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segunda-feira, 5 de setembro de 2005

As perguntas desaparecidas...

Como sabem, leio o Diário de Aveiro online (está para breve o colmatar dessa falha) e descobri este fim de semana que havia três perguntas, feitas ao Dr. Alberto Souto que não estavam na versão online. Provavelmente devido a ter sido feita, graficamente, "uma caixa" como se designa no meio jornalístico e por isso estarem num ficheiro à parte.

Bem, detalhes técnicos também à parte, o facto é que estas perguntas eram MESMO interessantes e estão agora disponíveis no próprio Blog do Dr. Alberto Souto... que mesmo assim está muito pobre para blog e ainda mais porque não existe site oficial.

Aqui ficam as ditas:

A colocação de um «outdoor» da sua candidatura na praia da Costa Nova, em Ílhavo, foi uma provocação ao seu homólogo local?

Não, não teve nenhum intuito provocatório, nem de falta de respeito às gentes de Ílhavo. Ribau Esteves já não se recordará, mas eu tenho muito gosto em lembrar que, há oito anos, eu fiz campanha nas praias da Barra e da Costa Nova sem problemas, mas agora interpretou-me mal. Portanto, eu quero explicar que a Lei Eleitoral não proíbe o que fiz e peço desculpa de ter tido essa imaginação, mas como os aveirenses e os meus eleitores estão nas praias da Costa Nova e da Barra durante os meses de Julho e Agosto, nós fomos ao encontro deles. Eu penso que Ribau Esteves perdeu uma boa oportunidade de colocar um cartaz seu na rotunda do Marnoto, porque muita gente de Ílhavo vive ou trabalha em Aveiro. Com naturalidade, digo que acabados os meses de praia e de férias, o cartaz vai regressar a Aveiro onde estão os aveirenses. Devo ainda acrescentar, a propósito desta questão, que fiquei surpreendido com a reacção dele.

Como estão afinal as relações com o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo?

Eu sempre tive boas relações pessoais com o Engenheiro Ribau Esteves e o fundamental é que se crie um clima de relacionamento institucional que permita concretizar os projectos intermunicipais que são decisivos para a região. Era bom que Ribau Esteves não privilegiasse a guerrilha partidária em deterimento daquilo que é o interesse comum da região. Há projectos fundamentais para todos que passam pela capacidade de humildade política que todos devemos ter. E eu tenho-a tido, tenho tido uma paciência enorme, fechando a olhos a muitas coisas, não ouvindo outras, desvalorizando as pequenas picardias e ?trocas de galhardetes? e espero que no próximo mandato, sejam quais forem os presidentes que venham a ser eleitos, se possam entender, a bem de toda a região. É isso que as populações esperam de nós, uma cooperação acrescida entre Aveiro e Ílhavo e não compreendem que se ande a ?trocar galhardetes?, às vezes colocando em causa o ritmo de concretização de alguns projectos.

A questão da Simria é exemplo de um certo tipo de relacionamento que não deve repetir-se?

O que aconteceu na Simria foi uma golpada partidária e o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) veio a dar-me razão. Foi pena termos que chegar ao STJ para reconhecer um erro e uma insensatez. Mas eu não posso forçar as pessoas a serem sensatas e razoáveis mas penso que tudo deve ter um limite. Pena que tenha sido o STJ a fazê-lo. Mas há mais exemplos. Estou a lembrar-me do traçado do caminho-de-ferro para o qual chamei a atenção há sete anos na perspectiva de que era necessário proceder-se ao Estudo de Impacto Ambiental. Na altura, ouvi tudo de todos, e ao fim de sete anos está-se agora a concluir o estudo, porque, entretanto, aperceberam-se que ele tinha que ser feito. Lamento muito todo o tempo que estas coisas levam, mas a vida faz-se com os parceiros políticos que temos e por vezes nem sempre estão à altura das circunstâncias e da dimensão estratégica dos projectos.

2 comentários:

  1. Então o Alberto Souto não tem direito a ter um outdoor à porta da sua casa nova porquê?
    Assim de manhã vê o cartaz e diz:
    - Nesta terra que eu amo, neste povo que eu piso (ou é ao contrário) sou O MAIOR (6X3).

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