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quarta-feira, 4 de junho de 2003

Confianças

Confianças

A política é bela mas mete nojo. Pelos falsos purismos, pelo “estômago” que é necessário ter, pela forma que alguns dos seus actores escolhem para a fazer...
Não pretendo fazer afirmações gratuitas, muito pelo contrário. Pretendo lembrar que só de uma forma recta (claro que política e rectidão são áreas que por vezes pouco se tocam mas na minha opinião não deveria ser assim...) e de uma maneira digna é possível entender esta nobre arte!

Os exemplos são inúmeros e basta olhar para os jornais: o Caso Cruz Silva tem muito a ver com a questão dos financiamentos partidários – eu não estou a fazer o julgamento mas sim partindo de certas premissas – e com a forma que devemos ter. Não quero dizer que as leis que regulam a função pública são as mais correctas.. Pelo contrário...

Mas há outros casos e outras questões que devem ter consensos (se calhar) e requerem discussões pois estão em causa as bases da política e da forma dos cidadãos olharem a política.

Saber, por exemplo, quem elegem, em que condições elegem, que “contrato” é feito com o cidadão por partes dos partidos políticos, quer sejam eleições locais, regionais ou nacionais.

Saber se vale a pena os presidentes de juntas de freguesia estarem na assembleia municipal.

Saber se devemos continuar a ter executivos camarários com várias cores políticas (aqui respondo já que sim, mas irei dizer a razão em próximos textos).

Saber se os eleitos respondem perante as comissões políticas, se o seu mandato é individual ou do partido, qual a sua estratégia.

Definir-se claramente o papel dos independentes, as suas condições reais para serem criados e a sua representatividade – que eu acredito seja cada vez maior.

Saber se vale a pena ser político autárquico. Ou se vale a pena ser político...

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João Oliveira

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