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quarta-feira, 13 de julho de 2005

Passivo reduzido...

Como referi no post sobre o passivo, Alberto Souto não poderia fazer invenções... Assim, passou divida de curto prazo para divida de longo prazo. Entre elas uma divida à SUMA.

Convém saber se foi só à SUMA. Por duas razões muito simples. Primeiro, porque só se faz a gestão de uma divida de curto prazo para divida de longo prazo quando não se consegue responder - falta de liquidez da mesma - às exigências financeiras. Desta forma, a empresa que faz a renegociação estabelece uma taxa de juro e uma cadência de pagamentos.

Por outro lado, gostavamos de saber se há empresas privadas de construção civil no rol das que renegociaram. Caso haja, convém ter atenção a outras formas de ressarcimentos tão em voga nos municípios - o aumento das cérceas de construção ou a vitória em concursos públicos...

A verdade é muito simples: a Câmara de Aveiro aumentou o passivo. Porque teve que adicionar os juros. Mas também há um lado positivo a realçar: assumiu que não podia pagar a curto prazo.

11 comentários:

  1. João:
    Estás a ficar esperto.
    A continuar assim ainda vais para ministro das Finanças do cantor Pereira.

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  2. Magia barata, caro João. JF

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  3. magia, manobras...não me surpreende nada, já estava à espera que a soluçao milagrosa fosse algo deste genero!!!

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  4. E é uma solução muito boa. Depois de lerem uns manuais de economia irão aprender.

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  5. Tambem acho. Este presidente é sólido e resolve bem as coisas. Não há riqueza sem investimento.

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  6. Caros anónimos,

    Ler livros de economia, tenho lido.E de gestão. Se calhar veriam-me a aplaudir a decisão camarária se fosse outro tipo de investimentos. Mas não se esqueçam de uma coisa: a divida é da recolha dos lixos. Digamos que uma despesa corrente, como em nossa casa o serão a luz, água ou gás. E se vocês estiverem a acumular essas despesas e a transformarem em dividas são maus gestores. Ponto final.

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  7. Caro JMO, imagine se consegue converter despesas correntes em dividas de longo prazo. Continua a paga-las e evita mais confusões. Próximo passo, ir pagando as dividas em pacotes. O pagamento por pacotes evita a burocracia das letras e é algo de muito comum nos EUA. Permitiu o desenvolvimento sustentado durante os anos 90. Só por isso é que falo assim. Pelo conhecimento e prática. Não me leve a mal mas nós os aveirenses somos um pouco saloios.

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  8. Saloio e cobarde é quem vem com teorias e sabedorias sem assinar por baixo.

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  9. Va lá. Nada de insultos. Quanto ao primeiro anónimo, eu já disse e repito. Fazer gestão de tesouraria é algo de correcto e deve ser de aplaudir pois adequamos a nossa gestão aos recebimentos. No que respeita a despesas correntes, isso não é boa gestão. Porque todos os meses a CMA recebe uma factura nova. Não está a amortizar investimentos em capital. Pura e simplesmente está a viver com o que não pode. Como o país.

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  10. Os comentários do blog estão a meu ver a descer de qualidade pois não basta ir à feira do livro comprar dois compêndios de economia para se ficar um expert na área. Deixem aqui dar a humilde opinião de quem não acredita nos políticos, de economia pouco percebe, mas tem alguma experiência acumulada ao longo de 15 anos de serviço público a trabalhar nesta área.
    - As despesas de investimento de uma empresa, ou as despesas de capital nos organismos públicos, devem ser cobertas por capitais permanentes. Estes capitais permanentes são basicamente constituídos por capitais próprios (que incluem os subsídios estatais e comunitários) e capitais alheios de médio e longo prazo que podem ser obtidos junto dos fornecedores (pagamentos escalonados no médio/longo prazo)ou junto de instituições financeiras (empréstimos bancários de médio e longo prazo). É uma regra fundamental que se não for rigorosamente cumprida vai, mais dia menos dia, criar problemas de tesouraria à organização.
    Uma vez que se entende que estas despesas são feitas em investimentos reprodutivos (isto é aquelas que geram meios para se pagarem) os prazos dos pagamentos da dívida devem, por principio, corresponder às datas das libertações dos meios geradas pelos investimentos.
    - Aveiro necessitava e ainda necessita de muitos e variados investimentos (muitos deles não economicamente mas apenas socialmente reprodutivos o que agrava o problema), sendo certo que, nos que foram feitos, nem sempre foi acautelado o príncipio de os financiar através de capitais permanentes.
    - Infelizmente na ânsia de se fazer obra foram (mal)feitos alguns investimentos, de avultado montante, como o estádio, que não são economicamente nem socialmente reprodutivos e ainda por cima, pelo que se sabe, tiveram uma incorrecta cobertura financeira, o que veio agravar a já periclitante situação financeira da Câmara.
    - O trabalho que se está a fazer de consolidar dívidas está correcto e serve para emendar a mão dos erros cometidos. Pena é que seja feito agora e como última solução, porque de facto não haveria condições para pagar as dívidas que agora se estão a vencer. Como última solução o fornecedor aceita (com que custos?) consolidar a dívida.
    Espanta que este facto seja utilizado publicamente como um grande feito de "diminuição da dívida".
    -Pelo contrário é preocupante que se estejam a consolidar dívidas resultantes de despesas correntes cujas receitas há muito deram entrada nos cofres municipais (SUMA) e, de acordo com o que vem a ser dito nos jornais, se acumulem outras dívidas como da água (Carvoeiro), esgotos (Simria) etc. cujas receitas há muito foram recebidas e gastas.
    - Mais preocupante é saber se, no futuro, Aveiro, mesmo diminuindo ou até paralisando todo o muito investimento que ainda é necessário fazer, tem capacidade financeira para ir cumprindo com os seus compromissos agora reforçados com estas consolidações.
    Se olharmos para o que aconteceu o ano passado a resposta é negativa e o estado da economia não nos permite adivinhar nada de melhor.
    - Daí resultar, para que dentro de algum tempo Aveiro não passe por vergonhas que não merece e na tentativa de colmatar todas as asneiras que tem vindo a ser feitas, a absoluta necessidade de, imediatamente, se aplicarem (de forma reforçada)em Aveiro as medidas que foram aplicadas no País:
    - Diminuição de despesas (diminuição pessoal, eliminação das despesas sumptuárias, racionalização da despesa corrente, restrições, etc.
    - Aumento de receitas (taxas, coimas, impostos etc).
    - Estas medidas são impopulares e estamos em ano eleitoral em que é normal reforçar os gastos autarquicos "captadores de votos".
    Obviamente não vão ser tomadas e o discurso oficial vai continuar a ser que está tudo sob controle e o Dr. Alberto Souto vai novamente, à falta de melhor candidato, ganhar as eleições com larga maioria.
    - Ai de nós! Lá para Janeiro conversaremos de novo. Á cautela estudemos um concelho para onde poderemos mudar. Infelizmente nenhum aqui à volta é solução.
    GMMS

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João Oliveira

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