"Todas as pessoas, pelo menos uma vez, já votaram em mim; e toda a gente já, por uma vez, votou contra mim." Mário Soares.
Eu nunca votei nem votaria em Soares. Não o sinto como representante da minha geração, não acho que a sua eleição contribua em nada para o esclarecimento da real situação do país nem para a sua melhoria.
Candidatos? Vejo poucos com a necessária qualidade. E como sou monárquico, por natureza já tenho meu voto quase definido.
(Publicado Originalmente em "O Eleito")
segunda-feira, 31 de outubro de 2005
8 comentários:
O Notas de Aveiro não é responsável pelos comentários aqui escritos e assumidos pelos seus autores e a sua publicação não significa que concordemos com as opiniões emitidas. No entanto, como entendemos que somos de alguma forma responsáveis pelo que é escrito de forma anónima não temos pejo em apagar comentários...
Por isso se está a pensar injuriar ou difamar pessoas ou grupos e se refugia no anonimato... não se dê ao trabalho.
Não sabemos se vamos impedir a publicação de anónimos. É provável que o façamos. Por isso se desejar continuar a ver os seus comentários publicados, use um pseudónimo através do Blogger/Google e de-se a conhecer para notasaveiro@gmail.com.
João Oliveira
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O JMO está no direito de entender que Mário Soares não representa a sua geração. E um homem de 66 anos, será que representa?
ResponderEliminarFiquei a saber que JMO é monárquico. Um dia havemos de falar do estado em que a monarquia ao fim de centenas de anos deixou este país...Há por aí muita memória curta...
desculpa João mas há um candidato com muita qualidade, O Prof. Cavaco Silva é sem dúvida um excelente candidato.
ResponderEliminarMonarquico ? Ai esse sentido elitista ...P'ra onde vais Portugal ?
ResponderEliminarCaro João Oliveira
ResponderEliminarNa sua opinião uma pessoa por ser de determinada familia terá maior capacidade para representar
Portugal do que outra qualquer?Simão
Caro Simão e outros anónimos,
ResponderEliminaro assunto está a ser discutido no blog que indiquei, onde se argumentam várias coisas. Respondo de forma curta, um rei é preparado a vida inteira para as suas funções, é mais apartidária e apolitico que qualquer presidente e tem um maior sentido de Estado e de nação. Mas o assunto não se restringe a isso. Pode visitar http://arespublicaemdebate.blogspot.com
Sobre a frase de Mário Soares o mais relevante é notar a sua capacidade de auto avaliar o seu percurso.
ResponderEliminarAlguem que tem a capacidade de se desenvergonhar, de ser autêntico, de não esconder o que é.
É essa verdade, esse modo de estar genuino e espontâneo que escasseia na politíca portuguesa.
Tudo o mais, com honrosas excepções, são actores calculistas que medem, passo a passo, o melhor caminho para chegar ao poder.
E o pior é que começam de pequeninos...
Ó glória de mandar, ó vã cobiça
ResponderEliminarDesta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
Cûa aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles exprimentas!
Dura inquietação d'alma e da vida,
Fonte de desemparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios!
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo dina de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana.
Soares pensa que está em 96 e que todos os portugueses de uma forma ou de outra, a favor ou contra, consideram-no "presente". Não é. 10 anos é muito tempo, o suficiente para uma geração votar sem se lembrar do que ele e Cavaco foram.
ResponderEliminarAliás o que aqui disse também serve para Cavaco, estamos a votar em figuras do passado, talvez porque as do presente são demasiado medíocres e cobardes para "irem a jogo".