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quinta-feira, 15 de abril de 2004
Somague sem rodeios
A Somague emitiu um comunicado, citado pela Lusa. Transcrevo-o. Os "bolds" são da minha responsabilidade. As respostas que deixei no ar em "posts" anteriores estão assim respondidas.
Somague fala em dívida de quatro milhões de euros no estádio de Aveiro
Lisboa, 15 Abr (Lusa) - A empresa de construção Somague explicou hoje que suspendeu os trabalhos dos acessos ao novo estádio de Aveiro devido a um atraso de 15 meses no pagamento por parte da autarquia, uma dívida que ascende a quatro milhões de euros.
Camiões das empresas Somague e Vítor Frias bloquearam os acessos ao Estádio Mário Duarte, em Aveiro, um dos 10 que vão receber jogos do Euro 2004, impedindo que a equipa do Beira-Mar realizasse o seu treino da manhã.
Em comunicado, a empresa explica que os acessos estão encerrados devido "à necessidade de proteger os equipamentos de actos de vandalismo ou de furto" e ainda para "evitar a ocorrência de acidentes que possam vitimar terceiros" que acedam à obra.
Contrariando as declarações do presidente da Câmara de Aveiro, que considerou o bloqueio dos acessos ao estádio como um crime, a Somague diz tratar-se do "exercício legítimo de salvaguarda dos seus bens e dos bens que estão à sua guarda", bem como o cumprimento do dever "de evitar a ocorrência de danos a terceiros".
O presidente da autarquia, Alberto Souto, havia dito antes à Lusa que na origem do protesto estava a falta de pagamento, por parte do Instituto de Estradas de Portugal (IEP), de 7,5 milhões de euros (1,5 milhões de contos) ao empreiteiro responsável pelas acessibilidades do estádio, a Somague.
A empresa diz agora em comunicado que a suspensão da obra se deve ao "gravoso atraso no pagamento de valores devidos pela Câmara Municipal de Aveiro e já vencidos, que ascendem já, nesta data, a cerca de quatro milhões de euros".
O autarca explica que a Câmara Municipal de Aveiro, intermediária no pagamento ao empreiteiro da obra (Somague), cuja responsabilidade é do IEP, "apenas recebeu 500.000 euros de um total de mais de cinco milhões de euros".
Alberto Souto informou entretanto que já estava agendada, para as 15:30 de hoje, uma reunião entre a Câmara e o IEP, na sede daquele instituto, em Lisboa, onde será abordado o assunto.
Lembrou ainda que este protesto da Somague "nada tem a ver com o estádio, apenas com as empreitadas dos acessos ao recinto", e que este facto tinha sido transmitido ao ministro adjunto do primeiro-ministro, José Luis Arnaut.
Compreendendo os motivos do protesto da Somague, Alberto Souto critica a atitude dos responsáveis da empresa por terem impedido o acesso a uma obra licenciada, acto que configura um crime.
"Aceito a insatisfação, mas condeno o acto e só espero que o bom senso prevaleça e que tudo se resolva rapidamente", disse o autarca.
Fonte: Lusa
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João Oliveira