, refere que as instalações anteriores (provisórias) tinham melhores condições. «Agora, nem telefone fixo tenho», exemplifica, acrescentando que a casa-de-banho continua sem luz.


Comentário - De tudo o que foi dito, o mais grave é o que se entende nas entrelinhas do artigo do Público e que demonstra a forma como são fiscalizadas as obras públicas no nosso país e o interesse que é demonstrado pela forma leviana como Domingos Cerqueira os refere. Filipa Gaioso Ribeiro, a quem não canso de elogiar refere "A verdade é que duas semanas depois de ter sido inaugurado, o mercado José Estêvão reúne já um considerável rol de "erros de pormenor". Os ralos das bancas entopem com as escamas dos peixes, os tubos de esgotos não estão bem dimensionados, o pavimento deixa passar água e necessita de levar um tratamento de impermeabilidade, os tapetes de ráfia da entrada retêm a humidade e precisam de ser substituídos, há peças por lubrificar, portas que não fecham bem. Questões que Domingos Cerqueira considera serem apenas "pequenas coisas de gestão corrente" que têm de ser tratadas".

Mais grave é achar que "São pequenos problemas que fazem parte da gestão normal de um equipamento daqueles. Quando estiver tudo corrigido, vão aparecer mais. É mesmo assim, em minha casa isso também acontece todos os dias", alega Cerqueira, adiantando que "já se começaram a corrigir os erros que foram detectados". Erros que, diz Cerqueira, não serão imputados à sociedade Aveiro/Polis, por não se tratarem de "problemas de construção". Erros que a câmara promete resolver "em breve", num prazo máximo de um mês, apesar de estar crente que "outros problemas de gestão vão aparecer". "Estes vão ser resolvidos, mas outros vão surgir. E, por isso, vai estar lá permanentemente uma equipa de funcionários da câmara para detectarem outras coisas que terão de ser corrigidas", concluiu Cerqueira.

A verdade é que uma obra pública não é propriamente a casa de um vereador. A verdade é que devem ser bem fiscalizadas as coisas. A verdade é que o caderno de encargos para um mercado não é igual ao caderno de encargos para um museu... a verdade é que o investimento na requalificação do edifício rondou 1,5 milhões de euros e que a empreitada durou cerca de dois anos e que a inauguração do mercado esteve duas vezes agendada, sendo que a abertura do espaço só decorreu a 7 de Junho.

Quanto às declarações ao Diário de Aveiro, em qualquer cidade normal seriam suficientes para o presidente da Câmara tirar a confiança política e os pelouros ao vereador...

Comentários?

Casos

Esta semana está a ser marcada por dois casos em Aveiro: o do Mercado do Peixe e o do "peculato" na Capitania do Porto de Aveiro.

Vou deixar pistas para discussão nos dois, com links para as noticias dos jornais e pontos de partida para conversa

Bandeiras

Ja tinha ouvidos alguns dislates no FOrum TSF mas agora o Vitor Malheiros não... ele, de quem já vi textos maravilhosos e pungentes, destila um arrazoado onde mistura o patriotismo, o nacionalismo, a xenofobia, etc, tudo de uma só vez.

Nao interessa que seja por motivos comerciais, interesse pela selecção ou outra coisa. O portugues participa de movimentos colectivos onde seja facil de entrar e sem custos humanos (lembram-se do "branco por timor". Serve para limpar a alma...
Agora não juntem tudo no mesmo saco...
(comentário depois de ter lido o Contrafactos)

terça-feira, 15 de junho de 2004

Quem é que pediu um estádio com vista para a IP5?

Euro2004
Buzinadelas e filas compactas no IP5 marcaram primeiro jogo em Aveiro
2004-06-15, 17h56

Por Miguel Souto, da Agência Lusa Aveiro, 15 Jun (Lusa) -Buzinadelas e alguns protestos junto dos elementos da GNR de serviço, pela morosidade do trânsito, marcaram hoje a entrada no Estádio Mário Duarte, em Aveiro, para o jogo entre a República Checa e a Letónia.

Quase até à hora do início da partida ainda havia filas compactas de trânsito nos dois sentidos da via rápida IP5 (Aveiro-Vilar Formoso) com carros que pretendiam rumar ao estádio e apenas o corredor para os autocarros e viaturas de emergência se encontrava desanuviado.

Rapidamente os estacionamentos mais próximos, na Zona Industrial de Taboeira, ficaram lotados e as forças de segurança tiveram alguma dificuldade em regular o trânsito.

Fonte: Lusa
Não acham que vai sempre assim? Será que o Estádio foi criado no local certo?

sexta-feira, 11 de junho de 2004

Fonte Nova Wireless

Patricia Coelho Moreira dá uma novidade positiva a quem é adepto das novas tecnologias!
Segundo o Público de hoje, o parque da Fonte Nova é wireless e gratuito. Há que aproveitar.
A noticia:
De espaço de lazer em espaço de lazer, segiu-se a abertura solene do Parque da Fonte Nova. A área nascida na envolvente do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, paredes meias com a principal "Praça Euro" do município, oferece tabelas de basquete de acesso livre, zona de patinagem, a sombra das árvores e toda uma zona verde "wireless", para utilização de internet. "É o primeiro parque do país com acesso grátis à internet", arrisca, orgulhoso -após uma demonstração bem sucedida - Alberto Souto.

O parque, que terá uma dimensão superior a dois campos de futebol, quando concluído, cria raízes em redor de um imenso espelho de água, onde emerge a imagem de uma mulher nua. "É a estátua da Maria da Fonte que, por razões ligadas à moral e aos bons costumes, foi em tempos retirada da Praça Marquês de Pombal e escondida no parque da cidade", recorda Souto, sobre a peça de "grande beleza" que deseja ver "fotografada como merece". De resto, a segunda inauguração da manhã - em que a envolvente do Canal da Fonte Nova foi requalificada pelo Polis - é "mais uma aposta num tipo de vivência urbana que tem vindo a ser concretizada", frisa o edil.

É já este fim de semana - Voto Electronico

Como já vos tinha dito, São Bernardo é uma das freguesias onde vai ser testado o voto electrónico e eu sou o coordenador UMIC da mesa.
Por isso, este post serve como convite para que todos, mesmo aqueles que não votem em São Bernardo, se desloquem a São Beranrdo caso queiram conhecer esta experiência de voto electrónico. Terei todo o gosto em receber-vos, com o presidente da Junta de Freguesia, Élio Maia.

A intenção de avançar com esta experiência de voto electrónico já estava prevista no Plano de Acção para a Sociedade de Informação (aprovado em Conselho de Ministros em Junho de 2003), estando a Unidade de Missão, Inovação e Conhecimento (UMIC), a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o STAPE encarregados de colocar em prática o projecto, precisamente no dia das eleições para o Parlamento Europeu.
O processo simulado de votação presencial irá decorrer em nove freguesias portuguesas, numa sala autónoma, mas no mesmo local onde estarão colocadas as assembleias e as secções de voto.
As freguesias-piloto estão dispersas geograficamente e representar três realidades distintas (por exemplo, uma freguesia urbana, outra semi-urbana de média dimensão e uma de pequena dimensão, com menos de quatro mil eleitores registados).
De acordo com a tipologia escolhida, o projecto deverá abranger cerca de 150 mil eleitores que, depois de votarem segundo os parâmetros tradicionais, são "convidados" a aderir à experiência- piloto.
Assim, depois de votarem de verdade, será entregue a cada um dos eleitores-piloto um cartão (que é feito na hora e que dá direito a votar electronicamente uma única vez), cartão esse que lhes permitirá aceder ao boletim de voto digitalizado num computador.
Para escolher o partido a quem irão dar o seu voto, os eleitores terão apenas que carregar no ecrã.
"Todo o processo simulado será o mais fiel possível a uma assembleia de voto real e o mais fiel possível à legislação eleitoral em vigor".
Nesse sentido, foram feitos contactos com duas empresas multinacionais com experiência nesta área (a Unisys e a Indra), além da Multicert, precisamente a única empresa portuguesa com experiência em voto electrónico.



Suas Altezas Reais em Aveiro


A Real Associação de Aveiro vai comemorar o seu 12º aniversário com o um almoço que terá a presença de Suas Altexas Reais, D. Duarte e D.Isabel.
O almoço é dia 26 de Junho, nas Caves Aliança, em Sangalhos e poderão ter mais informações pelo telefone: 234422938 ou geral@realaveiro.com

quinta-feira, 10 de junho de 2004

Morte de Lino de Carvalho

Depois de Sousa Franco, o inicio do dia de hoje deu a conhecer a morte de mais um conhecido político. Lino de Carvalho, deputado do PCP, faleceu.
Pesames à família.

quarta-feira, 9 de junho de 2004

Muralhas e EMA

Duas notas retiradas dos jornais que interessam à cidade


A Câmara Municipal vai começar com obras arqueológicas que podem vir a demonstrar a existência de partes da antiga muralha. Leiam as noticias do OLN e o comunicado da Câmara através do Noticias de Aveiro

Há uma barraca curiosa descoberta pelo Noticias de Aveiro: basta digitar www.ema.pt e descobrir que a três dias do Euro o site ainda está em "construção" e que prometem "ser breves"!

Morte de António Sousa Franco

Não era de Aveiro, não o teria nada que o ligasse a este blog mas é com pesar que se dá a noticia da morte de um democrata. A morte de alguém que diz o que pensa é sempre uma perda para a democracia.

Paz à sua alma.

terça-feira, 8 de junho de 2004

Mas ele quer o quê?

"Acontecimentos como os do fim-de-semana na Forca/Vouga (garagens assaltadas e mais de 20 carros vandalizados), levam-nos a a concluir que não há policiamento suficiente ", disse João Barbosa.

João Barbosa, presidente da Junta de Freguesia da Vera Cruz tornou-se nos últimos tempos no verdadeiro homem-polícia, tal a quantidade de vezes que alerta para as questões da segurança. Já conseguiu "fechar" os bares, agora diz a frase que salientei em cima.

Mas ele quer o quê? Uma cidade com um polícia em cada esquina? Acontecimentos como o do passado fim de semana são uma inevitabilidade numa cidade que começa a ter algumas características curiosas...

Xutos comendadores



O Presidente da República vai condecorar o grupo rock "Xutos e Pontapés", nas cerimónias do 10 de Junho.
Os cinco elementos dos "Xutos e Pontapés" serão agraciados com o grau de comendador da Ordem do Mérito, que distingue "serviços meritórios praticados no exercício de quaisquer funções, públicas e privadas", numa altura em que celebram 25 anos de carreira.

Xutos & Pontapés já mereciam há muito tempo o prémio de um trabalho meritório e que marca muitos de nós!

segunda-feira, 7 de junho de 2004

Beira-Mar - agora é a Stellar?

Ontem, já o Público tinha referido em caixa a situação do Beira-Mar com o Stellar Group.
Hoje, a Terranova refere no seu site, com o titulo "Stellar Group anuncia contratação" e que fala do primeiro avançado da era Wadsworth. Steve Mcphee foi confirmado como reforço do Beira-Mar para a próxima temporada. Deixa a Division Two, onde alcançou 27 golos em 51 jogos ao serviço do Port Vale, e entra no futebol português ao serviço do Beira-Mar. Pretendido por Leeds United, o jogador escocês opta por deixar os campeonatos britânicos numa transferência confirmada em Inglaterra por um dirigente da Stellar Group, empresa que tem um acordo de colaboração com o Beira-Mar.

Mas agora é a Stellar Group a anunciar reforços? Há limites, ou não?

Dois textos para reflectir...

Ûm é do Público de exta-feira, que deveria fazer reflectir os nossos homens e mulheres ligados ao turismo. Para além da campanha "Lusitanea", da junção de Aveiro a uma grande zona Centro, agora um estudo conduzido por uma docente da UA revela que " turista estrangeiro que visita a região Centro do nosso país tem Coimbra por destino de eleição. Quer conhecer a universidade, os monumentos e os museus, aprecia a hospitalidade portuguesa, mas não está satisfeito com a sinalização das ruas e acha insuficiente a oferta cultural e recreativa que lhe é apresentada. Os portugueses preferem atracções naturais como a serra e a praia e são mais exigentes do que quem vem de fora, queixam-se da falta de infraestruturas turísticas. No total, a região absorve - com base no indicador dormidas - apenas 10 por cento do turismo nacional, conclui o estudo sobre os impactos do turismo na economia regional, realizado por uma docente da Universidade de Aveiro"... O texto completo do Público

O segundo texto é para reflexão da oposição... e é de hoje. O habitual em termos políticos.

quinta-feira, 3 de junho de 2004

Fim da votação

Estava a decorrer, na coluna da direita, um votação que pretendia com alguma seriedade sobre as próximas eleições autárquicas.

Dado o abuso de votação por parte de um único endereço IP (condicionando dessa forma a votação) que desvirtua a mesma, fui levado a encerrá-la.

terça-feira, 1 de junho de 2004

Onde está a coerência no horário dos bares?

O Público já tinha anunciado a intenção no passado dia 21 mas agora, pelo Noticias de Aveiro torna-se oficial. A Câmara Municipal de Aveiro anunciou formalmente que os bares e estabelecimentos de diversão nocturna terão o seu horário alargado durante o europeu de futebol das duas para as quatro da madrugada. Ao que parece também as discotecas terão, por sua vez, o horário alterado das quatro para as seis.

Esta tomada de posição da Câmara Municipal de Aveiro demonstra uma total incoerência e uma navegação à vista completamente imcompreensivel. Tentanto ser "mais papista" do que o papa, a CMA tomou, há meses, uma decisão retrógada: a imposição da lei das "duas horas" em Aveiro. De repente, tornou-se uma cidade morta. E o assunto era motivo de galhofa. Se a Câmara tivesse estado presente no FITUA percebia o descontentamento. Basta, no entanto, ir beber um copo à Praça para perceber que, fechando tudo às duas, Aveiro morre pela noite.

Este assunto não é de agora. Lembro-me que uma das primeiras propostas para a Lota era a de criar uma "Docas" com bares e discotecas. Mas a voragem imobiliária fez com que o projecto tivesse ficado pelas meias tintas, com habitação - que mais uma vez vai impedir a diversão - e perdeu-se essa oportunidade. Na zona do Canal de São Roque são criados mais e mais bares, restaurantes e discotecas. Na zona da Praça do Peixe já não falta muito para que os empresários resolvam um problema à Câmara: a aquisição de espaços para bares irá eliminar, de forma definitiva, os habitantes que se queixavam.

O erro da CMA foi o de ter tomado logo a medida extrema: acabar com o desleixo dos horários, quando o problema são as pessoas e o que elas fazem quando saem dos bares. A Polícia Municipal, onde estava? E a PSP? Onde estava o rigor? Mudam-se as regras sem fazer nada para as cumprir? Agora, por interesses comerciais - as concessões das Praças Euro - e pela feliz ideia de dar uma imagem moderna de Aveiro, alteraram o horário. Mas para o FITUA, não...

O meu apelo é claro. Definam horários liberais, façam-nos cumprir e punam os infractores. Não me importo de ver um jovem arruaceiro que partiu uma janela a dormir uma noite na prisão ou a esperar que os papás os vão buscar. Mas quero ter a oportunidade de, na minha cidade, beber um copo de vinho a olhar para a Ria às 02.15 da manhã...

Artigo originalmente escrito para o Noticias de Aveiro

PCP quer revogação da concessão da Marina da Barra

A notícia saíu no Público e no J. Notícias. Em traços gerais, o grupo parlamentar do PCP na Assembleia da República "está a estudar iniciativas possíveis que conduzam à revogação do decreto-lei que autorizou a concessão do projecto da Marina da Barra" Também se referiram ao Gabinete da Ria. como está explicado abaixo pedindo em traços gerais a revogação do decreto lei tendo em conta a eterna possibilidade de aprovação do impacto ambiental por parte de uma equipa do Ministério do Ambiente.

Desde o congresso da Ria que pedi a António Salavessa um comentário à criação do Gabinete da Ria, ao qual ele respondeu que apenas quando lesse o documento criador da mesma é que se pronunciava. No entanto deve ter mudado de opinião pois referiu ao Público: "a natureza do GGIRA aproxima-se cada vez mais da figura do nado morto". "O que ouvimos no congresso não satisfazia as nossas expectativas, mas é nossa convicção que não existe nada mais para além de intenções", acusa este responsável, anunciando: "Se, e quando, surgir um diploma sobre a criação do gabinete, vamos exigir a sua ratificação pela AR".

Ao JN, Ribau Esteves, como presidente da AMRia escusou-se a comentar o caso da Marina da Barra. E, quanto à gestão da ria, garantiu que o GGIRA foi efectivamente criado através de diploma aprovado no Conselho de Ministros de 22 de Abril. "Ficou foi de voltar a Conselho de Ministros na semana seguinte e isso é que ainda não aconteceu. Mas, o Ministério do Ambiente tem uma equipa nova, é preciso dar-lhes algum tempo", sugeriu, convencido que "em Junho estará tudo resolvido"

COMENTÁRIO - Em relação à Marina da Barra, O PCP continua numa política passadista de dizer que nada é melhor do que algo. A Marina é necessária: podemos questionar o tamanho, a capacidade imboliária, a circunstância de serem as empresas concessionárias a pedir e a pagar o estudo do impacto ambiental, etc... Agora não vale a pensa questionar a Marina. Questionaram o Porto de Pesca Costeira?

Em relação ao Gabiente da Ria, há um claro caso de falta de comunicação politica, algo tão frequente neste governo. O Gabinete devia ter sido apresentado nas suas linhas gerais, com um documento concreto. Ponto final. A informação é para ser dada, caso contrário cria-se uma boa de neve imparável...

Comentários, please...

Angels in America



Uma série que é um filme e um filme que é uma série... absolutamente imperdível, esta nova petita de Manuel Falcão para a Dois e que começou esta noite (a de segunda).
Com um elenco de luxo (Al Pacino, Meryl Streep, Emma Thompson) e uma realização cuidada é algo a não perder. Já sou cliente às segundas da "Angels in America"

Hoje, terça-feira, é o dia de estreia do 3810-UA, a produção da Universidade de Aveiro que dá a conhecer o "inside" e o mundo ao redor da nossa Universidade. O horário é o possível (1 hora da madrugada) mas também terá um cliente fiel...
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