Dirigentes da extinta Filarmonia das Beiras avançam para nova orquestra
Coimbra, 14 Out (Lusa) -Membros da direcção da extinta Filarmonia das Beiras reúnem-se segunda-feira no Ministério da Cultura à procura de uma parceria para a constituição de uma nova orquestra para a região Centro.
Extinta há uma semana por razões de ordem financeira, a Filarmonia das Beiras poderá ter como sucessora uma orquestra de menores dimensões, com 25 a 27 músicos, e centrada nos instrumentos de corda, adiantou à agência Lusa o vereador da cultura da Câmara de Coimbra, Mário Nunes.
Na criação de uma nova orquestra para a região Centro têm vindo a assumir maior protagonismo os municípios de Coimbra, Leiria e Viseu, perante algumas reservas da Câmara de Aveiro que, pela voz do seu presidente, Alberto Souto, afirmou recentemente haver "muito boa gente que não se importaria que a Filarmonia acabasse e fosse depois para outras paragens".
Mário Nunes diz não compreender as críticas de Aveiro, frisando que a autarquia tinha um vice-presidente na Associação Musical das Beiras, titular da Filarmonia, que igualmente votou a favor da sua extinção, uma decisão que foi assumida unanimemente por todos os associados.
O vereador -que integra a comissão que segunda-feira se reunirá no Ministério da Cultura, diz também não compreender os argumentos de desemprego dos músicos da extinta Filarmonia das Beiras, porque eles fazem parte de outras orquestras, nomeadamente da Orquestra de Câmara de Coimbra ou da Orquestra do Norte.
O que se pretende agora -segundo Mário Nunes -é criar uma orquestra "em bases seguras", com uma dimensão que permita a sua sustentabilidade financeira, e com uma definição jurídica que evite os problemas que surgiram com a Filarmonia das Beiras, nomeadamente da relação laboral com os músicos.
Ainda relativamente à nova orquestra e às críticas de Aveiro, Mário Nunes admite que a sede seja nesta cidade, onde esteve instalada a Filarmonia das Beiras, e que até o maestro seja o mesmo, Vassalo Lourenço, professor na universidade local.
O autarca de Coimbra diz que Vassalo Lourenço, na direcção de um grupo de músicos, irá também cumprir os compromissos de realização de concertos assumidos pela extinta Filarmonia das Beiras.
PS - Esperemos que toda esta polémica não tenha bases político-partidárias...
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João Oliveira