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sexta-feira, 19 de dezembro de 2003
Marina chumbada
Face às notícias de hoje, que dão conta de um chumbo do projecto da Marina (mais pormenores neste texto) gostava que todos contribuissem com a sua opinião!
Segundo a Lusa, a Câmara de Ílhavo afiançou hoje que não deixará "cair" o projecto para uma marina na Barra, litoral daquele concelho, que recebeu parecer técnico negativo da Comissão de Avaliação do Estudo de Impacte Ambiental.
"Nada acaba aqui", disse à agência Lusa o presidente da Câmara, Ribau Esteves, explicando que manterá neste processo a mesma persistência revelada noutros "dossiers" locais que enfrentaram idênticas dificuldades em fase de licenciamento ambiental.
"Pode haver um segundo e terceiro estudos de impacte ambiental", frisou Ribau Esteves, que se tem assumido como o principal defensor do projecto da marina, um investimento privado de 150 milhões de euros.
O anteprojecto da marina prevê a construção de um ancoradouro e um conjunto imobiliário, que implicam a ocupação de 58 hectares do canal de Mira da Ria de Aveiro, em zona de protecção especial.
O projecto da parte imobiliária inclui a construção de 420 apartamentos, 130 moradias e dois hotéis.
A existência do parecer negativo foi avançada hoje pelo semanário O Independente, confirmada pelo movimento "Pelo Futuro da Barra", que se opõe à concretização do projecto, e admitida pelo próprio autarca de Ílhavo, que lamentou a divulgação pública de um relatório interno.
Fonte da entidade promotora, a Sociedade de Desenvolvimento da Marina da Barra (SDMB), afirmou desconhecer formalmente a existência do parecer técnico negativo, pelo que se escusou a qualquer comentário imediato.
Segundo O Independente, o secretário de Estado do Ambiente já terá decidido chumbar o projecto, com base no parecer técnico negativo da Comissão de Avaliação, uma informação que o gabinete de José Eduardo Martins não confirmou em tempo útil. A confirmar-se o chumbo do projecto pelo secretário de Estado, a SDMB pode ainda apresentar um recurso hierárquico, o que remete uma decisão final para o próprio ministro do Ambiente, Amílcar Theias.
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João Oliveira