Páginas

segunda-feira, 26 de abril de 2004

Mais uma zanga



No decorrer da cerimónia de lançamento da entidade Gestora da Ria, Alberto Souto foi bastante céptico sobre a operacionalização da nova entidade e o seu peso e autonomia administrativa e financeira. Bastou para o verniz estalar. O Diário de Aveiro de hoje mostrava a fúria de Ribau Esteves:
Ribau diz que Souto «não fez nada em quatro anos» O presidente da Associação de Municípios da Ria (AMRia) reprova os comentários feitos por Alberto Souto ao discurso do Primeiro-Ministro, na passada sexta-feira em Aveiro, que anunciou o Gabinete para a Gestão Integrada da Ria de Aveiro. «Desapontamento», «receios de que as expectativas saiam frustadas no que respeita à autonomia administrativa e financeira suficientes» e «mais do mesmo», no que respeita à articulação entre ministérios, foram expressões do presidente da Câmara de Aveiro, logo a seguir à intervenção de Durão Barroso.
Ribau Esteves, presidente social-democrata, da Câmara de Ílhavo disse ao Diário de Aveiro, que «é incorrecto e precipitado comentar a decisão do Governo, através de um discurso breve do primeiro-ministro». O autarca diz que tem várias explicações para a reacção do socialista Alberto Souto. Um «acto de contrição porque em quatro anos em que presidiu à AMRia o que conseguiu para a gestão da Ria foi nada» ou como «um desabafo por não conseguir uma coisa relevante». De resto, quanto ao novo gabinete, «é muito melhor que a estrutura do PS, um departamento, da Direcção Regional de Ambiente e Ordenamento do Território do Centro, que não funcionou, mas agora temos uma direcção-geral».
Para o social-democrata, «há coisas dispensáveis» e se tem esperança no sucesso do novo gabinete diz que «é pena que colegas comecem a falar mal antes de estudar», por isso conclui que se tratou de uma «reacção epidérmica e partidária».
Para Ribau Esteves, o novo gabinete é «uma excelente oportunidade» dadas as competências «relevantes na gestão da Ria», nomeadamente através do Conselho Consultivo, destaca, composto pelas instituições que têm jurisdição na Ria e que reunirá quatro vezes por ano. Para o presidente da AMRia, a situação não dispensa «estarmos atentos e exigir que haja verdade e financiamento».
A dirigir o gabinete estará um director-geral. Ser de Aveiro ou não é uma discussão que, normalmente, surge neste tipo de situações. Mas Ribau Esteves não faz questão que o cargo seja ocupado por alguém «de Aveiro». Defende uma «postura aberta» na abordagem deste assunto e fica satisfeito se for alguém «com capacidade técnica, qualidade e conhecimento» mas, se for de Aveiro, «tanto melhor», acrescenta, além de que a AMRia «não se demitirá de sugerir gente com perfil».
O gabinete será liderado por um director-geral, acompanhado de um director-geral adjunto e duas direcções de serviço, além do pessoal técnico e outros funcionários. A sede é no edifício da AMRia, na Rua do Carmo.
Depois de aprovado em Conselho de Ministros, na passada quinta-feira, entra em fase de instalação até 90 dias após a publicação do Decreto-Lei seguindo-se um período de entre duas a quatro semanas até entrar em vigor.

Sem comentários:

Enviar um comentário

O Notas de Aveiro não é responsável pelos comentários aqui escritos e assumidos pelos seus autores e a sua publicação não significa que concordemos com as opiniões emitidas. No entanto, como entendemos que somos de alguma forma responsáveis pelo que é escrito de forma anónima não temos pejo em apagar comentários...

Por isso se está a pensar injuriar ou difamar pessoas ou grupos e se refugia no anonimato... não se dê ao trabalho.

Não sabemos se vamos impedir a publicação de anónimos. É provável que o façamos. Por isso se desejar continuar a ver os seus comentários publicados, use um pseudónimo através do Blogger/Google e de-se a conhecer para notasaveiro@gmail.com.

João Oliveira

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...