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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Discussão fora de prazo
Os Amigos da Avenida vão debater hoje, numa tertúlia, os assuntos "Ponte Pedonal" e "Praça Melo Freitas" numa altura completamente desajustada da realidade. Mas ainda bem que que se discute, pelo menos.
Como a própria notícia o diz, há um ano os Amigos da Avenida alertaram para as questões e acharam que deveria existir mais debate. Mas o concurso público era do conhecimento internacional e a localização um dos instrumentos pré-definidos. Era nessa altura que deveria ter sido feita a escolha: junto a antiga EPA (modelo Polis) ou localização "Parque Sustentável". Aliás, a primeira pergunta era saber se a estratégia Polis, de fecho da rua dos Galitos e da entrada da cidade por essa rua, ainda se mantém como perspectiva.
Debates destes, depois das escolhas já definidas (quando a ponte começar em discussão, ai, acreditem, vão existir mais uns quantos que não vão gostar) não faz grande sentido se o objectivo é lançar a discussão sobre as políticas de planeamento. Como qualquer especialista sabe, as ferramentas de opinião e decisão, que muitas vezes os políticos também não gostam de as usar, têm prazos, momentos e decisões. Há o momento da discussão, muitas vezes fechada, da decisão e da acção.
Os Amigos da Avenida, ao discutirem depois da decisão tomada (e ao contrário de outros casos) não estão, na minha opinião, no melhor caminho. Este é um assunto em que os próprios amigos perderam o timing...
Directo ao assunto: Não gosto da ponte no Canal Central e preferia-a junto à antiga EPA. Mas isto é um gosto pessoal, não pretendo moldar o gosto de milhares ao meu.
Como a própria notícia o diz, há um ano os Amigos da Avenida alertaram para as questões e acharam que deveria existir mais debate. Mas o concurso público era do conhecimento internacional e a localização um dos instrumentos pré-definidos. Era nessa altura que deveria ter sido feita a escolha: junto a antiga EPA (modelo Polis) ou localização "Parque Sustentável". Aliás, a primeira pergunta era saber se a estratégia Polis, de fecho da rua dos Galitos e da entrada da cidade por essa rua, ainda se mantém como perspectiva.
Debates destes, depois das escolhas já definidas (quando a ponte começar em discussão, ai, acreditem, vão existir mais uns quantos que não vão gostar) não faz grande sentido se o objectivo é lançar a discussão sobre as políticas de planeamento. Como qualquer especialista sabe, as ferramentas de opinião e decisão, que muitas vezes os políticos também não gostam de as usar, têm prazos, momentos e decisões. Há o momento da discussão, muitas vezes fechada, da decisão e da acção.
Os Amigos da Avenida, ao discutirem depois da decisão tomada (e ao contrário de outros casos) não estão, na minha opinião, no melhor caminho. Este é um assunto em que os próprios amigos perderam o timing...
Directo ao assunto: Não gosto da ponte no Canal Central e preferia-a junto à antiga EPA. Mas isto é um gosto pessoal, não pretendo moldar o gosto de milhares ao meu.
5 comentários:
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João Oliveira
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Meu caro, se há argumento que não procede é esse. Por essa sua linha de argumentação estávamos a construir um aeroporto novo na Ota.
ResponderEliminarEstamos sempre a tempo de impedir um crime de lesa-Aveiro. E a localização da ponte, como a Câmara Municipal quer fazer, é um erro clamoroso!
Cumprimentos.
Não, não estávamos. O Governo ainda não tinha feito os estudos completos e também não tinha lançado o concurso de concepção. Discutiu-se na hora certa.
ResponderEliminarCaro João,
ResponderEliminarGostaria de pensar que a discussão não pode ficar refém apenas de um prazo legal.
Gostaria de pensar que a colagem dos amigos d’avenida a qualquer “loby de pressão anti-poder” não passe de uma ideia preconcebida e que os tempos propostos das suas discussões não sigam uma agenda, mas dúvidas.
A discussão sempre existirá porque existe cidadãos.
E sim, há sempre posições diferentes, diferentes opiniões, mesmo depois de factos consumados. Também existe diferentes juízos que julgarão os mesmos.
O que não existe é muitas noites onde um cidadão assiste a uma discussão pluralista, de elevada participação e com uma profundidade rara. O caminho sem qualquer dúvida é este João. Discutir é aprender. E hoje aprendi muito.
Joaquim Pavão
Caro Joaquim,
ResponderEliminarPercebo pelas suas palavras que entendeu bem as minhas. A discussão pela discussão é uma virtude pois dela pode nascer a luz ou pelo menos a abertura de espirito. A única coisa que critiquei, e ai claramente, é que infelizmente a discussão sobre a ponte é extemporanea. Infelizmente.
Já sobre qualquer projecto que se avizinhe ou que esteja a iniciar-se (porque não sobre o parque da sustentabilidade?) é saudavel e bem-vinda para fazer de nós melhor cidadãos.
Quando a colar-vos a alguma coisa, caro Joaquim, garanto-vos que não está nos meus horizontes. Se entendesse que por detrás de voces haveria uma agenda ou pessoas escondidas, seria o primeiro a denunciar. Como não entendo isso, dialogo, contruo e também dou a minha opinião. Sou conservador, no entanto. É de raiz ;)
Ó meu caro. Não se trata de gostos individuais. O que deve imperar é apenas esta ideia simples:é prioritário; é funcional; é legitimo. Façam lá a m... da ponte para o vinho passar...
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