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quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Virgilio Nogueira

Recebi há alguns minutos um email do Virgilio Nogueira avisando-me que iria responder aos anónimos que escreveram sobre ele no post anterior. Dei-lhe os parabéns pessoais porque não tolero faltas de carácter de anónimos cobardes.
Depois de me mandar o texto, vi que era mais do que um mero texto para a caixa de comentários. Apaguei-o de lá e coloco-o aqui. E renovo-lhe os parabéns pela atitude.

"Tenho muito respeito e consideração pelas pessoas, independentemente da sua condição profissional ou social. Julgo que todas as profissões honestas são dignas e nenhuma me envergonharia. Sentir-me-ia bem atrás de um balcão de uma hamburgaria se não tivesse por cliente um anónimo e covarde.

Agradeço as tuas palavras, João, mas algumas acho-as injustas, em especial aquelas que se dirigiam ao Senhor Jaime Borges. Conheço algum do seu longo percurso de serviço público, colaborei na homenagem que lhe foi feita após ter cumprido o mandato como Vereador da Cultura, pelo que me permito deixar-te esta menção.

Nadei na nossa ria, aprendi a remar nos Galitos, mas tenho aversão à lama. Por isso evito-a. Ainda por cima quando ela oculta alguém, que não o tendo, pretende atingir o meu carácter.

As pessoas que estão de boa-fé, como tu, reconhecerão que, de facto, não fiz muito pela nossa cidade, pela cultura, mas que ainda assim já dediquei algum tempo a abraçar causas e casas, por onde me deu muito prazer passar e onde colhi ensinamentos úteis para a minha formação cívica.

Estive, como recordarás, pois eras colaborador nesse jornal, no Litoral, como Coordenador de Edição. Procurei ajudar o CETA, como vogal da Direcção, durante 4 anos, 2 mandatos, tendo a felicidade de colaborar nas obras de requalificação do Teatro de Bolso. Já estive nos órgãos sociais da Cooperativa de Artesanato «A Barrica» e na Mesa da Assembleia do Cineclube de Aveiro. Fui convidado e integrei a Comissão de Toponímia da Câmara Municipal de Aveiro. Já publiquei artigos, que sei que leste, em publicações, inclusive no Boletim Cultural do Município de Aveiro. Já dei a cara pelas minhas opiniões dezenas de vezes no Diário de Aveiro e no O Aveiro. Presidi a uma Associação Juvenil que tem um património curto mas generoso no que concerne a actividades realizadas: muitos lembrarão a ?Open House? em que foste parceiro na organização, os concertos com bandas locais aveirenses, as exposições com jovens pintores, fotógrafos, enfim...

Sei que há gente da minha idade que já fez muito mais pela nossa cidade.

Também já ?fiz? uma licenciatura, uma pós-graduação e mestrado, e o tempo não terá dado para tudo. Por que sou uma pessoa de convicções também tenho tido uma militância activa num Partido Político e o tempo, inexorável, não sobeja.

Foram 8 anos de Orquestra Filarmonia. Dizem que ninguém é bom juiz em causa própria. Mas, no meu íntimo habita um grande orgulho por ter tido a oportunidade de ajudar ao seu nascimento e ao seu crescimento, sabendo que essa é etapa mais difícil.

Presumo nunca me ter eximido a nenhuma responsabilidade. Pela Orquestra Filarmonia passaram 3 Direcções e foram os seus membros quem me puderam avaliar devidamente, no contacto quotidiano. Não aceito, não admito, avaliações espúrias, maldosas, produzidas sob anonimato, de alguém que não me conhecendo me pretende aliciar para o seu estilo, para o seu nível. Sei que não vou por aí.

A Filarmonia por mérito de muita gente tornou-se uma instituição prestigiada e, se alguns créditos possuo, eles estão associados aos 70 acordos financeiros assinados com entidades da região, na renegociação do contrato de incentivo financeiro com a tutela, no crescimento do programa pedagógico «Música na Escola», na iniciativa do programa Orquital, numa gestão corrente com práticas administrativas eficientes.

Hoje já sabemos que os músicos que intentaram os processos judiciais contra a Orquestra Filarmonia reclamando Contratos de Trabalho não assinaram os que lhes foram propostos, forçando a Orquestra a uma outra solução, podendo o público, assim, finalmente, entender qual era o objectivo final dessas acções judiciais que conduziram à ruptura que todos lamentamos!

Sei bem que ter uma actividade pública representa exposição e crítica. Não me incomoda que assim seja, desde que ela se expresse com lealdade, venha assinada, seja sustentada e honesta.

Quem me conhece, como tu João, sabe que não vivo de vaidades vãs, convivo com a lúcida consciência da transitoriedade das coisas. Como nos conta a narrativa do Velho Oeste, depois do pistoleiro mais rápido virá sempre um pistoleiro ainda mais rápido.

Como sabes, ajudei na concepção do programa eleitoral da Coligação, e foi-me dada, agora, a oportunidade de ajudar a concretizá-lo. Espero que ao fazê-lo contribua para que Aveiro seja melhor. Enquanto acreditar neste projecto e essa confiança for recíproca, tudo farei, no dia-a-dia, para continuar a ter orgulho e a consciência limpa com que me subscrevo!

Um abraço,

Virgílio Nogueira"

13 comentários:

  1. Eu só gostaria que o Sr. Vergilio fizesse um pouco de mea culpa. Já todos sabem a grande incapacidade que teve frente à Filarmonia. Li todos os jornais atentamente e sei bem o nivel de respostas e a grande capacidade de mentira que o Sr. Vergilio era constantemente apanhado (Diário de Aveiro/Público). Nessa altura fiquei com péssima impressão dele. Evitava jornalistas (público), evitava a clareza lançando mentiras compulsivas e ridiculas numa vã tentativa para fugir às responsabilidades (Diário de Aveiro, etc...). Aliás nesta resposta sinto uma certa apreensão com tamanha necessidade de afirmação face a comentários mais criticos à sua acção. Parece-me no mínimo "sui Generis" e achei o texto todo vazio de qualquer intenção que não fosse mais uma vez o tentar a defesa indefensavel. O Sr. falhou.

    O que espero é que não falhe desta vez. Concordo com o post acima, o CV do Sr. Vergilio é inconsistente e débil para o cargo que ocupa. Desejo-lhe a melhor sorte e um rápido crescimento.

    Espero mudar a opinião francamente negativa que tenho e que é partilhada por todos os que leram o caso Filarmonia. Uns esquecem, outros não querem ver e há quem não perceba.

    Boa Sorte. (tambem sem ironia)

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  2. Caro Virgílio (e não Vergílio como distraidamente (?) escrevem os dois comentadores que me precedem), o 31 começou mais cedo do que havíamos previsto. Nada de surpreendente. Quem vai na frente sujeita-se a levar pontapés dos que normalmente andam atrás.
    Força, coragem. Escuso-me de relevar a competência e dedicação, porque são notórias e inquestionáveis.
    Parabéns e felicidades
    C.D.

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  3. Caro VIrgílio,
    Reparei, qd li as suas explicações, que se esqueceu de contar que, quando a filarmonia ia acabar, teve o cuidado de se indemnizar integralmente (foram seis mil e tal contos, não foram???) deixando os músicos sem dinheiro para alimentar os filhos.
    Nunca se esqueça deste elemento, tão importante no seu cv.

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  4. JMO,
    EScusa de apagar o comentário anterior alegando que se trata de boato ou que ofende alguém.
    É verdade, está documentada e, que se saiba, a verdade não é ofensiva...
    Vamos ver se o JMO consegue ser imparcial!!!

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  5. Tem razão, escuso de apagar. Porque nada me move contra um ou contra outros. Só questiono o uso parcimonioso da informação que detem:
    Foi a Direcção que propos o momento e o valor da indemnização (como merecem todos o pessoal despedido); a CMA tinha pleno conhecimento disso; toda a Filarmonia se mantém, mesmo alguns que os músicos tanto criticaram - porque não a reintegração, dado que os pressupostos do despedimento não se mantiveram; e já agora, porque os elementos da Orquestra se mantêm e uma boa parte deles tem ouras actividades, ou pelo menos tinham.

    Não use só metade da informação que tem. Quando a usar toda, pode-me chamar de parcial. Só não gosto que ataquem quem é, neste momento, o único "martir" da OFB, que até parece estar com problemas financeiros... Afinal não era do director executivo...

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  6. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  7. Acabou. O uso sucessivo de insultos e de baixeza pessoal fica com o anónimo que o escreveu. Não ouse sequer argumentar, ok?

    Aliás, posso-lhe dizer que não é seuqer bemvindo a este blog.

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  8. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  9. Custa-me realmente que tivesse apagado o último post. Usou de má fé só porque foi atinigido onde mais doi. E ainda por cima com provas que estão à vista.

    Um blogue é um espaço de opinião livre, a calúnia só o é quando não suportada por provas.

    Bom blogue de discussão apesar de tudo.

    Diogo

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  10. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  11. Não conheço o Sr. Virgílio. Também não conheço pessoalmente o Sr. JMO.
    No entanto já tive oportunidade de referir isso num comentário que fiz neste blog (ontem nas Empresas Municipais). Como referiu anteriormente o Digo, um blog é um espaço de discussão. Tal e qual: DISCUSSÃO. Não tem que ser fofoquice, nem atques e calúnias pessoais. Muito menos quando elas são camufladas pelo anonimato ou pelo disfarce de nomes irreais.
    Por outro lado, também entendo que quem se dá a responder a esses pretensos comentários cívicos, só facilita e provoca este tipo de atitudes... bem sei que quem não se sente não é filho de boa gente. Mas na maioria dos casos, a indiferença é a melhor resposta.
    Reafirmo que não conheço o Sr. Virgilio, mas não me parece que o Presidente da Câmara escolhesse para seu adjunto alguém sem qualquer qualidade profissional, cívica e social.

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  12. Caro Anónimo dos cabelos brancos,

    eu não estou a por em causa o que diz. Mas este espaço, como já várias vezes afirmei, é de discussão e não de calúnia. Os amigos são os amigos mas isto nem é uma questão de amizade: quem quiser dizer o que pensa, manda o seu nome verdadeiro e um email para mim, como o Virgilio fez, e depois aceita as consequencias dos seus actos.

    Caso contrário, quem fica em risco sou eu.

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  13. Fim de comentários a este post, quem quiser comentar a sério, mande-me um email para jmo@esoterica.pt

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