Páginas
quinta-feira, 1 de dezembro de 2005
Souto acusa todos de "Inveja"
Esta não podia deixar passar. Caro Raul Martins, Pedro Silva, eu próprio e os Ulisses e Gilbertos desta vida: Alberto Souto acusa-nos a todos de inveja porque, depois de impostos, Miguel Lemos só ganha 680 contos dos antigos...
E?
Mas alguém aqui, nesta blog, falou do valor em causa? Eu não, que me lembre o Dr. Raul Martins também não. E nos comentários, somente alguns.
O que se está a falar aqui é de uma escolha de um elemento que fez parte do juri de um concurso e ex-administrador de uma empresa para ser o director geral da mesma empresa com um contrato de quatro anos quando se sabia que o sócio maioritário dessa empresa (CMAveiro) ia a votos passado um mês. Contrato leolino não pelos valores mas por ser de 4 anos e não admitir periodo experimental.
Quanto a Miguel Lemos ter sido um gestor de duas empresas e ganar por uma, queria lembrar ao presidente da C.M.Aveiro que estava no direiro dele de não aceitar essa situação. Queria lembrar ao Dr. Alberto Souto que o estudo de viabilidade económico-financeira da EMA é fraquissimo e foi gozado por todas as bancadas na A.Municipal (lembra-se) e a qualidade do da PDA (ambos da autoria de Miguel Lemos) não é melhor pois "apaga" toda a concorrência que os vários equipamentos poderiam ter - até eu fazia melhor.
Do historial dele na EMA e na PDA, desculpe mas lembro-me de não ter conseguido nenhuma acção de marketing brilhante das que pretendia. Também vi construir um estádio que POUCO ou nenhum APROVEITAMENTO comercial tem - aliás, dos que foram construidos de novo deve ser o pior nessa categoria e nada ter conseguido fazer lá de relevante ou de impacto nacional.
Quanto à PDA, a empresa apenas está a iniciar-se.
Quanto à noticia do Público, que transcrevo abaixo (agradeço ao Rui Baptista a citação, correctissima do pontpo de vista profissional) apenas pergunto uma coisa, dada a insistência de RB no assunto: o contrato foi assinado com a Visabeira ou acordado com a mesma e assinado pela PDA. Deveria ser isso que queria dizer.
A situação de Miguel Lemos é perto do insustentável e eu, se fosse a Visabeira, deixava-o cair. Mas alguém entende que uma empresa que vai pôr milhões num projecto tenha escolhido e "aguente" um director geral que não está nas boas graças do accionista maioritário. Esquisito. Se a Visabeira gosta assim tanto das qualidades de Miguel Lemos tem uma forma simples de o demonstrar: contrate-o para outro empreendimento qualquer...
Noticia do Público (disponível aos assinantes aqui)
Câmara de Aveiro pondera forçar a saída de Miguel Lemos do Parque Desportivo
Rui Baptista
O ex-administrador da PDA passou a director executivo na véspera das eleições, com
um salário superior a cinco mil euros
A Câmara Municipal de Aveiro está a ponderar a possibilidade de exercer os direitos conferidos pela sua posição como accionista maioritário da empresa municipal Parque Desportivo de Aveiro (PDA) para forçar a saída de Miguel Lemos do cargo de director executivo, para o qual foi contratado um par de meses antes das eleições autárquicas de 10 de Outubro. Existe vontade política para dispensar Lemos, mas o facto de este ter um contrato de quatro anos com a Visabeira (parceira da autarquia no PDA, com 49 por cento do capital) e de receber um salário ilíquido de 5800 euros são obstáculos aos desejos da maioria PSD/CDS-PP. Entretanto, o ex-presidente da câmara municipal, Alberto Souto, já saiu em defesa de Miguel Lemos, resumindo o caso a "uma ridícula questão de invejas".
Miguel Lemos era administrador da EMA (Empresa Municipal de Aveiro, que gere o novo estádio municipal) e da PDA. Nessa condição, presidiu ao júri de análise de propostas relativas ao concurso de aumento de capital da PDA e a abertura de 49 por cento do capital a um parceiro privado. O júri propôs à câmara a entrada da Visabeira como parceiro estratégico para o desenvolvimento do projecto, o que foi aprovado por unanimidade.
No início desta semana, ficou a saber-se que Miguel Lemos deixou os cargos de administrador do PDA em Julho, assinando no mês seguinte um contrato com a Visabeira como director executivo do PDA. O caso está a causar grande mal-estar dentro da coligação maioritária na câmara e até no seio do PS. Num texto publicado no blogue http://aveirolx.blogspot.com (mantido pelo ex-jornalista João Oliveira), o socialista Raul Martins (que, na data da assinatura do contrato entre Lemos e a PDA, era líder da bancada do PS na Assembleia Municipal) queixa-se de não ter sido informado da situação por Alberto Souto, o que, "no mínimo, teria sido um gesto de gentileza pessoal e política". E aconselha Miguel Lemos a abandonar o cargo voluntariamente, dizendo mesmo que se a actual câmara forçar a sua saída isso não pode "ser interpretado como um saneamento político".
Souto sai em defesa
de Lemos
Miguel Lemos já fez saber, no entanto, que está disposto a cumprir o contrato de quatro anos como director executivo do PDA. E ontem viu Alberto Souto sair em sua defesa. Em declarações ao PÚBLICO, o ex-autarca (que passou a professor de Direito Comercial na Faculdade de Direito de Lisboa) garante que não vê nenhuma ilegalidade nem conflito de interesses na posição de Miguel Lemos. E diz mesmo que Lemos está finalmente a receber um salário à altura das suas responsabilidades, pois, durante muitos anos, acumulou os cargos de administrador da EMA e do PDA recebendo apenas o vencimento de uma das empresas. "Os ataques a Miguel Lemos são uma realidade que não posso aceitar", diz, frisando que, depois de impostos, o novo director executivo do PDA recebe "apenas 680 contos na moeda antiga".
Questionado sobre se não teria sido mais sensato esperar pelo desfecho das eleições autárquicas para depois dar luz verde à passagem de Lemos para o cargo de director executivo, Souto dá uma resposta franca: "Toda a gente sabia que contávamos ganhar as eleições". O ex-edil refere ainda que a Visabeira não colocou nenhum entrave à passagem de Miguel Lemos de administrador a director executivo. "Temos que deixar estas decisões a quem está a investir no projecto", diz, resumindo tudo a um caso "inveja".
O ex-autarca, que está retirado da vida política, admite vir a público dar a sua versão se a actual câmara continuar a dar sinais públicos de que está descontente com a situação financeira herdada da gestão socialista. Numa entrevista à rádio Terra Nova, o vereador Pedro Ferreira antecipou que a dívida real da autarquia aveirense pode situar-se nos 170 milhões de euros. Para Souto, esses números estão incorrectos. "Estão a misturar dívidas de longo e curto prazo e ainda os encargos contraídos com a construção do estádio", resume, fixando a dívida de curto prazo da câmara em cerca de "20 milhões de euros".
Quanto à divida, voltamos amanhã, depois de ler a entrevista de Pedro Ferreira ao DA
E?
Mas alguém aqui, nesta blog, falou do valor em causa? Eu não, que me lembre o Dr. Raul Martins também não. E nos comentários, somente alguns.
O que se está a falar aqui é de uma escolha de um elemento que fez parte do juri de um concurso e ex-administrador de uma empresa para ser o director geral da mesma empresa com um contrato de quatro anos quando se sabia que o sócio maioritário dessa empresa (CMAveiro) ia a votos passado um mês. Contrato leolino não pelos valores mas por ser de 4 anos e não admitir periodo experimental.
Quanto a Miguel Lemos ter sido um gestor de duas empresas e ganar por uma, queria lembrar ao presidente da C.M.Aveiro que estava no direiro dele de não aceitar essa situação. Queria lembrar ao Dr. Alberto Souto que o estudo de viabilidade económico-financeira da EMA é fraquissimo e foi gozado por todas as bancadas na A.Municipal (lembra-se) e a qualidade do da PDA (ambos da autoria de Miguel Lemos) não é melhor pois "apaga" toda a concorrência que os vários equipamentos poderiam ter - até eu fazia melhor.
Do historial dele na EMA e na PDA, desculpe mas lembro-me de não ter conseguido nenhuma acção de marketing brilhante das que pretendia. Também vi construir um estádio que POUCO ou nenhum APROVEITAMENTO comercial tem - aliás, dos que foram construidos de novo deve ser o pior nessa categoria e nada ter conseguido fazer lá de relevante ou de impacto nacional.
Quanto à PDA, a empresa apenas está a iniciar-se.
Quanto à noticia do Público, que transcrevo abaixo (agradeço ao Rui Baptista a citação, correctissima do pontpo de vista profissional) apenas pergunto uma coisa, dada a insistência de RB no assunto: o contrato foi assinado com a Visabeira ou acordado com a mesma e assinado pela PDA. Deveria ser isso que queria dizer.
A situação de Miguel Lemos é perto do insustentável e eu, se fosse a Visabeira, deixava-o cair. Mas alguém entende que uma empresa que vai pôr milhões num projecto tenha escolhido e "aguente" um director geral que não está nas boas graças do accionista maioritário. Esquisito. Se a Visabeira gosta assim tanto das qualidades de Miguel Lemos tem uma forma simples de o demonstrar: contrate-o para outro empreendimento qualquer...
Noticia do Público (disponível aos assinantes aqui)
Câmara de Aveiro pondera forçar a saída de Miguel Lemos do Parque Desportivo
Rui Baptista
O ex-administrador da PDA passou a director executivo na véspera das eleições, com
um salário superior a cinco mil euros
A Câmara Municipal de Aveiro está a ponderar a possibilidade de exercer os direitos conferidos pela sua posição como accionista maioritário da empresa municipal Parque Desportivo de Aveiro (PDA) para forçar a saída de Miguel Lemos do cargo de director executivo, para o qual foi contratado um par de meses antes das eleições autárquicas de 10 de Outubro. Existe vontade política para dispensar Lemos, mas o facto de este ter um contrato de quatro anos com a Visabeira (parceira da autarquia no PDA, com 49 por cento do capital) e de receber um salário ilíquido de 5800 euros são obstáculos aos desejos da maioria PSD/CDS-PP. Entretanto, o ex-presidente da câmara municipal, Alberto Souto, já saiu em defesa de Miguel Lemos, resumindo o caso a "uma ridícula questão de invejas".
Miguel Lemos era administrador da EMA (Empresa Municipal de Aveiro, que gere o novo estádio municipal) e da PDA. Nessa condição, presidiu ao júri de análise de propostas relativas ao concurso de aumento de capital da PDA e a abertura de 49 por cento do capital a um parceiro privado. O júri propôs à câmara a entrada da Visabeira como parceiro estratégico para o desenvolvimento do projecto, o que foi aprovado por unanimidade.
No início desta semana, ficou a saber-se que Miguel Lemos deixou os cargos de administrador do PDA em Julho, assinando no mês seguinte um contrato com a Visabeira como director executivo do PDA. O caso está a causar grande mal-estar dentro da coligação maioritária na câmara e até no seio do PS. Num texto publicado no blogue http://aveirolx.blogspot.com (mantido pelo ex-jornalista João Oliveira), o socialista Raul Martins (que, na data da assinatura do contrato entre Lemos e a PDA, era líder da bancada do PS na Assembleia Municipal) queixa-se de não ter sido informado da situação por Alberto Souto, o que, "no mínimo, teria sido um gesto de gentileza pessoal e política". E aconselha Miguel Lemos a abandonar o cargo voluntariamente, dizendo mesmo que se a actual câmara forçar a sua saída isso não pode "ser interpretado como um saneamento político".
Souto sai em defesa
de Lemos
Miguel Lemos já fez saber, no entanto, que está disposto a cumprir o contrato de quatro anos como director executivo do PDA. E ontem viu Alberto Souto sair em sua defesa. Em declarações ao PÚBLICO, o ex-autarca (que passou a professor de Direito Comercial na Faculdade de Direito de Lisboa) garante que não vê nenhuma ilegalidade nem conflito de interesses na posição de Miguel Lemos. E diz mesmo que Lemos está finalmente a receber um salário à altura das suas responsabilidades, pois, durante muitos anos, acumulou os cargos de administrador da EMA e do PDA recebendo apenas o vencimento de uma das empresas. "Os ataques a Miguel Lemos são uma realidade que não posso aceitar", diz, frisando que, depois de impostos, o novo director executivo do PDA recebe "apenas 680 contos na moeda antiga".
Questionado sobre se não teria sido mais sensato esperar pelo desfecho das eleições autárquicas para depois dar luz verde à passagem de Lemos para o cargo de director executivo, Souto dá uma resposta franca: "Toda a gente sabia que contávamos ganhar as eleições". O ex-edil refere ainda que a Visabeira não colocou nenhum entrave à passagem de Miguel Lemos de administrador a director executivo. "Temos que deixar estas decisões a quem está a investir no projecto", diz, resumindo tudo a um caso "inveja".
O ex-autarca, que está retirado da vida política, admite vir a público dar a sua versão se a actual câmara continuar a dar sinais públicos de que está descontente com a situação financeira herdada da gestão socialista. Numa entrevista à rádio Terra Nova, o vereador Pedro Ferreira antecipou que a dívida real da autarquia aveirense pode situar-se nos 170 milhões de euros. Para Souto, esses números estão incorrectos. "Estão a misturar dívidas de longo e curto prazo e ainda os encargos contraídos com a construção do estádio", resume, fixando a dívida de curto prazo da câmara em cerca de "20 milhões de euros".
Quanto à divida, voltamos amanhã, depois de ler a entrevista de Pedro Ferreira ao DA
6 comentários:
O Notas de Aveiro não é responsável pelos comentários aqui escritos e assumidos pelos seus autores e a sua publicação não significa que concordemos com as opiniões emitidas. No entanto, como entendemos que somos de alguma forma responsáveis pelo que é escrito de forma anónima não temos pejo em apagar comentários...
Por isso se está a pensar injuriar ou difamar pessoas ou grupos e se refugia no anonimato... não se dê ao trabalho.
Não sabemos se vamos impedir a publicação de anónimos. É provável que o façamos. Por isso se desejar continuar a ver os seus comentários publicados, use um pseudónimo através do Blogger/Google e de-se a conhecer para notasaveiro@gmail.com.
João Oliveira
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Caro JMO, parece-me muito claro que estamos a atingir o limite do surreal. Um ex-Administrador auto nomeado director geral para a mesma empresa, com o apadrinhamento do Presidente em funções, escondendo a marosca de tudo e de todos, prolongando o período do contrato, retirando o prazo de período experimental e agora, quando tudo é posto a nu, vem esse senhor a terreiro defender o esbirro dizendo que finalmente está bem pago, que fez muito por Aveiro e que é tudo uma questão de inveja?
ResponderEliminarSerá que ainda não entendeu que já ninguém o consegue ouvir e, muito menos, já ninguém é capaz de acreditar numa única palavra sua? Será que ainda não percebeu que já toda a gente percebeu que os seu oito anos de embustes estão finalmente a vir ao de cima? Porque será que não se limita a dizer que errou? Ninguém lhe levaria a mal e até se aceitaria essa posição. Mais uma vez o seu orgulho, a sua prepotência e a sua arrogância intelectual falam mais alto. Só que agora já não manda, nem nos que dele dependiam. Limite-se a ir ao jantarzinho no João Capela, faça lá o discursozito que tanto gosta e retire-se. Aveiro agradece. E tente pôr algum juízo na cabecita do sue colega de carteira, Miguel Lemos.
O comentário anterior é que é surealista: quanto é que deve ganhar um director executivo que gere um empreendimento financiado por privados, num montante que pode atingir 50 milhões de euros e onde a Visabeira já investiu 1 milhão e trezentos mil Euros ? O Souto fez muito bem em avalizar a nomeação da Visabeira. O vencimento não é elevado. Até é baixo...Claro que para o apetite dos laranjas nesse lugar isto é muito aborrecido...Período experimental para um gestor com a obra feita do Dr. Miguel Lemos ?? Ainda bem que não há período experimental para a nova maioria...Com tantos absurdos já estavam despedidos...
ResponderEliminarSerá que a inveja se refere a Raul Martins?
ResponderEliminarPereira Socialista
Só gostava de ter a bola mágica para ver os "invejosos" a xingar o Élio Maia, a lançar-lhe os ónus mais torpes se ele a 1 mês das eleições fizesse 1 contrato destes ao Ulisses Manuel...
ResponderEliminarNão consigo perceber a associação entre Miguel Lemos and Ulisses Pereira? São iguais? É que já me disseram quem são parecidos mas em ramos um diferentes.
ResponderEliminarA 'inveja' já foi tratada...
ResponderEliminarA triste 'novela mexicana' está prestes a chegar ao fim (ou não).
Ver JN de hoje.