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quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Ecos dos lançamentos dos programas da CDU e da Juntos Por Aveiro

No Noticias de Aveiro e no Público sairam artigos sobre a apresentação dos programas da CDU e da Coligação Juntos Por Aveiro. O link para as noticias do Noticias de Aveiro ficam aqui (CDU) e aqui (Juntos Por Aveiro) e a peça do Rui Baptista fica aqui, para benefício público. Eu sei que o Rui me perdoa...

Coligação PSD/CDS quer ruptura na gestão autárquica de Aveiro...

Élio Maia admite extinguir empresas municipais e aposta na Grande Área Metropolitana
A vontade de fazer uma ruptura em relação à gestão socialista da Câmara de Aveiro é a marca do programa eleitoral da coligação PSD/CDS que foi ontem apresentado. A lista encabeçada pelo independente Élio Maia promete "maior rigor" na gestão financeira da autarquia e "reavaliar" quase todas as decisões tomadas pelo executivo municipal liderado pelo socialista Alberto Souto, que se recandidata a um terceiro mandato. Uma das medidas de maior impacte será a extinção de algumas empresas municipais e a reorganização de outras, como a Aveiro-Expo (que gere o Parque de Feiras Exposições) e a TEMA (responsável pelo Teatro Aveirense)."O objectivo é tentar reduzir as empresas municipais, claramente", disse Élio Maia, no final da apresentação do programa, que foi feito por três técnicos. O extenso programa, do qual não foram distribuídas cópias aos jornalistas, foi elaborado ao longo de quatro meses e meio por um grupo de trabalho que recebeu contributos das concelhias dos dois partidos e ainda de muitos cidadãos que responderam a um inquérito enviado pela candidatura. O programa é marcado pela vontade de fazer diferente de Alberto Souto, mas revela ainda alguns desequilíbrios que irão ser corrigidos numa futura versão condensada, garantiu ao PÚBLICO um membro da candidatura."Neste programa traçamos a nossa filosofia de gestão, mas não é prudente assumir em pormenor o que vamos fazer", justificou Élio Maia, que desta vez não teve ao seu lado os seus apoiantes mais destacados, nomeadamente o líder concelhio do PSD, Ulisses Pereira, o mandatário, Girão Pereira, e a candidata à presidência da assembleia municipal, Regina Bastos. Evidente é a vontade de imprimir um maior rigor à gestão financeira da autarquia, que a coligação considera ser desequilibrada. Neste contexto, é defendida a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis e a criação de condições para atrair investidores para o concelho.A coligação defende ainda que o desenvolvimento do concelho tenha um enquadramento regional e por isso considera que é fundamental apostar na Grande Área Metropolitana de Aveiro, que está num impasse desde a chegada do PS ao Governo. A transparência na gestão e a necessidade de envolver as juntas de freguesia nas decisões que afectem todo o município são outras apostas da equipa de Élio Maia, que considera que um programa eleitoral "não pode ser um mero desfilar de projectos e mais projectos".No domínio das acessibilidades, a coligação reivindica, entre outras coisas, a duplicação do acesso sul à auto-estrada e a construção do eixo estruturante entre Aveiro e Águeda, um projecto que remonta aos tempos em que a autarquia era gerida pelo centrista Girão Pereira. Preconiza ainda a construção de um centro de artes e conhecimento, a constituição de um piquete de intervenção rápida para reparações nas escolas, a "optimização" dos recursos humanos da autarquia e a requalificação dos bairros de habitação social construídos nos mandatos de Girão Pereira. No campo da segurança, defende uma alteração nas funções da Polícia Municipal, que deverá passar a ser uma "polícia de bairro". "A credibilização da classe política passa pela apresentação de projectos credíveis", resumiu, Élio Maia. A CDU quer que pelos menos 20 por cento das despesas de investimento da Câmara Municipal de Aveiro sejam usados em projectos escolhidos por um colégio de presidentes de junta de freguesia. "Esta será uma solução para aumentar os poderes das freguesias", justificou António Salavessa, cabeça de lista da CDU à Câmara de Aveiro, durante a paresentação do respectivo programa eleitoral.O colégio de presidentes de junta de freguesia não está previsto na lei e por isso deverá funcionar como um órgão informal, sem poder vinculativo. "Será um órgão onde deve imperar o bom senso", disse Salavessa, que evitou criticar com severidade o actual presidente da câmara, Alberto Souto, com quem poderá vir a trabalhar directamente, se vier a ser eleito vereador. Salavessa defendeu a celebração de um contrato de saneamento financeiro para o município de Aveiro, que transforme a dívida de curto e médio prazo em dívida de longo prazo, de forma a libertar a autarquia dos seus pesados compromissos financeiros. "O falhanço das medidas de saneamento financeiro promovidas por esta câmara foi absoluto", denunciou o comunista.Ao contrário da coligação PSD/CDS, a CDU não defende a extinção de qualquer empresa municipal, estando até aberta à criação de novas unidades. "Não sei que legitimidade tem o candidato da coligação de direita de criticar as empresas municipais quando faltou às reuniões da assembleia municipal onde o assunto foi discutido", observou Salavessa. R.B.

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João Oliveira

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