Montante da dívida não surpreende oposição
O montante da dívida da Câmara de Aveiro não constitui novidade para os partidos da oposição. A dívida de 142 milhões de euros, valor que consta das contas de 2004 da autarquia, revelada ontem na edição pelo Diário de Aveiro, «não é novidade» para o líder da concelhia do PSD de Aveiro, Ulisses Pereira, para quem diz, aliás, ser uma situação que «tem vindo, sucessivamente, a ser denunciada pelo PSD, vereadores e membros da bancada do partido na Assembleia Municipal.
O valor, equivalente para Ulisses Pereira a uma «preocupação muito grande», tem vários riscos. De uma forma geral, diz que uma dívida daquele montante «condiciona o futuro», provoca que «para fazer face às dificuldades de tesouraria, a Câmara tenha de utilizar terrenos, o que põe em causa o desenvolvimento harmonioso do concelho».
Outra consequência do montante da dívida, segundo Ulisses Pereira, é o «agravamento das taxas que pagamos, que já são grandes, afectando a competitividade face aos outros municípios».
Ulisses Pereira pretende dizer que o PSD nunca teria chegado a estes valores uma vez que teria diferentes opções de investimento. «Há que deixar de fazer obras faraónicas, cujos resultados «não são importantes», disse.
Questionado também, ontem, pelo Diário de Aveiro, António Salavessa, da CDU, remete um comentário mais explanado para a sessão de Abril da Assembleia Municipal, cuja primeira reunião está agendada para dia 22, onde se fará a discussão política e votação das contas, já aprovadas entre o Executivo, pela maioria socialista.
Mas o elemento da CDU na Assembleia antecipa um tipo de análise ao documento, anunciando que irá questionar a Câmara quanto às dívidas das empresas municipais. «Se calhar nem está ainda considerado», admite António Salavessa, sendo um assunto que pretende esclarecer na Assembleia.
Entre os vereadores da oposição, vencidos pelos votos dos socialistas, o assunto mereceu a o voto contra. Para Joaquim Marques, do PSD, a dívida é superior aos 142 milhões juntando a este valor «as contas dos Serviços Municipalizados, da EMA, do Teatro Aveirense nem da TransRia».
O esforço da Câmara para diminuir a dívida é, para Joaquim Marques, insuficiente. «Apenas cerca de dois a três milhões de euros por ano», concluindo dizendo que a liquidação das contas ocorrerá «dentro de 25 a 30 anos».
Para o vereador Capão Filipe, do CDS/PP, as possibilidade de solução são poucas. «Ou se consegue diminuir as despesas ou então há que aumentar as receitas».
O que a oposição vê não é o mesmo que Alberto Souto. «Não é alarmante», além de garantir que «a Câmara de Aveiro tem vindo a recuperar financeiramente», disse.
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segunda-feira, 18 de abril de 2005
Na quinta (orçamento II)
O Diário de Aveiro fez eco das críticas dos vereadores e de outros líderes partidários:
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