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quarta-feira, 21 de janeiro de 2004

A corrida pelo poder (ACTUALIZADO)



O poder político em Aveiro, deu claramente o tiro de partida para as eleições autárquicas, num frenesim que faz transparecer algo muito importante: é o futuro da cidade que está em jogo.

Se das contas não tratarei agora, nem das questões estratégias, a Assembleia Municipal que focou essa temática foi “eco” daquilo que já é uma verdade: as eleições do próximo ano serão o tema de todas as conversas – a menos de dois anos das eleições.

Primeiro porque CDS e PSD terão que saber se irão concorrer coligados e depois, saber como derrotar Alberto Souto. O PCP e o Bloco de Esquerda só estarão nesta corrida se conseguirem candidatos capazes de capitalizar algum descontentamento... Sem esquecer a falta que faria a saída de António Salavessa da Assembleia Municipal...

Não gosto, nunca gostei, de listas cozinhadas em gabinetes. Qualquer lista que saia das reuniões entre Ribau Esteves e António Pinho, ou Ulisses Pereira e Miguel Capão Filipe será derrotada. Terá que ser o candidato a ir “ganhar” a lista e a coerência e não o contrário. O mesmo se aplica para as juntas, em especial para as citadinas, fundamentais para a vitória. Já nas rurais, o voto é crucial para uma maioria na dita Assembleia Municipal.

Para se juntarem, como disse, PSD e CDS terão que ter um candidato forte. Um candidato que pensa neste mandato e no próximo, algo que não seja um divisor mas um multiplicador de projectos. Caso não se juntem, também há algo a fazer – acreditar é fundamental para ter uma boa votação e algo com que sonhar. Aquilo que não podemos ter é a vereação “social-socialista” que por agora temos...

Para o PS, as coisas estão facilitadas. Alberto Souto já não é independente e quer ir a votos. Se ele for, o PS pode ganhar, se ele não participar, o PS perde. Só que há uma questão que convém saber na altura das eleições: Alberto Souto tentará o terceiro mandato para o concluir ou teremos um candidato que quer logo sair para preparar o caminho ao seu sucessor, seja ele quem for...? Eu não quero votar num Alberto Souto e depois ter lá um Miguel Lemos!

Para Alberto Souto, a questão da componente financeira e a sua faceta autocrática serão os óbices fundamentais: como o Manuel António Coimbra referiu na AM quem criticou em 98 as contas da Câmara devia estar calado... Pela boca morre o peixe?

JO

PS - Quem queira ler a entrevista de Alberto Souto a Júlio Almeida, em 98, basta clicar AQUI

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João Oliveira

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