No seguimento dos textos que têm saído nesta coluna, queria frisar mais uma vez a lógica que estou a seguir na sua execução. Porque alguns pretendem lançar uma nuvem de nevoeiro e acusar de algo que não pretendo, quero apenas deixar claro que estou a escrever porque acho que há ideias que devem ser defendidas, porque acredito que há soluções novas a ser encontradas e porque acredito que é preciso apostar em áreas, não tentar ser demasiado abrangente no conceito de cidade-região que Aveiro tenta atingir.
É preciso marketing (ver o que Santana Lopes fez na Figueira), coragem (para definir objectivos e muito querer. É preciso apostar em projectos com ideias e com as pessoas certas, definir claramente o que se pretende do concelho e onde encaixa cada peça, ter uma atitude de democracia participativa e representativa. É preciso lembrar que “nós não somos donos de uma cidade ou de um património mas cuidamos dele para as gerações seguintes”. Não sei quem disse mas a frase é correcta e verdadeira.
Afonso Candal candidatou-se à presidência da distrital do PS. Este facto não passaria de uma nota de rodapé na história se não fosse, ao mesmo tempo, um combate geracional também no PS. De um lado e do outro colocam-se políticos jovens, quer como cabeças de lista quer como inspiradores ou “comandos” no terreno. Afonso Candal colhe a minha simpatia pelo percurso muito bem definido que tem feito, numa amostra que “filho de peixe sabe nadar”.
Também demonstra que os jovens aveirenses, mesmo estando fora de Aveiro, com trabalhos em Lisboa (ou no resto do país) e muito tempo perdido em viagens, podem pensar pela própria cabeça, saber qual o rumo que pretendem para a terra que os viu crescer e saber quando é o momento de agir.
Por último, não quero deixar em claro uma história curiosa. O doutor Hélder Castanheira, responsável pelos serviços de acção social da Universidade de Aveiro recusou dar uma entrevista ao Campeão das Províncias. Todos temos o direito de negar, mas a razão invocada é que brada aos céus: Hélder Castanheira não teria gostado de um texto meu (Mário Duarte) e por isso...
Hélder Castanheira deveria saber as regras, os usos e os costumes. Mas eu enuncio-lhos. Cartas a invocar direito de resposta, desmentidos, até e-mails poderiam ter sido enviados para o jornal ou para o autor de um artigo de OPINIÃO. Fazer aquilo que a Câmara Municipal, pelo adjunto da presidência, Gonçalo Fonseca, fez. Mas não. Hélder Castanheira decidiu ser pouco democrático... As atitudes, mesmo que ficando com quem as pratica, são no mínimo questionáveis...
E em relação ao estádio, o Expresso avança com duas novidades: pagamento no ano em curso e com verbas da universidade e da acção social. Para uma universidade sem cursos ligados à educação física.
jmo@esoterica.pt
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João Oliveira