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terça-feira, 15 de março de 2005

Filarmonia

Este assunto foi tratado, exaustivamente, aqui no Blog. E claro que continuo a acompanhar as noticias da ainda Orquestra Filarmonia das Beiras. Hoje saiu no JN mais uma peça, sobre as condições que a comissão presidida pela UA encontrou como uma plataforma de trabalho. Mesmo assim, segundo os músicos, não é boa. Gostava que a lessem e a comenatssem. a mim, nos tempos que correm, parece mais do que normal.

Amenos de um mês do fim do prazo, de 60 dias úteis, fixado pela assembleia geral da Associação Musical das Beiras (AMB) para uma tomada de decisão definitiva sobre os termos exactos em que será feita a reactivação da Filarmonia das Beiras, extinta em Outubro do ano passado devido a dificuldades de ordem financeira, os músicos deverão decidir, entre hoje e amanhã, se aceitam as condições de trabalho que lhes foram propostas pela comissão, liderada pela Universidade de Aveiro, encarregada de encontrar uma solução "consensualizada" para a orquestra.

Os contratos de trabalho passam a ser a termo certo, nos termos propostos. Com a duração de 16 meses o primeiro e um ano os seguintes.

Por sua vez, o novo regulamento interno passa a prever a possibilidade de haver concertos em qualquer dia da semana, acaba com a folga fixa às segundas-feiras e ignora o papel da Comissão de Músicos enquanto "elo de ligação" com a direcção da orquestra e a AMB, reflectindo um conjunto de condições que parece não ser do inteiro agrado dos 27 músicos.

"As propostas estão a ser analisadas com um jurista e a decisão vai ser tomada individualmente por cada um dos músicos ", disse, ontem, ao JN, Rui Rosa, da Comissão de Músicos, arriscando a previsão de que "da forma como as coisas foram apresentadas - "É isto ou nada!"- o acordo deverá ser difícil".

"O nosso primeiro objectivo eram os contratos individuais, mas, tendo em conta as dificuldades económicas, acabámos por aceitar contratos a termo. Depois, feitas as contas a 14 meses, é verdade que passamos a ganhar mais, no fim do ano, do que anteriormente, a recibos verdes, ainda assim abaixo dos músicos das orquestras nacionais. Mas, logo a seguir, pedem-nos que trabalhemos muito mais horas, passando a haver a previsão de concertos em qualquer dia da semana, e a folga fixa desaparece. Ora, isso traduz-se numa exclusividade, que não encontra reflexo nos vencimentos", diz Rui Rosa.


Quero ver quem é que defende no final, verdadeiramente, os músicos...

10 comentários:

  1. Se o senhor rosa, representante dos músicos, diz que apesar do aumento de vencimentos a 14 meses o acordo está difícil, percebemos que afinal o problema dos músicos da filarmonia das beiras não é estarem desempregados,não é o de quererem trabalhar! Mais, se os músicos ainda assim contestam as condições que lhes apresentam, estando sem força negocial, como seria quando a tinham?
    É o que se chama de "chorar com a barriga cheia".

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  2. é uma pena a orquestra filarmonia das beiras estar inactiva, mas ela não pode estar refém das exigências dos músicos. Façam outra orquestra, com músicos que queiram dedicar-se a tempo inteiro e mandem estes mercenários lixa-rs....

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  3. Quem quer ter circo ou orquestra paga aos palhaços ou músicos, mai nada...

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  4. Querem circo e orquestra paguem aos palhaços e musicos, eheeehheh

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  5. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  6. Fico contente por esta novela finalmente chegar ao fim. Francamente não acho nada de anormal de os músicos quererem apenas limar algumas arestas de um regulamento interno. Reacionário seria fechar a porta ao mais democratico utensilio que dispomos para uma correcta organização, o regulamento interno.

    Espero que os organismos oficiais não voltem atrás nas suas decisões.
    Eu tenho saudades de ouvir a orquestra. E já agora Quem assistiu à orquestra Gulbenkian? Maravilhoso...

    Convem só que os musicos não se esqueçam que não há direitos sem deveres.

    Curioso foi quando localizei o IP deste anónimo que num espaço de 2 horas deixou 4 comentários. Curioso é o facto deste mesmo senhor ter estado à frente da Filarmonia. A imbecilidade dos seus post leva-me incredulo a suspeitar como esteve à frente desta instituição caro V.

    IP - é um numero chatito que nos leva a cometer deslizes meu senhor.


    Caro João Oliveira, só descobri este blog agora, e se me permite gostaria imenso de o congratular pelo excelente trabalho.
    Embora note-se que é de direita é sempre bom ouvir o outro lado. É sempre bom a saudavel discussão.

    Dr. Sandro Castro

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  7. o Dr é de Dirmidio... Não de Doutor...risos...
    Uma private joke...

    E em primeira mão que tal um blogue de esquerda para nos irmos entendendo caro João?

    Vou pensar nisso... O pior é o tempo... Ai, esse tempo...

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  8. Caro Sandro Castro,

    Este blog tem como principio "dar a cara", pois acho que temos uma opiniao e a devemos dar, tambem temos que assumir aquilo que dizemos.
    Ainda não limitei os ocmentários - e provavelmente não o farei - mas tento que exista um certo limite na expressão, que não se ultrapasse e se passe para o insulto.
    Depois do seu comentário, entrei em contacto com o Virgilio Nogueira, que garantiu, pela sua honra, que não foi ele que publicou os posts anónimos.

    Como bem sabemos, o IP permite muito, mas somente se tiver acesso aos dados da entidade que lhe dá acesso à Internet é que permite detectar qual o computador. Pode mandar-me mais detalhes para o meu email - jmo@esoterica.pt - e continuarmos a discutir o assunto?

    Em relação a eu ser de direita, acho que sendo óbvio e eu não o escondendo, mais razão dou a quem escreve livremente nestes comentários. Eu abro o blog a quem queira e me mande opinioes ou propostas de material. É uma forma de cidadania.

    Um abraço
    Joao Oliveira

    PS - como reparou, apaguei um dos seus posts que repetiu inadvertidamente

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  9. Os músicos devem um pedido de desculpas. Como podem permitir-se de recusarem um contrato destes, que lhes salvaguarda o seu trabalho e lhes permite tocar? É com vergonha que este "mercenário" de nome Rui Rosa se devia sentir. Vergonhoso o coportamento dos músicos e caro JMO Aveiro precisa de gente séria que trabalhe e não de malandros que utilizem a boa fé das instituições.

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  10. Não tenho a certeza, mas pelo que percebi eles aceitaram, só não concordam é com o regulamento...

    Pronto, não aceitaram o regulamento... deve ter muitas regras...

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João Oliveira

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