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terça-feira, 9 de agosto de 2005
Um caso interessannte...
Este é o que se chama um caso que não devia ser normal. Mas infelizmente é. Porque temos, nós, cidadãos, um medo terrível de exigir o que é nosso. Aliás, a coisa que mais me irrita é os autarcas, deputados e outros lembrarem aos cidadãos que têm o "direito à indignação". Não, o que os cidadãos têm é o direito à informação, a serem tratados segundo as leis e com a parcimónia, o respeito e as regras devidas.
Isto por causa de uma pequena crónica de Jacinto Martins, já com alguns dias, mas que vale a pena reproduzir. É muito simples. Um tribunal exigiu que uma autarquia decidisse!
O Tribunal Administrativo de Viseu condenou a Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha a decidir sobre um pedido de licenciamento de construção de umas moradias, por já terem passado todos os prazos em que o devia ter feito.Em Novembro de 2004, João Luís Santos e Jacinto Nogueira da Silva apresentaram na Câmara de Albergaria-a-Velha um pedido de aprovação do projecto de construção de umas vivendas no Sobreiro, em zona abrangida pelo Plano Director Municipal (PDM), e aí considerada como destinada a construção.A verdade é que decorreu o prazo para a emissão do parecer, o que, segundo a lei, significaria que não havia obstáculos ao licenciamento da obra, por parte daquela entidade. No entanto, porque continuasse a não haver decisão sobre o projecto, aqueles requerentes apresentaram no Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu um processo contra a Câmara Municipal, de "intimação judicial para a prática de acto legalmente devido".Depois de a Câmara ter prometido ao tribunal que iria decidir em Abril, acabou por não o fazer.E por isso, o tribunal, por decisão de Julho, intimou a Câmara a pronunciar-se sobre o projecto, "no prazo máximo de quinze dias", mais decidindo que "em caso de incumprimento será aplicada sanção pecuniária compulsória". Perante esta intimação, e a ameaça da sanção pecuniária, a Câmara decidiu e aprovou o projecto de arquitectura em deliberação de 20 de Julho.Os requerentes vão apresentar em tribunal um pedido de indemnização contra a Câmara, por ter demorado a decidir, "o que lhes está a causar prejuízos". Jacinto Martins
Parabéns Jacinto, por nos lembrares destes direitos que muitas pessoas se esquecem.
Isto por causa de uma pequena crónica de Jacinto Martins, já com alguns dias, mas que vale a pena reproduzir. É muito simples. Um tribunal exigiu que uma autarquia decidisse!
O Tribunal Administrativo de Viseu condenou a Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha a decidir sobre um pedido de licenciamento de construção de umas moradias, por já terem passado todos os prazos em que o devia ter feito.Em Novembro de 2004, João Luís Santos e Jacinto Nogueira da Silva apresentaram na Câmara de Albergaria-a-Velha um pedido de aprovação do projecto de construção de umas vivendas no Sobreiro, em zona abrangida pelo Plano Director Municipal (PDM), e aí considerada como destinada a construção.A verdade é que decorreu o prazo para a emissão do parecer, o que, segundo a lei, significaria que não havia obstáculos ao licenciamento da obra, por parte daquela entidade. No entanto, porque continuasse a não haver decisão sobre o projecto, aqueles requerentes apresentaram no Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu um processo contra a Câmara Municipal, de "intimação judicial para a prática de acto legalmente devido".Depois de a Câmara ter prometido ao tribunal que iria decidir em Abril, acabou por não o fazer.E por isso, o tribunal, por decisão de Julho, intimou a Câmara a pronunciar-se sobre o projecto, "no prazo máximo de quinze dias", mais decidindo que "em caso de incumprimento será aplicada sanção pecuniária compulsória". Perante esta intimação, e a ameaça da sanção pecuniária, a Câmara decidiu e aprovou o projecto de arquitectura em deliberação de 20 de Julho.Os requerentes vão apresentar em tribunal um pedido de indemnização contra a Câmara, por ter demorado a decidir, "o que lhes está a causar prejuízos". Jacinto Martins
Parabéns Jacinto, por nos lembrares destes direitos que muitas pessoas se esquecem.
1 comentário:
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João Oliveira
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Terá sido desprezo pelo cidadão ou houve interesses de terceiros em atrasar a dita construção? ...
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