Marketing
Aveiro tem qualidades, Aveiro tem capacidades. Aveiro tem falta de políticos, de quem viva esta terra e a faça crescer (não, não é no sentido erróneo do crescimento urbanístico...).
Uma cidade, uma região deve viver de um conceito, de uma imagem de marca e de uma estratégia cujos actores são peças fundamentais, quase mais importantes que os recursos naturais e as condições geográficas da mesma região.Os pólos de excelência, a paixão deve ser vivida de tal forma que incentive a busca de mais, a permanente insatisfação com o presente.
Coimbra viveu um grande período de poder pelo poder, não merecido, exactamente porque gerou um conjunto de líderes e de contactos que mostram o seu amor à terra. Curiosamente, em Aveiro, com raras excepções, isso não acontece em Aveiro e é verificado, num exemplo infeliz, no desporto: a Académica caiu no último lugar e ia “caindo o Carmo e a Trindade”. O Beira-Mar está aflito e uma calma suspeita continua a pairar na cidade, apenas glosada com a ideia de inaugurar no Estádio com o Beira-Mar na segunda liga...
Mas se no desporto se vive assim, com essa calma... a mesma calma e pouco afecto são notadas noutras áreas, ou por “falta” de impaciência ou desdém pelos que se lançam em algo mais arrojado. Como sabem os mais perspicazes, não é somente pelo mérito que os negócios e a política se gerem mas sim pela rede de ligações que se cria, pelas amizades verdadeiras que se têm e que quebram a formalidade das relações. Será isso que uma nova geração irá criar para Aveiro?
Notas de rodapé. Primeira nota de rodapé para o Estádio: já conhecem a minha aversão a tal edificação e a tal custo. No entanto não quero deixar de sugerir algo que ainda não vi publicado em lugar algum (e se alguém já exprimiu estas notas, o meu aplauso e o meu humilde pedido de desculpas por “roubar” a ideia) que é a manutenção do nome de Mário Duarte para o novo Estádio, sempre referido até agora como Estádio Municipal de Aveiro. É da mais elementar justiça que assim aconteça e não se corre o risco de ter outro nome menos digno a ser lançado para a praça pública.
E como também referi noutra peça, claro que acho que o “relvado” que vai ficar no lugar do actual palco dos jogos beiramarenses não permanecerá com dignidade para honrar tal nome do dirigismo aveirense.
Por fim, uma nota política de rodapé. A semana que passou marca, sem dúvida, algo de novo para a política aveirense. Pouco tempo passado da eleição de Ulisses Pereira para a concelhia do PSD e da declaração de Ribau Esteves que pretende ganhar a Câmara de Aveiro, algo de novo surge. Uma proposta de disponibilidade demonstrada por alguém que brilhou acima de Aveiro, um empreendedor nato. A saída de Manuel Fernandes Thomaz da presidência da ANJE e a sua aposta definitiva por negócios com base em Aveiro irá dar-lhe o “background” e a disponibilidade que não tinha. Caso queira apostar, será o candidato natural e vitorioso que o PSD nunca teve em Aveiro, por laixismo ou burrice...
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João Oliveira