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quarta-feira, 31 de agosto de 2005

BlogDay



Também me junto ao BlogDay mas subvertendo um pouco as regras. Tenho que falar dos meus compagnons de route e mais precisamente de cinco blogs que acompanho todos os dias, sem falhas. Uns mais antigos - aliás, dos mais antigos - e outros recentes mas que não quero deixar de realçar. Bem, sem mais, aqui ficam as minhas escolhas para um passeio na Internet sem falhas... E já vão reparar na semelhança

Santa Terrinha

Um "migrante" como eu, Januário consegue-me cativar, lembrando as pequenas idiossincracias de Lisboa e o prazer de "ir à terra". Não sendo da Murtosa, ganhei o hábito de passar por lá, sem falhas, sem promessas, apenas com a garantia que todos os posts vão melhorar o meu dia.

Diário de Conchita

Um verdadeiro Diário de mais alguém que vive em Lisboa vinda de outras terras... Mas Conchita consegue garantir-me o nonsense e a alegria de ver pequenos textos, cheios de uma raiva e de um humor que vem das entranhas e que nos faz ficar viciados... Só tenho pena que ela não nos dê doses com mais regularidade.

Cibertúlia / E Deus criou a Mulher

São dois mas é como se fossem somente um, ou não tivessem em comum o Miguel. Se o primeiro nos faz encarar a realidade, o segundo faz-nos sonhar... You know what I mean...

7 Meses

Parece presença diária aqui nos elogios. Mas é verdade. A música do passado e do presente, os lugares reconditos e belos do Eixo Estarreja-Murtosa e um humor cortante fazem do blog do José Pontes mais uma das visitas diárias que não dispenso.

ContraFactos & Argumentos

Eu e o PEdro já nos conhecemos há muito e as idas ao blog dele estão entre as primeiras coisas que faço de manhã, depois da leitura jornalística. Um olhar atento e crítico para a realidade dos novos media, dos valores e princípios e da deontologia. A ler, sem falta.

Aqui fica a minha contribuição. http://technorati.com/tag/BlogDay2005

Dolo Eventual pede ajuda

A equipa do Dolo Eventual pede ajuda a todos os bloggers.

"Iniciámos uma nova rubrica dedicada ao estranho e apaixonante mundo do poder autárquico. Quem manda nas santas terrinhas? A que estratégias de poder recorrem? O que é um autarcossáurio? Como domesticam os partidos os caciques locais? Como domesticam os caciques locais os partidos? Que imagem tem esta gente do país e que imagem dá esta gente do país? Pelos caminhos de Portugal: nas Autárquicas 2005. Vamos ver o que se passa por esse país fora, como gastam os partidos o seu dinheiro, como há coisas que nunca mudam e outras que mudam para pior. Vamos recolher histórias exemplares do Portugal profundo em alegre campanha eleitoral. Colabore connosco e envie-nos fotos dos cartazes eleitorais da sua terra para a nossa Galeria Autárquicas 2005 pelo email ( autarquicas2005@gmail.com).

Desde já obrigado pela atenção.

David Afonso / Pedro Santos Cardoso
(

terça-feira, 30 de agosto de 2005

Estou a ouvir Manuel Alegre...

Manuel Alegre traça um cenário negro mas real do descrédito a que o país chegou e a forma como os partidos políticos estão, neste momento, virados de lado à sociedade e esta completamente de costas para eles.

Não tendo, de forma alguma, ligações ideológicas a Manuel Alegre, estou a gostar da forma como o mesmo está a referir as funções de Presidente da República - enquanto este for o regime, é evidente...

Referiu-se às duas candidaturas como "deja vu", considerando-as como más para a democracia. E disse que discorda da candidatura que vai ser apoiada pelo PS pela forma e pela solução: "uma sua terceira candidatura não é saudável para a república"... E discorda por ser Republicano.. É a primeira vez que ouço isto...

Todo o seu discurso está a preparar-se para o avanço. E ataca fortemente o PS, dizendo que que a divisão da esquerda não é sua responsabilidade

Manuel Alegre vai ser candidato à Presidência da República... Foi o que entendi do seu discurso. Pareceu-me. Se for verdade... Isto está a aquecer...

Comentário do Jorge Ferreira à entrevista...

Mordaz, como sempre, Jorge Ferreira colocou no seu blog um pequeno comentário à entrevista de Alberto Souto ao Diário de Aveiro. A ler...

Entrevista do Dr. Alberto Souto ao Diário de Aveiro

O DA publicou hoje a entrevista ao Dr. Alberto Souto. Aqui fica. Análise, mais logo, mas para quem passa, a caixa de comentários está à vontade.


«Quero eleger seis vereadores»

Qual é a ideia que está na génese da sua (re)candidatura à presidência da Câmara Municipal de Aveiro?

O que está na base da nossa candidatura é o facto de sentirmos muito orgulho na obra feita. O bom trabalho que fizemos entusiasma-nos para continuar porque ainda há projectos novos e outros já conhecidos mas que ainda não tivemos oportunidade de concretizar. Creio que nestes últimos sete anos, quem mora em Aveiro notou diferenças sensíveis para melhor e isso confere-nos alguma confiança de que poderemos continuar a contar com o apoio das pessoas para um novo mandato que concluirá um ciclo de desenvolvimento, progresso, qualidade de vida e bem-estar que temos vindo a propiciar a todos os aveirenses. Aveiro é, neste momento, um dos melhores municípios para viver em Portugal.

Em 2001 ? data das últimas eleições autárquicas ? prometeu sete parques de estacionamento e sete avenidas. Porque razão não foram concretizadas?

Não vale a pena sermos pouco sérios em campanha eleitoral. Não vou aqui alijar responsabilidades, mas todos sabemos que há projectos que não se conseguem concretizar por uma razão ou por outra. Ou porque não foi possível adquirir os terrenos ou porque apareceram complicações institucionais ou porque deviam ser desenvolvidos por outras entidades, como é o caso de algumas das rotundas que estavam no programa. Num mandato há sempre coisas que não se fizeram em relação ao que estava previsto, e coisas que se fizeram que não estavam previstas. Portanto, umas compensam as outras. O que é importante reter é que o saldo é muito bom. Temos uma obra feita excelentíssima. Eu diria mais: Nunca num só mandato se fez tanta obra.

Então não vale a pena fazer promessas?

Não é isso. Uma coisa é fazer promessas e outra é vender banha da cobra. Quando nós dizemos que gostavamos de fazer um projecto e o colocamos no nosso programa, vamos fazer tudo para o concretizar e não estamos aqui para enganar ninguém. Agora se o Governo nos ?tira o tapete? ou se surgem alterações profundas e se não é possível concretizá-los, não vamos desistir por isso. Temos que lutar por eles. É o caso da pista de remo. Trata-se de um projecto que ainda não está pronto, é difícil e sensível mas não é por isso que o vamos deixar cair. É mais um caso em que a conjuntura económica não ajudou a concretizar.

Élio Maia, candidato pela coligação PSD/PP, promete que se for eleito presidente da Câmara Municipal de Aveiro vai baixar os impostos municipais e gerir a autarquia ao cêntimo. Que comentário faz a estas promessas?

Tenho sempre muitas reservas quando aparecem promessas de baixar impostos em períodos eleitorais. Cheira-me sempre a demagogia e a alguma irresponsabilidade. Toda a gente sabe que as autarquias portuguesas não têm receitas e, portanto, dizer agora que vão baixar os impostos numa altura em que a capacidade das autarquias em baixar impostos é muito limitada... Essa afirmação só pode ter partido de alguém que não tem ambições para Aveiro. Porque não se fazem projectos estratégicos ou pequenas intervenções sem ter receitas e numa altura em que as autarquias não as têm, fazê-las baixar ainda mais é reconhecer que não se tem vontade nem a capacidade de passar dos cêntimos na realização de projectos e não me parece ser esse o caminho. Quem quer ter qualidade de vida, tem que ter meios para isso e essa é uma abordagem demagógica da questão. Outra coisa diferente é verificarmos se a aplicação do Imposto Municipal sobre Imóveis não está a conduzir a situações excessivas. Mas convém recordar que quem aprovou essa lei foi o Governo do PSD e não foi a Câmara Municipal de Aveiro. Aliás, o engenheiro Ribau Esteves já sublinhou isso mesmo, afirmando que não é dele a responsabilidade do que está a acontecer em Ílhavo.

Também a candidata da coligação PSD/PP à Assembleia Municipal, Regina Bastos, destacou, em entrevista ao Diário de Aveiro, que a Câmara Municipal de Aveiro, com os recursos financeiros que teve ao seu dispor, tinha a obrigação de fazer mais...

Eu tenho a maior simpatia por Regina Bastos, mas ela não fez mais do que papaguear uma afirmação de Élio Maia e não a podemos levar a mal por isso. Ela conhece mal a obra que se fez em Aveiro, ou não conhece mesmo nada, pois se assim não fosse não dizia uma coisa dessas. É uma afirmação caricata e que descredibiliza o candidato Élio Maia, dizer-se que se fez pouca obra em Aveiro. Eu desejo que Regina Bastos, que é bem vinda a Aveiro e por quem nutro simpatia e desejo felicidades, depois de conhecer as nossas freguesias e a obra que foi feita e os projectos que estão em curso, seja uma boa deputada parlamentar. Penso que pode ser uma excelente aquisição para aquela bancada do PSD.

O que pensa da candidatura da coligação PSD/PP? Há dias, conotou-a com um certo regresso ao passado e o mandatário da coligação «Juntos por Aveiro», Girão Pereira, acusou o toque...

Eu não queria dirigir o ataque a ninguém. Julgo que as pessoas reconhecem que há um conjunto de personalidades que tiveram de ser chamadas para fazer as listas em algumas freguesias, mas não quero entrar por aí. Se uma candidatura só consegue ir buscar nomes do passado e não mobiliza pessoas que representem o futuro é um problema deles. Eu também fui acusado de ter sido eu a escolher a minha lista e isso só pode explicar-se com o facto de não ter sido Élio Maia a escolher a lista dele. É do conhecimento público que a lista lhe foi imposta e com a qual ele não se sente muito confortável, mas o problema não é meu e não quero pronunciar-me.

A oposição critica-o a propósito das dívidas a fornecedores. Se for eleito presidente da autarquia nas eleições de 9 de Outubro, como pensa resolver esta questão?

Essa é a única crítica que eu tenho ouvido da oposição. A propósito disso, só faço uma pergunta: A situação financeira do país está boa? Não está. Como é que que se esperava que a situação da Câmara Municipal de Aveiro pudesse ser boa, sendo certo que todo o país está numa situação exangue e, apesar disso, desenvolveu investimentos fantásticos? Acho que essas são críticas de quem não tem espírito construtivo. De resto, a situação tem vindo a melhorar significativamente, concluíndo o Estado os encargos e os pagamentos que devem ser feitos e que obviamente causaram uma pressão muito grande. Concluindo esta etapa, gradualmente, mês a mês, a situação financeira da câmara de Aveiro tem vindo a melhorar e nisso temos sido muito rigorosos. E não recorremos a empréstimos como há dias vi noticiado, pois somos dos poucos municípios portugueses a quem o Governo ainda reconhece capacidade de endividamento e de recorrer ao crédito. Achamos que não devíamos fazê-lo, preferindo consolidar a situação financeira da autarquia e continuar a investir em projectos de futuro sem o hipotecar.

A Câmara Municipal de Aveiro deve ou não dinheiro à Empresa Águas de Portugal?

Não. A Câmara Municipal de Aveiro não deve um cêntimo às Águas de Portugal por força do abastecimento de água. O nosso contrato é com a Associação de Municípios do Carvoeiro e a câmara de Aveiro pode ter aparecido nas declarações de Pedro Serra a propósito da Simria, que nada tem a ver com abastecimento de água. Tem a ver com a despoluição da Ria e a esse respeito há negociações sérias e contrutivas com a Águas de Portugal que eu espero conduzam para a resolução do problema e mais uma vez venham dar razão às críticas que vínhamos a sustentar. Defendemos a revisão do estudo económico e das tarifas que se não fosse feita prejudicaria todos os municípios, Ílhavo incluído, e que implicaria um aumento de 300 por cento na tarifa, o que é um absurdo. Estamos muito optimistas a respeito desta questão.

Então, quer dizer que não há nenhuma crítica da oposição que tenha razão de ser?

Não, há uma que é contundente e tem a ver com os preços das fotocópias na Biblioteca. Realmente, acho que é um pensamento profundo de Élio Maia e tenho que lhe dar razão. Mas, infelizmente, é pena que ele ande desatento, porque, e como é público e ele sabe da Assembleia Municipal, de centenas de taxas há uma vintena delas que nos apercebemos que conduziam a resultados absurdos. É uma pena que ele ande tão desatento porque devia saber que essas taxas vão ser todas revistas. Mas estou de acordo porque é uma crítica certeira. Não tenho a pretensão de fazer sempre tudo bem.

E aquela crítica que o acusa de deixar para Outubro a inauguração de diversos empreendimentos para aproveitar a recta final antes da data das eleições?

Isso é um disparate. Eu queria chamar a atenção para o facto de em todos os meses termos tido uma obra a concluir-se. Por coincidência, há um mês em que há eleições. Eu pergunto aos aveirenses se devia deixar de concluir as obras só porque há eleições. Neste assunto temos que ser sérios. Temos tido todos os meses uma obra a concluir-se, repito. Só para lhe dar alguns exemplos, neste mandato concluímos a Capitania, o Teatro Aveirense, o Centro Cultural de Esgueira, a Junta de vera Cruz, o Parque de Feiras e Exposições, o Mercado do Peixe, o novo Estádio Municipal, o parque da Fonte Nova, o parque do Canal de S. Roque, entre muitas outras. Por isso é que eu digo que quando se vem dizer que fizemos pouco neste mandato, é uma afirmação que descredibiliza a postura séria que se tem que ter numa campanha eleitoral. Aquele inquérito que o candidato Élio Maia enviou às pessoas é um exercício de demagogia que não lhe fica bem. Devo dizer que tenho acompanhado, com alguma decepção, a campanha do candidato da coligação «Juntos por Aveiro».

Qual é o objectivo principal da sua candidatura nas eleições do próximo dia 9 de Outubro?

O nosso objectivo é meter seis vereadores. Acho que o trabalho que foi desenvolvido, a qualidade e a quantidade de trabalho que foi desenvolvida e as condições que sentimos no apoio das pessoas nos faz pensar que conseguiremos meter seis vereadores. Há aqui, no entanto, o fenómeno da candidatura do BE, mas eu penso que não tem sentido local, é uma candidatura cuja motivação é apenas nacional. Será o chamado voto inútil que não serve ninguém e que não tem significado. Acredito ainda que não vamos perder nenhuma junta e que podemos conquistar algumas. Penso que temos uma excelente equipa em S. Bernardo que pode ganhar, o mesmo sucedendo em Eixo e Requeixo. E digo isto com toda a humildade e com a consciência de que fizémos um bom trabalho, sabendo que há sempre 10 ou 20 por cento de coisas que não correm sempre bem.

É por causa do fenómeno BE e do candidato da CDU que a sua candidatura virou um pouco mais à esquerda do que o habitual?

Sinceramente, não sei se é uma lista mais direita ou mais à esquerda. É uma lista renovada, de gente empenhada e politicamente muito consistente.

Falava há pouco que há sempre coisas que não correm bem. Se fosse hoje, construía o Estádio?

Olhe, até nisso Élio Maia esteve infeliz. Porque se era contra o Estádio devia ter tido a coragem de, na altura, ter votado contra. Acontece que, na altura, não se lhe conhecia opinião e todos os partidos votaram por unanimidade. Ser agora contra o Estádio é fácil. Ninguém podia prever que o Beira-Mar ia descer de divisão, ninguém iria prever que a situação económica ia estar quatro anos em recessão, não havendo indícios que ela melhore, e mesmo assim, só os detractores e as pessoas com muita má vontade é que não vêem o óbvio: se Aveiro não tivesse construído o óbvio, essas mesmas pessoas estariam a dizer mal da câmara por não o ter feito e que implicaria ficar de fora do Euro 2004. Penso que foi uma grande vitória para Aveiro. Vale a pena aqui dizer que a Câmara Municipal de Aveiro ainda não colocou um Euro na gestão do Estádio. A EMA (Estádio Municipal de Aveiro, EM) tem sabido encontrar meios para subsistir, o que não está a acontecer noutras cidades.

Se perder, vai assumir o lugar na vereação? E se ganhar, leva o mandato até ao fim?

Eu vou às eleições para ganhar e nem coloco a hipótese de perder, mas se isso acontecer tomarei a decisão no dia seguinte. A experiência autárquica é muito absorvente e não me imagino a desempenhar outras funções autárquicas depois de ter sido presidente da Câmara. Como toda a gente sabe, nunca precisei da política para viver, não dependo da política e isso dá-me uma enorme independência de espírito e autonomia de decisão. Se a experiência autárquica terminar para mim, regresso à minha vida profissional com todo o gosto e sem angústias. Em política temos de estar sempre preparados para nos mantermos em funções enquanto merecermos a confiança do eleitorado e tenho isso presente todos os dias. Não tenho a presunção nem a arrogância de pensar que estas eleições estão ganhas. Quando digo que quero meter o sexto vereador é porque vou trabalhar para isso. Este objectivo pode permitir que o funcionamento dos serviços camarários melhore muito. Esse é outro objectivo a que me proponho apesar dos progressos enormes que foram feitos. As pessoas já não se recordam de como funcionava a câmara há sete anos. A diferença é como do dia para a noite. Temos um conjunto de funcionários excelente, muito empenhado e dedicado, que tem cada vez mais condições de trabalho e que o regime da função pública não permite valorizar como gostaríamos, mas que considero ser possível melhorar muito.

segunda-feira, 29 de agosto de 2005

Os números da campanha

O Diário de Aveiro de hoje, numa peça assinada por Luis Ventura dá a conhecer os orçamentos de cada campanha no distrito, que por lei são, agora, obrigatoriamente conhecidos.

Claro que por lei, aliás, devido à lei, qualquer um destes orçamentos não é real mas sim superinflacionado, devido à subvenção estatal paga por voto. E como o Estado só paga até ao limite máximo do orçamentado...

Quem gosta de ver os números de forma directa, é so visitar este link, da Entidade das Contas no Tribunal Constitucional

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Nova Democracia em Cacia

Numa rápida vista de olhos ao blog de Susana Barbosa, a responsável distrital da ND, reparei que há uma candidatura que não tinha referido em Aveiro: a de Cacia.

Em Aveiro, a lista apresentada da NovaDemocracia foi pela Assembleia de Freguesia de Cacia, encabeçada por Diamantino Carlos Mendonça, Conselheiro Geral da ND e Coordenador Concelhio de Aveiro.

Em Cacia há múltiplas escolhas. Do BE à ND, muito há para escolher!

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

Tá explicado... a questão da divida... (Actualizada)




Andamos todos a ler as respostas e contra-respostas do Presidente da Câmara de Aveiro em relação à polémica levantada devido às declarações públicas de Pedro Serra, presidente das Águas de Portugal, sobre a dívida da CMA a essa entidade.

Ainda hoje, o JN voltava à questão, com estas afirmações de Alberto Souto: " "Misturou alhos com bugalhos". Foi assim que o presidente da Câmara de Aveiro reagiu às declarações do presidente da empresa pública "Águas de Portugal" (AdP), Pedro Serra, sobre uma dívida que a edilidade aveirense teria para com aquela empresa de abastecimento de água.Pedro Serra tinha incluído a Câmara de Aveiro, juntamente com a de Lisboa e de Loures, como as maiores devedoras à empresa pelo abastecimento de água. "Não temos qualquer contrato com a Águas de Portugal para abastecimento de água. Quem abastece Aveiro de água é a Associação de Municípios do Carvoeiro", disse o presidente da Câmara de Aveiro, Alberto Souto."

Só que Alberto Souto é que deve estar MUITO equivocado. É que basta uma pesquisa na Internet, no sítio da Águas de Portugal para saber quem é que é a concessionária do Sistema Intermunicipal do Carvoeiro desde 1996. Por 20 anos, o Sistema - que é da propriedade da Associação de Munícipios do Carvoeiro - é explorado e gerido, em regime de concessão, pela Águas do Vouga, SA, que tem como responsabilidade "o Sistema Regional do Carvoeiro que tem por objecto o abastecimento de água "em alta" a seis concelhos do Baixo Vouga - Agueda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo e Murtosa, prevendo-se a sua ampliação a Ovar e Oliveira do Bairro. No ano horizonte - 20 anos- , o Sistema Regional do Carvoeiro irá abastecer cerca de 200 mil habitantes residentes, acrescidos de cerca de 70 mil habitantes flutuantes, com um consumo médio superior a 30 mil metros cúbicos por dia.

Adivinhem quem é a entidade accionista das Águas do Vouga, SA? Sim, é a AdP - Águas de Portugal...

Actualização - Como repararam as afirmações foram recolhidas e colocadas aqui. Um anónimo, na caixa de comentários, reafirmou que mesmo sendo gerida e explorada pelas Águas do Vouga, SA, a factura vem em nome da Associação de Municipios. Se assim é, tudo bem. A entidade a quem devemos é outra. Mas não costuma ser assim nas entidades concessionárias. Claro que bastava que tivessemos disponível na Internet a Conta de Gerencia da CMA detalhada para sabermos isso. Mas não temos.

terça-feira, 23 de agosto de 2005

Duas noticias no DA de hoje

O Diário de Aveiro tem duas noticias. Ambas boas. Uma para os cidadãos condutores de Aveiro, que já vão ter os combustíveis mais baratos, no Jumbo, que reabriu na sexta. E outra boa para Águeda, pois o embróglio judicial que má imagem deu à cidade durante os últimos dois anos tem hoje o seu fim. Não se sabe para que sentido mas o seu fim.

Meter Agua...

Andei a ver a novela "Águas de Portugal" versus Alberto Souto para ver o que dava. Afinal deu aquilo que já todos sabemos... a questão SIMRIA.

Para que todos saibam do que estamos a falar, a história é esta: há uns dias, mais precisamente a 19, a TSF noticiava que a Câmara de Aveiro era, juntamente com as Câmaras de Loures e Lisboa, uma das que mais devia à empresa.
O presidente da empresa pública Águas de Portugal, Pedro Serra, admitia recorrer "a todos os meios" para obrigar a Câmara de Aveiro a pagar as dívidas em atraso. Na altura, escreveu-se que seria "pelo pagamento do abastecimento da água distribuída na rede pública" o que provocou uma reacção enérgica de Alberto Souto, que exigiu um pedido de desculpas pois Aveiro recebe a água do Sistema Intermunicipal do Carvoeiro.

Bem, o Público de hoje esclarece aquilo que quem conhece o organigrama do grupo "Águas de Portugal" já suspeitava: Pedro Serra estava a falar da SIMRIA... Desculpem-me a malta do Público mas hoje vou citar a maior parte da noticia, escrita pela Maria José Santana...

Tudo indica que está para durar a polémica que estalou recentemente entre a Câmara de Aveiro e a Águas de Portugal (AdP), a propósito de uma suposta dívida da autarquia à empresa. O presidente do município aveirense, Alberto Souto, desmentiu a existência de qualquer verba em atraso, considerando que "deve ter havido um grande equívoco" nas informações veiculadas pelo presidente da empresa, Pedro Serra - que colocam Aveiro ao lado dos municípios de Lisboa e Loures como os que maiores quantias devem à AdP - e exigiu um desmentido. Ao PÚBLICO, a empresa reconheceu que, de facto, as dívidas não dizem respeito directamente à AdP, mas sim à Simria, da qual a empresa pública de águas é o accionista maioritário. "A Câmara de Aveiro não tem qualquer contrato com a AdP, mas sim com a Associação de Municípios do Carvoeiro. Deve ter havido um lapso da parte do dr. Pedro Serra, ou então, alguém o informou mal", frisou Alberto Souto na reacção às declarações proferidas este fim-de-semana pelo presidente da AdP, Pedro Serra, à TSF, e sobre as quais dizia estar à espera de "esclarecimentos" e de "um desmentido". A empresa AdP, através do seu gabinete de comunicação, já fez saber que não irá efectuar tal "desmentido", mas explica que a dívida da Câmara Municipal de Aveiro se fica a dever "a serviços de recolhas de águas residuais", prestados pela empresa que gere o sistema intermunicipal de saneamento dos municípios da ria (Simria), da qual a AdP é o accionista maioritário, visto que detém 67,72 por cento do capital. O grupo Águas de Portugal - que opera nas vertentes do abastecimento de água, saneamento de águas residuais e tratamento e valorização de resíduos sólidos - é composto por 67 empresas participadas, uma das quais é precisamente a Simria. Nos esclarecimentos prestados ao PÚBLICO, o gabinete de comunicação da empresa pública de águas revelou apenas que o montante da dívida da autarquia aveirense à Simria compreende "um valor avultado", sem especificar qual a quantia exacta. Tal como já tem vindo a ser noticiado por diversas vezes, o município de Aveiro nunca reconheceu o contrato de tarifário que assinou com a Simria, ainda no tempo de António Guterres, por desacordo das verbas a pagar pelo caudal de saneamento. Esta falta de entendimento entre a Simria e a edilidade aveirense motivou várias trocas de acusações públicas entre o presidente da autarquia, Alberto Souto, e o administrador da empresa de saneamento, Manuel Fernandes Thomaz. Num dos últimos "episódios" conhecidos sobre o assunto, Ribau Esteves, presidente da Associação de Municípios da Ria (Amria), referia que a dívida da autarquia aveirense à Simria ascendia a cerca de quatro milhões de euros. "Esse assuntojá deu muita polémica"Contactado pelo PÚBLICO, o administrador da Simria, Manuel Fernandes Thomaz, escusou-se a comentar o assunto. "É uma matéria sobre a qual não tenho interesse em comentar, até porque esse assunto já deu muita polémica entre a Simria e a Câmara Municipal de Aveiro", declarou. O administrador da empresa que gere o sistema intermunicipal de saneamento da ria escusou-se ainda a adiantar qual o montante da dívida actual da edilidade aveirense à Simria, acrescentando apenas que "este é um assunto que os accionistas, onde se incluem a AdP e a Câmara de Aveiro, estão a tentar resolver". Depois de ter tido conhecimento da explicação avançada pela AdP, o presidente da edilidade aveirense asseverou que "a Câmara de Aveiro não tem qualquer dívida à Simria, visto que o contrato não está em vigor", e lamenta que a empresa pública de águas tenha "colocado uma informação dessas cá para fora, podendo estragar o processo de concertação que está em curso". Ou seja, Alberto Souto confirma o desenvolvimento de esforços entre os accionistas da Simria para resolver o diferendo de longa data, e que tem levado a autarquia aveirense a não reconhecer a dívida para com a empresa de saneamento. Mais: o edil diz que a AdP "misturou alhos com bugalhos", dando a entender que "a Câmara de Aveiro era uma das três maiores devedoras relativamente ao abastecimento de águas", ainda mais "numa altura de seca e em véspera de eleições autárquicas".

Há um conclusão a tirar: Alberto Souto continua a negar uma evidência. Em nossas casas, nem conseguiamos ter um fornecimento sem um contrato. Mas ele tem. E contesta o valor. Até ai tudo bem. Está no seu direito. Mas sabe que está a utilizar. E sabe que vai ter que pagar. Será que as contas da Câmara de Aveiro, como as de qualquer empresa sadia, estão neste momento a reflectir o valor das provisões necessárias para fazer face a esta "divida". É que senão as contas são falsas pois não reflectem um dos principais princípios das contas: reflectir a realidade financeira da empresa.

segunda-feira, 22 de agosto de 2005

Cúmulo da demagogia

Dizer "não se esqueçam que temos neste momento muito mais incêndios do que em 2003 mas menor área ardida". José Socrates, há minutos, à saida de um "evento" para a comunicação social, em Coimbra...

Quer dizer, devia ter continuado no Quénia, porque se tivesse visto os últimos quinze dias de telejornais, saberia perfeitamente que não há mais área ardida porque de vez em quando chove, de vez em quando se consegue parar algum e porque os incêndios ainda não atingiram mais áreas continuas...

Desculpem-me os bombeiros, que eles não têm culpa. Mas têm tido pouco a ver com a questão da área ardida e sim com a sorte das populações.

2 Anos 7 Meses

Não, não há nenhuma data a celebrar com dois anos e sete meses. É mais interessante ainda.
O 7 Meses fez dois anos. Óptima desculpa para passar por lá, caso não o conhecessem.

Tenho que lhe agradecer. Ter conhecido o Bioria, os esteiros, a boa música e o nonsense que me fazem rir nalguns dias menos agradáveis.

Vale a pena passar por lá. Nem que seja para agradecer.

sexta-feira, 19 de agosto de 2005

Entrevista da Regina Bastos no Diário de Aveiro

O DA avança hoje com uma entrevista a Regina Bastos. Aqui.

Desde quando é que passaram a ser...

Acasos como o lido no JN de hoje existem em várias partes do país. Um terreno na estância termal da Curia, freguesia de Tamengos, Anadia, doado à Câmara Municipal para uma obra social para a terra, foi alcatroado em mais de metade da área, para servir de arruamento ao futuro prédio que vai ser construído a poucos metros do local. Carlos Silva, que vive na casa em frente ao terreno em causa, assume-se "desanimado" com a situação, interrogando-se sobre o verdadeiro destino dos cerca de 700 metros quadrados."Em Junho de 2003, quando esteve em discussão o pedido de licenciamento da obra, fiz uma exposição e até agora não obtive qualquer resposta da parte da autarquia. Pedia esclarecimentos sobre a obra que ia ser implementada, visto a minha casa ligar com o terreno em causa", explicou Carlos Silva. O morador afirmou que foi ele quem pediu a Galvêncio Rosmaninho, natural da Curia e proprietário do terreno, que "o oferecesse à terra para uma obra social". E no ano de 1986, foi feita a escritura de doação.

Já devia ter percebido que se queria preservar o bem comum, devia juntar-se a mais alguns com o mesmo interesse e avançado. Entidades públicas que deviam estar acima de qualquer suspeita não estão. E quem cede é que se lixa.

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Bloco de Esquerda (Actualizada)

Já me enviaram a lista do BE para a Câmara e para a AM.

Uma lista cheia de gente nova. Interessante.

Assim, os primeiros são Francisco Vaz da Silva, designer, para a CMA e Paula Barros, de 26 anos, licenciada em sociologia (tinha errado, escrevendo psicologia) para a Assembleia Municipal.

LISTA PARA A CÂMARA MUNICIPAL DE AVEIRO
EFECTIVOS
1 - Francisco José Vaz da Silva (BE)
2 - João Martins (INDEPENDENTE)
3 - Maria da Graça (BE)
4 - Rui Sérgio Barroca Mateus (INDEPENDENTE)
5 - Rosa Amélia (BE)
6 - Gonçalo Avelãs Nunes (BE)
7 - Isabel Gil (INDEPENDENTE)
8 - João David Vieira (INDEPENDENTE
9 - Alfredo Bacelar Alves (INDEPENDENTE)
SUPLENTES
1 - Fátima Peixoto (BE)
2 - Teresa Costa (INDEPENDENTE)
3 - Leonel Rosa (INDEPENDENTE)

LISTA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

EFECTIVOS
1 - Paula Barros (BE)
2 - Arsélio Martins (BE)
3 - Jorge Afonso (BE)
4 - Carmo Marques (BE)
5 - Maria Manuel Candal (INDEPENDENTE)
6 - Nelson Peralta (BE)
7 - João Afonso (BE)
8 - André Moreira (INDEPENDENTE)
9 - João Figueiredo (INDEPENDENTE)
10 - Pedro Corga (INDEPENDENTE)
11 - Leonel Rosa (INDEPENDENTE)
12 - João Saraiva (INDEPENDENTE)
13 - José das Neves Rodrigues (INDEPENDENTE)
14 - Ágata Fino (INDEPENDENTE)
15 - Diana Ferreira (INDEPENDENTE)
16 - Rui Silva (INDEPENDENTE)
17 - Estelina Lora Silva(INDEPENDENTE)
18 - Miguel Direito (INDEPENDENTE)
19 - Vanda Cruzeiro (INDEPENDENTE)
20 - António Ribeiro (INDEPENDENTE)
21 - João Oliveira (INDEPENDENTE)
22 - António Conceição (INDEPENDENTE)
23 - Maria Alice Batista Gonçalves Conceição (IN
24 - Elizabete Maria Marques Mateus (INDEPENDENT
25 - Miguel Capela (INDEPENDENTE)
26 - Marta Graça (INDEPENDENTE)
27 - Sandra Vinagre (INDEPENDENTE)
SUPLENTES
28 - Teresa Costa(BE)
29 - Amélia Correia(INDEPENDENTE)
30 - Serafim Correia(INDEPENDENTE)
31 - Hermínia Pereira(INDEPENDENTE)
32 - Agostinho Silva(INDEPENDENTE)
33 - António Moreira(INDEPENDENTE)
34 - Rui Veiros(INDEPENDENTE)
35 - Mário Oliveira(INDEPENDENTE)
36- Manuel Silva(INDEPENDENTE)
MANDATÁRIO
CELSO CRUZEIRO

Análise sobre as listas

(outras análises no Noticias de Aveiro - análise que recomendo vivamente; Jornal de Noticias ; as listas tb estão no OLN; Não sei se o Diário de Aveiro colocou porque não está online).

Depois da pré-pré-pré-campanha mais sem sal dos últimos tempos, ficaram desfeitas as dúvidas sobre as composições das listas para as autárquicas, quer ao nível da vereação, quer ao nível da assembleia municipal.

Nas juntas, as novidades também não são muitas. Mas algumas coisas são curiosas. Vamos à análise.

Análise Global

Estas são as primeiras eleições de Alberto Souto como presidente da Federação do PS mas a sua escolha de lugares continua a ser muito personalizada: é a sua lista. E a melhor lista, em termos de personalidades e coesão de equipa, pois mantém os vereadores que possivelmente serão eleitos (menos o "seu" vereador Domingos Cerqueira, finalmente fora das listas - será que vai para alguma EM?).
Alberto Souto não começou bem a campanha, atacando a lista da coligação por ter figuras do passado (leia-se Girão Pereira como mandatário, Celso como número dois e Fernando Marques na Glória). Estas declarações não lhe ficam bem, nomeadamente tendo Carlos Candal como número um à Assembleia... :)

A Candidatura da Coligação está com um discurso marcado para aquelas que são as "pechas" no entender deles, de Albero Souto: a área social e a económica. Élio Maia está muito superior às expectativas mas a lista da Câmara revela (muito embora a aposta económica: Pedro Ferreira e Jorge Greno) algumas fragilidades gritantes. Não parece uma lista feita pelo Élio mas sim negociada pela coligação. O que é pena.

Os dois campos vão agora aparecer a mostrar as suas virtudes de parte a parte. Claro que a população vai votar essencialmente nas caras mas aqui vai também a apreciação das listas para os órgãos.

Não esquecer a grande batalha entre a CDU e o Bloco de Esquerda na Câmara. É curiosa a aposta da CDU na sua habitual figura à Assembleia. António Salavessa é, de longe, o melhor deputado municipal e o melhor conhecedor dos pormenores citadinos e esta aposta faz com que a CDU perca um bom elemento na Assembleia. Já o Bloco de Esquerda, depois de ter ganho nas legislativas à CDU, tenta capitalizar e corporizar esses votos, essencialmente citadinos, tentando ser a quarta força política - que com a coligação, é na prática a terceira) - aproveitando os votos dos descontentes de Alberto Souto. Muito sinceramente, prefiro o Salavessa.

Curioso, em Aveiro: coligação PSD/CDS juntos, e à esquerda todos concorrem: CDU, BE e PS... serão cerca de mil e quinhentos votos, pelo menos, perdidos...

CMA:

A lista de Alberto Souto é a mesma de há quatro anos, no que aos lugares cimeiros diz respeito, salvaguardada a troca de Manuel Rodrigues por Pedro Silva. Se Alberto Souto vencer e se mantiver os quatro anos, estão definidos, à priori, as divisões.
Matos Rodrigues é uma boa escolha, para sexto da lista. Depois aparecem as caras novas, Margarida Mangerão, filha do conhecido social-democrata Victor Mangerão e Marques Pereira, já um "ajudante" de Alberto Souto. Não conheço Margarida Dias Ferreira e os restantes nomes, suplentes, são de militantes socialistas da velha guarda, como António Rocha Andrade ou Jaime Borges.

Em relação a Salavessa, é mesmo uma pena que não consiga ser vereador. Eu gostava que ele fosse. Mas para isso tem que ganhar a sua luta particular com Francisco Vaz da Silva.


Assembleia Municipal:

Não vou falar das quotas nem dos cabeças de lista: Preferia ter Girão Pereira como candidato, entendo a posição dele e acho deselegantes as afirmações de Carlos Candal. Claro que também acho Regina Bastos uma segunda escolha.
Em relação às listas, e com algumas excepções, demonstra que são as vozes dos "donos". Na lista do PS há uma clara viragem à esquerda, esquerda. Virginia Veiga, uma voz incómoda, foi substituida - não acredito que tenha sido a seu pedido - e a subida de Teresa Fidélis e a surpresa Seiça Neves não a substituem.
Raul Martins é o único dos polémicos que continua na Assembleia, que começa a ser, também, um deserto de ideias. José Costa e Pedro Pires da Rosa são bons, mas Terra Seca e Clara Macedo seriam dispensáveis. João Pedroso aparece e António Rodrigues também...
Já na lista da coligação, há claramente nomes que se auto-excluiram: Diogo Soares Machado, Vitor Silva, Jorge Nascimento e António Granjeia e Joaquim Marques mostram que estão com a coligação mas não querem ir para a Assembleia. Esta lista até é jeitosa até ao lugar de João Pedro Dias. Depois, é um deserto de ideias e de coerência política.

A lógica dos melhores estarem no Parlamento já era. Quer no nacional quer na Assemleia Municipal...


Freguesias:

Em relação a freguesias, acho que poderá haver novidades em algumas, ao contrário do que possa parecer. Em Aradas, Álvaro do Bém recandidata-se e tem contra ele o mesmo candidato de há quatro anos, António Mário. Mais renhida será, mas acredito que a vitória seja do candidato do PS.
Já Cacia tem caras novas, pois o vencedor anterior não se mantém. Entre PS e a coligação, junto com o aparecimento do BE, poderá haver algumas surpresas. Um X
Eirol e Eixo estarão, à partida, do lado da coligação, enquanto que Esgueira, mesmo com a mudança de candidata (é estranho isso acontecer em pessoas que foram eleitas pela primeira vez) o vencedor, neste caso a vencedora, deverá ser a candidata do PS. Já a Glória terá um combate interessante, entre Fernando Marques, ex-presidente e figura muito conhecida da freguesia urbana e Fernando Alves, que ocupou o cargo depois da morte de Braga Alves e também uma figura conhecida. Mas nesta freguesia acho que vai ganhar a lista da coligação.
Nossa Senhora de Fátima tem vencedor óbvio: o PS não se candidata, num claro apoio eo actual presidente também não, mas deu o seu aval ao seu braço direito, Luis Claro. Esta é a freguesia mais longe da sede de concelho e a história da incineradora deixou o partido do actual presidente da Câmara queimado... Vence a lista da coligação.
Oliveirinha e Santa Joana têm vencedores certos: os já "dinossauros" (não se ofendam) Armando Vieira e Vitor Martins vão ganhar, com mais ou menos uns votos. Já Requeixo é a incógnita: o PS candidata mas o presidente da CMA, nas suas declarações, conta com a vitória de Diamantino Jorge, que vai numa lista de inependentes. Já a coligação, pode não ganhar esta junta, que era PSD. Aposto no 2, na vitória da lista de independentes.
Faltam São Bernardo, São Jacinto e Vera-Cruz: Em São Bernardo, a coligação candidata o número 2 da anterior lista de independentes e o PS a muito conhecida (pelo menos em Aveiro), Tininha. A Alexandrina Ramos tem hipóteses de tornar as eleições mais complicadas mas a vitória tende para a coligação.
Em São Jacinto, consta que a coligação escolheu bem, e terá sido bem aconselhada. Mas a história é cruel: ganhou sempre o PS. Será que há mudança? Não acredito muito...
Vera-Cruz será do PS, com a recandidatura de João Barbosa, uma figura polémica mas que deverá ganhar, face à, no meu entender, má escolha da coligação, Paulo Lobo.

Contabilidade: 7 vencedores para a coligação, 5 para o PS, um para independentes e uma freguesia-incógnita: Cacia...

terça-feira, 16 de agosto de 2005

Lista do PS

Com um agradecimento especial ao Júlio Almeida, do Noticias de Aveiro

Partido Socialista - Autárquicas 2005


Lista para a Câmara Municipal de Aveiro:

1 - Alberto Souto
2 - Eduardo Feio
3 - Lusitana Fonseca
4 - Marília Martins
5 - Pedro Silva
6 - Matos Rodrigues
7 - Margarida Mangerão
8 - Marques Pereira
9 - Margarida Dias Ferreira
10 - António Rocha Andrade
11 - Jaime Simões Borges
12 - Joana Cruz
13 - Manuel Guerra


Juntas de Freguesia

Junta de Freguesia de Aradas - Álvaro do Bem
Junta de Freguesia de Cacia - Jaime Vinagre
Junta de Freguesia de Eirol - Manuel Vieira dos Santos
Junta de Freguesia de Eixo - António Vieira
Junta de Freguesia de Esgueira - Romana Fragateiro
Junta de Freguesia da Glória - Fernando Alves
Junta de Freguesia de Nariz - Gentil Figueiredo
Junta de Freguesia de Oliveirinha - Simões Rodrigues
Junta de Freguesia de Requeixo - Deolinda Atanásio
Junta de Freguesia de S. Bernardo - Alexandrina Ramos
Junta de Freguesia de S. Jacinto - António Costeira
Junta de Freguesia de Santa Joana - António Genrinho
Junta de Freguesia da Vera-Cruz - João Barbosa


Assembleia Municipal de Aveiro

1 - Carlos Candal
2 - José Cruz Costa
3 - Teresa Fidélis
4 - Raul Martins
5 - Pedro Machado Pires da Rosa
6 - Ana Maria Seiça Neves
7 - João Pedroso
8 - Orlando Terra Seca
9 - Carla Macedo
10 - Rui Alexandre Macedo
11 - Mário Pinto
12 - António Rodrigues
13 - Paula Urbano
14 - Ricardo Damas
15 - Herculano Parente
16 - Sofia Cunha
17 - Simões Oliveira
18 - Mário Cunha
19 - Ivone Lopes
20 - José Alberto Neves
21 - João Pires da Rosa
22 - Pinho dos Santos
23 - Maria Manuel Barbosa
24 - José Loreto
25 - Manuel Joaquim Lopes
26 - Paulo Jesus
27 - Arlete Pereira

Suplentes:

1 - Margarida Valério
2 - Vera Lúcia
3 - Regina Maria Alves
4 - Catarina Isabel Parente
5 - Manuel Janicas
6 - José Luís Cacho
7 - Maria José Capôa
8 - André Quinteiro
9 - Fernando Lourenço
10 - Joaquim da Silveira


Mandatário da Campanha:

Prof. Doutor Joaquim Renato Ferreira de Araújo


Mandatária da Juventude:


Raquel Seabra

A lista "Juntos por Aveiro"

A Lista da coligação "Juntos Por Aveiro" (PSD - CDS/PP ) já foi também entregue, aliás, como todas. Neste momento faltavam-me as listas do PS e as do Bloco de Esquerda. Quem possa ajudar que me envie um email...

Câmara Municipal:

Élio Maia
Miguel Capão Filipe
Carlos Santos
Pedro Ferreira
Jorge Greno
Ulisses Pereira
Susana Cristina Esteves
Caetano Alves
António Soares

Assembleia Municipal:

Regina Bastos
Celso Santos
Manuel António Coimbra
Rocha de Almeida
Santos Costa
Manuel Prior
Paulo Anes
João Pedro Dias
Alexandre Caleiro
João Carlos Valente
Miguel Fernandes
Gilberto Ferreira
Fernando Marques
Carlos Martins
Paulo Maia
Gilda Teixeira
António Granjeia
Joaquim Marques
Sergio Loureiro
Jorge Nascimento
Vasco Lopes
Emilia Silva
Diogo Soares Machado
José Carlos Pedroso
Joaquim Abreu
Vera Vieira
Lucinda Brandão
Silvia Pires
Pedro Abreu
Miguel Almeida Dias
Vitor Silva

E os candidatos:

Aradas: António Mário Neto
Cacia: Casimiro Calafate
Eirol: José Branquinho
Eixo: Carlos Anileiro
Esgueira: Ângela Almeida
Glória: Fernando Marques
Nossa Senhora de Fátima: Luis Claro
Oliveirinha: Armando Vieira
Requeixo: Sesando Reis
Santa Joana: Vitor Martins
São Bernardo: José António Vieira
São Jacinto: Rui Vaz
Vera-Cruz: Paulo Lobo

CDu já entregou listas

Segundo informações da CDU, esta organização partidária já entregou as suas listas no Tribunal, para as próximas autárquicas:

Tal como tinha anunciado a CDU apresentou, na manhã da passada sexta-feira, as listas da CDU à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia do concelho de Aveiro, com a presença de diversos candidatos, entre os quais o cabeça de lista à Câmara Municipal, António Salavessa, bem como representantes das forças políticas que constituem a Coligação.

No Concelho de Aveiro a CDU concorre aos dois órgãos municipais (Câmara e Assembleia), bem como a dez freguesias.

A lista da Câmara Municipal é encabeçada por António Salavessa, de 53 anos, licenciado em Novas Tecnologias da Comunicação pela UA e funcionário do PCP, integrando o Comité Central deste Partido. É, há catorze anos, membro da Assembleia Municipal. É eleito na Assembleia da Grande Área Metropolitana de Aveiro.
Integram também a lista da Câmara Municipal de Aveiro:
Sérgio Esperança, de 57 anos, médico ginecologista no Hospital Infante D. Pedro em Aveiro, activista sindical, membro da comissão concelhia de Aveiro do PCP;
António Amaro, de 46 anos, advogado, candidato independente;
Joana Vaz Serra Lima, de 30 anos de idade, urbanista, candidata independente;
Porfírio Almeida, de 62 anos, Técnico oficial de contas, candidato do PCP;
Cláudia Pereira, de 28 anos, supervisora de posto de abastecimento, dirigente sindical do CESP, candidato do PCP;
Adriano Miranda, de 39 anos, fotógrafo-jornalista, candidato do PCP;
Maria Solange Lopes, de 48 anos, directora de serviços no Centro Comunitário da Vera-Cruz, candidata do PCP;
Hélio Guilherme, de 38 anos, técnico de informática, candidato proposto pelo Partido Ecologista Os Verdes, a cuja direcção nacional pertence;
Luís Matias, de 28 anos, montador de peças na CACIA (Ex-Renault), dirigente sindical, candidato do PCP;
Ana Redondo Serrano, de 35 anos, professora/violinista, candidata independente;
Rui Saraiva, de 35 anos, advogado, candidato do PCP.


A lista da Assembleia Municipal tem à cabeça António Regala, de 53 anos, bancário. Pertenceu à Comissão Executiva do 3.º Congresso da Oposição Democrática (1973). Foi dirigente do CETA ? Circulo Experimental de Teatro de Aveiro. Tem participado, em regime de substituição, na Assembleia Municipal de Aveiro. É Membro do Executivo da Comissão Concelhia de Aveiro e da DORAV do PCP.
Os nove nomes que se seguem na lista, que inclui trinta e oito candidatos, são os de:
Rui Aves da Costa, de 30 anos, metalúrgico, candidato do PCP;
Filipe Seiça Neves Guerra, de 24 anos, estudante universitário, candidato do PCP;
Arinda Figueiredo, de 55 anos, médica, candidata do PCP;
Ricardo Ventura da Cruz, de 62 anos, arquitecto, candidato independente;
Andrea Araújo Doroteia, de 33 anos, escriturária, candidata do PCP;
Gil Moreira, de 33 anos, arquitecto, candidato independente;
João José Ferreira, de 44 anos, empregado de escritório, candidato do PEV;
Maria Inês Peres, de 23 anos, estudante, candidata independente;
António Luís Almeida, de 48 anos, operário cerâmico, candidato do PCP.







As listas das Assembleias de Freguesia, têm, à cabeça, os seguintes candidatos:

Aradas: Manuel Alberto Vaia Reis, de 49 anos, engenheiro electrotécnico, candidato do PCP.

Cacia: Boaventura Alves da Silva, de 69 anos, reformado, candidato independente.

Eixo: António Luís Almeida, de 48 anos, operário cerâmico, candidato do PCP.

Esgueira: Pedro Miguel Silva, de 23 anos, trabalhador-estudante, candidato do PCP.

Glória: Rosa Gadanho, de 51 anos, professora de educação especial, candidata independente.

Oliveirinha: Rui Jorge Perdigão, de 34 anos, assistente administrativo, candidato do PEV.

Requeixo: Milton Conceição, de 29 anos, técnico comercial, candidato do PCP.

São Bernardo: Nelson Teixeira, de 35 anos, contabilista, candidato do PCP.

Santa Joana: Alfredo Carvalho, de 38 anos, bate-chapas, candidato do PCP

Vera-Cruz: João José Ferreira, de 44 anos, empregado de escritório, candidato do PEV;

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

U2 - Concerto do Ano e eu estive lá!


A preocupacao social, conjugada numa palavra e num logo de luxo: COEXIST, com os simbolos das tres principais religioes... Posted by Picasa

O concerto do ano, num estadio repleto de fas! Posted by Picasa

domingo, 14 de agosto de 2005

Ainda outra boa ideia

Numa altura tão má, que tal mais uma boa ideia. Em Ílhavo, Ribau Esteves inaugurou ontem o maior parque de skate do país. Claro que não é o valor do investimento (uma pequena gaffe do DA) que conta mas sim os elogios de quem vai praticar. E a preocupação por quem usa estes desportos menores.

De aplaudir, senhor presidente!

Faltam apenas umas horas para o show comecar! Posted by Picasa

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

Mais uma boa ideia...

Esta noticia já tem uns dias mas é, sem dúvida, um conceito engraçado, uma boa ideia.

A administração do Hospital de Aveiro convidou Júlio Pedrosa, antigo ministro da Educação e ex-reitor da Universidade de Aveiro, a ser o novo «Embaixador de boa-vontade» do Hospital Infante D. Pedro (HIP). Aceite o convite formulado pela administração hospitalar, o docente universitário terá como missão «colaborar com a instituição na realização de contactos com a comunidade», como revelou , na semana passada Álvaro Castro ao Diário de Aveiro.

O presidente do Conselho de Administração do HIP anunciou que uma das tarefas de Júlio Pedrosa é «tentar angariar mecenas que estejam dispostos a contribuir com a atribuição de donativos em dinheiro ou em espécie para o crescimento e melhoria das instalações» da unidade de saúde aveirense.O actual presidente do Conselho Nacional de Educação funcionará também como Provedor do Utente, recebendo eventuais queixas dos doentes sobre o funcionamento do hospital. «Embaixador de boa-vontade» é uma nova figura, não remunerada, instituída na rede dos hospitais SA portugueses. Cada uma das unidades de saúde convidará uma individualidade para desempenhar o cargo. Será «uma personalidade da região que dedicará algum do seu tempo a apoiar o hospital no seu desenvolvimento», resumiu o administrador do HIP.Os funcionários da instituição e a tutela já foram informados sobre a escolha da instituição aveirense. Em 2002 recebeu a Medalha de Mérito Municipal do Município de Aveiro e recentemente foi eleito pela Assembleia da República como presidente do Conselho Nacional de Educação. «É, sem dúvida, uma personalidade de prestígio da região de Aveiro que irá representar o hospital e fazer a ponte com a sociedade», frisou Álvaro Castro.

Eu só tenho pena que este tipo de boas ideias, no nosso país, sejam criadas apenas por decreto.

quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Já adivinhava...

Há quinze dias escrevi um post, intitulado "Tudo em Outubro" em que já adivinhava o que se iria passar. Na altura, o mesmo despoletou muitas reacções.

Hoje, aquilo que imaginava passou a realidade no Diário de Aveiro. O Dr. Alberto Souto deu a conhecer que se prepara para inaugurar o túnel e a Avenida da "Nova Estação".

Claro que "não tem nada a ver, é o ritmo próprio das obras"... Claro.

Mais curioso é o último parágrafo: "Recentemente, a construção da Avenida da Nova Estação mereceu comentários da bancada do CDS-PP na Assembleia Municipal, que questionou a autarquia sobre a forma como se apresenta. António Granjeia não encontrou explicação para as «lombas em terrenos tão direitinhos» e uma rotunda que não se encontra ao nível da estrada que lhe dá acesso e disse que a obra «tem de ser corrigida». Na altura, Alberto Souto aconselhou o PP a aguardar pelo fim dos trabalhos. «Não se devem precipitar», garantindo que no final a obra vai «ficar seguramente bem». Ontem disse ao Diário de Aveiro que «alguma ondulação é própria da topografia do terreno».
Sem mais comentários...

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

Pois, pois (alterado)

David Afonso, do blog Dolo Eventual passou pela noite de Aveiro num fim de semana. Pois, e comentou que "Ao passar este último Fim-de-Semana em Aveiro vi-me confrontado com um cenário desolador: Aveiro, uma cidade capital de distrito, encerra todos os bares às 02:00!"
Bem, nem todos, meu caro mas o mais curioso de tudo em Aveiro é que a chamada "zona turística" fecha a essa hora...

Também comenta, já no eu sentido mais libertário, o seguinte: "Não estamos a falar de uma pequena vila de província ou de qualquer cidadezeca do interior. Estamos a falar de uma cidade que tem uma importante universidade, um nível de vida invejável, com meios de acesso exemplares e que, de volta e meia, gosta de se intrometer na eterna discussão acerca da «terceira cidade do país» medindo forças com Braga e Coimbra. Contudo, é dominada por uma atmosfera salazarenta, que tem aqui um excelente retrato do seu verdadeiro carácter. A cultura e a liberdade são espécies noctívagas."

A isto é que eu continuo a não perceber. Associar o termo salazarento a tudo o que neste país é mal-feito. Caro David, vamos chamar as coisas pelos nomes: a medida foi tomada por um presidente de Câmara socialista, depois de uma queixa de um presidente de Junta socialista motivada pela falta de policiamento - curioso, a lei e a ordem achavam que não precisavam actuar e foi a esquerda a reprimir - e nada mudou mesmo depois de um abaixo-assinado e a criação da Associação de Proprietários de Bares da zona...

Onde está o salazarento disto? Não na mentalidade. Em Aveiro fazem-se coisas mal feitas, ponto. Não meta as culpas no homem de Santa Comba. Todos temos de pensar pela nossa cabeça e nao passar os problemas para trás das costas. Muito embora eu perceba o que quer dizer.

Entrevista do Dr. Élio Maia ao Diário de Aveiro

«A Câmara de Aveiro será gerida ao cêntimo»

PSD e CDS/PP uniram-se em coligação. É a melhor solução?

Claramente. Começa por ser um bom exemplo do que deve ser uma correcta postura política ? colocar os interesses de Aveiro acima dos interesses partidários. Ambos os partidos entendiam que se impunha, no interesse de Aveiro, uma mudança profunda na actual gestão municipal e, com sentido de responsabilidade, souberam criar diálogo e encontrar uma solução de consenso. Penso que, pelo exemplo prático que deram, por terem sabido passar das palavras aos actos, estão de parabéns. Acresce que, como coligação, existe sempre uma mais valia eleitoral e uma dinâmica mais pujante que pode ser gerada.

Quem o vai acompanhar na lista de candidatos à Câmara?

É um processo que está em vias de resolução. No essencial, está praticamente concluída a escolha dos candidatos à Assembleia Municipal e às 14 assembleias de freguesia. A seu tempo, os nomes serão divulgados.

Regina Bastos, que tem pouca ou nenhuma ligação ao concelho de Aveiro, é uma boa escolha para cabeça-de-lista à Assembleia Municipal?

Numa perspectiva que ultrapassa as fronteiras físicas do nosso concelho e que pretenda, como é nosso desejo, relançar Aveiro como centro dinamizador e liderante de uma vasta zona geográfica, é uma boa escolha, quer pelas reconhecidas capacidades pessoais, quer pelas elevadas funções que, a nível nacional e internacional, desempenhou e desempenha. Temos que, numa relação intermunicipal, mudar muito da actual postura da Câmara. Aveiro tem que se assumir como capital do terceiro maior distrito do nosso país e não, como aconteceu nos últimos anos, permanecer fechado sobre si e a preocupar-se apenas consigo. É essencial uma aproximação aos municípios vizinhos já que há diversos problemas comuns que, como é óbvio, só se poderão resolver em clima de diálogo e não de afastamento e/ou de crispação. Aveiro tem que ser capaz de dinamizar e liderar esta nova dinâmica que pretendemos implementar, objectivo no qual acreditamos a Drª Regina Bastos desempenhará um papel muito importante.

Acredita que é suficientemente conhecido fora de São Bernardo para encabeçar uma lista vencedora à Câmara?

De todos os candidatos que concorreram à Câmara pela primeira vez, serei o mais conhecido. Repare que quando, por exemplo, o Dr. Alberto Souto de Miranda aceitou concorrer pela primeira vez, estava no estrangeiro e não tinha tido qualquer ligação relevante a Aveiro em termos comunitários. Neste aspecto penso ter uma vantagem muito clara, já que, nos últimos 30 anos me envolvi directamente em múltiplos projectos, nas mais variadas áreas, desde a social, à cultural, à assistencial, à desportiva e à educativa, bem como na vida autárquica, onde já fui membro e também presidente de uma Assembleia de Freguesia, para além das funções de presidente de Junta. Contactei e trabalhei, em verdadeira equipa, em vários projectos, com centenas e centenas de cidadãos, os quais foram de uma entrega ímpar e de uma amizade inexcedível. Penso não ser propriamente um desconhecido. Aliás, as constantes referências elogiosas que me chegam, vindas de cidadãos de todo o concelho, em relação ao trabalho desenvolvido na freguesia a que ainda presido, mostram exactamente o contrário.

Não é uma ousadia um presidente de uma junta concorrer a uma câmara?

Uma ousadia? Pelo contrário. Qualquer presidente de uma junta é portador de uma vivência única e de uma grande riqueza social. Ele vive, diariamente, na junta, na rua, no café, no terreno, nos mais diversos contextos e situações, ao lado de cada cidadão, com os seus problemas, os seus anseios e os seus dramas. Por isso, conhece com profundidade esses problemas. É quem está mais próximo dos cidadãos e a quem os cidadãos, na maior parte das vezes, recorrem quando têm uma dificuldade ou um problema. Melhor do que ninguém sabe valorizar aquilo que é importante para os cidadãos e para a comunidade. Penso até que seria aconselhável que para ser presidente de uma câmara se tivesse que passar, primeiro, por essa grande escola de formação autárquica que é uma freguesia. Se os actuais responsáveis autárquicos tivessem passado por esta «escola», muitos dos erros que foram cometidos não se teriam verificado.Mas, numa comparação desportiva, não acha que uma câmara corresponde à SuperLiga e que uma junta às divisões secundárias e que poderá ser um salto demasiado grande passar para a SuperLiga?Não concordo. Tenho construído a minha participação cívica degrau a degrau, momento a momento, com muito entusiasmo e com muita alegria. Disputei, durante mais de 30 anos, leal e francamente, cada divisão e cada subida. Se os aveirenses me escolherem, como acredito, para a SuperLiga, não é algo precipitado, mas será o corolário de um processo de 30 anos consecutivos. Se isso acontecer, se formos eleitos para disputar a SuperLiga, será, deixe-me dizer-lhe, com mérito. Não chegámos agora do estrangeiro e muito menos iremos subir na secretaria. Subiremos fruto de uma longa participação cívica e por decisão soberana dos aveirenses.

Que avaliação faz do mandato de Alberto Souto?

Teve um primeiro mandato em que, em clima de maior ou menor diálogo, parecia, inicialmente, vir trazer, com a sua juventude e as suas ideias, uma lufada de ar fresco e uma dinâmica interessante. Mas também me parece, com a mesma honestidade, que depois da reeleição, aquele clima sofreu uma enorme fractura e o actual presidente foi-se distanciando dos cidadãos e dos seus problemas. O que se passou, por exemplo, no relacionamento com as juntas, é claramente elucidativo do autismo para o qual a actual gestão foi caminhando.

Prometeu uma ruptura com os mandatos de Alberto Souto. Em que se irá isso traduzir?

Quando aceitámos concorrer à Câmara, essa decisão transportou em si uma vontade de se operarem grandes mudanças e de, em casos específicos, se verificarem mesmo rupturas. Assumo esta vontade de mudança e a necessidade de, em diversos aspectos, se verificar uma inequívoca ruptura com a prática actual. O primeiro ponto de ruptura que entendemos necessário implementar, prende-se com o desejo de termos uma Câmara que tenha como preocupação central fomentar uma forte relação de proximidade com os cidadãos. Um autarca nunca se pode esquecer que o poder está no povo e que ele apenas foi escolhido para o representar. Por isso, terá que criar mecanismos que permitam que, regularmente, possa subir até ao povo e estar disponível para ouvir e respeitar os seus desejos e os seus anseios. Uma das formas de criar essa proximidade, será optimizando a capacidade e o empenho dos quase 200 autarcas que servem o nosso concelho, que têm sido, com a actual Câmara, marginalizados. E aqui assumimos outra clara ruptura que se prende com o envolvimento de todas as juntas na construção de um concelho mais solidário, mais equilibrado e mais justo. Tudo faremos para ter em cada junta e em cada autarca, um estreito colaborador, um cidadão empenhado e um agente decisivo na mudança que vamos implementar. O futuro de Aveiro será construído por todos. Uma terceira ruptura, tem a ver com a preocupação social, a qual andou afastada da política desta Câmara. Defendemos o princípio de que não é sério falar em desenvolvimento se nele não participarem todos os cidadãos, especialmente aqueles que, por circunstâncias da vida, se encontrem em situação de claro desfavorecimento. O nível qualitativo de uma comunidade deve ser aferido pelo grau de resposta que é capaz de ter para estas situações e da capacidade de envolver os cidadãos no seu desenvolvimento. Uma quarta ruptura, prende-se com a situação financeira da Câmara. A actual situação de dívidas não pode continuar. Além de nos ficar muito mais caro, é a imagem de Aveiro e dos seus munícipes que sai denegrida. Estamos cansados de sermos falados em todo o país pelas dívidas da Câmara.

Falou numa «alteração radical nas taxas e licenças». De que forma isso irá acontecer?

Num maior respeito pelos cidadãos. Os portugueses já estão suficientemente sufocados por tantas taxas e impostos. Queremos acabar com a política fácil de serem os cidadãos a arcar e a pagar pelos erros cometidos por quem governa o nosso dinheiro. A Câmara tem que se responsabilizar pelos erros que comete e tem que ser ela, e não os cidadãos, a suportar as consequências desses seus erros.

Disse que uma das suas apostas é pagar as dívidas da Câmara. Qual o montante em causa e como pretende liquidar as dívidas?

Isto é o mínimo que se exige de uma pessoa ou entidade séria ? honrar e pagar o que deve. Não é sério assumir compromissos, acumular despesas e não pagar. Esta é uma posição de princípio da qual não abdicamos. A nossa firme vontade é que a Câmara seja uma entidade de bem, respeitada e prestigiada, e tudo faremos nesse sentido e com esse objectivo.Prometeu acabar com aquilo que chama de «gestão despesista» da Câmara.

Significa que vai reduzir os investimentos camarários?

O que está em causa é o interesse de Aveiro e a gestão criteriosa dos dinheiros públicos. Se formos, no interesse municipal e dos cidadãos, obrigados a isso, não hesitaremos. Quando entramos numa sapataria, compramos os sapatos à medida do pé. Acreditamos que, com rigor nas despesas, com pagamentos certos, com imaginação e com o envolvimento dos cidadãos e das juntas, mesmo com menos dinheiro, iremos fazer muito mais. Há uma riqueza, de valor incalculável, que tem sido desperdiçada: a participação e a envolvência de toda a comunidade, com a qual todos podemos ganhar imenso. A soma dos contributos de todos os cidadãos, nos mais diferentes níveis e áreas, irá representar uma mais valia extremamente valiosa e que iremos optimizar.

Mas não concorda que os meios financeiros de que a Câmara dispõe são muito escassos para acudir a todas as solicitações?

O verdadeiro problema da Câmara não está nas receitas, ou seja, o verdadeiro problema não está na falta de dinheiro, mas sim no despesismo. A Câmara, nos últimos quatro anos, de 2001 a 2004, sem fazer nada do outro mundo, registou uma receita de 247 milhões de euros, quase 50 milhões de contos. Isto dá, em média, quase cinco milhões de euros ? mais de um milhão de contos por mês. São 250 mil euros, qualquer coisa como 50 mil contos, em cada dia. Dispor de 50 mil contos por dia, são meios financeiros escassos? É óbvio que não.

Mas a Câmara tem obra para apresentar.

Quem, durante quatro anos, recebeu, em média, em cada dia útil, 50 mil contos, tem que ter obra. Isto parece-me inquestionável. O que nós, como contribuintes desse dinheiro, temos o pleno direito de perguntar é se quem, em apenas quatro anos, dispôs de cerca de 50 milhões de contos só para gastar no nosso concelho, fez muito ou fez pouco e se esse dinheiro foi gasto, ou não, com equidade, com equilíbrio e com justiça. Só através do cruzamento desta informação e de uma análise fria às obras e aos números é que poderemos chegar a uma conclusão rigorosa e séria. Não tenho dúvidas de que, com tanto dinheiro, teria sido possível fazer muito mais por Aveiro e pelos aveirenses.Criticou Alberto Souto pela «má gestão dos dinheiros públicos». Dê exemplos de casos em que o dinheiro foi mal gasto.Para além dos casos pontuais que poderiam ser apontados, estamos todos nós a pagar muito caro as dívidas da Câmara. Por exemplo, no ano de 2004, a Câmara gastou, só em juros e encargos das dívidas, cerca de 2.2000.000 euros, qualquer coisa como 440 mil contos. Isto é, do dinheiro que a Câmara recebeu no ano de 2004, 2.200.000 euros foram gastos só para isto. Imaginem o que poderia ter sido feito de bom no nosso concelho com todo este dinheiro, nomeadamente em áreas como a educação, a acção social, a saúde, os transportes e a habitação social. Para além disso, o facto da Câmara acumular dívidas com inúmeras entidades origina, ainda, que muitas empresas não se apresentem aos diferentes concursos ou, fazendo-o, apresentem preços mais elevados de forma a salvaguardarem os habituais grandes atrasos nos pagamentos. Tudo isto representa, no final de cada ano, um gasto exagerado e desnecessário de dinheiro que é de todos nós. Uma autarquia, porque o dinheiro é de todos, tem que ser gerida ao cêntimo, o que não está a acontecer, bem pelo contrário. E o grave disto tudo é que este dinheiro é nosso e somos nós que temos que pagar tudo isto. Não são os cidadãos dos outros concelhos que suportam estes custos. Somos nós. Aliás, já o começámos a sentir nos nossos bolsos com o elevado aumento da Tabela de Taxas e Licenças, com o pagamento da Taxa de Recolha de Resíduos Sólidos, nos elevados custos das Licenças e no Imposto Municipal sobre Imóveis, até numa simples sepultura cujo custo passou de cerca de 160 para mais de 800 euros. E vamos ver o que poderá acontecer depois das eleições. Até lá, por razões óbvias, tudo estará calmo e tranquilo. Depois, bem, depois, todos nos recordamos do cenário de há quatro anos, logo após a reeleição do Dr. Alberto Souto de Miranda, com as famosas «trinta medidas». O pior é que com o aumento que a dívida tem tido nos últimos quatro anos, já não chegarão as trinta medidas. Irão ter que ser muito mais. Acreditamos que os aveirenses vão rejeitar isso em absoluto.

Disse que a autarquia «poderia e deveria ter feito muito mais e muito melhor». O que teria feito de diferente se fosse presidente do município?

Teria mantido uma maior proximidade com os cidadãos, teria colocado ao serviço do concelho a competência dos cerca de 200 autarcas de todas as freguesias, teria potenciado as relações com as juntas, apostaria muito mais na educação e na acção social, teria tido a preocupação de conseguir um desenvolvimento equilibrado de todo o concelho, desenvolveria todos os esforços para a dinamização da economia concelhia, de forma a garantir a criação de mais postos de trabalho e a criação de mais riqueza económica e social, tinha concedido especial atenção ao fundamental e indispensável movimento associativo e institucional e, no essencial, teria feito tudo para que a Câmara, no final do mandato, cumprisse escrupulosamente com os seus compromissos financeiros, como é incontornável obrigação de todos os autarcas.

Alguns dos projectos que diz defender (metro de superfície, eixo-estruturante Aveiro - Águeda, duplicação do acesso à A1 por Aveiro Sul, ferrovia ao Porto de Aveiro, Via Panorâmica Aveiro /Ílhavo) vêm de trás, da gestão de Alberto Souto. Não teme ser acusado de falta de imaginação?

Valorizamos tudo o que seja bom para Aveiro, venha de quem vier, sejam do Dr. Alberto Souto, do professor Celso Santos ou do Dr. Girão Pereira. Alias, devo lembrar que muitos dos projectos que mencionou e que também defendo já vêm do tempo do Dr. Girão. Não temos pruridos a esse nível. Pode ter a certeza absoluta de que tudo faremos para dar continuidade a todos os projectos que sejam bons, assim como não hesitaremos em eliminar tudo o que seja medíocre ou mau. O interesse de Aveiro e dos aveirenses será o único critério selectivo que usaremos.

Que projectos novos irá apresentar?

A construção de uma comunidade é um projecto em constante actualização e evolução. Estamos abertos, sempre numa perspectiva de inovação, para os novos e aliciantes desafios com que Aveiro se irá confrontar. Para isso, temos constituído um grupo de diversos especialistas em diferentes áreas, que já procederam à elaboração e apresentação de uma primeira versão do Programa Eleitoral que, em Setembro, iremos apresentar. Esse grupo continua, de forma empenhada, a auscultar o sentir de inúmeros cidadãos de modo a que aquele documento possa ser cada vez mais enriquecido, já que esse Programa será o nosso Bilhete de Identidade durante a campanha eleitoral e será a nossa Bíblia a partir do momento em que formos eleitos.

Podemos conhecer algumas dessas novas propostas, ou projectos?

Naturalmente. Poderei referir algumas, nomeadamente a criação de espaços de atendimento ao munícipe em diferentes freguesias, a criação do que designamos como «a Assembleia das Freguesias», a dinamização de um «Programa de Restauro Arquitectónico», a criação do Museu Intermunicipal da Ria, a transformação de Aveiro na Capital das Energias Alternativas, a criação de um polivalente Espaço Cultural, o qual deverá integrar uma nova Biblioteca e um Museu Histórico de Aveiro, a realização de um Fórum da Inovação, a elaboração de um Programa de Intercâmbio Cultural Inter-Freguesias, a aprovação de uma imagem de marca para o artesanato aveirense, a definição de uma nova política de Juventude, a assumpção das comemorações do 2º centenário do nascimento de José Estêvão, a abertura aos aveirenses das portas e do palco do Teatro Aveirense, o apoio à terceira idade não só ao nível de centros de dia e de lares, mas avançando mesmo para o aprofundamento de novas áreas como as residências assistidas e os condomínios residenciais, o significativo reforço no apoio à área social, introduzindo um novo conceito de inovação social, o aumento das intervenções em áreas decisivas como a Educação e a Habitação Social, quer no âmbito cooperativo quer dos preços controlados, e a elaboração das Cartas Cultural, Educativa, Desportiva, Social, Ambiental e Empresarial do concelho?

Entrevista de Élio Maia ao Diário de Aveiro

Na sequência das entrevistas aos candidatos aos municípios que o Diário de Aveiro vem meritoriamente fazendo, hoje está disponível a entrevista a Élio Maia.

Já voltarei ao assunto.

terça-feira, 9 de agosto de 2005

Um caso interessannte...

Este é o que se chama um caso que não devia ser normal. Mas infelizmente é. Porque temos, nós, cidadãos, um medo terrível de exigir o que é nosso. Aliás, a coisa que mais me irrita é os autarcas, deputados e outros lembrarem aos cidadãos que têm o "direito à indignação". Não, o que os cidadãos têm é o direito à informação, a serem tratados segundo as leis e com a parcimónia, o respeito e as regras devidas.

Isto por causa de uma pequena crónica de Jacinto Martins, já com alguns dias, mas que vale a pena reproduzir. É muito simples. Um tribunal exigiu que uma autarquia decidisse!

O Tribunal Administrativo de Viseu condenou a Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha a decidir sobre um pedido de licenciamento de construção de umas moradias, por já terem passado todos os prazos em que o devia ter feito.Em Novembro de 2004, João Luís Santos e Jacinto Nogueira da Silva apresentaram na Câmara de Albergaria-a-Velha um pedido de aprovação do projecto de construção de umas vivendas no Sobreiro, em zona abrangida pelo Plano Director Municipal (PDM), e aí considerada como destinada a construção.A verdade é que decorreu o prazo para a emissão do parecer, o que, segundo a lei, significaria que não havia obstáculos ao licenciamento da obra, por parte daquela entidade. No entanto, porque continuasse a não haver decisão sobre o projecto, aqueles requerentes apresentaram no Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu um processo contra a Câmara Municipal, de "intimação judicial para a prática de acto legalmente devido".Depois de a Câmara ter prometido ao tribunal que iria decidir em Abril, acabou por não o fazer.E por isso, o tribunal, por decisão de Julho, intimou a Câmara a pronunciar-se sobre o projecto, "no prazo máximo de quinze dias", mais decidindo que "em caso de incumprimento será aplicada sanção pecuniária compulsória". Perante esta intimação, e a ameaça da sanção pecuniária, a Câmara decidiu e aprovou o projecto de arquitectura em deliberação de 20 de Julho.Os requerentes vão apresentar em tribunal um pedido de indemnização contra a Câmara, por ter demorado a decidir, "o que lhes está a causar prejuízos". Jacinto Martins

Parabéns Jacinto, por nos lembrares destes direitos que muitas pessoas se esquecem.

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

Carlos Candal (actualizado)

Carlos Candal dá uma entrevista, hoje, ao Diário de Aveiro onde refere o seu mandato como Presidente da Assembleia Municipal, a vida camarária e a sua vida pessoal, mas pouco.

Cáustico q.b., é corrosivo na apreciação dos seus adversários políticos: veja-se como fala de Élio Maia, Regina Bastos ou Alberto Souto, quando o assunto toca as lides partidárias socialistas internas.

A ler, sem dúvida!

A Susana Esteves ataca no seu blog Carlos Candal, rebantendo alguns dos pontos da sua entrevista.

quinta-feira, 4 de agosto de 2005


Calor a mais para escrever qualquer coisa... Posted by Picasa

terça-feira, 2 de agosto de 2005

Alberto Souto mantém lista

Pelo menos nos lugares potencialmente elegíveis.

Segundo o Diário de Aveiro, Alberto Souto mantém os cinco primeiros da lista A lista socialista candidata às eleições autárquicas de Outubro devem manter a totalidade dos actuais vereadores do PS na Câmara de Aveiro. Eduardo Feio deverá ser o número dois da lista. Lusitana Fonseca, actual responsável pelo Pelouro das Finanças da autarquia aveirense, será a número três da lista de Souto, enquanto que Marília Martins continuará a ser a número quatro. Por seu turno, Pedro Silva ? que ocupou o lugar de Manuel Ferreira Rodrigues ? será o quinto da lista. Já a candidatura socialista à Assembleia Municipal de Aveiro, liderada por Carlos Candal, deverá sofrer algumas alterações.

segunda-feira, 1 de agosto de 2005

Uma conquista territorial


Souto em Ilhavo Posted by Picasa

Era conhecido o perfil opinativo de Alberto Souto sobre os mais variados assuntos, mesmo aqueles que só de alguma forma são do seu concelho. Faz parte do seu papel como presidente da Federação Distrital do PS.

No entanto, com a campanha eleitoral, Alberto Souto deve ter pensado que mais valia passar das palavras às acções e está a fazer uma marcação cerrada ao seu "adversário" da Distrital do PSD. Para além de ter alugado casa na Costa Nova, para melhor avaliar as obras do seu colega ilhavense, Alberto Souto decidiu fazer campanha também em território ilhavense. Mais propriamente ao início da A25, logo na Rotunda das Praias...

Não sei se ajudará o seu colega de partido, numa luta quixotesca para vencer Ribau Esteves. Mas pelo menos tenho a certeza que irritará Ribau Esteves.

Qual será a resposta? Um cartaz de Ribau ao pé em plena Avenida Dr. Lourenço Peixinho para os ilhavenses que vêm trabalhar em Aveiro?

Um cartaz decerto polémico...
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