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quarta-feira, 8 de janeiro de 2003

Em relação ao artigo sobre o Estádio Mário Duarte, recebi, através do Campeão das Províncias a seguinte nota que foi publicada... Em relação a ela, responderei em breve...

Esclarecimento da Presidência da Câmara Municipal de Aveiro


Na edição do passado dia 26 de Dezembro de 2002 do Semanário Campeão das Províncias, foi publicada uma pequena crónica sobre o processo de venda do Estádio Mário Duarte à Universidade de Aveiro, assinada por João Manuel Oliveira e Nuno Arroteia. Lamentavelmente, essa crónica baseia-se em “dúvidas” e deturpa os factos, faz insinuações e afirmações disparatadas, esquece o mais elementar dever de rigor e prejudica a reflexão pública para a qual diz querer contribuir.

Importa por isso esclarecer o seguinte:

1. A possibilidade de o Estádio Mário Duarte vir a ser alienado à Universidade de Aveiro tem vindo a ser equacionada publicamente e entre ambas as partes, há pelo menos dois anos, tendo disso conhecimento os órgãos municipais (Executivo, Assembleia Municipal e Junta de Freguesia), e todas as entidades directa ou indirectamente envolvidas, formal ou informalmente (S. C . Beira-Mar, Federação Portuguesa de Futebol, Sociedade EURO 2004, UEFA e o Governo), sem que nenhuma delas tivesse manifestado alguma oposição em relação à entidade adquirente.
2. A alienação em causa far-se-á pelos valores estipulados na avaliação efectuada pela Direcção Geral do Património, nos termos da lei. A deliberação camarária respectiva versou sobre a minuta da operação e não foi, nem tinha que ser, comunicada ao S. C. Beira-Mar, perfeitamente conhecedor que estava das intenções da Câmara.
3. É rotundamente falso que o estádio “vai parar às mãos da Universidade por pouco mais de um terço do que, há pouco tempo, a câmara queria pelo negócio (1,5 milhões de contos...”dos terrenos do Mário Duarte. Os autores esquecem que, naquele valor, não se incluía apenas o terreno a adquirir pela Universidade, mas, também os outros terrenos na área envolvente. Ou seja, não é de excluir que a urbanização da zona em causa possa significar um valor até superior ao 1,5 milhões de contos.
4. É absolutamente falso que o projecto signifique o fim do “corredor” verde ligando a Baixa de S.to António ao Parque de Santiago. Pelo contrário, pela primeira vez serão criadas condições para que esse “corredor“ – actualmente inexistente - venha a ser criado e fruído. Lamentavelmente, é a segunda vez que alguém, sem nunca ter visto o projecto – até porque ele ainda não existe – vem criticar a Câmara por um pecado que ela nunca quis cometer.
5. A Câmara está a elaborar um estudo urbanístico para toda a zona assente em três premissas: (1) baixa densidade de construção e cérceas máximas de cinco/seis pisos; (2) preservação do campo de futebol; (3) criar o “corredor“ verde entre o Parque D. Pedro e o de Santiago. Este estudo, a seu tempo, será objecto de apreciação pelos órgão competentes e por todos os interessados.
6. Decorrem negociações entre a Câmara e o S.C.Beira-Mar relativas a todos os aspectos associados à construção/gestão do novo estádio municipal e à desactivação do Mário Duarte, cujos termos, a seu tempo, serão submetidas aos órgãos competentes para apreciação e aprovação.
7. A vinda do EURO 2004 em futebol e a construção do novo estádio constituiu na altura uma grande vitória para Aveiro, celebrada por todos. É lamentável, mas não surpreende que, perante a dimensão do desafio e as dificuldades supervenientes que é necessário superar, alguns Aveirenses procurem denegrir em vez de ajudar, enfatizem os riscos em vez de contribuírem para os minorar, sejam maledicentes e nada construtivos. O Restelo, afinal, fica aqui tão perto.


O Gabinete da Presidência da Câmara
Gonçalo Fonseca

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