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quinta-feira, 7 de julho de 2005
Passivo reduzido...
Quase nem queria acreditar. Depois de não utilizar, quase durante todo o mandato, o site da Câmara para informações de cariz mais do que lúdico ou meras informações ao cidadão, finalmente vejo um comunicado - nota do Gabinete da Presidência no site do municipio... E logo o conhecido caso da divida que deixou de ser!
Para o JN, que tentou falar com o Presidente da Câmara, as explicações são de doidos: imaginação? Por amor de Deus...
Para diminuir uma divida de curto prazo há soluções e estão todas tipificadas: alienação de património, transformação de dívida de curto prazo em médio longo ou passagem de património municipal para leasing (a lógica do comprar, vender ao banco para receber financiamento...)
A demonstração da soberba e da falta de saber estar é dada por não divulgar a forma como obteve esta diminuição, dada a apropriação mediática por a conseguir...
O comunicado, assinado pelo chefe de gabinete no site da Câmara
A noticia do JN sobre o assunto
O comentário, abaixo reproduzido, de António Salavessa
Comentário de António Salavessa anúncio da redução do passivo da Câmara Municipal de Aveiro
Merece registo a notícia que hoje foi divulgada, seguramente em nome da Câmara Municipal, pelo respectivo chefe do Gabinete da Presidência, Filipe Teles, segundo a qual o passivo de curto prazo do Município é agora de ?apenas? ligeiramente superior a 19 milhões de euros, observando-se, segundo a mesma fonte, uma redução desse passivo em cerca de 8 milhões de euros desde o dia 20 de Junho.
Só não posso classificar como ?notável? tal redução porque o informante preferiu omitir qual a fonte de receitas que permitiu tal ?milagre? nas contas municipais.
Como nem Filipe Teles, nem Alberto Souto possuem aquele dom que permitia ao Rei Midas transformar em ouro tudo o que tocasse e como não consta que exista na Câmara qualquer impressora de notas de banco, a única fonte de recursos que nos parece plausível para esta redução é a da venda de património municipal. Algum anel ou alguns anéis do município terão sido alienados.
Nesta perspectiva é inadmissível o silêncio da Câmara sobre a origem dos fundos. O município não é uma quinta privada do Presidente da Câmara da qual possa dispor a seu bel-prazer, sem sequer informar vereadores da oposição e a Assembleia Municipal.
E se alguma reserva ou algum segredo pudessem ser admitidos numa fase negocial agora já nada os justifica.
Se a Câmara afirma que reduziu o passivo de curto prazo a sua obrigação é informar como. E cada hora que passa sem essa explicação ser dada a justifica mais justificada se torna a suspeita de que nem tudo possa estar bem por detrás do que é afirmado. Se algum bem municipal foi alienado é bom que se saiba qual (quais), para quem e em que condições.
E já que a Câmara demostra tanto entusiasmo com esta redução do passivo de curto prazo, será necessário que se recorde que, mesmo com esta redução, tal passivo continua muito superior aos 13,4 milhões de euros que atingia no início deste mandato, em Janeiro de 2001, e 11 vezes maior do que em Dezembro de 1998 (1,7 milhões de euros), isto no final do primeiro ano de Alberto Souto como Presidente da Câmara.
A situação continua preocupante. Continua a fazer todo o sentido um contrato de saneamento financeiro da Câmara Municipal.
Aveiro, 6 de Julho de 2005
António Salavessa
Membro da Assembleia Municipal de Aveiro
Cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal de Aveiro
Para o JN, que tentou falar com o Presidente da Câmara, as explicações são de doidos: imaginação? Por amor de Deus...
Para diminuir uma divida de curto prazo há soluções e estão todas tipificadas: alienação de património, transformação de dívida de curto prazo em médio longo ou passagem de património municipal para leasing (a lógica do comprar, vender ao banco para receber financiamento...)
A demonstração da soberba e da falta de saber estar é dada por não divulgar a forma como obteve esta diminuição, dada a apropriação mediática por a conseguir...
O comunicado, assinado pelo chefe de gabinete no site da Câmara
A noticia do JN sobre o assunto
O comentário, abaixo reproduzido, de António Salavessa
Comentário de António Salavessa anúncio da redução do passivo da Câmara Municipal de Aveiro
Merece registo a notícia que hoje foi divulgada, seguramente em nome da Câmara Municipal, pelo respectivo chefe do Gabinete da Presidência, Filipe Teles, segundo a qual o passivo de curto prazo do Município é agora de ?apenas? ligeiramente superior a 19 milhões de euros, observando-se, segundo a mesma fonte, uma redução desse passivo em cerca de 8 milhões de euros desde o dia 20 de Junho.
Só não posso classificar como ?notável? tal redução porque o informante preferiu omitir qual a fonte de receitas que permitiu tal ?milagre? nas contas municipais.
Como nem Filipe Teles, nem Alberto Souto possuem aquele dom que permitia ao Rei Midas transformar em ouro tudo o que tocasse e como não consta que exista na Câmara qualquer impressora de notas de banco, a única fonte de recursos que nos parece plausível para esta redução é a da venda de património municipal. Algum anel ou alguns anéis do município terão sido alienados.
Nesta perspectiva é inadmissível o silêncio da Câmara sobre a origem dos fundos. O município não é uma quinta privada do Presidente da Câmara da qual possa dispor a seu bel-prazer, sem sequer informar vereadores da oposição e a Assembleia Municipal.
E se alguma reserva ou algum segredo pudessem ser admitidos numa fase negocial agora já nada os justifica.
Se a Câmara afirma que reduziu o passivo de curto prazo a sua obrigação é informar como. E cada hora que passa sem essa explicação ser dada a justifica mais justificada se torna a suspeita de que nem tudo possa estar bem por detrás do que é afirmado. Se algum bem municipal foi alienado é bom que se saiba qual (quais), para quem e em que condições.
E já que a Câmara demostra tanto entusiasmo com esta redução do passivo de curto prazo, será necessário que se recorde que, mesmo com esta redução, tal passivo continua muito superior aos 13,4 milhões de euros que atingia no início deste mandato, em Janeiro de 2001, e 11 vezes maior do que em Dezembro de 1998 (1,7 milhões de euros), isto no final do primeiro ano de Alberto Souto como Presidente da Câmara.
A situação continua preocupante. Continua a fazer todo o sentido um contrato de saneamento financeiro da Câmara Municipal.
Aveiro, 6 de Julho de 2005
António Salavessa
Membro da Assembleia Municipal de Aveiro
Cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal de Aveiro
9 comentários:
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Por isso se está a pensar injuriar ou difamar pessoas ou grupos e se refugia no anonimato... não se dê ao trabalho.
Não sabemos se vamos impedir a publicação de anónimos. É provável que o façamos. Por isso se desejar continuar a ver os seus comentários publicados, use um pseudónimo através do Blogger/Google e de-se a conhecer para notasaveiro@gmail.com.
João Oliveira
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Vou pagar os impostos municipais com «imaginação»!
ResponderEliminarA que ridículo esta câmara de aveiro chegou...
O António Salavessa é um Senhor. Pessoa íntegra e acima de suspeitas. Faz bem denunciar estas jogadas mediáticas para tentar enganar os tolos.
ResponderEliminarO presidente da Câmara de Aveiro tem estofo de Houdini... A dívida baixou e, um dia destes, até desaparecerá. Pena é que o Houdini tenha sido não um mago mas um ilusionista... Este passe de mágica também não passa de uma ilusão...
ResponderEliminarSusana Esteves
Viva quem sabe jogar. Pois de conservadores sem jeito ou feitio estamos fartos. Salazar de tão direitinho entortou-nos a todos.
ResponderEliminarBravo Sr. Presidente. Continue a lutar.
P.S. - Mas lute devagarinho, não tenhamos que declarar falência...
ResponderEliminarDeclare pois então. Não é preciso ser um mago de finanças para perceber que declarar falência tem as suas oportunidades. Que tipos estranhos são.
ResponderEliminarNuma autarquia?????
ResponderEliminarOnde chega a má-fé... Vamos lá lixar os nossos...
Sabe o que aconteceu noutras autarquias que deram Falência Técnica?
ResponderEliminarSe não sabe, cale-se. O problema deste blogue é que todos opinam sem saber.
Deve ser redutos da idade média. Ignorância e medo.
Uhhhh!
ResponderEliminarEstou cheio de medo... Só é pena não saber de quem! EhEhEh!