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quarta-feira, 13 de outubro de 2004

É necessário um esclarecimento!

Confirmei junto do Júlio Almeida o teor desta notícia, não porque não acreditasse no seu conteudo mas sim porque estava meio "abananado" com os factos descritos. Há algo de grave nas afirmações de Alberto Souto que merecem, claramente, esclarecimentos.

Com efeito, na assembleia municipal, no decorrer do período antes da ordem do dia, Alberto Souto garantiu, segundo o Notícias de Aveiro, que a dívida para com a filarmonia "neste momento é zero".
O assunto fora levantado pelo deputado do PSD, Manuel António Coimbra que chegou, inclusivamente, a apontar valores de espectáculos por pagar que totalizam, entre 2002 e 2004, cerca de 100 mil euros. Alberto Souto voltaria a negar. "Não há facturas na nossa contabilidade por pagar à orquestra", garantiu.

Comentário: Espero que Alberto Souto não utilize questões semânticas para dizer que a CMA não tem dívidas para com a Orquestra. Não tem porque as facturas não foram enviadas, não tem porque já pagou tudo ou não tem porque não fez entrar as facturas? É preciso esclarecer claramente o que se passa porque tendo em conta as finanças camarárias...
Mas este assunto não é o mais grave. Porque se uma Câmara que adquire 15 concertos os pagar com um pouco de atraso, mal não vem ao mundo. Mais grave é o que vinha a seguir no artigo: O líder da edilidade informou ainda a Assembleia Municipal que a Câmara "não avalizou, nem mandatou ninguém" para votar a extinção da orquestra.

Uma afirmação recebida com surpresa, já que a Assembleia Geral da Associação Musical das Beiras realizada em Coimbra, durante a qual se decidiu, por unanimidade, colocar fim à orquestra , contou com a presença do vereador aveirense Manuel Ferreira Rodrigues, também vice-presidente da direcção.

Comentário: Isto é grave. Demasiado grave para ser verdade. Uma assembleia geral tem uma agenda e no caso da extinção, que era uma perspectiva em aberto, como estava já nos jornais do dia anterior, decerto se sabia o que se ia passar.
Ainda por cima, Manuel Rodrigues é vice-presidente da direcção, em nome da Câmara de Aveiro. Então o que se passou? Ou Alberto Souto mais uma vez colocou o caso a nível semântico - tipo, a agenda não chegou a tempo dos vereadores discutirem isso formalmente em reunião de Câmara - ou o vereador votou sem antes falar com o presidente.

Ora este último caso é muito grave. Há mecanismos legais - suspensão da Assembleia, período para tomada de decisões em que Manuel Ferreira Rodrigues poderia entrar em contacto com o presidente e dizer-lhe o que estava a acontecer. O que terá acontecido?

Ainda mais esquisito é que a decisão foi tomada por unanimidade o comunicado foi igualmente subscrito pelos elementos da direcção, da qual Manuel Rodrigues faz parte.

É urgente que todos os intervenientes digam o que verdadeiramente se passa... e parafraseando a frase de Diogo Soares Machado na última assembleia municipal: "senhor presidente, ainda mantém a confiança política no seu vereador?"

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João Oliveira

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