Vereador acusa Souto de «menosprezar» oposição
Joaquim Marques, vereador do PSD na Câmara de Aveiro, acusa o presidente da autarquia local de «menosprezar» a oposição, ao não ter consentido o adiamento da votação do Plano e Orçamento para 2005
O vereador da Câmara de Aveiro Joaquim Marques revelou num artigo de opinião publicado esta semana no Diário de Aveiro que pediu o adiamento da votação das Grandes Opções do Plano (GOP) e do Orçamento para 2005 da autarquia. Estes documentos foram votados (e aprovados) na reunião do executivo camarário de 29 de Novembro, mas o autarca do PSD afirma que não os pôde analisar adequadamente porque os serviços do município não os disponibilizaram «em tempo útil». Joaquim Marques considera ter sido «de todo impraticável uma análise consciente para a sua respectiva votação», propondo o adiamento do sufrágio, o que não foi aceite pelo presidente da Câmara, o socialista Alberto Souto.
No artigo que assinou no Diário de Aveiro, intitulado «Para que serve a oposição?», o social-democrata critica o comportamento do líder do município, escrevendo: «Não fazia a mínima ideia de que o senhor presidente menosprezasse tanto a oposição, não concedendo o tempo que a lei determina para análise dos documentos e assim contribuir com as suas propostas e opiniões para a melhoria dos documentos em apreço».
«É a primeira vez ao longo deste mandato que podemos de forma objectiva comparar e confrontar iguais documentos em momentos diferentes, as GOP de 2004 versus GOP de 2005, isto porque pela primeira vez ambos os documentos têm o mesmo formato de apresentação sob o modelo Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais», adverte Joaquim Marques, notando ainda que a análise aprofundada dos documentos ajudaria a fazer uma «avaliação» do trabalho da autarquia, agora que se aproxima o final do mandato.
«Mesmo com esta minha solicitação, as GOP e Orçamento para 2005 foram votadas, tendo sido aprovados com os votos favoráveis do PS, do senhor vereador independente, provavelmente por terem tido acesso atempado aos documentos, e com os votos contra dos senhores vereadores do PSD e CDS», lembra o autarca.
Será que o vereador se lembrou de se recusar a votar? Será que o vereador utilizou toda a margem das leis? É que eu percebo perfeitamente Alberto Souto: tem a maioria na Câmara pode tratar como quiser os vereadores da oposição... Mas se Joaquim Marques se recusasse a votar e acusasse a Câmara de desrespeitar as leis - não votando, gostava de ver qual a atitude da Assembleia Municipal - admitiria o documento à discussão?
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João Oliveira