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quarta-feira, 18 de junho de 2003

Politica vs partidarismo



Aqui vai mais uma "blogada": Nuno Terrível coloca o dedo na ferida!

Para aqueles que não vivem a política de uma forma activa, mas que usufruem crítica e conscientemente dos seus efeitos no dia-a-dia como cidadãos, a ideia de que a oposição deve ser, por princípio, do “contra” faz de facto muita confusão. Será que a velha pluralidade de opiniões e a liberdade de expressão são mais dois dos valores a acrescentar há lista das “coisas em desuso” no meio político nacional?

Não particularizo obviamente o caso exposto por Rui Baptista, porque não o conheço em profundidade (já agora aceito a oferta para receber os documentos oficiais da concelhia e da distrital), mas a verdade é que o cenário político nacional está repleto do “digo que não, porque o outro disse que sim”! Qualquer projecto político não faz sentido se não se distanciar de dogmas, pré-conceitos ou interesses pessoais – não deve a política servir a sociedade? E acreditem meus caros, que na maioria das vezes, para não dizer em todas, a melhor forma para dirimir conflitos ou gerar soluções surge da convergência de pontos de vista opostos. Assim se passa em qualquer equipa de trabalho. Pelos vistos não é assim na assembleia da república, é as vezes na assembleia municipal, mas nem sempre quem o pratica sobrevive aos seus pares para fazer doutrina.

Em relação à posição do executivo camarário e do senhor Cerqueira em relação à revogação dos subsídios, este assunto tendo já sido comentado neste blog nunca é demais classificá-lo como ridículo e vergonhoso. O que está em causa não é atribuir subsídios a “torto e a direito”, o que constitui por si um atentado ao bom uso dos dinheiros públicos, mas sim a falha no cumprimento de um compromisso assumido com as várias associações, tendo estas investido nas suas iniciativas de acordo com o financiamento previamente acordado com a câmara – isto é que é vergonhoso e sinceramente custa-me a crer que esteja a acontecer! Por outro lado, não deixa de ser caricato que o equilíbrio orçamental da câmara possa sofrer algum impacto significativo com a dedução dos “peanuts” atribuídos à actividade associativa, com a excepção claro, do “glorioso futebol”! Ao nível do controlo da despesa, quando o barco mete água é bom que se tapem primeiro os buracos maiores!


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João Oliveira

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