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segunda-feira, 26 de março de 2007
Tareia de mentalidades
António de Oliveira Salazar, ou melhor, a sua lenda/acção/imagem que temos dele, ganhou a eleição - esta democrática - para o concurso "os Melhores Portugueses". Até aí, nada de novo. Aliás, não seria notícia esta vitória do único candidato vivo (no sentido que viveu e actuou durante a vida dos que votaram) para além de Álvaro Cunhal na memória colectiva dos portugueses - desconto Aristides Sousa Mendes, um epifenómeno desta votação, pese a sua acção humanista.
O problema, para as mentes mais esclarecidas, é que António de Oliveira Salazar é um caso ainda mal resolvido numa parte da população portuguesa. Aliás, uma parte da população portuguesa actua perante Salazar com a raiva de 1974 e não com o pensamento num país moderno. Felizmente Portugal não tem e nunca terá que se subjugar a atitude colectivistas e estalinistas como a de Odete Santos ontem. Felizmente foi útil para a maioria perceber que Fernando Rosas não é nem será um historiador de Salazar mas sim um comissário político para dar uma parte da história. Felizmente, este programa, e aí concordo com o Nuno, serviu para muitos ouvirem mais sobre a História de Portugal.
Apoiante de D. Afonso Henriques (também poderia ser de D. João II), achei natural a vitória de Salazar. E acredito que atitudes como a de Odete Santos ontem ajudaram à "tareia" que ele deu nos outros concorrentes.
Se, como a deputada disse, a "Constituição proibe a glorificação do fascismo" mude-se a constituição. Porque num país moderno, ou não se proibe coisa alguma, ou então deve-se proibir também a glorificação dos fascismos de esquerda. Exatamente os que ela defende.
O problema, para as mentes mais esclarecidas, é que António de Oliveira Salazar é um caso ainda mal resolvido numa parte da população portuguesa. Aliás, uma parte da população portuguesa actua perante Salazar com a raiva de 1974 e não com o pensamento num país moderno. Felizmente Portugal não tem e nunca terá que se subjugar a atitude colectivistas e estalinistas como a de Odete Santos ontem. Felizmente foi útil para a maioria perceber que Fernando Rosas não é nem será um historiador de Salazar mas sim um comissário político para dar uma parte da história. Felizmente, este programa, e aí concordo com o Nuno, serviu para muitos ouvirem mais sobre a História de Portugal.
Apoiante de D. Afonso Henriques (também poderia ser de D. João II), achei natural a vitória de Salazar. E acredito que atitudes como a de Odete Santos ontem ajudaram à "tareia" que ele deu nos outros concorrentes.
Se, como a deputada disse, a "Constituição proibe a glorificação do fascismo" mude-se a constituição. Porque num país moderno, ou não se proibe coisa alguma, ou então deve-se proibir também a glorificação dos fascismos de esquerda. Exatamente os que ela defende.
1 comentário:
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João Oliveira
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Salazar tem essa dualidade, se no final da 2ª guerra mundial tivesse abdicado do poder e introduzido a democracia, seria visto agora como um heroi pela população portuguesa.
ResponderEliminarComo não o fez, a maioria da população lembra-o pela guerra colonial e subdesenvolvimento em que deixou o país.
Aliás, sendo Cunhal e Salazar os mais votados só mostra que a votação não representou o pensamento geral do povo português, caso contrário o PCP e o PNR seriam os partidos mais votados.
O meu favorito era Fernando Pessoa.